Utópico. - Duologia Deverpolt.

By DihdePaula

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A magia havia sido roubada daquele mundo, assim como a esperança. Todos achavam que conforme os anos se passa... More

BOOK TRAILER. SE LIGA NESSE HINO!!!!
Sinopse
Prólogo.
Capítulo 1 - Um pingo de felicidade no meio do caos.
Capítulo 2 - A profecia.
Capítulo 3 - Sangue e lágrimas!
Capítulo 4 - Primeiro passo.
Capítulo 5 - Mantenha seus amigos perto e os inimigos ainda mais perto.
Capítulo 6 - Uma visita inesperada.
Capítulo 7 - Flores e mentiras.
Capítulo 8 - Sacrifício.
Capítulo 9 - Parque de diversão.
Aviso rápido!
Capítulo 10 - Assassinatos.
Capítulo 11 - Revelações.
Capítulo 12 - Um monstro maior do que parece.
Capítulo 13 - Tormentos.
ATENÇÃO! VOTAÇÃO URGENTE!
Capítulo 15 - A festa dos Brandley
Capítulo 16 - Desespero.
Capitulo 17 - Sentimentos.
Capítulo 18 - Confusão.
Capítulo 19 - Depoimentos.
Capítulo 20 - Decisões.
Capítulo 21 - Distrações.
Capítulo 22 - Complicações.
Capítulo 23 - Alianças.
Capítulo 24 - Frustrações.
Capítulo 25 - Um pouco de verdade.
Capítulo 26 - Lealdade.
Capítulo 27 - Reuniões Parte 1
Capítulo 28 - Reuniões Parte 2
Capítulo 29 - Confissões
Capítulo 30 - Sofrimentos.
Capítulo 31 - A verdade nunca é fácil.
Capítulo 32 - Tentativas.
Capítulo 33 - Ultimatos.
Capítulo 34 - Fonte Carmesim.
Capítulo 35 - Cintilante
Capítulo 36 - Ação e reação.
Capítulo 37 - Juramento de sangue.

Capítulo 14 - Relações conturbadas.

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By DihdePaula

Luna estava com um sorriso em seus lábios enquanto caminhava para a sala de jantar de forma distraída. Havia dormido pouco aquela noite por causa de todos os pensamentos que atormentavam a sua mente, mas ao se lembrar da tarde de ontem não pode deixar de sorrir. Estava distraída caminhando e cumprimentando os funcionários conforme passava por eles, de repente sentiu alguém puxa-la para dentro de um cômodo com rapidez e um pouco de força. Entrou cambaleando sobre os saltos no cômodo e olhou ao redor alerta a qualquer ameaça, mas era só Bernard.

— Mon dieu! Você me assustou! — Exclamou ela com uma falsa expressão de susto em sua face.

— Pelo visto esqueceu de mim não é? Só nos encontramos mais algumas vezes depois daquela noite deliciosa. E você está sempre com pressa e não deixa a gente repetir a dose. — Bernard tentava usar um tom sedutor, que não funcionava com Luna. Mas o pior é que ela tinha que fingir que funcionava.

— Cherie, sabe que não podemos arriscar ser vistos juntos. Ou sua mãe vai começar com a ideia de casamento. Você quer se casar? Porque eu não quero! — Exclamou Luna cruzando seus braços na frente do corpo.

Bernard a olhou assustado quando ela falou sobre casamento e negou rapidamente com a cabeça. Luna suspirou e deu ombros dando alguns passos na direção dele, pousou suas mãos sobre o peitoral dele e tentou dar o seu melhor sorriso, mas como era para Bernard não conseguiu muita coisa. O loiro envolveu seus braços ao redor da cintura de Luna e a puxou mais para si, logo se inclinou proferindo um beijo cheio de desejo sobre os lábios da jovem. Já Luna se controlava o máximo para não começar a vomitar, ela já não aguentava mais aquilo. Conseguiu enrolar Bernard para não ter que transar com ele de novo, mas uma vez ou outra ela que tinha se prestar aquilo. Ela teria que pensar em algo para afasta-lo o mais rápido possível.

As mãos dele começaram a querer passear pelo corpo de Luna e nesse momento a jovem ficou tensa. Ela se afastou sorrindo e negou com a cabeça para ele, não sabia que desculpa iria inventar. E foi salva pelo gongo, ou melhor por Abigail. Que abriu a porta na mesma hora em que Luna se afastava dele, já que ela tinha percebido a presença da garota antes mesmo que ela entrasse. Abigail a olhou confusa e Bernard se virou para encara-la. Luna a olhou desesperada e moveu os lábios dizendo "PELO AMOR DE DEUS, ME TIRA DAQUI"

— Me desculpe interromper a conversa de vocês, mas a sua presença está sendo solicitada Srta. D'Liancout. — Antes que Bernard dissesse algo Abigail soltou rapidamente.

— Estou indo, querida! Obrigada por avisar. Bom Bernard depois eu te mando a lista com os nomes dos livros que você pediu, até breve. — Disse Luna sorrindo e fingindo inventar uma desculpa por estarem ali.

— Sim...Claro. Até.— Foi tudo que um Bernard totalmente irritado e contrariado preferiu.

Com passos rápidos Luna saiu puxando Abigail para fora dali e andando para longe daquele quarto o mais rápido possível, depois de virar em alguns corredores ela parou apoiando suas costas contra a parede e respirou aliviada. Abigail ainda olhava para Luna com o cenho franzido esperando uma explicação, elas haviam se tornado amigas e confidentes. Mas ela não estava a par de todos os planos de Luna, obviamente.

— Muito obrigado Abi, eu estava tentando arrumar uma forma de me livrar dele! — Exclamou Luna por fim, com pequenos sussurros.

— Mas por que vira e mexe vejo vocês se esgueirando por ai. E na maioria das vezes eu percebo seus sinais para dar um jeito de atrapalhar. — A loira cruzou os braços na frente do corpo e continuou olhando para Luna.

— Porque faz parte do plano, quer dizer do meu plano. Se meu pai sonhar que to me envolvendo com Bernard só para destruí-lo é capaz dele vir até aqui e me arrastar pelos cabelos. Mas é a forma mais rápida de tirar ele do meu caminho, ele é egocêntrico e mulherengo demais. — Disse Luna soltando um suspiro no final enquanto dava ombros.

— Então aqueles momentos seus com o Sr. Sebastian também....— Começou a falar Abigail.

— Não! — Exclamou Luna assustando Abigail e se assustando com a própria reação. Ela levou as mãos até a boca tampando as mesmas e depois fitou Abigail em silêncio.

Por um tempo a loira a fitou em silêncio com os olhos semi cerrados como se estivesse pensando em tudo que ela disse, tentando montar um quebra cabeça. Foi quando o rosto de Abigail se iluminou e ela começou a rir baixinho. Luna franziu o cenho em uma pergunta silenciosa.

—Você gosta dele!— Exclamou Abigail, como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

— Que? Não! Só não faria isso com ele, porque ele é um rapaz bom e não merece!—Luna começou a falar de forma apressada negando com a cabeça e as mãos rapidamente. —Eu.... eu ... não gosto dele! Eu acho.

As duas últimas palavras saíram como um sussurro, ela estava dizendo mais para si do que para a outra mulher. Mas Abigail só sabia rir baixinho e bater palmas totalmente animada, como se Luna tivesse lhe dado a melhor noticia de todos os tempos. A morena somente revirou os olhos e cruzou os braços na frente do corpo irritada com aquele acesso de riso.

— Pare de mentir para si Luna! Porque a mim você não engana, toda vez que ele entra na sua frente você fica sorrindo e seus olhos brilhando, não sei como não reparei isso antes! —A loira proferiu aquelas palavras e depois soltou uma daqueles suspiro apaixonados, totalmente falso é claro.

—Não é verdade isso! E eu nem poderia se quer cogitar essa possibilidade! Olha quem eu sou e olha quem ele é! Acha mesmo que se ele soubesse a verdade, se soubesse o que estou fazendo aqui eu e ele teríamos alguma chance? —Perguntou Luna de forma totalmente cética, já conhecendo a resposta.

— Mas por ele você não desistiria?— Perguntou Abigail e Luna a fitou séria maneando a cabeça de forma negativa.

— Não desistiria nem se a minha vida dependesse disso. Entre salvar a minha vida e acabar com pelo menos aqueles dois, eu acabo com eles. Minha família vive de forma precária, todos poderiam estar em casas ótimas na vila, com saúde e educação para todos! Mas basicamente ninguém de lá sabe ler, minha mãe ainda ensinava para algumas crianças. Muita gente morreu por falta de remédio, por causa do frio intenso no inverno e a minha mãe foi assassinada na frente do meu irmão mais velho e das minhas duas irmãs de quatro anos. Quatro anos Abigail e elas já viram a mãe morrer! — Luna sussurrava, tentando manter seus sentimentos controlados, mas era um assunto difícil.

Abigail ficou em silêncio e assentiu para Luna com um olhar triste. A morena respirou fundo e fechou os olhos por alguns segundos, ela sabia que a jovem não tinha culpa. Desde que Abigail e ela tinham se tornado amigas as coisas para Luna haviam ficando um pouco mais fáceis. Ela já não se sentia mais tão sozinha quanto antes, ainda mais que agora Abigail sabia quem era ela!

—Eu.... eu acho que entendo. Não vou mais falar sobre isso, por enquanto. Mas eu sei que você gosta do Sebastian e ele de você!—Disse Abigail com um sorriso pequeno em seus lábios.

—Abigail! Chega, vamos sair daqui antes que alguém nos veja e eu estou morrendo de fome! —Exclamou uma Luna com as bochechas totalmente coradas.

Luna assentiu e abraçou Abigail, ela se sentia mais confortável, já que agora que não precisava mentir para pelo menos para uma pessoa. A loira começou a puxa-la de volta para caminhar nos corredores, não poderia se atrasar muito para o café da manhã. Tinha algumas pessoas que ela queria ver e como naquele dia já começariam os preparativos para o evento beneficente, o tempo seria bem curto.

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Travis caminhava bastante irritado de um lado para o outro dentro de um dos quartos do Solar. Quando Albert o chamou logo pela manhã dizendo ser extremamente urgente Travis achou que ele de alguma forma ia querer mais algumas coisa. Mas quando ele chegou lá e Albert abriu a porta, o mesmo estava completamente acabado. Com olheiras fundas e o rosto inchado, com cara de assustado e de que não havia pregado os olhos durante toda a noite.

No começo quando Albert começou a contar com detalhes tudo que aconteceu durante a noite, Travis achou que ele tinha enlouquecido de vez. Que talvez o remorso por trair o próprio povo o tenha enlouquecido, não seria difícil se contarem o quanto Albert já é instável. Mas quando Albert o levou até o quarto ele também pode sentir um aroma doce empesteando o cômodo e as paredes completamente sujas de sangue, com uma escrita bem sugestiva.

—Obviamente não foi uma assombração que fez isso Albert! Não seja tolo, alguém está brincando com você! —Exclamou Travis de forma furiosa.

—Eu a vi Travis, não tinham como brincar com isso!—Gritou Albert que ainda tremia um pouco por estar naquele quarto.

—Devem ter dado algum tipo de alucinógeno para você e agora você está achando que a viu. A verdade é que tem alguém brincando com você e nós temos que descobrir quem é e punir essa pessoa.—Travis exclamou aquela palavras entre os dentes

Albert deslizou as mãos pelos cabelos negros e sentou na cama encarando a parede. Travis revirou os olhos, não tinha paciência para gente fraca e estúpida. E nos últimos tempos Albert havia se tornado um completo inútil com sentimentos como culpa e remorso, esse tipo de sentimento somente atrapalhava a vida das pessoas. Era exatamente por isso que Travis não sentia nada disso, não se arrependia de nada. Ele já estava exatamente onde ele queria, com o poder que ele queria e como tudo na vida tem consequência os Deverpolt e Amber foram uma das consequências ou como ele gostava de chamar efeito colateral.

—RECOMPONHA-SE — Gritou Travis fazendo Albert pular da cama. — Não preciso de um homem tão fraco ao meu lado, ou você se recompõe e começa uma investigação sobre quem invadiu a casa e esquece essa ideia estúpida de fantasma ou vá procurar outro emprego.

Travis não esperou por uma resposta de Albert, ele se retirou do quarto antes mesmo de Albert assimilar as palavras dele. E em poucos minutos Travis já estava de volta ao Palácio de Borthen. Já estava quase na hora do café de amanhã, mas antes ele precisava resolver algumas coisas em seu escritório. Ele ficou por cerca de meia hora em meio aos papéis resolvendo alguns problemas. Quando percebeu que já estava perto das 08:00 ele se levantou e começou a caminhar para a parte superior do palácio.

—Papai! —Ao ouvir a voz de Bernard ele franziu o cenho.

—O que faz aqui tão cedo?— Perguntou Travis enquanto continuava a caminhar e não demorou muito para Bernard estar ao seu lado andando.

—Eu fui tentar ter uma conversa a sós com a Luna, mas ela simplesmente inventou uma desculpa e saiu correndo. — O rapaz bufou e revirou os olhos conforme finalizava a frase.

— Ainda correndo atrás dessa garota? No começo até achei que ela poderia estar interessada em você, mas depois eu vi que ela estava interessada era nela mesma. — Travis deu ombros e continuou a caminhar colocando suas mãos dentro dos bolsos.

— Ela só ....—Travis reparou que Bernard ficou em silêncio e ponderou se deveria falar algo ou não. E isso fez o homem franzir o cenho.—Ai eu não sei, sinceramente. Já tentei me aproximar, mas ela ta sempre se esquivando.

— Os Brandley vão dar uma festa no sábado, talvez depois de um pouco de álcool você tenha mais chance.— Travis soltou uma risada amarga e continuou a caminhar.

— Pode ser que sim, já que as vezes ela é bem tímida. Então um pouco de álcool iria deixa-la mais maleável, obrigada papai! — Exclamou o garoto e Travis somente assentiu e sorriu.

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Luce estava caminhando animada, sua cabeça trabalhava rapidamente com pensamentos e planos para a ideia que Luna havia dado. Quando sua mãe anunciou que uma prima distante viria visita-los ela pensou que seria mais um posso de futilidade. Mas por sorte Luna era totalmente o oposto disso e o melhor de tudo era que seu irmão estava caidinho por ela. Sua missão pessoal havia se tornado juntar aqueles dois, porque sinceramente ela não sabia quem era mais lento se era ele ou ela!

Luce começou a escutar vozes enquanto caminhava e franziu o cenho, não estava entendendo a conversa e provavelmente não era da conta dela. Então a jovem deu ombros e continuou se aproximando sem se importar muito. Mas ao ouvir a voz de Luna ela parou um pouco antes da curva de um dos corredores e franziu o cenho, logo em seguida a voz de Abigail preencheu o ambiente.

Eu.... eu acho que entendo. Não vou mais falar sobre isso, por enquanto. Mas eu sei que você gosta do Sebastian e ele de você! —  Luce escutou as palavras de Abigail e começou a sorrir, então não tinha sido só ela a perceber o clima entre os dois!

Luna não negou e começou a tentar desconversar e arrastar Abigail para longe. Luce ficou parada até que não escutasse mais os passos dela e depois começou a rir enquanto mudava de direção e praticamente corria para o quarto de Sebastian. Ao correr por um dos corredores ela simplesmente se chocou contra uma parede humana, seu corpo perdeu o equilíbrio e ia de encontro ao chão. Mas logo um par de braços torneados a envolveram impedindo sua queda. Ao olhar para cima um sorriso se estendeu em seus lábios enquanto ela se arrumava.

—SEBASTIAN! Era você mesmo que eu queria ver! —Exclamou uma Luce alegre se jogando nos braços do irmão e o abraçando.

—O que foi garota maluca? Você podia ter se machucado ou machucado alguém sabia? —Sebastian estava com o cenho franzido e uma expressão confusa em sua face.—Achei que você tinha parado de correr por ai na nossa infância, regrediu?

—Hahaha engraçadinho! Se ficar de palhaçada não te conto o que ouvi! — Exclamou Luce sorrindo de forma travessa.

— Não sou do tipo que gosta de fofoca Luce, se não me contar não vai fazer tanta diferença. - Disse Sebastian. Ele depositou um beijo na testa de Luce e depois começou a se afastar.

—Nem se for sobre os sentimentos de Luna? —Luce observou Sebastian continuar andando e dar ombros com as palavras dela.—Sobre você...

No mesmo instante Sebastian parou e se virou lentamente com um pequeno sorriso nos lábios. Ele tentou disfarçar o sorriso, mas Luce já tinha visto. O loiro começou a se aproximar da irmã novamente e parou na frente de Luce com os braços cruzados.

—Tá, desembucha. —Disse Sebastian sem mais delongas.

—Eu estava andando quando escutei ela e Abigail conversando. E Abigail afirmou que ela gostava de você e que você gostava dela. Luna ficou toda nervosa e tentou desconversar do assunto, mas em momento algum ela negou. Se ela ficou nervosa e não negou é porque ela gosta de você, tolinho!— Disse Luce com um sorriso animado em seus lábios

—Ai Luce! Isso não quer dizer muita coisa, ela não afirmou. Ela pode só não querer deixar a Abi nervosa ou contrariada. —Sebastian revirou os olhos e voltou a caminhar na direção da sala de jantar e Luce o seguiu.

—Vocês homens são burros mesmo! Toda vez que você chega perto ela fica toda nervosa e corada, principalmente naquele dia da piscina. Ela estava te comendo com os olhos garoto, deixa de ser burro!—Luce o empurrou ao chama-lo de burro novamente e começou a andar na frente irritada.

Como Sebastian conseguia ser tão idiota ao ponto de não perceber ? A loira revirou os olhos e continuou a caminhar, não demorou muito Sebastian estava ao lado dela caminhando em silêncio. Eles ficaram assim até chegar na frente das portas duplas que levavam a sala de jantar, já podiam escutar as vozes animadas de sua mãe e Luna conversando sobre algo.

— Eu chamei ela para ir ao baile comigo. —Disse Sebastian quase em um sussurro.

— E o que ela disse? —Perguntou Luce sorrindo já imaginando a resposta.

—Ela ficou bem empolgada e disse que sim. —Luce observou o rosto de Sebastian tomar um tom avermelhado e riu.

— E você precisa mais do que Sebastian, para ver que vocês se gostam? Cada vez que você olha para ela você faz uma cara de idiota. Fica olhando pra ela como se ela fosse a coisa mais linda e preciosa desse mundo e ela não te olha muito diferente, mas ela ainda tenta disfarçar e você nem isso. — Luce manteve o som de sua voz baixo para não serem ouvidos.

—Talvez ela seja. —Resmungou Sebastian e logo depois soltou um suspiro.—Eu só tenho receio de estar entendendo errado e ela se ofender e se afastar. Não ligo de tê-la por perto só como amiga se for o caso, mas não sei se suportaria ela se afastar. Essa é a verdade.

Luce sorriu e virou seu corpo para que ficasse de frente para Sebastian. Delicadamente ela pousou as mãos sobre os ombros dele e fez com que ele virasse para encara-la. Ficou observando os belos olhos azuis de seu irmão e manteve um sorriso nos lábios. Ela o abraçou forte, deixou sua mão deslizar pelas costas dele. Sebastian retribuiu o abraço soltando um leve suspiro, quando eles se afastaram ela o encarou e disse.

— Se você não tentar nada ela vai achar que você não está interessado e ai pode ser que ela tente se aproximar de outra pessoa ou alguém se aproxime dela. Você ia gostar de vê-la com Bernard por exemplo?—Sebastian no mesmo instante fechou a cara e maneou a cabeça negativamente.—Nós sabemos que ela não gosta dele e que isso não aconteceria, mas tem vários jovens por ai que adorariam dar em cima dela. Sei porque eu tenho fonte e ouço tudo.

—Tudo bem, vou ver o que vou fazer. Só não sei por onde começar.— O loiro suspirou e ergueu a mão aos cabelos deslizando os dedos sobre os mesmos.

—No final de semana vamos a uma festa. Comece por ai, lá fique perto, converse a chame para dança e a mantenha protegida do abutre do nosso irmão. É bem simples querido! —Ela deslizou as mãos sobre a blusa de Sebastian arrumando a mesma.

Ela agora tentaria ficar mais perto dele para ajuda-lo com esse tipo de coisa. Sebastian era tímido e desengonçado demais no quesito do amor. Principalmente porque ele nunca tinha se apaixonado e porque ele não sabia lidar com mulheres que não fosse Luce e a mãe deles. Então ele precisaria de um grande empurrãozinho.

—Vamos logo, antes que alguém suspeite da nossa demora.— Disse Sebastian sorrindo um pouco mais animado.

Luce somente assentiu e sorriu, ele estendeu o braço e ela aceitou de bom grado com um sorriso sobre os lábios. Não demorou para eles empurrarem as portas e entrarem na sala de jantar. No instante que eles entraram Luna olhou para eles com um sorriso nos lábios. Principalmente para Sebastian que havia entrado no modo sorrir feito um idiota assim que pousou seus olhos na morena. E depois ainda tem quem fale que os dois não se gostam, francamente.

—Minhas crianças! Vocês demoraram! —Exclamou Amélia com um doce sorriso em seus lábios.

Luce e Sebastian soltaram uma risada e se aproximaram da mãe com passos largos e cada um depositou um beijo estalado nas bochechas, fazendo a mulher soltar uma gargalhada e algumas pessoas da mesa rirem. Luce deu um passo para ao lado e abraçou Luna sorrindo e sussurrou no ouvido da morena, para que só ela pudesse escutar.

—E aí futura cunhadinha.—Luna ficou corada e a olhou com os olhos arregalados e tudo que Luce fez foi gargalhar enquanto ia para a sua cadeira.

Sebastian semi cerrou os olhos, mas não disse nada só sentou no lugar de sempre. Logo em seguida ele sorriu para Luna e ela não tardou a retribuir o sorriso dele. Luce soltou um suspiro alto o suficiente para os dois ouvirem e a fuzilaram com os olhos.

—Olá Luna, espero que tenha tido uma noite agradável.—Disse Sebastian sorrindo

— Oi Sebastian! Tive sim, obrigada pela preocupação! —Ela sorriu um pouco tímida e voltou a comer.

Luce percebeu que Bernard encarava os dois furioso e teve que se controlar para não ter um ataque de risos ali mesmo. Amélia e Travis estavam conversando e estavam bastante alheios ao futuro casal. Mas o que Luce realmente estranhou foi Albert. Ele estava com uma cara simplesmente horrível, bom mais horrível que o normal. Olheiras fundas circulavam seus olhos e com certeza ele não havia dormido durante a noite. A loira franziu o cenho encarando o homem que olhava para o nada com um expressão perdida.

—Cascavel você tá bem ? Ta com cara de quem viu uma assombração. —Luce questionou.

Pela primeira vez desde que ela entrou Albert pareceu nota-la. Ele ergueu os olhos para Luce e somente deu ombros sem se importar muito, não demorou para voltar a encarar seu prato e resmungar.

—Talvez tenha visto. — Luce encarou Sebastian que tinha uma expressão tão confusa quanto ela.

Travis pareceu não gostar muito daquele assunto e pigarreou chamando atenção. Naquele momento todas as conversas paralelas sessaram e todos começaram a encarar o homem que sentava na cabeceira em silêncio.

— Tenho alguns comunicados para dar.— Começou Travis. —Primeiro parabenizar vocês três pela iniciativa de ajudar nosso povo, principalmente os mais necessitados. Gostei muito da ideia de vocês e vocês têm minha aprovação e apoio, gastem o necessário para levar esse projeto a frente. Segundo, no sábado teremos um evento na casa dos Brandley e vou querer todos lá, será um evento de gala. As mulheres se precisarem de novas roupas e acessórios, podem ir até a cidade comprar e mandem a conta para o meu gabinete. Terceiro, alguém dos Deverpolt invadiu o solar.

Naquele momento o silêncio ficou ainda maior, Luce engoliu a seco e respirou fundo esperando que ninguém tenha se machucado. Agora estava explicado aquela cara de Albert. Travis deu mais um gole em seu suco e voltou a falar.

—A ordem que eu dei é para tudo ser investigado. E quando o culpado for encontrado será executado em praça pública. Para entenderem de uma vez por todas que eles não devem mexer comigo. — Exclamou Travis entre os dentes.

Naquele momento todos estavam tensos, Luce não concordava com isso. Era uma atitude arcaica e desnecessária, tudo o que aquele tipo de atitude traria seria mais morte e mais confusão. E parece não era a única a pensar isso.

—Você não pode fazer isso ! —Exclamou Sebastian socando a mesa. —Tudo o que eles fizeram é consequência do que você fez com eles! Se você tivesse deixado eles em paz isso não teria acontecido.

—Cala a boca garoto! Você não sabe o que você está falando. —Gritou Travis para Sebastian.

Sebastian se levantou em um solavanco e saiu daquela sala batendo a porta logo atrás de si. Luce e Luna se levantaram e começaram a caminhar em direção das portas duplas. Luce não acreditava que tinha escutado tantos absurdos em tão pouco tempo. A cada dia ela sentia mais vergonha  da sua família naquele momento, quando estavam prestes a sair escutou os surtos de Travis.

—Onde vocês pensam que vão ?—Esbravejou para as duas. Luce se virou e gritou de volta.

— Sair de perto de você. Porque o que você está fazendo é errado ! E eu não vou compactuar com esse tipo de coisa. Vamos! — Luce segurou Luna e saiu arrastando a jovem para fora da sala de jantar.

As duas começaram a caminhar em silêncio pelos corredores. Luce soltou um suspiro e maneou a cabeça negativamente, ela não podia acreditar que aquela merda toda estava acontecendo.

—Vamos achar o seu irmão e pensar em como acabar com essa palhaçada toda. —Disse Luna enquanto dava um suspiro e continuava a caminhar.

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