AMOR ÀS AVESSAS - SPIN-OFF DE...

By bigudinharainha

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QUEM SOU EU MESMO? AH, CLARO MATTHEW MONTGOMERY, MAS PARA MEU BENEFÍCIO PRÓPRIO. THOMAS BACCONI NÃO EXISTE MA... More

CAPÍTULO - 1
NOTA
CAPÍTULO - 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
NOTA
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
NOTA
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO FINAL
AMOR POR ACIDENTE - SPIN-OFF 2 - KEITH E ELIJAH
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
NOTA
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO FINAL

CAPÍTULO 2

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By bigudinharainha

💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕
ASHLEY TANNER

     Entrei no veículo receosa com os olhos fechados. Algo nele exala confiança, mas também exala medo. Ele é todo grande, musculoso que poderia me esmagar até com seu dedo mindinho. Acho que não estou pensando direito. Será tarde demais para desistir? Não, eu não posso desistir. Se eu ainda for pura, meus pais irão me casar com aquele velho nojento. Farão uma chantagem emocional, a mesma de sempre. Se eu me entregar a outro homem, o contrato de casamento será desfeito. É tudo que eu preciso. Ninguém manda na minha vida, ninguém diz o que tenho que fazer, nem mesmo os manipuladores dos meus pais.
      O fitei que manobrava perfeitamente seu carro olhando seriamente para a estrada. Toda sua postura era rígida. Deve ser incrível tocar na sua pele dotada de músculos. Sua jaqueta preta por cima da camisa azul escondia seu corpo que eu tanto queria ver. Sua calça jeans abraçava perfeitamente suas coxas e suas pernas. De repente ele tocou no seu membro o ajeitando, sei lá e fui obrigada a fitá-lo que sorria de canto. Meu rosto deve ter esquentado a 100° por ele ter me flagrado o comendo com olhos. Em minha defesa, nunca vi um homem tão lindo e charmoso ao mesmo tempo. Do molde de onde ele saiu, deve ter sido jogado fora.
      O carro parou no sinal vermelho e suspirei mais nervosa. Estou indo para a toca do lobo. Eu sou a presa. Óbvio. Mas eu quero ser a presa, o que é loucura. Meu corpo todo tremeu quando senti sua mão descansar na minha coxa e depois a apertar nada delicado. Me neguei a olhar para ele tentando me concentrar na bela paisagem que nem dava para ver por conta da escuridão. Não me deixo intimidar tão fácil. Verifiquei as horas no meu relógio caríssimo dado pelo meu pai como presente de formatura e já passavam da uma da madrugada.
      Fiz uma besteira, quer dizer, mais uma só nesta noite. O encarei que devorava todo o meu corpo, cada canto com o olhar sem nenhuma cerimônia e ainda circulava seus dedos pala minha coxa e seus olhos caíram nos meus. Ele se aproximou rápido demais ao ponto de me roubar um beijo. Eu queria esse beijo e como queria. Virei o rosto e respirei fundo. Ele deve ter ficado bem irritado, felizmente não sou burra para olhar outra vez.
      — Me guie até seu apartamento ou vamos para o meu.
      — Que bom que tenho escolha.
      — Sempre temos escolhas, nunca se esqueça.
       O jeito que ele falou foi estranho que tive que olhá-lo, mas ele parecia impassível. Alguma coisa acontecia. Dentro dele. Homem misterioso dão mais tesão até certo ponto, depois dá sono.
      — Bom, vire à esquerda e continue reto, dobre a esquina e chegamos.
       Desci muito rápido quando ele mal estacionou. Não lembro da última vez que fiquei tão nervosa assim, acho que nunca. Tentei pegar as chaves na pequena bolsa, coisa que eu já devia ter feito e o senti respirar na minha nuca. Ai, Deus.
       Finalmente abri a porta e me virei pra ele.
       — Obrigada por me trazer. 
       — Não seja mal educada, me convida pra entrar. 
       — O que? Acho melhor nos vermos no outro dia, tô cansada para conversar.
        Ele gargalhou e era tão lindo. Seus dentes são lindos, sua boca é linda. Ele todo é perfeito de tão lindo. Parecia uma pintura, um Deus grego. Gosto quando ele me olha intensamente do mesmo jeito que está fazendo agora.
        — Acha mesmo que iremos apenas conversar?
        — Não sei do que está falando, mas preciso dormir.
      — Ah, mas você não vai dormir, não agora. 
      — Como é? — Me espantei com tamanha ousadia.
       — Não aja feito criança, Ashley. Vim com você e sabemos exatamente o que vai acontecer e o que tanto queremos — Seu dedo deslizou suavemente pelo meu pescoço — Somos dois adultos excitados, não há problema nenhum nisso.
     Ele parecia ser o tipo de homem somente sexual. Tudo que ele falava, levava a essa conclusão. Sei o quê ele quer, também quero o mesmo. É esquisito desejar alguém assim. Ele me despia com o olhar e estremeci. Tenha medo de pensar no quê ele fará se eu o deixar entrar. 
      — Não vou te obrigar a nada a menos que peça — Falava com a boca próxima a minha e depois mordeu meu lábio inferior e o puxou devagar — Não precisa ter medo. 
       — Ok, tem que ser rápido. 
       Não sei em que momento tudo ficou nublado de um jeito bom, porque o contato de leve da sua boca com a minha foi indescritível.
       — Somos dois adultos, Ashley e com desejos. Vamos explorar o corpo um do outro com calma.
      A voz dele era muito sedutora, grave o quê fazia minha pele se arrepiar com certos pensamentos. Por que será que estou reparando em coisas que nunca dei importância antes? Gosto de homens, sempre gostei, já tive meus namoricos escondidos, porém nada se compara ao que estou sentindo; essa atração louca e desmedida. Sempre me pergunto se me sinto confortável em determinadas situações, o que me leva a seguir ou não adiante, mas agora estou completamente confusa. 
     Matthew me atrai muito, sinto toda uma química entre nós, uma vontade louca de me jogar em seus braços e me render a todos os seus caprichos e também tem aquela parte da minha consciência me avisando pra não fazer nada pra irritar os meus pais, pois o corpo a ser violado será o meu, mas então, prefiro me deixar envolver por um homem lindo por quem estou claramente atraída do que por um velho asqueroso no qual querem me obrigar a casar.
     Ele entrou e fechou a porta, caminhou lentamente até mim como se perseguisse sua presa e recuei aos poucos em alerta, ou seja lá o que for, ele é bem intimidador. O fato é que estou encurralada e ele com a faca e o queijo na mão pronto para me fatiar em pedaços pequeninos. 
      — Quantos metros você tem? — Achei que minha voz não fosse sair de tão nervosa que estou.
      — Você é engraçada — Sorriu e eu sorri de volta.
       — Eu sou? — Franzi a testa — Por que acha isso?
       Ele suspirou bem no meu pescoço e o lambeu fazendo minha cabeça e meu mundo rodar. Seu nariz tocou o meu e prendi a respiração com a intensidade do seu olhar.
      — Tenho 2 metros e 10 centímetros de altura, satisfeita?
      — Nossa! — Arregalei os olhos. Será que ele é grande em todos os lugares? — Qual é o tamanho do seu pé?
       — Você logo vai descobrir o quanto sou grande.
       Acho que essa resposta teve um duplo sentido. Não ajudou em nada. Fiquei ainda mais nervosa.
     — Quer beber alguma coisa?
      — Sim, você.
       Talvez a expressão que eu fiz o deixou em alerta, não sei porque ele riu e voltou a falar.
      — Um vinho seria ótimo — Se sentou no sofá — Você tem?
       — Não, só água e suco.
       — Água está bom.
      Fui até a cozinha e peguei um copo d'água para mim e outro para ele. Não estou acreditando na falta de cuidado ao trazer um estranho para meu apartamento alugado. Ele poderia ser até um serial killer desses que pegam mulheres em bares e se vingam sei lá porquê. Me sinto tão estúpida. Melhor eu me acalmar. 
     Voltei pra sala e pus o copo dele na mesinha de centro que logo o pegou. Prefiro evitar mais contato. O fitei que bebericou sem tirar os olhos de cima de mim.
      — Você mora sozinha?

      — Só neste apartamento que é alugado — Me sentei cruzando as pernas e os olhares dele as seguiam. Desisto. Não tem como eu me acalmar — Logo volto pra casa onde moro com meus pais e minha irmã.

      — Sei — O olhar dele ficou estranho de repente — Quantos anos têm?
      — É falta de educação perguntar isso a uma mulher — Revirei os olhos.
     — Quero saber se é maior de idade.
     — Sim, eu sou. Tenho 22  — Menti olhando para a porta. Não sei mentir encarando as pessoas.
      — Verdade? — Arqueou as sobrancelhas desconfiado.
      — Sim — Bebi minha água de uma só vez tremendo de nervoso.
      Houve um silêncio apavorante.
      — Eu tenho 36 e vou ser muito sincero, quero fazer amor com você — Esfregou os lábios. Tentei resistir, mas meus olhos já estavam nele — Trepar, acasalar, meter, chame como quiser. Só sei que quero estar dentro de você, agora.
      Fiquei em silêncio o fitando por alguns segundos. Confesso que o jeito que ele fala me assusta e ouso dizer, de um jeito prazeroso. Será que sou maluca, insana? Pela primeira vez na vida, alguém me deixou muda. Essa é a minha chance de provar a eles que eu sou a dona da minha própria vida. Não irei me casar com aquele velho para satisfazer os desejos financeiros dos meus pais. Sou maior de idade e tomo todas as minhas decisões e terei também que aguentar as consequências dos meus atos. Eles querem me vender e aquele velho levaria a minha pureza à força porque jamais serei dele por vontade própria.
     — Preciso da sua permissão.
     — Pra que?
     — Como pra que? Me leve até o seu quarto — Se levantou determinado estendendo a mão.
     ‎  Ele me encarava sério e firme e desviei o olhar ainda decidindo. Não sou indecisa, mas ele faz coisas estranhas na minha cabeça.  Respirei fundo e assenti pegando a mão dele que do nada me pegou nos braços e introduziu sua língua dentro da minha boca nada gentil., me puxou pela nuca, jogou uma das minhas pernas para o lado as separando e seus dedos se infiltraram dentro da minha calcinha. Nem tive chance de protestar. Fui pega desprevenida. Homem nenhum me tocou lá, somente eu. A sensação era diferente e mais gostosa. Os dedos dele acariciavam com um pouco de força e se ele não me segurasse, certamente eu iria cair lentamente. Não pude conter o gemido. Enquanto ele me beijava, seus dedos exploravam cada canto da minha carne molhada.
     ‎ As mãos dele levantaram meu vestido e se instalaram no meu bumbum o apertando e acariciando. Oh, eu preciso gritar. Isso é tão gostoso.
      — Quarto — Falou entre o beijo.
      ‎ Apontei para a direção certa  e ele me pegou no colo como se eu fosse uma pena. Me colocou na beirada da cama sem deixar de me beijar. Parecia que precisava disso pra sobreviver.
      ‎ Ele se levantou pegando um envelope de preservativo do bolso e o pôs no criado-mudo. Depois veio como um tigre caçando sua presa. Olhos nos olhos e acabei caindo deitada na cama e ele por cima com os braços arqueados em volta do meu corpo. Me sinto uma formiga perto dele. Seus olhos baixaram para os meus seios e coxas. Vestido foi praticamente arrancado e seus olhos pareciam me admirar apenas de calcinha. Tentei, mas meus olhos caíram nos dele que de verdes escuros ficaram negros como a noite. Fiquei boquiaberta.  Nunca vi tão fenômeno.
      — Por favor,  seja gentil — Pousei a mão sobre o rosto dele que se reteseou e se afastou — Você não gosta de ser tocado?
      ‎  — Não desse jeito. Comigo a mulher só terá sexo, nada mais. Esses carinhos deixo para aqueles que se amam — Apertou os olhos e tirou a camisa revelando seus músculos dotados de tatuagens e citações — Não sei ser gentil. Essa qualidade não faz parte da minha natureza.
       Me assustei quando ele pôs minha mão sobre o seu membro depois de ter aberto um pouco a calça. Não fiz questão de tirar e ele o expôs pra fora da roupa ainda me guiando a masturbá-lo. Ele gemeu e apertou ainda mais a minha mão envolta do seu órgão genital. Fiquei sem palavras, literalmente de boca aberta. Primeira vez que vejo um pênis e é lindo, brilhante e... Bom, ele é todo grande,  então.
       — Gostou?  — Assenti meio boba sem tirar os olhos daquele bicho. ‎
      Ele se levantou e tirou as suas roupas sob meus olhares atentos, colocou o preservativo e se deitou sobre mim cuidadosamente que cravei minhas unhas nos ombros dele ao sentir sua boca chupando meus seios como se não houvesse amanhã. Logo sua língua rodeou o bico enquanto seu dedo remexia no outro. Continuou descendo, beijando minha barriga e enfiando a língua no meu umbigo, chegou nas minhas coxas e as mordeu, lambeu, beijou e apertou. Levou um tempo precioso as adorando. Pensei que a tara dos homens fosse outra parte do corpo feminino.  Também adoro minhas coxas e pernas. Pensei que já tivesse acabado, mas ele deu um beijo na minha bonitinha e estremeci com o contato da sua língua passeando livremente pelo meu botão do prazer. Subia, descia lambendo devagar,  com muito cuidado e total dedicação. Minhas mãos foram parar em seus cabelos involuntariamente. Algo dentro de mim estava querendo sair e senti espasmos descontrolados. Os gemidos eram involuntários que mal senti quando ele entrou em mim de uma só vez, brutalmente.
      ‎— Droga, Ashley — Resmungou irritado — Por que não me avisou sobre isso?
     ‎ Deveria mesmo ter avisado que era virgem.
     — Me desculpe. Não para, por favor — Supliquei quando ele fez menção de se levantar.
     — Por que não me disse que era virgem?
     — ‎Podemos conversar depois?
     — ‎ Apenas não sei como lidar com você e com isso. Eu não gosto de ser o primeiro de nenhuma mulher.
     — Só seja gentil e nada mais.
     — Não sei ser gentil, já lhe disse. Só sei foder, trepar, Ashley.
     — Por favor?
     — Não sei ser diferente, mas prometo que você irá curtir. Vou só te dar prazer se me der de volta.

    Ele colou nossos lábios  e começou a se movimentar rápido, me fitava o tempo todo atento ás minhas reações e eu as dele. Pensei que fosse doer, mas não, estava gostoso e o orgasmo veio fácil e depois outro e outro e ele não parava de estocar com força. Nossos gemidos ecoavam pelo ar. Depois de algum tempo, me levantou me ficar em seu colo onde tinha toda a liberdade para chupar meus seios e apalpar meu bumbum. Sua língua sugou a minha que pensei que seria engolida. Ele tinha razão; não existe delicadeza ali. 

      Deitei a cabeça em seu ombro e gemi quase gritando com a chegada de um orgasmo violento e ele esticou mais algumas vezes mais forte e parou. O abracei e remexi em seus cabelos. Estávamos ofegantes ainda grudados um no outro. Levou mais do que uma eternidade para seu olhar cair no meu novamente, então, eu pensei que ele iria perguntar se eu estava bem. Esse é o correto, certo? Pelo menos nos meus livros de romance.

      Ele ainda me olhava e inspecionava o meu corpo, mas nada disse, se levantou e arrancou a camisinha indo ao banheiro se demorando por lá e ouvi o barulho do chuveiro. Ótimo. Devo ser repugnante porque ele precisa tomar banho depois de ter ficado comigo. Minha autoestima é elevadíssima, porém sou mulher esse tipo de atitude, magoa. Ele retornou ao quarto já vestido e com os cabelos molhados.

       — Preciso ir. Foi um prazer.

       — Legal — Não pude reformular as palavras corretas. Tinha tanto a dizer e entender, mas não o fiz. Não sou o tipo de pessoa que se humilha.

       Não sei o que acontece que ele vive cravando seus lindos olhos verdes em mim. Eu adoro.

     — Tudo bem — Se sentou ao meu lado e eu estou enrolada no lençol — Você está bem? Doeu? Não sei qual pergunta fazer.

     Ri tímida. Isso nunca acontece, mas ele conseguiu fazer coisas que nenhum outro alguém conseguiu. É estranho e louco.

      — Quer mesmo saber?

      — Se eu estou perguntando, óbvio que eu quero.

      O olhei por alguns instantes e percebi que ele realmente estava interessado, não parecia que era alguém que gostava de agradar aos outros, nem um pouco.

     — Doeu só um pouco e estou bem, o incômodo que sinto vai passar.

      — Deveria ter desistido quando eu disse que não fazia amor. Se era pura e casta, por que deixou que acontecesse?

       — Se você conhecesse a minha família, entenderia o meu comportamento. É complicado. 

       — Toda família tem segredos, umas mais do que as outras.
      — Por que diz isso?
      — A sua não tem?
      — Não, acho que não. 

      Ele saiu do quarto estranho e aproveitei para tomar um banho também. O cheiro de sexo estava impregnado e estava me dando mais vontade. Lavei meus cabelos e cada pedacinho da minha pele e o sangue escorreu pelo ralo e uma membrana de sangue caiu. Fiquei parada tentando entender. Minha vagina ardia. Ótimas lembranças. Pus um robe azul claro e desci para comer algo antes do desjejum. Me sobressaltei ao me deparar com o senhor gostoso sentado à vontade no meu sofá. Estava tudo muito bem, até seus olhos devovarem meu corpo e perceber que minha calcinha ficou no quarto.    

    — Pensei que já tivesse ido.

     — Queria me despedir corretamente.
     — Bom, tchau, eu acho — Dei um sorriso forçado. Talvez ele quisesse me dizer mais alguma coisa, porém não disse, porém se levantou e se aproximou muito.
      — Sinto que não estou fazendo certo te deixando escapar — Acariciou meu rosto e fiquei surpresa porque ele estava longe de ser um homem gentil e carinhoso. 

     — Não quero compromisso e nem alguém na minha vida casualmente, tô muito bem assim.

      Não pude deixar de notar em como ele ficou esquisito e desconfortável com a minha declaração. Geralmente são os homens que dispensam as mulheres e eu virei o jogo. Se eu deixasse ele entrar na minha vida, seria vergonhoso por causa dos meus pais e sua vida seria um inferno

     — Então você me usou — Riu.

     — Você também — Pisquei divertida.

     Ele ficou sério e irritado.

     — Eu não fiz isso. Desde do começo eu lhe disse que me senti atraído. Em nenhum momento te obriguei a entregar sua pureza. Isso foi decisão sua — Tocou o queixo — Bom, confesso que não me saciei de você ainda. 

      — Vamos deixar o destino nos guiar. 
      — Acredita mesmo nisso?

      — Sim. Você está aqui, não está?

      Ele franziu o cenho me olhando carrancudo.

     — Bom, já vou — Seus lábios tocaram a pele da minha bochecha por um longo tempo e depois se mudaram para os meus labios por intermináveis minutos. Não que eu esteja reclamando, nunca faria isso, longe de mim. Os beijos dele são mágicos — Obrigado pela noite maravilhosa.

     — Também adorei — Sorri toda boba e molenga.

     — Você é linda e incrível. Espero te ver de novo.

     — É melhor não.

     — Veremos.

    Ele saiu e fechei a porta sorrindo tomada pelas lembranças e depois fiquei séria pensando no que enfrentaria com minha família por conta desse pequeno detalhe. Os amo muito, mas agora sou maior de idade e não os deixarei mais ditar as regras da minha vida. Menti minha idade para Matthew, mas também não o verei mais. Gostaria muito, mas não sei onde encontrá-lo e também não posso dar falsas esperanças ao meu coração. Também não sou do tipo que corre atrás de homem. Tenho dignidade.

     Dormi pensando no que tinha acontecido horas atrás. Foi loucura! Nunca deixei que nenhum homem me tocasse daquele jeito e gostei de tudo que ele fizera, dos toques, dos beijos. E que beijos, que mãos, que voz. Meu corpo se acendeu, parecia brasa. Joguei um travesseiro na cabeça me obrigando a dormir. Não acredito que o mandei embora em plena madrugada. Talvez poderíamos curtir uma segunda rodada. Foi malditamente bom. Nunca pensei que sexo fosse tão viciante e prazeroso. Ele cumpriu o que prometeu me deu mais do que prazer. Meus pensamentos estavam todos voltados a ele.

     Amanheceu e acordei com o toque do celular e a claridade entrando plea janela.

      — Alô? — Minha voz era de sono.
     — Me conta tudo, sua safadinha. Você pegou o homem mais lindo da boate ou talvez do mundo. As mulheres se jogavam nele e ele te escolheu. Como foi a noite?
       Minha amiga Jesse que amo como Irmã muito mais do que a minha que sempre me odiou.
      — Jesse, não acredito que me ligou a essa hora pra isso.
      — São oito horas da manhã, linda.

      — Vou voltar a dormir, estou cansada, fui dormir depois das 3.

       — Você transou? — Quase gritou — Levou aquela montanha de músculos e gostosuras para sua casa?

      — Sim. Foi uma loucura muito prazerosa.
      — Não acredito. Você é mais doida do que eu.
      — Podemos falar sobre isso mais tarde?
      — Traga ele pra festa.
      — Jesse, eu não sei nada sobre ele a não ser o primeiro nome e nem sei se é verdadeiro, foi uma completa loucura. Muito prazerosa, mas loucura total.
      — Que pena. Se protegeu?
      — Sim, mamãe, é claro — Revirei os olhos. Óbvio que eu iria me proteger — Ah, Jesse, foi tão bom, maravilhoso. Não tinha ideia que fosse gostar tanto. 
     — Fico muito feliz por você. A minha primeira vez você sabe que foi horrível e logo com aquele babaca. Então, ele é todo grande?
      — Jesse — A repreendi — Isso é pessoal.  
     Ri e pus o robe para atender a porta achando que fosse algum aviso do porteiro. Abri e me surpreendi ao ver Matthew a minha frente com uma cesta de alimentos. 
    — Bom dia — Ele disse sorrrindo me contagiando e fazendo coisas estranhas no meu estômago e não era fome.
    — Quem é, Ashley?
    — É ele — Sussurrei e ele levantou a sobrancelha e sorriu de canto logo depois.
    — Sério? Oh, meu Deus. Convida ele pra festa, não esquece que vai ser ás 22 horas. Lembrando que seus pais vão te matar.
     — Obrigada por me lembrar. Preciso desligar, nos vemos mais tarde — Desliguei o aparelho e o fitei que não sabia fazer outra coisa a não ser medir meu corpo de cima a baixo com seus olhares intensos e pecaminosos — O quê faz aqui?
      — Vim tomar café com você. 

      — Eu só levantei porque você tocou a campainha. Estranho o porteiro ter te deixado entrar.

      — Ele nos viu juntos essa madrugada. Não é nenhum absurdo.

      — Mesmo assim, a obrigação é ter me avisado.

       — Qual é o problema? Não gostou de me ver?

       — Não fiz nada ainda e muito menos combinamos — Desconversei.

      — Não precisa esquentar sua linda cabeça loira, eu trouxe tudo.
     — Por que veio?
     — Nem eu sei. Senti vontade de te ver outra vez.
     — Olha, o quê aconteceu essa noite não foi nada demais.
     — Nada demais — Repetiu e pôs a mão no batente da porta fixando intensamente seu olhar no meu — Posso entrar ou vamos ficar conversando aqui na porta?
     — Pode ir embora?
     — Quer que eu vá depois do trabalho que tive pra fazer nosso café da manhã e nosso piquenique?
     — Que piquenique?
     — Depois do café pensei em lancharmos. O quê acha? Os alimentos vão estragar. 
     — Entra. Só porque adoro comer.
     Ele entrou sorrindo e pôs tudo na pequena mesa de duas cadeiras. 
      — Pode arrumar tudo que vou tomar banho.

       — Sim, senhora.

   Ri debaixo do chuveiro. Ele é maluco. Confesso que queria vê-lo novamente e ele adivinhou. Lavei os cabelos e tomei um banho para ficar bem cheirosa. Me enrolei na toalha e penteei os cabelos depois de secá-los. Fui para o quarto esperando que ele não me visse, mas foi inútil, porque ele estava na porta do cômodo me esperando. Os pêlos quase invisíveis dos meus braços se arrepiaram.
     — Me troco em um segundo.

    Ele entrou e fechou a porta indo na minha direção sem ao menos piscar, recuei, extremamente nervosa. Bruscamente ele me puxou enfiando sua língua dentro da minha boca e me segurando com possessividade. Arrancou a toalha e me virou contra a parede. Céus. Nem sei mais como respirar. O senti cheirar meu cabelo e meu pescoço e depois o jogou para o lado e mordeu meu ombro. Fiquei saudosa quando ele se afastou. Antes que eu falasse qualquer coisa, sua mão prendeu as minhas no alto da cabeça enquanto acariciava meu bumbum e mais rápido ainda, entrou em mim e gritei de prazer e dor porque ainda ardia. A mão dele foi parar em meu clitóris e o massageeou lentamente. Tive mais alguns orgasmos antes dele me soltar e sair de dentro de mim. Ouvi o zíper da sua calça jeans sendo fechada e em seguida sua respiração se instalou atrás da minha orelha.

      — Queria entrar em você outra vez — Mordeu o lóbulo — Te espero lá embaixo.

     Me virei e ele já havia saído. E a loucura só continuava. Que homem é esse? Acho muito válido me divertir um pouco antes de voltar pra casa e enfrentar a realidade dos Tanners. Matthew é o homem mais lindo que já vi, como vou resistir?




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