Treinada para não Amar_ Katri...

By Pandora_Cavalcanti

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6° lugar em leitura feminina- dia 09/07/2018 10° em leitura feminina- dia 09/08/2018 Katrina González Bitenco... More

Começo,Meio E Fim| Arquer(sinopse)
Capítulo 1| Naufrágio Emocional
APOSTA|Capitulo 2
Sondando Território|Capítulo 3
Acordo de Paz|Capítulo 4
Garotas crescidas choram|Capítulo 5
Henrique
Feel so Closer|Capítulo 6
Sentir ou não sentir? Eis a questão|Capítulo 7
A santinha perdeu o juízo|Capítulo 8
Não sou moleque|Capitulo 8.2
Por que não me retorna?|Capítulo 9
Você me deu vontade de levantar e gritar|Capitulo 9.2
Ocorreu um erro|10
Arrependida| Capítulo 11
Até as últimas consequências| Capítulo 12
Vai demorar?| Capítulo 13
Cavicão|Capítulo 14
Dia Seguinte| Capítulo 15
Você está horrível | Capitulo 16
É pelo nosso filho|Capítulo 17
Julgamento|Capítulo 18
Também te amo
Henrina|Capítulo 21
Atena me ajude, amém!|Capítulo 22
Pizza| Capítulo 23
24
Casamento da Gabi|Capítulo 25
Aos olhos do pai|Capítulo 26
Massagem|Capítulo 27
Vingança|Capítulo 28
Revelação|Capítulo 29
Revelação|Capítulo 29.2
Ciúmes|Capítulo 30
Ciúme parte 2|Capítulo 31
Treinamento|Capítulo 32
É nos meus termos|Capítulo 33
E se...|Capítulo 34
Polígrafo| Capítulo 35
Que os jogos comecem.|Capítulo 36
Que os jogos comecem|Capítulo 36.2
Medo de Barata|Capítulo 37
Dios mío|Capítulo 38
DOUTOR|Capítulo 39
Sufocada|Capítulo 40
Sufocada|Capítulo 40.2
Contrato|Capítulo 41
Julgamento| Capitulo 42
Natal|Capítulo 43
NIRVANA|Capítulo 44
liga do mal
Nivarna parte 2|Epílogo
Nota da Autora
Cena Bônus.

Palavras tem poder| Capitulo 19

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By Pandora_Cavalcanti

Um mês se passou. Lucas já está em casa e bem. A recuperação foi saudável e como a neurocirurgiã previu. Como eu disse, não permiti que Rafaela fizesse parte do corpo cirúrgico. Não me chamem de exagerada, ela é capaz de tudo para chegar a seu objetivo. Fiz questão de trazer a melhor neurocirurgiã do mundo: Dasha, uma cirurgiã russa mais conceituada da área.

Fácil não foi. Tive que mover céu e mares. Ir na embaixada, fazer pedido especial e Henrique foi fundamental para o sucesso da solicitação.

Minha rotina desde então tem sido basicamente: fórum; orfanato; jantar de ensaio e Henrique. Sim, Henrique. Ele faz questão de ficar em minha cola em tudo e por mais que eu argumente, não tem negociação. O sexo que jurei naquela sexta ser a última vez, se repete todas as noites como uma rotina. Como falta menos de um mês para o casamento de Gabriela, minha casa está um verdadeiro pandemônio, todo santo dia não importa a hora, ela liga para que eu saia com seu primo. Hoje não tive como fugir ou dar uma desculpa, porque o Rio de Janeiro inteiro está em greve. Então Gabriela me forçou a levar seu primo para um tour. Não preciso dizer que essa notícia deixou Henrique muito irritado, né? Segundo ele, seu plano era que ficássemos na cama transando que nem coelhos o dia inteiro.

Chego no Copacabana Palace, onde o primo de Gabriela e meu par como padrinho no casamento está hospedado e dou de cara com ele já na porta.

Não me entendam mal, mas segundo Henrique, ele tem cara de quem não fode a dias. Bem engomadinho e parece que sofre com algum toque, e eu concordo com ele. Ele sorri em me identificar e entra no carro.

—Bom dia, Katrina.

—Bom dia, Thiago.

—Praticamente não dormi de ansiedade para nosso encontro.

Ele sabe que está parecendo a porra de um adolescente broxa? Nada contra, mas ele força com esse papo de que não dormiu. E não me atrai em nada.

—Bom Thiago, vamos no Cristo e depois podemos ir ao Arpoador, o que me diz?

—Pensei em dizer que podemos ir na Pedra Gávea, pode ser?

—Por mim tudo bem, mas são duas horas de trilha e o terreno é complicado.

Durante todo o caminho ele tagarelou de como é ser juiz federal e contar sua maldita e metódica rotina. Muitas coisas desnecessárias, por exemplo, a possibilidade dele se tornar um professor de Direito Penal.

Que mudança ou acréscimo isso trará para minha vida?

Primeiro fomos no Cristo. Thiago e eu caminhamos o curto trajeto para pegar o bondinho que dava acesso ao pão de açúcar. E antes de qualquer coisa, preciso constatar que: Thiago calado é mais atraente do que falando. Sério! Calado ele passa confiança; virilidade e astucia- o que com certeza o faz de uma foda e pretendente em potecial- mas se abre a boca, o encanto desce pelo ralo.

—Há quanto tempo você mora aqui no Rio?

—Há dez anos—reduzo alguns anos.

O diálogo entre nós dois é totalmente constrangedor e tem vários motivos para isso. Começando que eu poderia estar debaixo de Henrique agora ou simplesmente está assistindo ele cozinhar uma de suas receitas; depois, que não paro de pensar o quão pé no saco ele é e por último, não menos importante, o tempo que estou perdendo.

Ao entrar no bondinho, a mão de Thiago vai sorrateiramente para minha cintura, olho para ele com cara de poucos amigos, mas ele apenas sorri como se eu fosse a porra de um troféu na sua mão. Começo a praguejar Gabriela de todas as formas e contar os minutos para que ele suma da minha frente. Claro, que eu poderia tirar suas patas de mim, porém isso causaria uma cena, e eu querendo ou não, sou conhecida no estado e isso pode sair em algum lugar.

–Aqui é lindo. Agora tudo faz sentido, a cidade maravilhosa.

—Sim, foi essa vista que me fez ficar aqui.

—Estou quase pedindo transferência. Estou na cidade maravilhosa com uma mulher Maravilhosa.

Suas palavras me deram ânsia de vomito. Que cantada ridícula. Quer dizer, ele em si é ridículo. E não adianta, já peguei ranço. Talvez, por ele ser atraente eu transaria com ele, mas sem muita conversa.

Dei um jeito "sutil" de sair de suas garras e andar mais à frente.

—A visão mais linda que tive, depois que vi você no jantar de ensaio. —continua

Olho para ele e fico calada.

–Gabriela tinha razão quando disse que você era fantástica—ele disse bem próximo ao meu ouvido, causando um desconforto instantâneo.

Minutos depois ele se ocupou com o celular e eu aproveitei de sua distração com a paisagem a ponto de estar filmando e mandei uma mensagem para Gabriela:

"juro que se seu primo chegar morto em casa a culpa não é minha. Vou cobrar com juros!"

Sua resposta é imediata.

"Meu primo é legal, dá uma chance pra ele;)"

Acabamos fazendo passeios extras como ir na Urca, no demais, seguimos o roteiro: Cristo Redentor-onde ele fez questão de pedir a um casal de turistas para tirar uma foto nossa e postar na internet- Pedra da Gávea e por fim, o arpoador foi substituído por um hospital.

Bom, no Cristo teve a cena ridícula da foto.

—Nossa Katrina, obrigado por esse passeio. Olha isso aqui!—abre os braços, fazendo com que eu sorria com sua espontaneidade.—temos que registrar!

—Me dá seu celular que tiro.— eu, obvio, toda prestativa me propus ser a fotografa.

—Não. Nós dois juntos.

—Não precisa, Thiago.

—Senhores, desculpe-me o incomodo, vocês podem tirar uma foto minha e da minha garota?—já era tarde. Ele já pedia a um casal de norte-americanos para capturar o momento.

Ele simplesmente grudou seu corpo ao meu, sem qualquer permissão, pôs um sorriso e estava ali meu atestado de óbito. Para qualquer pessoa de fora, eu parecia ser a "sua garota", como se não bastasse, o embuste, pegou a foto e postou na internet que viralizou nas páginas de fofoca do rio com a manchete mais horrenda possível: A juíza coração de pedra, Katrina Bittencourt, aparece em clique do mais novo juiz federal do estado de Minas. Será que a pegada mineira é tão quente que derreteu o coração da detentora dos pesadelos do crime organizado?

Como sei? Henrique me mandou uma mensagem com o print da página e ele parecia nada feliz, não que eu me importe, nosso "lance" é apenas sexo e amizade. Mas fiquei chateada com a situação e ao me colocar no lugar de Henrique meu estomago embrulhou.

Apenas isso. Nem aquelas picuinhas de quem manda existe. Em um mês amadurecemos bastante. A noiva dele evaporou; Rafaela sumiu... Evoluímos. Essa é a palavra: evolução.

Depois de todo o stress e mais um print das páginas urubus que se referia a mim e Thiago como Batma e Mulher Gato, fomos em direção a Pedra da Gávea. Duas malditas horas de trilha. Horas que se tornaram uma eternidade.

—amo trilhas.—ele comenta observando o caminho íngreme que iriamos percorrer.

—Não é muito meu forte não.—comento, me arrependendo de ter aceitado esse destino.

—Moça, não diga isso. Vai ser maneiro. Você presenciará em primeira mão eu sendo um nato alpinista.

Sorrio.

O guia nos chama e nos juntamos ao grupo de aventureiros que iriam fazer a loucura de subir na pedra, fomos equipados e logo começamos a expedição.

Com 15 minutos de caminhada, fomos em direção ao Pico dos 4, quero dizer que eu já estava morta, porem com vontade de socar a cara de Thiago e matar Gabriela. Thiago estava com a porra de um sorriso de pouco afetado pela caminhada, além de perguntar a todo instante se eu queria ajuda e gritar frases de estimulo como: "Vamos lá Katrina, libera a Jane que há em você".

Minha mão coçou para lhe dar umas bolachas.

Jane? Sério? Me comparar a Jane do Tarzan?

Em três horas estávamos na Garganta do Diabo, um dos cenários mais incríveis e românticos se eu tivesse com alguém que merece.

—Aqui é tão bonito, não é?—pergunta me dando uma garrafa de água.

Anui golando a agua e pedindo força aos céus para continuar ali.

—Romântico também, não acha? —ele diz se aproximando de mim.

Minha Katrina encrenqueira coloca a luva de box, pronta para atacar, mas é contida pela voz da razão que indaga qual a possibilidade de ele querer me agarrar ou algo do gênero.

—Não, não acho. —Minto.

—Eu achei. —Balança os ombros.

Reviro os olhos e caminho para perto do guia para irmos para a Gávea

Graças ao olimpo, chegamos a Gávea. Thiago tirou inúmeras fotos, pediu que eu fizesse inúmeros registros daquele momento, teve selfies, e um pequeno piquenique. Durante o curto piquenique de meia hora, imaginei como seria se eu estivesse ali com Henrique. Possivelmente, eu iria estar querendo arrancar os cabelos ou já teria jogado ele pedra abaixo por suas piadas sem graça.

—(...)Você está aqui?—encontro seus olhos analisando os meus.

—Desculpe-me estava pensando no casamento da Gabriela.—sorri amarela por ser pega no flagra no universo paralelo.

—Seremos o melhor casal—fecho o cenho em sua direção—digo, os melhores padrinhos.—diz concertando

—Estou certa disso. No jantar de ensaio estamos seguindo direitinho o roteiro.—digo orgulhosa pela minha capacidade de aceitar todas as frescuras do casamento de Gabriela.—Falar nisso, é melhor a gente ir, por causa do horário são mais duas horas na volta da trilha, se chegarmos atrasados ela vai encher o saco.—digo, preocupada com o horário.

—Não tem problema, podemos ir de rapel.—ele diz despreocupado.

—Tem certeza disso?—incrédula indago.—eu disse a você que tenho habilidades aventureiras.—pisca em minha direção.

Mas que a verdade seja dita, não acreditei nessas habilidades dele. Thiago apesar de ter no corpo uma das esculturas de Michelangelo, ele não me parece familiarizado com essas atividades. Se fossemos adolescentes, juraria que era uma tentativa dele me impressionar.

—Tudo bem, já fiz Rapel algumas vezes, não vejo problemas.

Ele sorri e olha para o horizonte. Estávamos no início do finalzinho de tarde, a cor do céu estava relativamente rosa.

Agradeci aos céus o dom da vida, a benção da vida de Lucas, por tudo. Principalmente por Henrique que no período do hospital esteve do lado do Lucas o tempo inteiro.

—Acho melhor irmos, senão minha prima me mata por ter te sequestrado. —ele brinca.

—Concordo plenamente.

Ele colocou o equipamento do Rapel e começamos a descer evitando a fila de volta. Não sei como, na metade do caminho, Thiago fez alguma coisa que o fez grunhir alto de dor.

Seu grunhido foi brutal, deixando claro que sentia muita dor. Nossa posição não me ajudava muito pois ele ia na frente e eu atrás, no caso, ele estava abaixo de mim.

–Thiago o que houve?

—Nada Katrina, fique tranquila. Só foi para entrar no espirito aventureiro.—logo em seguida ele dá mais um grito.

—Thiago, não minta. Seu timbre foi sofrido. O que houve?—desci mais rápido e me pareei ao seu corpo, seus olhos negros escorria uma lágrima solitária.

—Katrina, desculpa.—pede, respirando ofegante.

—Thiago, abre a porra da boca. O que houve?

—Eu machuquei meu pé. Não sei como, quando vi, eu já está descendo descontrolado.

—Seu braço está todo machucado, busco olhar seu pé e seu tornozelo está muito inchado.

—Ai meu Deus,Thiago! Seu pé está enorme.

—Eu sei, fui burro. Na hora da queda consegui me controlar com o pé mas torci.

—Gabi vai nos matar!—é a única coisa que digo .

—Eu sei, mas temos um problema, não tô conseguindo me segu...

Thiago cai como se estivesse em queda livre. E não tem como eu ajudar, assisto sua queda, em inércia.

***

Graças ao bom Deus, a emergência não demorou de chegar. Thiago desmaiou e quando cheguei na terra e vi seu corpo no chão, a culpa me assolou. Eu sabia que ele não tinha pratica, quer dizer, suspeitava que não. Mas mesmo assim consenti essa loucura de rapel.

—Cadê meu primo, Katrina?—Gabriela já surgia na sala de espera totalmente alterada.

—Gabi, ele está no centro cirúrgico. Juro que não tive culpa.

Ela simplesmente me ignorou e a culpa me abraça mais apertado.

—Eu sei Kat. Fica calma. —Matheus se pronunciou no lugar da noiva que visivelmente está com raiva de mim e me culpando pela tolice do primo.

Gabriela sumiu da minha frente com Matheus e eu fiquei ali perdida. Liguei para ela em puro desespero, Thiago estava desacordado na porcaria da ambulância; uma das socorristas disse que ele podia estar politraumatizado, o que só fez a culpa me abraçar. Que porra de Madrinha de casamento sou eu?

Me sentei e deixei uma lágrima cair e se a culpa for realmente minha?

Eu fui tão grossa com ele. E se ele morrer? Ai meu Deus...

Não. Definitivamente não Katrina, você fez um período de Medicina e sabe que as coisas não são assim

A voz racional que mora em mim me tranquiliza.

Meu celular vibra fazendo com que eu acorde de um transe que nem eu sabia que estava.

Olho o visor e um número desconhecido surgia na tela.

Katrina Bittencourt? —atendo.

—Bom ouvir sua voz katyzinha. —Meu corpo gela. Poderia se passar Milhões de anos, mas eu ainda iria reconhecer a voz desse abutre.

Calei-me e deixei que Ricardo continuasse.

Eu e Rodrigo iremos passar na sua casa às vinte e duas horas. Já adianto que o assunto é de seu interesse e de interesse da mídia nacional. Você vai receber uma prévia em instantes, até mais tarde, Doutora.

Ricardo desliga e em instantes chega um email com um documento que faz com que minha visão e respiração suma.

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