Diário de Um Sobrevivente

By LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... More

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Agradecimentos

13/04/2019

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By LucianoJnior



Os dias se sucederam rápido pois nosso trabalho era intenso para preparar tudo da melhor maneira. Limpamos e adaptamos vários setores da fábrica para que todos se acomodassem da melhor forma. Gastamos bastante tempo e energia conferindo as cercas e reforçando boa parte delas. Boa parte do terreno da fábrica era murado então nosso foco ficou direcionado mais às áreas de entrada e saída do local.

Passamos dias carregando e transferindo alimentos, água, roupas, remédios e demais suprimentos dos mais diversos abrigos de Frank para as dependências da fábrica. O que deveria ser um abrigo provisório para as pessoas estava cada vez mais com cara de lar definitivo e isto inflava nossa vontade de efetivar tudo que planejamos.

O trabalho foi árduo e necessário para afastar os pensamentos de incerteza e ansiedade que vez ou outra atentavam minha mente, mas a realização de ver mais do que um plano, um sonho se realizar, era o que mais me motivava.

Saímos de João Pessoa com o intuito de alcançar um lugar melhor, um lugar seguro para todos. Um local onde as crianças pudessem crescer sem o constante medo de serem atacadas a qualquer instante. Um lugar onde pudéssemos dormir seguros, sem um sinal ininterrupto sobre nossas cabeças alertando que a morte espreitava de perto a cada segundo.

Pensei que esse lugar nos seria cedido, que alguém nos receberia de bom grado com peixes e frutas às mãos, com um tapa no ombro e uma mensagem de que enfim conseguimos nos salvar. Mas a realidade é que dependia de nós conquistar e construir este lugar e enfim estávamos prestes a fazer isto.

Uma certa tristeza me afligia por vários de nós não terem sobrevivido o suficiente para desfrutar do nosso sonho, mas era também por eles que se mantinha a minha força de manter a luta, para mostrar que a morte deles não seria de forma alguma em vão.

Igor refez parte do caminho que levava da cidade até a fábrica inúmeras vezes. Demarcou sinais para que todos pudessem seguir mesmo que algo de mal acontecesse com ele ou desse errado no plano. Também deixou algumas armas pelo caminho para que as pessoas combatessem quem quer que fosse que tentasse obstruir sua passagem.

Partes das armas que Frank possuía nos abrigos também foi levada para a fábrica, caso os homens do comandante atentassem contra nós numa última tentativa de vingança poderíamos rechaça-los dali e isto também traria segurança contra os mordedores que eventualmente pudessem aparecer.

Nós também utilizamos o longo tempo que tivemos para revisar as armas, separar as munições e escolher o que melhor seria do nosso uso durante o ataque.

Frank escolheu um bom armamento pesado, um fuzil paraFAL, duas pistolas e uma dose de cano cerrado. Além de algumas bombas de feito moral, gás lacrimogênio e fumaça. Tudo isso equipado num colete balístico, material todo adquirido dos estoques do comandante. Eu sabia que ele não era um cara pra brincadeiras, mas ao vê-lo separar e preparar o equipamento tive certeza de que era alguém que eu não queria contra mim.

Igor optou por um rifle HK PSG1, que já era uma arma que ele estava acostumado a utilizar nos tempos de exército e tinha a precisão necessária que ele precisava. Assim como Frank ele também escolheu uma pistola como arma para um confronto mais próximo e juntou outras armas para distribuir para algumas pessoas que saíssem da cidade, em sua maioria outras pistolas e revolveres.

A maior arma que optei foi o meu arco composto, trazia comigo o desejo de matar o desgraçado do comandante com ele e estava pronto pra fazê-lo assim que tivesse a chance. Para não prejudicar meu deslocamento não optei por outra arma de grande porte e junto comigo levei uma UZI, duas pistolas e uma machadinha presa à bolsa dos explosivos além de algumas granadas como Frank. Precisaríamos delas para cobrir nossa entrada na cidade e aumentar a confusão.

Estávamos acertados sobre o que levar e prontos para o que fazer. Começamos a preparar os carros, armas e munições para o plano. O dia que escolhemos já se aproximava e era a nossa hora de agir. Executamos a ideia de colocar os zumbis de um dos galpões no caminhão e dessa vez não fomos interrompidos. Demos uma última checada nos outros galpões e deixamos tudo pronto para partir do outro dia ao amanhecer.

Ao caminhar da noite sentei separadamente com Frank para repassar uma parte nossa do plano. Ele conhecia bem as coisas lá dentro, mas eu jamais cheguei perto da cidade e não saberia muito bem para onde ir lá dentro.

E na verdade não importava para eu conhecer muita coisa, o que mais me interessava após passar pelos muros era como alcançar as dependências do comandante. Pois como informado por Frank e Igor, seria lá o local mais provável dele estar, já que em seu abrigo possuía uma espécie de bunker onde ele costumava se proteger quando a cidade fora ameaçada em outras ocasiões.

Frank me passou as referências e dali em diante foquei em memorizar e criar um mapa mental para me guiar quando fosse a hora. Foquei nos pontos chaves e principais referências enquanto aguardava o dia amanhecer.

14/04/2019

A noite não foi cômoda de enfrentar e a ansiedade antes do ataque me visitou mais uma vez. Não pude negar que os pensamentos das coisas dando errado atacavam minha mente e eu sentia uma dor diferente ao pensar no resultado que cada uma das possibilidades podia causar.

Não era fácil enfrentar aquela situação, mas esta não era a hora de hesitar e todo o caminho que percorri até ali merecia um desfecho digno, não era a hora de hesitar, não era a hora de errar.

Contei os segundos até o amanhecer do dia e estava de pé antes mesmo dele chegar. Assim como eu os outros também estavam inquietos mas preparados, nenhum deles estava de pé mas pude sentir que todos já estavam acordados assim como eu.

Revisamos por uma última vez as armas e partimos direto pra o primeiro da fila dos galpões. Seguimos todos juntos no carro, o caminhão já havia sido carregado com os zumbis e estava parado ao lado de um dos galpões. Fomos até ele para que Frank assumisse sua direção e de lá seguimos para liberar e guiar o restante da horda.

Eu assumi a direção do carro enquanto Igor descia para abrir a porta de galpão por galpão. Frank seguiu e nos esperou mais a frente para que pudéssemos seguir junto até onde desse, para tentar evitar quaisquer surpresas desagradáveis.

Precisávamos seguir em marcha lenta para que os zumbis não se dispersassem demais e Igor veio na parte de trás do carro com o porta-malas aberto tentando prender sempre a atenção a nós.

O comboio da morte seguiu lentamente durante horas e percorremos o caminho com o máximo de atenção. Inevitavelmente alguns zumbis se desgarravam da horda mas fazíamos o máximo de barulho possível para que eles nos seguissem ao invés de se espalharem.

Após algumas horas alcançamos o ponto em que precisaríamos nos dividir. Igor seguiu para o leste, saindo da estrada e indo em direção ao caminho que as pessoas deveriam percorrer até a fábrica. Frank seguiu pela estrada com o caminhão, buzinando e tentando atrair boa parte dos zumbis enquanto eu segui com o carro por um caminho secundário e também buzinando para atrair outra parte da horda, os zumbis que precisaria levar comigo.

A divisão não aconteceu exatamente do jeito que queríamos mas conseguimos manter boa parte dos mordedores nos seguindo. Por Igor ter saído a pé e em silêncio absoluto em comparação a nós, nenhum mordedor se atentou a ele e ao menos não deveremos ter problemas com muitos zumbis atrapalhando seu caminho ou o dos sobreviventes.

Segui até onde pude com o carro e depois o larguei para me embrenhar na mata, seria a parte do percurso mais difícil para mim. Avançar por um caminho tortuoso com uma horda de zumbis a meu encalço e praticamente uma fortaleza a minha frente. Já estive em momentos difíceis mas nunca senti o odor da morte de tão perto assim.

O caminho para Frank também não seria nada fácil. Com Wallace fora do plano perdemos aquele que seria nosso motorista kamikaze e fazer com que Frank assuma este papel seria um desperdício. Pra isso acabamos por bolar um sistema simples mas que deveria servir para manter ao menos o caminhão em linha reta na etapa final do caminho.

Uma gambiarra utilizando uma barra de ferro e alguns nós de corda para manter o volante fixo em linha reta e um peso para manter o pedal do acelerador totalmente acionado até que fizesse o caminhão se chocar ao portão. Dessa forma Frank não precisaria ficar no caminhão até o fim do percurso e sua entrada aconteceria de forma mais estratégica, como havíamos planejado antes.

Meu caminho continuou pela floresta já ao anoitecer, não sabia bem o quão perto já estava dos muros da cidade então precisava me precaver quanto aos barulhos que emitia. A essa altura esperava que apenas os próprios sons emitidos pela horda de mordedores fossem o suficiente para mantê-los unidos e caminhando atrás de mim.

O suor frio minava pelos meus poros à medida que avançava e esperava que o timing do nosso plano fosse perfeito como havíamos pensado que seria. Nenhum de nós poderia ter problemas com suas funções, se alguém falhasse tudo estaria condenado. Minha ação dependia da deflagração da bomba por Frank, o ataque dele aos portões que me daria o sinal verde para acionar minha parte dos explosivos e só após isso Igor estaria livre para abrir a passagem no muro para a fuga das pessoas.

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