(Sendo Reescrita Como Outra F...

By KitsuOneechan

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Equorum pt.2
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Affectio
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Citrum
Conloquium
Deliciae Pars
Aurora Borealis
Intra Silva
Nix
Alba Valde

Infelicis Dies

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By KitsuOneechan

Estou caminhando eu direção ao castelo

Eles querem me fazer sua rainha

E há um velho homem sentado no trono

Dizendo que eu provavelmente não deveria ser tão má

Estou caminhando em direção ao castelo

Eles aprisionaram este reino

E há velho homem sentado no trono

Dizendo que eu provavelmente deveria calar minha boca

Em direção ao castelo

Hasley - Castle 

Uma... Três… Sete... Dez. Dez moedas de ouro.

Isso era tudo o que eu e minha família, juntos, possuíamos para nos sustentar e em ‘sustentar’ eu digo comprar mantimentos, roupas, algumas mobílias novas e pagar o tratamento de minha mãe. Era relativamente muitíssimo pouco para conseguir pagar por tudo aquilo que precisávamos. Muitas coisas importantes não eram obtidas para poder pagar o principal: Comida e o Tratamento da mamãe.

Descendo as escadas, eu pensava em um novo trabalho para conseguir dinheiro, já que eu acabava de ser despedido. Ao olhar a janela ao meu lado que tinha pequenos desenhos de flocos de neve esculpidos no vidro, eu me lembrei da minha irmã mais nova que vivia falando que meus cabelos eram extremamente brancos como a neve e conforme caiam sobre minha face, as pontas apresentavam uma coloração mais cinzenta. Ela também vivia me importunando por inveja, pois minha pele é bem clara - sendo que a dela não era nada escura - e meus olhos são cor de mel.

Ao chegar no andar debaixo, me deparei com minha irmã preparando a mesa do café. Desde quando minha mãe se tornou totalmente impossibilitada de fazer tarefas domésticas, nós viemos nos esforçando como nunca… Com apenas dezesseis anos ela já cuida da mamãe e da casa, enquanto eu passo o dia trabalhado. Não é uma vida perfeita, mas eu não reclamo. Ter as duas comigo já é o suficiente.

— Haneul, mamãe ainda está dormindo? — A sala não é nada grande, poucas mobílias já ocupavam metade do espaço. Apesar de não ser uma casa grande e bem feita, é aconchegante e torna o ambiente deveras familiar.

Haneul andava de um lado para o outro para preparar o café da maneira mais arrumada e bem feitinha possível. Não éramos ricos, éramos mais para pobres. Mas isso era outra coisa que eu preferia não reclamar enquanto temos comida o suficiente e até mesmo sobremesa. Alguns pães, leite de cabra, bolo que suspeito ter sido feito pela Haneul, e até mesmo alguns croissants doces que ganhamos de alguns amigos.

—Ah, irmão… Há quanto tempo está aí? — Ela pusera seus cabelos cinza escuros atrás das orelhas, estava visivelmente determinada a fazer tudo aquilo. Suas mãos estavam machucadas por causa do trabalho duro que anda fazendo, mas seu eu falasse alguma coisa, com certeza a enfadaria. — Vá acordar a mamãe, por favor.

Eu estava com sono e esqueci de confirmar verbalmente, mas acho que ela entendeu assim que me viu subir as escadas novamente.

Cheguei em seu quarto e entrei vagarosamente, sem fazer barulho. Meu intuito era acordá-la, mas não é bom acordar ninguém aos sustos.

— Mãe... — Sussurrei o mais "delicado" torcendo para que com sorte, eu acordasse ela somente com isso.

Infelizmente eu não estava com sorte.

Me aproximei mais da sua cama. Segurei a risada ao perceber que a mulher dormia toda espalhada na cama, de ponta cabeça e com travesseiros no chão, debaixo de suas pernas, abraçados por ela. Tudo isso, menos onde deviam estar.

— Mãe… — Eu continuava segurando a risada da situação cômica. — Mãe...

— Hum? — Finalmente acordou! Mesmo acordada, isso não te tirou de sua posição.

— Você anotou a placa?

— Que? Que placa, Jimin? — A voz sonolenta pergunta em confusão. Era claro que ela não estava dando muita atenção ao que estava falando e só queria voltar a dormir.

— Do caminhão que te atropelou.— Após essa minha piada tosca, o silêncio pairou no quarto.

Silêncio… — AI! — Eu havia levado um chute dela.

— Só agora fui entender! Que eu me lembre, você dormia bem pior! — A agressividade em pessoa me puxa para a cama e começa a apertar minhas bochechas.

Ela podia não saber onde eu estava… Bom, não visualmente, pois sua audição e olfato eram muito apurados, mas ainda podia me sentir ao seu lado.

Só sua visão havia sido prejudicada pela cicatriz de quatro marcas de garras que passava diagonalmente da sua testa até a bochecha do lado contrário.

— Vamos descer para tomar café. — Disse com dificuldade, pois a outra ainda judiava das minhas bochechas.

— Por quê não disse antes? — Só vi um vulto pulando de cima da cama e correndo pela casa.

Correndo pela casa? Essa seria uma pergunta normal que outras pessoas fariam.

Minha mãe é tão teimosa, que desenvolveu sua própria maneira de enxergar.

Apesar de ter a visão danificada, ela não perdia seu ânimo e seu sorriso, que viviam estampados em seu rosto mas, com certeza, muitas vezes não era de verdade.

—  Hmmm, que chique! — Bateu palmas ao sentir o cheiro da mesa arrumada e com dois pratos cheios de bolo e croissants. — Onde arranjaram tudo isso?

— Hahaha, como assim “tudo isso”? — Haneul se aproximou da mesa e se apoiou na cadeira, com aquela cara de quem estava orgulhosa, que sempre fazia quando mamãe a elogiava.

Nos reunimos todos na mesa e conversamos sobre assuntos diversos, como por exemplo, assuntos políticos e até mesmo sobre porque patos tem bico. Como sempre, rimos bastante, já que esse era um dos únicos momentos onde podemos estar todos juntos, pois Haneul fica o dia inteiro arrumando a casa, mamãe fica de repouso e eu trabalho quase o dia inteiro.

— Com licença, tenho que arrumar outro emprego. — A comida quase foi extinta daquela mesa. Haneul já se preparava para encarar a água gelada para poder lavar os copos, pois está nevando lá fora.

— Boa sorte filho! — Mamãe como sempre, levantou uma de suas mãos com o punho fechado, balançando lentamente. Apenas repeti o que minha mãe fazia. — Tomou seus remédios?

— Tomei…

— cer-te-za? — Continuou insistindo.

— Sim… — Eu já dizia impaciente

— Colocou a sua touca e seu agasalho? — Senti em seu tom de voz que ela sabia que eu havia esquecido.

— Ah… — Peguei rapidamente minha touca e agasalho que estavam pendurados no suporte ao lado da porta de entrada. — Coloquei…

— Hum… — Ela podia até não me ver, mas eu nunca a enganava.

— Tchau!

— Dê um beijo na sua mãe antes de ir! — Quando eu estava já na porta, ela me chama novamente.

— Tá…— Dei a volta na mesa e rapidamente dei um beijo na bochecha das duas e me despedi. — Não vou decepcionar vocês! — A porta estava pesada devido a neve que ficara no caminho, atrapalhando a minha vida.  

 Ajeitei minha touca não deixando nenhum fio de cabelo escapando. Para proteção extra, coloquei o capuz do agasalho em minha cabeça e me preparei mentalmente para enfrentar o frio que no momento eu tinha uma pequena fração da brisa gelada em meu rosto.

✵Aurora Boreal✵

 O sol já estava começando a aparecer entre as nuvens carregadas de pequenos e delicados flocos de neve, quando encontrei um restaurante que parecia ser sofisticado e caro, com um anúncio na porta indicando vagas de emprego.

— Com licença… — Entrei no local pouco iluminado, apenas por velas, candelabros e lustres que individualmente pareciam valer mais do que qualquer pertence da minha casa. — Ahn… Olá?

— Olá, como posso ajudá-lo? — Um beta velho, alto e de terno se aproximou e perguntou do jeito mais formal possível.

— É… Eu vi que havia vagas de empregos e… —

 Antes mesmo de eu terminar de falar fui interrompida pelo senhor que levou dois dedos ao ouvido

— Senhora Kim, tem um garoto aqui querendo falar sobre o anúncio. — Pelo que parecia, ele estava com uma daquelas escutas de agente secreto.

— HEE! VAI ATENDER O MULEQUE LÁ, QUE EU TO OCUPADA! — Ouvi uma voz feminina gritando da onde parecia ser a cozinha.

— POR QUE EU?! — Dessa vez foi uma bonita voz masculina.

— PORQUE VOCÊ É MEU FILHO E EU DISSE PARA VOCÊ IR! — Meus tímpanos já estavam doendo do timbre agudo e desafinado da mulher, mas o beta não parecia nem se importar.

 Melhor tipo de mãe.

— TÔ INDO!

 Um jovem veio andando para o local onde estávamos. Ele era alto, usava uma camisa folgada branca e com fones de ouvido pendurados na gola, tinha cabelos grandes bem penteados e negros.

— MÃE! — O mesmo gritou no momento que pregou os olhos em mim — JÁ PODE CONTRATAR! — Se aproximou de mim segurando e virando meu rosto para todos os lados enquanto o analisava.

— POR QUE?

— ELE VAI ATRAIR MUITAS GAROTAS PRA CÁ! ELE É BONITO! — Eu estava seriamente pensando em simplesmente sair pela porta sem dizer nada. Eu não sei se iria conseguir trabalhar todos os dias com esse dois.

— Se depender de todos os garotos que você acha bonito… — A mãe respondeu deixando de lado a ansiedade.

 Espera, ela não gritou? Ata, ela tinha vindo para o local também.

— Desculpe a demora. — Ela, ao contrário do filho, usava jóias brilhantes e um vestido que também aparentava ser bem caro. — Como é o seu nome?

— Ahn?… Ah! Park Jimin. — estendi a mão que depois de um minuto de hesitação, foi aceita em um cumprimento.

— Então você quer trabalhar aqui?

— Sim, por favor. — Sorri tentando simpatizar, mas só recebi um olhar torto em troca.

— Antes de fazer as outras perguntas… — Uma pausa e mais um olhar torto. — Tire esta touca e não use mais ela, não é bonita.

— O-o que? A touca? — Me senti paralisado quando ela acenou que "sim" com a cabeça — Mas eu não posso!

— Como não?! É só uma touca velha!

— Eu… Só não posso! — Desviei o olhar para baixo.

 Por que ela não pode simplesmente aceitar que eu não quero deixar meu cabelo à mostra?

— O que?! Saia daqui! — Acho que não era de costume alguém - com exceção do filho - desafiar ela, já que ela fez uma feição de inconformidade que eu nunca tinha visto.

 Fiquei em silêncio, parado por um tempo e depois direcionei meus passos para a entrada que para mim seria a saída. Após passar pela porta acelerei meus passos… Que vergonha! Por que meu cabelo tinha que ser assim?

— Ei! Espera! — Ouvi novamente a voz do garoto de anteriormente, mas ignorei e continuei andando.

 Mas uma vez meus cabelos criando problemas, hum? Ou reclamam da touca ou ficam me questionando sobre a cor… Eu devia ouvir minha mãe que sempre disse severamente para eu evitar a todo custo que vissem eles.

Andei novamente em busca de algum emprego. Não era fácil achar lugares confiáveis e que parecessem amigáveis. A ventania estava forte, forte o bastante para que a maldita touca voasse para longe, fazendo-me ter que ir atrás dela, expondo meu cabelo claro.

— Não acredito nisso… — Não era a melhor hora para que isso acontecesse. O ar estava muito gelado e fazia minhas orelhas arderem.

Depois de alguns cinco minutos muito longos e chatos de procura pela touca escura no meio da neve, a encontrei presa a uma rachadura funda numa parede de um estabelecimento comercial, uma lojinha de Souvenirs - muito bonitinha por sinal . Essa touca devia ser mágica, pois estavam contratando.

O interior da loja era bem iluminado, com detalhes em azul e dourado, bem extravagante para apenas uma loja que vendia lembrancinhas.

— Com licença…? — O balcão parecia estar vazio, mas apenas parecia. Um ser apareceu pulando da parte de baixo do balcão, quase me fazendo tombar.

— O que quer bonitinho? — A jovem mulher falou, totalmente desinteressada sobre minha existência.

— Vocês estão contratando certo?

— Estamos sim… — Ela prestava atenção em um homem bonito que estava ali dentro. — Não vai querer esse emprego, vai por mim. Além de ser só por um dia, pois o faxineiro faltou, é chato e cansativo.

— Bom… — Apenas desviei meu olhar daquela mulher e foquei nas pequenas esculturas que haviam na loja — Quanto é o salário?

— 10 moedas de ouro. — Ela esboçou um sorriso em seu rosto cansado.

— É.. É sério isso?! — Meus olhos estavam totalmente arregalados. — Eu topo!

— O que? — Ela fez uma expressão de confusão. — Você sabe quantas pessoas entram aqui por dia com os sapatos todos sujos de neve e barro?!

— Apenas me dê o trabalho, por favor! — Implorava.

— Quer o emprego mesmo? — Assenti rapidamente e logo ela me levou até os fundos, onde havia algumas vassouras e um uniforme todo velho e rasgado. — Não está lá em boas condições, mas….Boa sorte.

Trabalhei o dia inteiro, limpando aquele lugar sem descanso, para no final, ser uma fraude.

— Aqui está garoto. — Ela me entregou uma pequena bolsinha, com moedas.

— Muito obrig… — Não era possível que estivesse acontecendo isso. — Mas...está muito abaixo do que me falou…

A moça tinha sumido. Ela foi diretamente à um grupo de clientes que estavam ali, com certeza enganando-os.

O universo só pode estar de brincadeira com a minha cara.

— Moça! que tipo de brincadeira é essa?! — Segurei um de seus ombros, chamando sua atenção.

— O que é,  moleque?! — Ela balançou o ombro tirando-o de meu aperto e agiu como se não me reconhecesse.

Calma Jimin… Conta até 10…

1…2…3…Não tá funcionando…4…5…

É melhor eu sair daqui!

Sai correndo pela porta sem me preocupar em causar um alarde e com o uniforme de "trabalho" mesmo. Corria tentando extravasar a incomum raiva que estava em mim.

Lembra do que sua mãe disse Jimin…

Porra! Esses calmantes estão funcionando cada vez menos!

— Ei garoto!

Me virei assustado e percebi que eu havia chegado em um beco escuro. Se via várias silhuetas na minha frente… Onde eu fui me meter?

— O que você está fazendo andando sozinho por aí, assim? — Um alfa de cabelo esverdeado foi se aproximando com as mãos dentro dos bolsos de uma jaqueta preta de couro.

Já achei má influência por já ter passado da adolescência e ainda tingir o cabelo.

— Ô belezura, por que não chega mais perto? Podemos nos conhecer melhor… — Ele se aproximava cada vez mais. Não era de grande estatura, mas ainda me assustava. — Porra! Você tem um cheiro tão bom!

Até que, ao andar para trás, cheguei na parede. O alfa aproveitou a situação e colocou sua mão na parede ao lado da minha cabeça.

— Yoongi, pare com isso. Está assustando o nanico. — Outro alfa tirou a mão de Yoongi da parede só para debochar de mim.

Esse dessa vez era alto, com cabelos bem negros e usava um capuz como se quisesse que ninguém visse seu rosto.

— Um nanico gostoso por sinal…— Seu rosto ficou a pouco centímetros do meu. Mas desta vez não senti medo… Senti mais raiva! — Você sabe quem sou eu, garoto?

— Eu deveria? — Não era nada comum um ômega se demonstrar irritado quando está suscetível a ser dominado facilmente por um alfa, mas em minha voz passava desprezo, pois era o que eu sentia.

Eu acho que não deveria ter respondido. Ele deveria ser alguém importante, pois depois da afirmação de que eu não conhecia, ele perdeu o último pingo de hesitação que tinha e apertou sem pudor a minha bunda!

Se controla Jimin! Você não pode nunca se irritar pelo seu próprio bem.

— EI! — Gritei, parecendo o surpreender, que arregalou os olhos. — Quem você pensa que é?!

— Como é que é? — Ele se afastou de mim com uma reação nada feliz.

— Se me dá licença, eu vou para a minha casa, porque eu não procurei trabalho a merda do dia inteiro para depois ser enganado e ainda por cima encontrar um alfa convencido como você! — Desta vez que fez eles recuarem foi eu. — Tenham uma boa noite!

Sai andando irritado e no resto do caminho para casa, eles nem ousaram me seguir

 Hoje meu dia foi realmente horrível! Dia de Azar!

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