CAPÍTULO 14

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MATTHEW MONTGOMERY 

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    O que há de errado comigo? Por que estou sendo tão fraco? Por que todos esses sentimentos estão aflorados? Por que sinto tanta dor sem nem ter realmente me machucado? O que está acontecendo comigo? Dói, dói muito. Ela disse que jamais me perdoará se eu mentir, omitir e eu menti e é muito sério. É grave. Eu vou perdê-la pra sempre dessa vez e não vou suportar. Não sei o que fazer ou como agir. Eu preciso contar a verdade logo antes que alguém o faça. 

     Lavei meu rosto. Meus olhos estavam vermelhos e... Meu nariz também. Quanto tempo chorei? Por que eu chorei? Eu nunca choro ou fico triste. Nunca fui normal e agora estou igual a essas pessoas. É deprimente. Só quero voltar ao meu verdadeiro eu; aquele que não se importava com ninguém, que não amava, que não tinha sentimentos e nem dor. 

     Meu corpo se reteseou quando Ashley me abraçou pelas costas e deitou nelas. Daqui a algum tempo não a terei mais e sei que irei sentir falta de um simples contato. 

     — Você está bem? 

     Não respondi. Fiquei ali olhando nós dois através do espelho e então eu vi, me vi. Tudo que eu queria era dizer toda a verdade e eu ia. Iria também perdê-la pra sempre porque a conheço o suficiente pra saber que jamais me perdoará. E quando esse dia chegar, eu não vou suportar. Por que ela não podia ser como uma dessas mulheres dependentes emocionalmente? Seria tão mais fácil. Ashley tem muita personalidade, é forte e independente e são tudo contra ao que eu tanto preciso. Eu errei, eu sei, mas também não quero pagar tão caro. Não sei lidar com as consequências. Nunca soube. Quando se sai impune de todos os seus delitos, acaba pegando o jeito. Ameacei, violentei, matei e esquartejei. Meus crimes nunca foram descobertos porque não deixo nenhuma migalha de pistas. 

      Me encontrei com ela e a peguei no colo a depositando sobre a pia. Joguei sua calcinha para o lado e remexi meus dedos em sua xana molhada. Observei sua expressão de prazer e seu corpo se debater em um orgasmo. Ela jogou a cabeça para trás e revirou os pés enquanto se entregava às sensações. Foi lindo de se ver. Também é novidade pra mim essa necessidade de dar somente prazer e não ser egoísta. Tirei meus dedos e os lambi. Ela sorria lindamente. A pus no chão e ela colou nossos lábios sentindo seu gosto na minha língua. 

      — Preciso voltar ao trabalho — Tirei alguns fios de cabelo do seu rosto e os pus atrás da orelha — Você sabe que a minha matéria não tem nada a ver com seu curso de administração de empresas, não sabe? 

      — É uma matéria opcional que escolhi para poder ficar perto de você. Tô toda enrolada e minhas provas estão se aproximando. Se eu não passar, terei que fazer os 4 anos normalmente. Eu não posso perder tanto tempo, seria como ser um caranguejo e só quero seguir em frente. Já perdi anos da minha vida dormindo naquela porcaria de hospital, enfim, vou meter as caras ainda mais nos estudos. 

      — Adoraria te ajudar, mas eu sou completamente leigo, mas a Amélie é fera, por que... 

      — Já pedi, implorei até e ela me deu um sonoro não — Me interrompeu revirando os olhos — Não tem importância porque Russell se predispos a me ajudar. 

      — Russell — Repeti com um pouco de ódio. Talvez ciúmes. Sentimento desconhecido. 

      — Somos amigos, Matthew. 

      — Não é o que ele quer. Sério, Ashley. 

      — Você só tem que confiar em mim, ok? Do mesmo jeito que confio em você que é casado com a minha irmã. 

AMOR ÀS AVESSAS - SPIN-OFF DE PAIXÃO POSSESSIVA - LIVRO 4 - FAMÍLIA WINSOROnde as histórias ganham vida. Descobre agora