AMOR ÀS AVESSAS - SPIN-OFF DE...

Per bigudinharainha

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QUEM SOU EU MESMO? AH, CLARO MATTHEW MONTGOMERY, MAS PARA MEU BENEFÍCIO PRÓPRIO. THOMAS BACCONI NÃO EXISTE MA... Més

CAPÍTULO - 1
CAPÍTULO 2
NOTA
CAPÍTULO - 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
NOTA
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
NOTA
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO FINAL
AMOR POR ACIDENTE - SPIN-OFF 2 - KEITH E ELIJAH
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
NOTA
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO FINAL

CAPÍTULO 22

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Per bigudinharainha

   ASHLEY TANNER

 Estacionei no restaurante japonês e sorri. Desde que lembrei que este lugar era o preferido do meu pai biólogico, me emociono. Toda a semana ele me levava no colo animado, fazia gracinhas e apreciávamos a companhia um do outro.

        Matthew chegou depois de mim e examinou o local com a sobrancelha arqueada.

        — Não sabia que gostava de comida japonesa.

        — Meu pai e eu sempre víamos aqui quando eu era pequena, antes de eu ser sequestrada pelos seus pais.

         Não tive intenção de culpá-lo por isso, porém não pude evitar no tom da voz.

         Fui em frente e falei com o maitre que nos acompanhou até a mesa e nos acomodamos. Pedi um vinho tinto de uma sacra antiga como meu pai fazia quando estávamos na companhia de seus amigos. Mesmo o restaurante sendo japonês, um dos sócios é americano e oferece algumas variedades fora do padrão da comida japonesa. Meu pai fazia piada a respeito. As lembranças que tenho dele recheavam meu cérebro e agradeço muito por isso.

         — Você está bem?

         — Sim, só um pouco chateada por causa da atitudes de Russell. Perdi meu amigo. Não posso fazer nada. Ele está descontrolado, sofrendo.

          — O que aconteceu no estacionamento antes de eu chegar?

           — Eu sei que ele jamais me machucaria mesmo estando vermelho de ódio.

          — Ele se atreveu a te tocar sem a sua permissão? — Se alterou.

          — Chega, ok? Vamos encerrar esse assunto. Espero que um dia eu me resolva com ele.

          Pedi rolinho primavera e Matthew optou por sushi. Em breve pretendo trazer Paige aqui. Ela vai adorar. Limpei uma lágrima. Como sinto falta da minha pequena. Nem eu sei como consegui ficar tão longe.

         — Como Paige passou a semana?

         — Como sempre não parou de perguntar sobre quando você iria voltar.

         — Meu pai tinha um projeto de unir uma creche mais um colégio atrás da universidade, mas Josh fechou. Pretendo reinaugurar essa semana mesmo e quero que Paige estude lá para ficarmos mais perto uma da outra.

         — Olha só pra você, uma empreendedora — Sorria com orgulho e ignorei.

         Revirei os olhos.

         — Como iremos fazer com as visitações de Paige?

         — Ela irá ficar com você, ok, então espero que não me impeça de vê-la todos os dias. Amo demais aquele pedacinho de gente e sou incapaz de me manter longe.

          — Claro que não, fará bem a ela. Não tenho pretensão alguma de separar vocês.

         Comemos em silêncio e ignorei os olhares apaixonados dele.

  

        Voltamos para o escritório e ele me ajudou a analisar o erro grotesco cometido por Josh. Ele era o próprio contador da Universidade. Ele adorava burlar as leis. O rombo foi imenso. Preciso encontrar uma maneira de cobri-lo ou estarei em sérios apuros como declarar falência.

         Com tantas coisas acontecendo, esqueci da minha regra desse mês. Está atrasada alguns dias. Deve ser o estresse. Tomei aquele bendita pílula do dia seguinte que não parou em meu estômago, então desisti de tomar outra. Eu deveria ter comprado outra. No que eu estava pensando?

          Me despedi de Matthew e saí em disparada em busca de um laboratório. Fiz o exame de sangue da beta e quase cai para trás com o resultado. Dei um grito e saí correndo e desabando. A culpa era totalmente minha. Não consigo tirar as mãos dele de mim, não penso com ele tão perto. Não sei o que farei. Dirigi até uma estrada principal, encostei e chorei muito ao volante. Tentei tanto esquecer esse homem, porém quanto mais eu tentava, mais ele se alojava no meu cérebro e coração. Sei exatamente o que ele irá querer fazer quando mostrar o resultado positivo da minha gravidez.

        Tem que ser uma coisa boa já que fui incondicionalmente impedida de conviver com a minha filha por anos por culpa do maldito coma. Não vou desistir dessa gestação. Já amo essa criaturinha dentro de mim.

       Voltei para a universidade. Agora serão dois que terei que lutar por uma vida boa e confortável.

       Me aproximei de um carregamento que provavelmente fora solicitado por Matthew. Ele vem ajudando bastante. Ele... Está diferente. Bom, não adianta que não iremos mais sermos um casal. Para isso teria que passar por cima de tudo e não estou disposta a ser manipulada novamente.

      Os entregadores levaram tudo para dentro com a ajuda de um dos empregados e o supervisor da entrega se aproximou de mim entregando a pauta do dia. Conferi tudo com calma, levantei a cabeça para confirmar e o peguei me olhando demais.

       — Quando chegará o restante dos pedidos que foram feitos...  — Dei uma passada pelas folhas — Quinze dias atrás?

       —  Desculpe, são muitas encomendas, mas prometo que hoje mesmo traremos o resto.

       — Espero que seja verdade. Vocês nunca nos decepcionaram.

        — Posso te ligar e confirmar?

        — Sim, ligue para o número que consta no pedido, por favor.

        — Sim, claro. Quero dizer se posso te ligar para fazermos algo, tipo jantar, ir ao cinema?

        Ri com deboche, mas era muito abuso.

        — Não, ela não pode — Uma voz masculina bastante irritada disse. Matthew. Reconheço sem pestanejar.

        Inconscientemente me virei para ele que sorriu me dando um selinho e me virou novamente me abraçando por trás marcando território.

       —  Sou o marido dela, o quê você quer? Já acabou a entrega? Esperamos o restante mais tarde sem falta e para o seu próprio bem, não paquere mais a minha esposa.

        Eu poderia desmenti-lo se não tivesse me divertindo com seus ataques de ciúmes. Não era tão ruim ele sentir esse sentimento na pele, certo? Notei olhares dos funcionários sobre nós. Com certeza estavam curiosos.

       O supervisor da entrega ficou sem graça, se desculpou e foi embora, eu dei um tapa na mão de Matthew e me afastei.

       — Enlouqueceu?

       — Só te ajudei, é isso que as famílias fazem.

       — Sim, se ao menos fossemos uma.

       — Um obrigado não cairia mal.

       — Obrigada — Retribui o sorriso e fui até a cantina ver se tinham abastecido.

       Depois de quase uma hora checando se estavam tudo em seus devidos lugares, voltei ao escritório e revirei os olhos quando vi Matthew sentado na minha cadeira que assim que me viu, se levantou e se aproximou.

        — Podemos conversar?

        — Sobre? Algum problema na Universidade?

        — Não. É sobre nós dois. Veja bem, eu... Me desculpe, mas mandei te seguir porque me preocupo com a sua segurança.

         — Eu não acredito que você continua com essas merdas — Me alterei — Você não pode continuar a invadir minha vida desse jeito.

         — Ok, que seja — Bufou — O que fazia no laboratório?

         — Não é da sua conta. Você nunca vai mudar.

         — É da minha conta sim já que não nos protegemos.

         Ele se aproximou e recuei o quanto pude até bater na mesa. Me cercou com seus braços me encarando.

         — Você é minha e eu sou seu e nada e nem ninguém irá mudar isso. Só fiz e faço amor com você, só quero você. 

         — Acho meio difícil acreditar nisso.

         — Eu sei, mas é a verdade. Eu te amo, Ashley. Te amo demais. Irei passar o resto dos meus dias tentando me redimir de tudo que fiz a você. Me perdoa.

          — Já te perdoei, você é o pai da minha filha. Precisamos conviver bem por causa dela.

          — Você não me perdou coisa alguma, você finge e finge bem.

           — Existe uma grande diferença entre perdoar e voltar a ser feita de idiota outra vez.

           — Então você está com medo?

           — Sim.

           — A gente vai ser muito feliz, eu prometo, só nos dê uma chance. Você foi a única mulher que amei, que quero que fique pra sempre na minha vida.

           — Chega, por favor. Simplesmente não posso passar por cima de tudo e sorri, seguir em frente com você que é a razão de tanta dor que senti. Não seja egoísta e pare de pensar somente em você. Por favor, Matthew, encerramos por aqui. Preciso trabalhar.

            Virei o rosto tentando focar em algo que não se remusisse as minhas pernas presas ao chão e ao meu corpo imóvel e principalmente a alguém que me fazia desejar loucuras, que me deixava sem ação. As palavras dele tocaram no fundo da minha alma, por mais que eu não quisesse.

           Ele virou meu rosto com delicadeza me surpreendendo e mesmo assim me recusei a fitá-lo. Senti a sua respiração quente e pesada em meu rosto que de súbito fora beijado; beijos quentes e molhados que desciam para meu pescoço. Minhas pernas amoleceram. O corpo dele estava sobre o meu, dava para ouvir nossos corações batendo em compassos acelerados. O fitei e fechei os olhos devagar me preparando para o beijo a seguir que começou lento, nossos lábios degustavam um do outro até que se tornou intenso e parecia que iríamos nos engolir. Queríamos mais um do outro. Nossos corpos reagiram de imediato ansiando por mais. Era muito desejo.

        Fui colocada sentada na mesa e ele ficou entre minhas pernas sem parar de me beijar. Os arrepios de desejo tomavam conta de cada pedacinho do meu corpo pelo fato da mão masculina passear pela minha cintura, quadril, coxas e apertá-los. O fitei que parou de me beijar e pôs a mão dentro do meu decote apertando meus seios e brincando com meus mamilos. Gemi e mordi o lábio quando ele desceu a mão por dentro da minha coxa a massageando e depois caiu dentro da calcinha onde tocava minha intimidade de diversas maneiras. Gemi alto me contorcendo e apertei os braços fortes dele.

          — Não me torture mais.

          — Então me peça de forma bem safada. Você é tanto quanto eu. Gosto muito disso e quero te ouvir implorar. 

           — Ok. Eu quero te sentir dentro de mim. 

           — Você sabe que não é assim — Me beijou no pescoço — Diz meu amor.

           — Matt, eu... - Fui interrompida por alguém que batia na porta insistentemente.

           — Não acredito nisso — Ele passou a mão pelos cabelos — Vamos ignorar

           —  Não, da outra vez me arrependi. 

           — Se arrependeu de ter ficado comigo?

           — Não, de ter ignorado. Magoei o Russell da pior forma.

           — De novo esse cara, Ashley?

           — Matthew, Ashley, abram, sou eu a Amélie.

           — E eu a Paige.

           Olhei sério para ele que estava tão surpreso e puto quanto eu.

            — Por que Amelie está com a minha filha?

            — Também quero saber.

            Ele me ajudou a descer do móvel e fomos ao banheiro lavar os rostos e as mãos. Estávamos com cheiro de sexo sujo. Tirei minha calcinha encharcada sob os olhares atentos dele.

         — Vou te compensar, prometo.

         — Não me prometa nada, era só o que me faltava — Joguei a calcinha no lixo com raiva.

       Voltamos para o escritório e a ansiedade tomava conta para ver a minha pequena. Abri a porta e ela se jogou em meus braços.

        — Mamãe, você voltou.

        — Oi, princesa, quantas saudades.

        — Quando você chegou?

        — A algumas horas — Me sentei com ela no pequeno estofado — Iria te fazer uma surpresa te buscando na escola.

       — Estamos atrapalhando? — Amélie indagou me encarando debochada — Podemos voltar outra hora.

         — Podemos fazer uma pausa — Respondi abraçando minha filha.

          — Estamos resolvendo alguns problemas, Amélie — Matthew disse irritado — O que faz aqui? Quem te deu autorização para pegar a Paige na escola?

          — Calma, só passamos aqui para te levar para almoçar. A Ashley pode resolver tudo por aqui, não? — Me fitava com um sorriso falso que já estava me tirando do sério. Quando eu ia responder a altura, Matthew se manifestou e o que disse fez meu coração falhar uma batida.

       — Não posso deixá-la sozinha novamente, Amélie — Falava me fitando e só vi amor ali que me deixou desconcertada. Nunca pensei que ele fosse capaz disso.

         Sou um poço de confusão quando penso nos sentimentos dele para comigo. Antes, quando estava longe, pensei que ele me odiasse, que realmente queria que eu morresse, mas quando nos reencontramos, só vi amor e desejo. Mas também eu nunca me perdoaria se o aceitasse de volta. Droga. Quem estou tentando enganar? Eu o amo e quero nossa família de volta sim. É burrice pensar que espero que ele cure minha dor.

         Estava tão inerte com os meus pensamentos que não percebi que Matthew e Amélie entraram em uma discussão feia. Paige tampou os ouvidos. Me levantei com ela no colo pronta para sair daquela sala quando ele me chamou.

        — Vou deixá-los á sós, preciso receber outro carregamento.

       — Vou com você. 

      — Não, por favor, se resolva com ela. Paige não merece passar por isso outra vez.

        Ele olhou para a filha e um olhar de culpado se instalou ali. Realmente ele estava mudado deixando que os seus sentimentos aparecessem. Veio até nós e abraçou nossa filha.

        — Me desculpe, meu amor. Eu não deveria ter brigado.

         Paige olhava pra mim e depois o beijou no rosto.

         Fomos para a cantina almoçar. Me incomodava o fato daqueles dois estarem sozinhos. Será que...? Não, chega, preciso parar com isso. Não tenho nada a ver com quem ele transa ou não.

        — Boa tarde.

        Levantei os olhos e dei de cara com o supervisor.

         — Posso me sentar ou seu marido irá se zangar?

          — Ele é meu e ex marido. Ele estava brincando com você, não ligue.

           — Ufa. E então, está gostando das nossas entregas, dos produtos?

          — Sim, são tudo frescos. Muito obrigada.

          — Então, está solteira?

          — Quer me chamar para sair?

          — Pode me dar seu telefone?

          Sorri e pensei; por que não? E meu subconsciente traidor respondeu; por que tu ama outro homem.

         No atual momento faço o que eu quero. Dei meu cartão a ele que arreganhou os dentes e foi embora acenando.

         — Mamãe, aqui é bem grande e bonito. Posso estudar aqui?

         — Sim, meu amor, vou inaugurar a escola infantil e você virá para cá e ficaremos bem pertinho uma da outra.

        — Então você não vai mais embora?

        — Não, nunca mais vamos ficar longe uma da outra. 

       Depois de horas curtindo minha filha que adormeceu, voltei ao escritório esperando encontrar somente Matthew e me enganei. O local estava vazio. Deitei Paige no estofado e voltei ao trabalho. Hora ou outra me pegava olhando para a porta com esperança dele entrar o que não aconteceu o resto do dia. Pus a mão no rosto depois que uma pontada de dor atravessou o meu coração ao pensar que ele e Amélie estariam juntos depois de termos feito amor. Pensei em ligar dando a desculpa de que viesse buscar nossa filha, porém me acovardei. Meu celular tocou e como sempre, tola, imaginava que era ele. Ao olhar para o identificador, me surpreendi.

        — Russell?

        — Oi, Ashley. 

        —  Como você está?

        — Triste, mas superando. Não é fácil porque ainda te amo. 

        — Me sinto tão mal por isso, sinto muito. 

        — A gente não manda no coração, não é?

        — Infelizmente não.

        — Você quer jantar comigo? Sei lá para conversarmos. Foi horrível a maneira como terminamos, aquelas coisas horríveis que eu te disse quando fui aí, me perdoe.

         — Tudo bem. Mais tarde nos encontramos no restaurante.

         

        Então é isso. Lá estava eu e Paige de volta à mansão. Minha casa. Casa dos meus pais biológicos. Farei modificações. Levei minha pequena para seu quarto e fui direto para o banheiro. Tudo que eu precisava era de um bom banho e a promessa que não choraria e nem pensaria nele com ela. Coloquei um vestido cinza decotado que ia até o joelho, prendi metade dos cabelos os colocando para frente e experimentei um salto da mesma cor e verifiquei a babá que mandara mensagem. Desci e encontrei Matthew na sala brincando com Paige. Quando isso aconteceu?

       A boca dele se abriu e logo ele estava de pé me levando para o jardim.

       — Onde vai tão linda?

       —  Sair.

       — Sozinha?

       — Não.

       — Com quem?

       Mexi na bolsa constrangida por ter aceitado sair com alguém que me ofendeu tanto, mas eu preciso recuperar sua amizade. Ele é um excelente amigo.

       — Russell — O fitei.

       — O quê? — Arregalou os olhos — Por que?

       — Pode, por favor não se meter mais na minha vida? Sei me virar e me defender sozinha, não preciso de segurança. Cadê a sua mulher?

        — Que merda é essa? Minha mulher é você. Sei o quanto é forte e independente, mas também gosto de deixá-la segura ao meu lado.

        — Segura? Desde quando? 

        — Vamos sentar e conversar?

        A campainha tocou e estranhei já que havíamos combinado de nos ver no restaurante.

        — Preciso ir. Até mais. 

        Ele segurou o meu braço sem força.

        — Você ainda não me disse o que fazia no laboratório hoje cedo. Por acaso desconfia de uma gravidez?

        — Vamos conversar depois.

        — Amélie disse que está grávida, me mostrou o ultrassom. Essa gestação já tem 2 meses.

        — Grávida? — A notícia me pegou de surpresa — Quem é o pai?

        — Ela afirma que sou eu, mas isso é mentira porque não a toco muito antes de você ter ido embora.

        Quase sorri. Tudo que eu queria era acreditar e confiar nele outra vez.

        — Estou esperando um filho seu. Preciso sair um pouco agora, tentar resgatar minha amizade com Russel e depois conversamos, só você e eu.

   

       Me despedi de Paige e saí com Russell que me esperava na entrada do portão da mansão. Em pouco tempo chegamos ao restaurante japonês.

        — Obrigado por ter aceitado meu convite de última hora. Você está linda!

       — Obrigada. Russell, sempre gostei de você, da sua companhia, me desculpe por tudo.

       — Como estão as coisas com seu marido e seu cunhado?

       — Vamos pedir? - Pegou o cardápio. 

       — Se incomoda de responder?

       — Não tenho nada com Elijah. Matthew e eu não voltamos e nem vamos e agora Amelie está grávida e insiste que o filho é dele que nega.

        —  A Amelie está grávida? — Se engasgou — De quanto tempo?

        — Não sei, acho que dois meses.

      O garçom se aproximou e fizemos os pedidos. Ele ainda estava atônito.

       — Sei que pode parecer fraqueza e tudo mais, no entanto eu queria saber se você poderia nos dar outra chance?

       — Russell, eu te magoei, te disse tantas coisas horríveis e depois você rebateu, também me traiu.

      — Eu sei, mas pode ao menos pensar? 

      — Eu não posso. Não iria me sentir bem. Funcionamos melhor como amigos e além do mais também estou grávida, do Matthew.

      — Eu torço por sua felicidade. Pode contar sempre comigo. Eu te amo de verdade.

      — Também te amo, amigo.

       Voltei para a mansão esperando encontrar todos dormindo e levei um susto ao ver Matthew sentado no sofá me esperando.

      — Como foi o jantar?

      — Bem.

      — Ele tentou algo?

      — Somos só amigos, ele entendeu e isso vale pra nós dois também. 

      — Quero te perguntar uma coisa, senta aqui. 

       Me sentei e nos fitamos.

       — Casa comigo?

       — Por que estou grávida?

       — Não. Porque te amo demais e quero que lutemos por nossa família. Não somos só nós, Ashley. Entendo que ainda esteja me odiando por tudo que fiz. Realmente entendo, mas teremos outro bebê. Paige já sofre demais, será que queremos outro? 

         — Não irei abortar. 

         — Não sugeri isso. 

         — Vamos ficar juntos para sempre. Eu te amo. Casa comigo? 

         — O dia foi cansativo. Vá para sua casa. Boa noite. 

          Fugi o mais rápido possível para o quarto. Preciso saber de Josh e Úrsula. Se Paige e eu estamos a salvo. Vou criar esse bebê sozinha. Não é o fim do mundo. Não estou preparada para tê-lo ao meu lado novamente. 

Continua llegint

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