ELIJAH MONTGOMERY
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Finalmente posso viver comigo mesmo depois de tudo que meu pai me fez e também aos meus irmãos. Por muitas vezes eu queria ser como o meu irmão Matt. Ele não sentia nada enquanto eu era um poço de sentimentos exagerados. Matthew cuidava de mim e de Lisa, porém com ela, ele era mais minucioso, mas então ele foi levado embora por um tempo e ela ficou sozinha e a venderam. Eu também fui parar nesse lugar no ano seguinte. Ninguém sabia, nem mesmo meu irmão mais velho até eu confessar. Fizeram coisas e fiz coisas horríveis também. Não tive escolha e, sim opções para não morrer. Só sobrevivia quem conseguia aguentar e poucos aguentaram aquela crueldade. Apaguei essa parte da minha vida. Não falo dela, não penso nela e tampouco procuro por ela.
Será que tinha algo de errado comigo em querer um pai de verdade, em ter esperanças de que um dia ele mudasse? Josh teve o que mereceu. Eu dei o que ele mereceu e não me arrependo. Vi um Matthew libertado de seus tormentos e essa foi minha recompensa. Também tive os meus porque a maneira que um pai toca em seu filho, não condiz com o que ele fazia. Eu sabia que era errado, mas tinha vergonha de relatar por medo que pensassem que eu também gostava e que pedi por aquilo. Consequentemente não queria ficar rotulado como o menino que sofria abusos do próprio pai. Então, aguentei tudo sozinho e ele, meu não pai, achava que eu estava disposto e que curtia o que ele fazia. Eu apenas me perdia na minha mente e o deixava usar meu corpo inerte. Um dia, eu o fiz parar quando vi a maneira que olhava para minha irmã mais nova, filha do novo casamento da minha mãe. Sally só tinha 4 anos e recebia olhares de desejo de um pedófilo. Aquilo me dava nojo e eu só pensava em protegê-la e me vi implorando para minha mãe que não o deixasse mais me visitar em nossa casa. Aleguei que ele dizia que não gostava de mim e que só fazia por obrigação. Inventei várias coisas, exceto a verdade e então, Sally estava salva e espantosamente, eu também. Bom, ao menos não era mais com frequência.
Ainda não me permiti entender direito o que sinto após matá-lo e em seguida descobrir que não é meu pai biológico. Eu era o filho dele, por toda minha infância e adolescência vivi uma síndrome de Estocolmo. Tudo que eu implorava era para ser amado.
Matt e eu somos como água e óleo. Ele diz que essa diferença não é ruim. Ele tem essa mulher linda atrás de si, que faz tudo para chamar sua atenção e que não se importa de ser ignorada e eu vivo em seu encalço porque Keith é maravilhosa, difere de todas as mulheres com quem já fiquei. Acabei me tornando seu melhor amigo e isso é uma merda. Eu a quero. Muito. Ela sabe. Tem que saber.
Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que estou perdidamente apaixonado por ela que nem sequer me olha como homem. Sou apenas seu amigo, seu irmão. Toda bendita vez que a admiro, percebo que está sofrendo por algo e é doloroso ver como seu olhar fica perdido no tempo e no espaço. Eu só queria uma chance para provar que a farei feliz e que mereço totalmente sua confiança e que sim, posso ajudá-la em qualquer situação.
A culpa de tudo isso foi daquele beijo que trocamos quando estávamos disfarçados. Já tive milhares de mulheres, uma mais fogosa e experiente do que a outra, mas Keith tem algo que mexe comigo. Não sei se são os olhos, a boca ou aquele beijo. Ela se entregou totalmente. Meus lábios ainda formigam ansiando por mais. Ela não estava encenando. Ela quis. Me quis e me pegou. Eu só quero mais dela, muito mais. Será que é pedir muito?
Dei um tiro na cabeça de Josh por ela, não posso permitir que alguém lhe trate mal, então ela me deve e muito e vou cobrar esse pagamento diariamente. Ela nunca poderá sair da minha vida. Nunca.
Tomei várias golfadas de ar antes de tocar a campainha da casa dela que atendeu rapidamente segurando um pé e pondo os saltos. Meus olhos acompanhavam todos os seus movimentos até que ela ficou de pé e sorriu pra mim. O sorriso não era nada sincero. Óbvio. Meu irmão mais velho está se casando com a mulher da sua vida, porém Keith diz que o ama ainda me deixando confuso e de coração partido.
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AMOR ÀS AVESSAS - SPIN-OFF DE PAIXÃO POSSESSIVA - LIVRO 4 - FAMÍLIA WINSOR
RomanceQUEM SOU EU MESMO? AH, CLARO MATTHEW MONTGOMERY, MAS PARA MEU BENEFÍCIO PRÓPRIO. THOMAS BACCONI NÃO EXISTE MAIS POR ENQUANTO, ENTÃO MEUS DOCUMENTOS VERDADEIROS FINALMENTE ESTÃO SERVINDO PARA ALGUMA COISA. ESTOU AQUI PARA FAZÊ-LOS PAGAREM POR TUDO QU...