Henrique

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Digamos que para um cara de 31 anos, dou um "caldo" em muitos playboyzinhos de 18 anos. Muitos me chamariam de Playboy, mas não me considero.

Mulheres, me classificam como Dom Juan, mas sou contra titulações. Eu, Henrique Cavichiolli, sou um jovem e humilde promotor de justiça de 31 anos, gaúcho, filho de vinhateiros e agora, tenho um pai ministro. 

Sim, tenho essa infelicidade: pai ministro da agricultura.

Bem, passei minha infância na Suíça, segundo meus pais, era para que eu tivesse uma boa formação... O que não teve muito sucesso, porque digamos que fui um adolescente um tanto rebelde e fui obrigado a voltar ao Brasil e trabalhar para meus pais, até que comecei a cursar Agronomia. Com 21 anos, já formado, decidi que ser agrônomo não era pra mim, só então me formei em Direto.

E hoje faz uma semana que fui transferido para o Rio de Janeiro, na verdade, eu pedi. Não suportava a pressão de minha mãe para que eu reatasse meu noivado com Pietra.

Pietra, é filha do sócio e amigo do meu pai, Vincenzo. Ele e o Srº Enrico, meu pai, têm uma rede de restaurantes e vinhos espalhados pela Itália. No início, tudo era perfeito só que  depois que fui morar na Inglaterra, Pietra se tornou um pé no saco, principalmente quando a pedi em casamento. Foram 1 ano e 8 meses de completo inferno.

Ela acreditava veementemente que podia me controlar e decidir o que eu deveria fazer.

Coitada... Jamais me submeti à regras de terceiros.

Enfim, há 8 meses dei um pé na bunda de Pietra e agora estou aqui contando essa fatídica, porém feliz história.

Assim que fui transferido, achei que encontraria paz. Mas me enganei. Em meu primeiro dia, me deram, literalmente, uma bomba: Uma audiência.

 Fui ao fórum, onde fui recebido calorosamente por todos. Não que isso seja uma cerimônia normal  de um promotor passar por todos os setores do fórum, mas eu tive a curiosidade de conhecer. Não tenho o que reclamar de minha recepção, todas as meninas foram bem " calorosas" comigo, que modéstia parte não me é estranho, e os homens bem-educados.

Alguns, claro, me olharam com uma repulsa, porém tenho a consciência  que um cara como eu, incomoda.

Tudo ia muito bem, enquanto eu tentava entender o que aconteceria nas próximas horas até que uma mulher morena vem até mim em passos decididos e arrogantes. Tentei cumprimentar, mas ela me fez engolir todas as tentativas.

Só então, conheci a Drª Katrina Bittencout. A mulher mais gata do fórum e também a mais difícil e arrogante.

E vem sendo assim desde então, a cada segundo que tenho estado com ela é uma batalha. Mesmo após o nosso harmônico acordo, ela não dá o braço a torcer e isso, definitivamente, me estiga.

A repulsa dela é algo extremamente curioso.

Katrina é um furacão de emoções. Ora quero mata-la, ora quero joga-la em uma parede e mostrar a ela que sua "blindagem" não é o suficiente para mim. Sabe aquela atração à primeira vista ou aquela necessidade de querer conquistar algo que julgamos impossível?

Agora estou morando em frente ao seu apartamento, malmente a vejo. As vezes tenho a impressão que ela está me evitando. O que seria tolo de sua parte, mas se assim for, hoje ela não escapa. Estou com a ideia fixa de aborda-la de forma que ela não possa dizer não, porque sei que se eu a convidar para sair, ela vai negar. Então, hoje como uma quinta-feira, especialmente, faz uma semana que estou no Rio de Janeiro. A convidarei para provar um vinho produzido por mim e um jantar italiano feito por mim.

Sou despertado de minha extensa retrospectiva quanto batem na porta da minha sala.

--Entre.

--Licença, Dr. Henrique.—era o delegado—vim acertar os últimos detalhes da prisão do Fortunato.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora