Treinada para não Amar_ Katri...

By Pandora_Cavalcanti

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6° lugar em leitura feminina- dia 09/07/2018 10° em leitura feminina- dia 09/08/2018 Katrina González Bitenco... More

Começo,Meio E Fim| Arquer(sinopse)
Capítulo 1| Naufrágio Emocional
APOSTA|Capitulo 2
Sondando Território|Capítulo 3
Acordo de Paz|Capítulo 4
Garotas crescidas choram|Capítulo 5
Henrique
Feel so Closer|Capítulo 6
Sentir ou não sentir? Eis a questão|Capítulo 7
A santinha perdeu o juízo|Capítulo 8
Não sou moleque|Capitulo 8.2
Por que não me retorna?|Capítulo 9
Você me deu vontade de levantar e gritar|Capitulo 9.2
Ocorreu um erro|10
Arrependida| Capítulo 11
Até as últimas consequências| Capítulo 12
Vai demorar?| Capítulo 13
Cavicão|Capítulo 14
Dia Seguinte| Capítulo 15
Você está horrível | Capitulo 16
É pelo nosso filho|Capítulo 17
Julgamento|Capítulo 18
Palavras tem poder| Capitulo 19
Também te amo
Henrina|Capítulo 21
Atena me ajude, amém!|Capítulo 22
Pizza| Capítulo 23
24
Casamento da Gabi|Capítulo 25
Aos olhos do pai|Capítulo 26
Massagem|Capítulo 27
Vingança|Capítulo 28
Revelação|Capítulo 29
Revelação|Capítulo 29.2
Ciúme parte 2|Capítulo 31
Treinamento|Capítulo 32
É nos meus termos|Capítulo 33
E se...|Capítulo 34
Polígrafo| Capítulo 35
Que os jogos comecem.|Capítulo 36
Que os jogos comecem|Capítulo 36.2
Medo de Barata|Capítulo 37
Dios mío|Capítulo 38
DOUTOR|Capítulo 39
Sufocada|Capítulo 40
Sufocada|Capítulo 40.2
Contrato|Capítulo 41
Julgamento| Capitulo 42
Natal|Capítulo 43
NIRVANA|Capítulo 44
liga do mal
Nivarna parte 2|Epílogo
Nota da Autora
Cena Bônus.

Ciúmes|Capítulo 30

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By Pandora_Cavalcanti


Desde muito pequenas as crianças são educadas a seguir horários, desenvolver certos comportamentos e maneiras de ser. Eu, não fui diferente delas. Por muito tempo me vi na obrigação de seguir àquilo que fui "adestrada" a fazer. E veja só no que deu?

Tive uma adolescência conturbada que acabou respingando na minha vida adulta.

Por anos vivi guardando tudo para mim, enfrentei ataque de pânico, pesadelos... e, por mais que minha tia movesse o céu a terra em busca de psicanalistas renomados, nada mudava. Com o passar dos anos me tranquei. Psicólogo já não era mais útil em minha jornada, eu ia para as consultas e ficava encarando a parede remoendo tudo que passei.

A culpa era minha. Eu não fui suficiente para minha família.

Não fui a melhor namorada para Ricardo.

Ele estava certo. Como eu queria que ele me amasse se eu não dava o que ele queria?

Fiquei presa em uma cela de culpa. Decidi cursar direito porque eu não queria lembrar do que era medicina, tanto que criei uma resistência a médicos.

Ao chegar no Rio e ser amparada por minha tia, a primeira coisa que ela fez foi me levar no médico. Fiz todos os exames possíveis, e ficou tudo muito claro quando com o passar do tempo, minhas cólicas se tornaram intensas e ao investigar, descobri o comprometimento em uma das trompas. Filhos? Nem pensar.

Mas também, tanto faz... eu só queria ter filhos com Ricardo, se não fosse com ele a minha família margarina, não possuía interesse.

Uau! O mundo dá voltas. Quando fiz aquele trabalho sobre violência doméstica, tudo mudou.

Lembro como se fosse hoje, eu não queria amigos, achava que iriam fazer comigo o que Rafaela fez, então eu me afastava. Homens? Nem em sonho.

A lei Maria da Penha estava para entrar em sansão e quando o professor passou o trabalho e fomos pesquisar, vi que várias mulheres passaram pelo o que passei. Não me refiro a levar surras, mas toda aquela cobrança psicológica de ser a mulher/namorada perfeita, e se não fosse, eram brigas, dias ignorada e quando voltámos ao "normal" recebia flores com o pedido de promessa de tentarmos ser melhor e atender ao pedido do namorado apaixonado. Isso me fazia sentir culpada. Nós brigamos porque eu não fiz o que ele quis. A sensação de insuficiência assolava e as lágrimas desciam. Mas o bom homem vinha me consolar dizendo que me amava, só ele era capaz de me amar. Que por eu ser inexperiente e nerd, não me encaixa no gosto masculino. Que se não fosse sua compaixão, eu viveria sozinha. Com medo de perder o príncipe encantado do cavalo branco, sempre eu estaria a sua mercê.

Quando vi que eu não era a única, aquilo me despertou. Não fui a única. Ele que foi um filho da puta. Meu travesseiro não merecia secar minhas lágrimas. Ao ver Luana contar sua história na sala percebi o quão mal o homem é.

Algo de útil eu teria que fazer. Era meu dever. Então a chamei para jantar, contei tudo para a minha tia e ela sorriu ao me ver com o sorriso nos olhos e não com lágrimas. Contei a ideia que tive de criar um grupo de apoio e Luana aceitou, minha tia comprou o espaço e nos cedeu e assim nasceu a UTPNM.

Em meio ao processo de fim de curso, minha tia contou o que aconteceu para ela vir embora e ser a ovelha negra da família. O nojo de Paulo foi instantâneo, aquele homem não podia ser o pai que eu queria seguir os seus passos.

Meses depois, Tanaka apareceu. Ele é sem dúvidas é um ser de luz enviado dos céus. Torci tanto para que ele e minha tia fiquem juntos, mas o que nasceu foi uma amizade após um contrato de negócios.

Nunca falei, mas minha tia tem uma rede de restaurantes em todo o mundo e Tanaka na época estava querendo expandir a comida japonesa. Com a amizade dos dois, ele se tornou minha referência de pai. Sempre muito sábio, invadiu meu coração sem pedir licença. Nos momentos de dor era ele e minha tia que estavam ao meu lado.

Por um tempo minha tia quis fechar o grupo de apoio, porque ele funcionou como um gatilho para as más lembranças, então Tanaka intercedeu e me apresentou ao mundo das artes marciais e suas disciplinas. E é o que me mantém em pé até hoje.

Quando parti para o curso de Segurança em Israel, eu já estava restaurada, ao menos eu acreditava nisso. Já conseguia me relacionar com outros caras. Fiz da vida de alguns o inferno. Pois os fazia de objeto. Como fizeram comigo. O Sam havia acabado de sofrer uma desilusão e quis fazer o mesmo comigo. Mas não deu certo, já que eu também objetivava o mesmo. Acabamos namorando no tempo em que ficamos em Israel, quando contei a minha tia, ela jurou que nos casaríamos. Voltamos ao Brasil, mas tempos depois ele foi chamado para ser chefe da inteligência brasileira, então nos separamos e eu voltei a fazer o que fazia... transar, usar e abandonar.

Nossa que cruel Katrina... ninguém tem culpa que você foi mal amada.

Vai passar por isso primeiro e depois me diz. Cada um tem uma forma de reagir e eu fiz como julguei melhor.

Em quase trinta anos de existência... afirmo que minha vida é uma aventura.

Jurei nunca amar ninguém e vejam só: amo o cara que jurei ódio eterno.

E ele está dormindo como um anjo ao meu lado, enquanto estou curtindo a leveza de ter contado a verdade sem medo.

-Está fazendo o quê acordada tão cedo?-ele balbucia abrindo os olhos enquanto a luz solar começa a passar pela fresta da janela.

-Estou pensando no namorado maravilhoso que tenho e o quão ele é lindo-beijo seu rosto.

-Você sabia que esse seu jeito pensativo me deixou com tesão?-ele pergunta roçando sua excitação em mim.

-Não sabia não.-brinco com sua barba quando ele deita sobre mim.

Ele foi descendo devagar atritando a barba sobre minha pele e abriu os lábios de minha intimidade, meteu a língua chupando meu clitóris.

-Henrique tire a porra da coberta. Quero ver você me chupando.-mando apertando os lençóis em conformidade com o movimento hábil de sua língua.

-Amor, vamos testar sexo a moda Big Brother.-ele zoa, mas em seguida tira.

Vejo sua língua praticando movimentos de baixo para cima, dando beijos delicados. então ele enfiou a língua dentro de mim, a deixando dura.

-Cacete...-gemo apertando meu travesseiro.

Ele me tirou da cama e pediu para que eu sentasse em sua face, assim eu fiz. A cena clássica do Kamasutra que fez a região entre minhas pernas molhar ainda mais. Gemi e rebolei em seu rosto na tentativa de aproveitar o máximo da sensação.

Segurei o máximo que consegui, mas ao sentir ele me apertar e fuder com a língua com mais intensidade não suportei. Cai no orgasmo convulsionando o corpo e Henrique chupou tudo.

-Uau! O que foi isso?-perguntei me recuperando para me deleitar.

Sem dar tempo para se recuperar, sentei em cima dele, acomodei seu pau em mim e comecei a cavalgar com força.

-Que buceta gostosa. Agora cavalga bem gostoso.

As ritmadas foram aumentadas e anuncio logo que vou gozar, gozamos juntos, e caímos cansados na cama.

***

-Marquei uma reunião com um amigo meu para conversamos sobre nossos passos. Agora eu acho fundamental você participar. -digo para Henrique enquanto espero meu cappuccino ficar pronto.

-Amigo?

-Sim. O Sam, ele fez o curso de segurança comigo.

-Você fez curso de segurança? E porquê você nunca falou desse amigo?-ele arqueia a sombrancelha e tenta, miseravelmente, esconder o ciúme desnecessário.

-Não vi necessidade e também não tivemos tempo para isso.

-Tudo bem. Quando voltarmos a trabalhar, daqui a quatro dias, vou precisar ir a Ribeirão Preto.-ele diz lendo alguns papéis.

Meu coração gela.

Henrique beberica seu chimarrão-é a primeira vez que o vejo tomar- recostado na poltrona bege.

Seus olhos azuis encontram os meus, mas me mantenho calada. Não sei de nada.

-Por que?-indago temerosa.

-Olhe esses papéis, são seus pais. A única chance de colocar esse crápula na cadeia é com o depoimento de seus pais. E de algumas vítimas do passado.

-Meus pais? Henrique não. Isso está fora de cogitação.

-Eu sei Katy, mas é nossa chance. Talvez, com um acordo vantajoso eles aceitem.

-Henrique acorda. Meus pais são espertos. Isso aqui é Brasil, não Europa.

Henrique só pode ser idiota. É de tamanha ingenuidade ele achar que a droga de sua ideia dará certo. Que ódio!

-Eu sei que aqui é Brasil, mas tenho que tentar. Já que você deu condicional.

Sabia! Ele sempre vai jogar a porra dessa condicional na minha cara. Respiro.

Mas não adianta a raiva já me abraçou.

-Vou para casa providenciar algumas coisas e dentro de horas te ligo para irmos ao encontro do Sam.-saio de seu apartamento sem escutar sua respiração.

Puta que pariu! Tudo bem que aqueles que me colocaram no mundo poderia ajudar, mas que parte que também estavam metidos até o dente ele não entendeu? Ou, que eu só dei a merda da condicional por causa da ameaça?

***

Assinei alguns documentos, alguns pedidos de liberdade, preventiva... nada fora da normalidade. Me arrumei e tentei a todo instante não lembrar do que Henrique disse. Enquanto passo alguns arquivos para o HD externo a campainha toca, imagino ser Henrique já que não foi anunciado.

Atravesso a casa, abro a porta e me deparo com a merda de uma coroa de mortuária.

Fico em choque.

Voltamos as ameaças, mas dessa vez, aposto ser coisa do Ricardo.

Me abaixo, entro para o apartamento e começo a examinar o "presente". Entre as flores encontro um bilhete impresso: "Quem brinca com fogo se queima. Queimadura leva a morte".

Engulo em seco.

Mas que infantil essa ameaça. É o melhor que ele pode fazer?

Mando mensagem para o Sam que por sua vez confirma que podemos ir ao seu encontro.

Vou chamar Henrique e nos dirigindo a um escritório de advocacia. Segundo Sam, temos que mudar os lugares de encontro pois estamos sendo monitorados.

O clima entre eu e Henrique continua levemente pesado. Juro que se ele não representasse a promotoria, eu não o chamaria. Estou chateada pela tentativa dele passar por cima de meus sentimentos.

Estaciono na vaga, Henrique que estava calado, entrelaçou nossas mãos e entramos no prédio.

-Capitã de Ferro!-Sam me cumprimenta assim que saio do elevador com Henrique.

Vou ao seu encontro e nos abraçamos. Henrique assiste a cena com cara de poucos amigos, mas disfarça cruzando os braços sobre o peito, diplomaticamente.

-Capitão Molenga, esse é Henrique, o promotor que vai nos ajudar.-apresento Henrique.

-Prazer Henrique, sou Sambataro. -Sam cumprimenta Cavichiolli que sai em um rompante para longe de mim.

Somos guiados para uma sala de reuniões. Ela dispõe de dois telões, mesa de oito lugares, móveis escuros em replica a cor madeira, com uma ampla parede de vidro que dá para ver a praia de Copacabana.

Ah, Copacabana! Quantas vezes eu pensei em me afogar me ti...

-Bom, desde a última vez que nos falamos não mudou muita coisa. O Ricardo enviou o filho para um internato na Inglaterra, ele e a esposa o embarcou há pouco menos de trinta e seis horas-a imagem do mini Ricardo surgiu em um dos telões e à medida que várias dessas passavam algo chamou minha atenção.

-Espera! Quem é esse próximo a eles na porta do aeroporto?-aquele rosto não me era estranho...

-A priori o segurança de Ricardo, a equipe está à procura de sua identidade.

-Não precisa ir muito longe. Esse cara ele é chefe do tráfico de um dos morros daqui. Eu o sentenciei há uns dois anos. Mas que porra ele está fazendo solto e com Ricardo?

-Sabe o nome dele, doutora Bittencourt? -Henrique inquiriu.

Pude sentir o amargor de seu timbre. Ele está com raiva.

-Não, não sei. Teria que procurar nos arquivos, Cavichiolli.-retribuo sua gentileza e ele retorce os lábios.

-Bom, isso não é importante. Seus pais mandaram fazer um documento para a transferência do hospital para os Mazzaropi e, Ricardo está desembarcando neste momento em Bogotá-Sam interfere a troca de farpas entre mim e Henrique.

Um vídeo ao vivo de Ricardo em Bogotá é reproduzido no telão dois e meu coração aperta.

A sensação de impotência me abraça, mas engulo

"nade com cuidado para não se afogar"

Mais uma vez Tanaka vem à cabeça e eu me forço a tranquilizar.

-Não é só isso, seus pais estão de passagens marcadas para chegar ao Rio. Dentro de quinze dias para ser mais preciso. Por isso, temos que estabelecer algo tático. Ele está ganhando espaço. Isso é ruim e você sabe Katrina-Sam pondera e me lembra de uma situação que enfrentamos em Israel.

-Concordo Senhor Sambataro, mas a Vossa Excelência deu o habeas corpus-ele tornou me alfinetar.

Mas que caralho está acontecendo aqui? Como voltamos ao campo minado?

-Sinto te decepcionar doutor Cavichiolli, mas a Katrina usou do que fomos treinados para essa situação. Ricardo não é um criminoso comum, ele é articulador. Isso implica várias coisas, se é de interesse do senhor ele tem muita gente comprada mundo a fora além, é claro, de uma vasta lista de crime e impunidades. -Sam entrega uma copia dos relatórios para Henrique.

Henrique bufa, chega resmungar algo e olha entediado para um ponto fixo da parede.

-O que o chefe da segurança da Princesa sugere?-Henrique zomba.

-Sugiro calma. Vamos depender do que ele foi fazer em Bogotá, mesmo que sua ida esteja indo contra a lei. Enquanto isso, vocês seguirão a rotina e vamos aumentar a segurança de vocês.

-Faça isso Capitão.-falo vagamente lembrando da coroa funerária que recebi.

-Katrina-sam chama minha atenção.-aconteceu alguma coisa que você está omitindo?

Henrique nos olha, Sam ganha minha atenção. Ele me conhece muito bem, ler expressões como ninguém, fomos treinados para isso, além de que ele é responsável pela minha segurança, e é uma das poucas pessoas que confio. Logo, me vejo na obrigação de contar

-Na verdade, aconteceu sim. Hoje recebi uma coroa de funeral juntamente com uma ameaça.

-Chegamos onde eu queria, Capitã de Ferro. Vou pedir para duplicar a sua equipe e aconselho que sua arma ande sempre carregada.-sorri para mim, retribuo

Henrique assistia tudo com ódio nos olhos.

-E anda...-tirei a minha pistola do coldre que escondo debaixo da saia e jogo sobre a mesa em sua direção.

Sam pega, a analisa e comenta:

-Uau! Bela arma. Espero que ainda saiba atirar.

-Isso não se desaprende, meu caro-brinco-bom, agradeço a ajuda. Temos que ir.

Henrique se despede de Sam não muito contente, Sam percebe e me olha, mas me limito a um levantar de ombros.

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