Capítulo 23

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Alguns dias depois

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Alguns dias depois..

Minha vida vem se resumindo a nada, desde que Heitor foi preso. Sentia uma necessidade descomunal de pedir perdão, de saber como ele estava e dizer que jamais acreditei que ele fosse o culpado pelo roubo.

— Heitor, onde você está? Preciso de você! — Exprimi meu pensamento em voz alta em uma súplica dolorosa.

Eu tinha o pressentimento que eu nunca mais o veria e isso doía meu âmago, meu peito parecia que tinha uma faca enorme enterrada nele, atingindo diretamente meu coração. Era exatamente como eu me sentia todos os dias sendo destroçada sem notícias nenhuma dele.

Desde que acordei nesse hospital e descobri minha gravidez fiquei sem saída e de mãos atadas na busca por Heitor. Ao mesmo tempo que experimentei uma emoção única de saber que seria mãe e carregava comigo um pedaço do amor da minha vida, um ser inocente que eu desejava com todas as forças lutar por sua vida, e que naquele momento só dependia de mim mantê-lo vivo. Também experimentava o gosto amargo de me sentir impotente diante da situação. Estava a vários dias internada e não podia sequer levantar da cama, enquanto Heitor havia simplesmente desaparecido. Tinha feito de tudo na busca por ele, entrei em contato com um famoso advogado com ajuda de Maya para ir à delegacia e ter notícias de como estava o caso. Queria que ele o defendesse e o tirasse da prisão o mais rápido possível, mas qual foi a minha surpresa em saber que Heitor já havia pago a fiança e deixado a prisão a dias atrás.

Essa falta de notícias vinha tirando minha paz e deixando-me cada dia mais aflita e agoniada em imaginar o que poderia ter acontecido com ele. Ninguém some assim do dia para noite. Maya já tinha ido até sua antiga casa juntamente com Ryan na esperança de encontrá-lo, assim como estava com a chave da minha casa pensando que Heitor poderia aparecer ao menos para buscar suas coisas e nada, nenhuma notícia dele.

O rangido da porta tirou-me dos meus pensamentos. Era meu pai vestido dentro de um dos seus termos elegantes, entrando no quarto com cenho fechado.

— Como se sente? — Perguntou.

— Como acha que me sinto presa a essa cama? Sem poder tomar as rédeas da minha vida nesse hospital. — Questionei inerte, estava sem paciência para as indagações do meu pai.

— Então quer dizer que pretende realmente levar essa gravidez adiante? — Sua voz soa mordaz, cheia de desprezo. — Essa não seria a oportunidade de se livrar de uma vez de tudo que te liga a esse aproveitador que quase destruiu sua vida.

Angustiada, quase asfixiada, rompi em lágrimas sem acreditar naquela frieza sem tamanho do meu próprio pai.

— Está insinuando que devo interromper minha gravidez e abrir mão do meu filho? — Encarei o rosto marcado pelo tempo com indiferença e consigo balbucia as palavras  em um sussurro doloroso tamanha o desprezo que sinto naquele momento.

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