Jade Albuquerque uma jovem, milionária, educada, responsável pela empresa da família. Herdeira de um grande império, a Cerâmica & louças Albuquerque tem uma vida perfeita, rodeada de luxo e conforto, achava que nada mais a surpreenderia na vida qua...
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Jade
Eu não conseguia acreditar que depois de 6 anos Heitor estava em casa novamente. Era uma sensação de alívio juntamente com um desejo avassalador de nunca deixar seus braços. Uma explosão de sentimentos dentro de mim que me tirava o rumo e deixava-me completamente rendida ao momento tão ansiado por mim. Foram 6 anos sentindo a dor da ausência e um desespero profundo em não ter uma única notícia dele, sentia minha respiração falha e meu coração batia descompassado no peito, enquanto permanecemos abraçados, chorando, emocionados, matando toda a saudade um do outro. Heitor, era meu lar e desde quando ele se foi, era como se tudo estivesse fora do lugar, como se nada na minha vida fizesse mais sentido e se não fosse por Valentina certamente não teria conseguido seguir
Parecia que eu estava dentro de um sonho, enquanto continuávamos com nossos corpos unidos, sem dizer uma única palavra, somente deixamos as lágrimas cair, nos apertamos um contra o corpo do outro de forma necessitada, envoltos num abraço que parecia durar uma eternidade.
Eu o amava, amava tanto que o tempo parecia que não tinha passado.
Ali, nos braços do homem da minha vida, o tempo parou e eu não desejava mais nada, a não ser continuar sentindo a proteção dos seus braços, enquanto nossos corações batiam em uníssono no ritmo do amor.
—Vamos começar do começo? — Balbucio com respiração ofegante, me afastando para encarar seus olhos depois de um longo tempo abraçados. — Por onde esteve Heitor? Ou melhor, porque foi embora daquele forma?
— Quer mesmo saber? — Ele indaga encarando-me com amargura.
— Lógico! Muito mais que querer, precisamos colocar tudo em pratos limpos. — Respirei fundo sem conseguir conter o nervosismo.
— Jade, depois que deixei a cerâmica algemado, acusado de roubo, fiquei vários dias sofrendo espancamentos e pressão psicológica para assumir ser o autor do assalto que não cometi e se não fosse por Xavier Gonzalez talvez estivesse preso até hoje — Heitor tentou se afastar, parecia muito ressentido, mas não permiti e colei ainda mais nossos corpos.
— Xavier, o espanhol? — Pergunto impressionada.
— Sim, tudo que sou e tenho devo a ele. Xavier foi o único que acreditou em mim, me deu um voto de confiança e me chamou para trabalhar com ele em Madri. Assim consegui recomeçar minha vida, enquanto arquitetava minha vingança contra todos vocês. Estudei, me aprimorei e trabalhei pesado para chegar ao patamar que estou hoje.
— Quer dizer que estava todo esse tempo fora do Brasil?
— O que acha que eu deveria fazer depois que todos me condenaram? — Heitor inquiriu revoltado. — Não existe nada pior no mundo que levar uma culpa por algo que não fizemos e ainda ser punido por isso. Eu tentei de todas as formas provar minha inocência, mas foi em vão. As provas e as palavras do seu pai foram fatores fundamentais para me manter preso e para que todos acreditassem na minha culpa.
