A Luz e a Sombra

By juarezdobrasil

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Antes vocês ouviram falar dele, talvez tenham escutado histórias de terror e muitos contos sobre o diabo, mas... More

Capítulo 1 Escuridão total
Capítulo 2 - Fogo!
Capítulo 3 - Missa cancelada
Capítulo 4 - Dionísio
Capítulo 5 - Milagre!
Capítulo 6 - O melhor lugar do mundo: seu colo.
Capítulo 7 - A chácara
Capítulo 8 - Suicídios
Capítulo 9 - A reunião
Capítulo 10 - Cobras
Capítulo 12 - Salvador
Capítulo 13 - Desconfiança
Capítulo 14 - Desaparecida
Capítulo 15 - Salvador
Capítulo 16 - Procurada
Capítulo 17 - Linchamento
Capítulo 18 - Festa de natal
Capítulo 19 - Culpados
Capítulo 20 - Salvador
Capítulo 21 - O dia do crime
Capítulo 22 - Natal
Capítulo 23 - Santo Salvador
Capítulo 24 - O novo padre
Capítulo 25 - Ímpetos fatais
Capítulo 26 - Tocar em suas vestes
Capítulo 27 - Debaixo do quiosque
Capítulo 28 - Existe alguém mais bela que eu?
Capítulo 29 - A aliança
Capítulo 30 - O mal trabalha dia e noite
Capítulo 31 - Fogo no céu e na terra

Capítulo 11 - A festa

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By juarezdobrasil


Sábado, 19:22.

– Mãe eu fico com vovô Lalau. Pode ir.

– Tem certeza que não quer ir minha filha?

Clotilde abaixou o volume da TV.

– Tenho sim. Não gosto mesmo de sair.

– Na verdade nem eu queria ir a esta festa, mas padre Afonso insistiu tanto.

Juliano aproximou-se delas.

– Estou bem? Cadê tia Esperança?

– Está terminando de se arrumar. Que pressa é essa? O jantar está marcado para as 20h – disse Elvira ajeitando os cabelos.

– Bem, agora vocês podem sair aqui da sala porque estão atrapalhando minha série – disse Clotilde com o controle remoto na mão.

Juliano passou a mão na cintura da tia e a acompanhou até o quarto. Ele estava vestindo uma calça jeans preta e uma camisa de manga longa vermelha. Os cabelos estavam bem penteados, a barba feita.

Aproximou-se do espelho.

– Estou irresistível tia?

Ela sorriu.

– Não... Você é irresistível meu querido.

Ela terminou de se maquiar e depois calçou os sapatos. Ao se olhar no espelho suspirou fundo.

– Estou pronta.

* * *

Arlete atraiu a atenção de todos quando chegou à festa. Usava um vestido preto longo, com um ousado decote entre os seios. Os cabelos estavam presos em um coque. Salvador a recebeu e beijou-lhe as mãos. Depois a conduziu até a mesa onde estavam Gilda, seu irmão Hernandes e Sandro.

Ao ver dona Elvira ela acenou a mão e sorriu.

Hernandes fixou o olhar em seu decote. Gilda lhe deu um cutucão discreto.

– Você está muito elegante Arlete – disse Gilda observando-a.

– Mudar o visual de vez em quando faz bem. Eu me sinto outra pessoa. Estou mais feliz.

– E que mudança hein! – Disse Sandro com um suspiro. Gilda deu-lhe um beliscão na coxa e ele murchou o sorriso instantaneamente.

Os convidados estavam encantados com a receptividade de Salvador. Sempre sorridente e com aquele olhar fascinante recebia cada um na porta e os deixavam à vontade.

Quando padre Afonso chegou já passava das vinte horas e trinta minutos. Ele sentou-se à mesa do prefeito, bem ao lado da mesa onde se encontrava a família do pastor Ruben.

Samuel veio correndo, abraçou-o e pulou em seu colo.

– Estou com tanta vontade de brincar de cavalinho com o senhor – disse e começou a fazer os movimentos de sobe e desce sobre as coxas do padre. – Como sinto sua falta no meu quarto...

Sofia cutucou o pastor Ruben discretamente para que ele olhasse para a cena. Ele percebeu o constrangimento do padre e chamou o garoto para brincar com Dan.

Samuel desceu devagar do colo do padre e foi até Dan. Tomou-o pela mão e o levou para dentro de casa.

A festa estava acontecendo numa área nos fundos da casa, ao ar livre.

Antes do jantar Salvador pediu a atenção de todos e disse que tinha algo a comunicar. Primeiro agradeceu a presença de cada um e disse que estava muito contente por eles terem aceitado o convite.

– Quero chamar aqui à frente o nosso ilustre prefeito Bentinho.

O prefeito era José Bento de Sá, mas todos o conheciam como Bentinho, era neto do famoso médico da cidade José Bento da Cunha, falecido há alguns anos.

Bentinho era um solteirão convicto, de 42 anos. Não tinha uma aparência muito privilegiada, mas estava sempre acompanhado por uma bela mulher. Não naquela noite.

Salvador descansou uma mão nos ombros dele e continuou:

– Eu estive conversando com o prefeito Bentinho e apresentei a ele meu projeto para esta cidade. Ele o acolheu com muito carinho e atenção. Percebi que aqui não tem uma creche e nem um asilo. Então primeiramente vou construir uma creche de presente para Girassóis – Uma salva de palmas o interrompeu. – Obrigado. Depois quem sabe, faremos também o asilo. Vejo por exemplo, dona Elvira lutando com o seu avô. Se tivéssemos um asilo... – Salvador percebeu o olhar de reprovação de dona Elvira. Deu-lhe um sorriso amistoso e continuou. Disse que as obras da creche começariam em breve.

Ao final recebeu mais uma salva de palmas. Agradeceu curvando levemente a cabeça.

– O que este homem pretende em Girassóis? – Sussurrou dona Elvira. Esperança olhou para ela e apenas deu de ombros.

* * *

Taiana não parecia uma simples empregada. Desfilava entre os convidados distribuindo sorrisos e sensualidade em seu vestido vermelho com um enorme decote nas costas.

Aproximou-se da mesa do pastor e apoiou suas mãos nas costas dele.

– Fiquem à vontade! Qualquer coisa que precisarem é só me chamar. Vocês merecem o melhor tratamento depois de tudo o que fizeram por mim. Mesmo que eu viva cem anos nunca vou conseguir retribuir.

Sofia percebeu a tensão de Ruben. Olhou para as mãos de Taiana nos ombros dele e então ela as retirou naturalmente.

– Obrigada. Nós estamos bem à vontade. Salvador é um homem muito educado e fino.

Taiana sorriu e saiu em seguida. Os olhos de Calebe acompanharam o rebolado dela até Séfora abanar suas mãos na frente dele. Ele deu um sorriso sem graça e se levantou. Foi até o quiosque onde estava servindo algumas bebidas e pediu um coquetel sem álcool.

Calebe sentiu umas mãos laçando seus ombros e virou-se rapidamente.

– Perto do papai você só bebe refrigerante? – Indagou Dionísio sarcasticamente.

Ele desvencilhou-se de seus braços e fitou-o apreensivo.

– Eu não bebo.

– Sei.

– Sério. Aquele dia na chácara foi um erro. Eu...

– Não precisa se justificar – interrompeu sorridente. – Eu só estou brincando. Sabe, eu fico impressionado como vocês justificam tudo.

– Vocês?

– Sim. Vocês, – Ele fez uma pausa. – do interior. É verdade, vocês dão satisfação de tudo, justificam os erros, as mentiras...

– Não estou entendendo aonde você quer chegar.

– Não quero chegar a lugar nenhum. Só acho que você meu amigo Calebe precisa ser mais livre! Você é um rapaz bonito. Confesso que nem lá em São Paulo eu conheci alguém tão bonito como você. E já lhe disse que não é à toa que Fred...

– Por favor! – Interrompeu rispidamente. Dionísio ergueu as mãos, tipo não está mais aqui quem falou. – Você às vezes é muito inconveniente.

– Eu sou impetuoso mesmo, mas minha intenção é abrir os olhos de quem eu gosto. Pode até não acreditar, mas eu me simpatizei muito com você. Gosto do seu jeito, da sua simplicidade, da sua bondade.

Calebe bebeu um pouco do coquetel e começou a se afastar ao lado de Dionísio.

– Posso confessar uma coisa Calebe? – Indagou colocando uma mão em seu ombro. Ele olhou-o e fez que sim com a cabeça. – Na verdade eu tenho um pouco de inveja de você. Não sei se a palavra certa é inveja, mas eu queria ser como você. A única coisa que lhe falta é ser livre, mas você é o tipo de cara que pode ter tudo a seus pés...

Calebe ficou perplexo. Continuou andando.

– Você pode ter a mulher que quiser.

Nisto Taiana aproximou-se deles e disse que o jantar já estava sendo servido. Calebe ficou inebriado quando ela percorreu seu corpo com aquele olhar malicioso. Ele lhe sorriu e ela tomou suas mãos delicadamente.

– Você está lindo! Quer dizer, você está uma delícia.

Calebe ficou constrangido e disse um obrigado quase que forçado enquanto Dionísio sorria de seu desconforto.

– Vai desperdiçar? – Indagou logo que Taiana se retirou. – Ela é um mulherão. E deve ter muita experiência. Vai te levar à loucura.

– Ela é muito bonita mesmo.

– Mas?

– Não tem mas.

– Mas eu gosto da minha prima.

Calebe gargalhou.

– De onde você tirou isso Dionísio? Eu gostar da Séfora? Somos como irmãos. Fomos criados juntos. Somos confidentes...

– O que sei é que você é um homem e ela uma mulher. E tudo pode acontecer entre um homem e uma mulher, mesmo que sejam primos...

Calebe parou à mesa de Juliano.

– Você está quieto meu amigo.

– Estou meio sem clima pra festa ainda.

– Eu sei, mas...

– A vida continua – interrompeu Dionísio. – E você é jovem demais para não aproveitar a vida. Momentos difíceis todos nós passamos, mas o que nos diferencia é a forma como o enfrentamos, não é mesmo? E hoje é um dia de alegria então vamos nos alegrar. O dia de luto já passou...

– Para quem ama de verdade o luto nunca passa, meu jovem! – Atalhou-o dona Elvira. – Mas concordo que temos de seguir em frente.

Dionísio sorriu.

– Muito bem. E sei que você pode falar isto por experiência própria. – Ele fez uma pausa e olhou para Esperança. – Mas tem algumas pessoas que nunca superam não é? E não estou falando de morte, mas de decepções amorosas. Tenho uma amiga em São Paulo que estava prestes a se casar e o noivo a abandonou deixando apenas um bilhete escrito "FUI." Desde então ela se fechou, vive esperando ele voltar. Uma esperança vã, ela bem sabe disso. Ela se sente a pior pessoa do mundo, e talvez seja mesmo, pois se foi abandonada...

– Dionísio! – interrompeu Nátila se aproximando com uma taça de bebida na mão. – Vamos dançar?

Ele virou-se para ela e fez que sim com a cabeça. Nátila entregou a taça para Juliano e roçou seus dedos nos dele e sorriu. Ele não deixou de correr os olhos em seu corpo.

A festa estava animada, mas para alguns havia um clima tenso no ar. Salvador fazia questão de ir de mesa em mesa para ver se precisavam de alguma coisa. Dizia o tempo todo que estava muito feliz por eles terem comparecido à sua festa.

Logo após o jantar ele entregou a Gilda um comprovante de depósito na conta dela e disse que era a recompensa por tê-los dado de comer no dia em que chegaram à cidade. Ela ficou espantada com a quantia, pois passava de cinquenta mil reais.

– Eu não posso aceitar, – disse mostrando o recibo a Hernandes – é muito dinheiro.

Sandro olhou o comprovante nas mãos de Hernandes e depois fitou Salvador.

– Você é louco ou que? – Indagou se levantando alterado.

Salvador ergueu as mãos espalmadas e sorriu amistoso.

– Sou generoso com aqueles que me ajudam.

Gilda puxou Sandro pelo braço e o fez se sentar novamente.

– Calma! – Repreendeu-o.

Salvador olhou para Hernandes e disse:

– O dinheiro é pra você também. Então vocês dividem. Certo Gilda?

– Claro que sim.

Salvador afastou-se deles e foi até Arlete. Esta ficou toda sorridente e pra ser mais preciso, ficou se oferecendo o tempo todo, mas ele apenas a incitava ao prazer e não lhe concedia nenhum um afago. Enchia-lhe de esperança com seu olhar sedutor e ela ficava toda derretida e se sentia a sua preferida.

* * *

Dona Elvira ficou intrigada quando viu Samuel aproximar-se de padre Afonso e cochichar em seu ouvido. Ele se levantou e o acompanhou para dentro da casa.

Ela ficou incomodada e foi atrás.

Salvador a observava de longe.

Dona Elvira entrou desconfiada na casa e ficou observando cada detalhe e atenta a qualquer barulho. Uma ampla sala com pouca mobília surgiu à sua frente quando ela abriu uma grande porta de madeira.

Ouviu o choro de uma criança. Parou pra escutar de onde vinha.

Avançou para uma porta à sua esquerda e a abriu. Acendeu a luz mas não havia ninguém.

Foi até outra porta e girou a maçaneta, mas estava trancada. Bateu na porta e ficou esperando. O choro da criança vinha lá de dentro.

– Abre! – Gritou ela.

Ela sentiu algo peludo roçar suas pernas e estremeceu. Era Abril.

– O que você está procurando?

Ela ficou boquiaberta. Olhou para os lados e não havia ninguém na sala. Só ela e aquele cachorro. Estaria ficando maluca ou o cachorro tinha lhe feito uma pergunta?

– Quem está aí? - Indagou andando pela sala à procura do dono daquela voz. – Tem uma criança chorando naquele quarto – disse apontando o dedo.

– Não estou ouvindo.

Nisto dona Elvira percebeu que o choro havia silenciado. Olhou para o cachorro e ficou em pânico.

Abril abanava o rabo e a olhava nos olhos dela como se compreendesse o terror que ela sentia.

Dona Elvira perdeu o jeito de sair da sala. Sua cabeça parecia girar e as portas pareciam ter se multiplicado.

– Calma! É por aqui!

Ela arregalou os olhos e sentiu o coração se acelerar. Teria exagerado no vinho? Não. Ela sabia que estava diante de uma aberração. Aquele cachorro estava falando com ela. Ou não?

Abril seguiu em direção a uma porta de vidro e ela o acompanhou. Passou por um corredor. Ouviu vários gemidos por trás das inúmeras portas. Seu corpo arrepiou-se todo e por pouco ela não desmaiou.

– Meu Deus o que é isso?

Ela abriu a porta no final do corredor e deparou-se com uma enorme cama de casal. Salvador estava sobre ela com Taiana, totalmente nus. Ele a olhou nos olhos e deu um sorriso que a fez gelar ainda mais.

– Veio se juntar a nós?

Abril lambeu as pernas dela e saiu correndo do quarto.

Com um esforço sobre humano ela conseguiu afastar-se e fechar a porta atrás de si. Disparou de volta pelo corredor. Sentia-se em um labirinto. Estava prestes a desmaiar. Parecia dentro de um pesadelo. A voz travou na garganta. Não conseguia gritar por socorro. As pernas estavam pesadas.

Chegou de volta à grande sala e uma enorme serpente estava enroscada no sofá.

Ela esgueirou-se encostada na parede em direção a uma porta do seu lado esquerdo.

– Está gostando da festa?

Ela virou-se para trás mas não viu ninguém. Os olhos começaram a se encher de lágrimas.

– Meu Deus me ajude a sair daqui!

Nisto sentiu a cobra enroscando em suas pernas. Então sua voz se soltou em um grande grito e ela desabou no chão.

* * *

Quando dona Elvira acordou estava deitada no sofá com a cabeça no colo de Juliano. Ela abriu os olhos assustada e olhou ao redor. Havia muita gente na sala e todos a olhavam preocupados.

– O que aconteceu? – Indagou olhando para seu sobrinho.

Abril aproximou-se dela e começou a cheirá-la. Dona Elvira se encolheu toda e mandou, aos gritos, que tirassem aquele cachorro de perto dela.

Nátila pegou Abril pela coleira e o afastou dela.

Houve um burburinho na sala. Ninguém estava entendendo o que estava acontecendo. Somente os anfitriões, é claro. E estavam vibrando.

Salvador colocou uma mão no ombro de Esperança.

– Ela tem costume de beber assim?

– Não é a bebida – respondeu sem olhar para ele. – Ela é uma mulher sóbria.

Juliano ajudou a tia se levantar.

– Vamos embora!

Dona Elvira se levantou devagar e olhou para as pessoas ao seu redor.

– Eu não bebi demais. Não é isso.

– Não precisa se justificar! – Interveio Dionísio. – Todo mundo tem direito a um porre de vez em quando, até mesmo uma dona recatada como a senhora, não é mesmo Calebe?

– Eu não estou bêbada – disse apoiando-se em Juliano.

Padre Afonso tocou o ombro do pastor Ruben.

– Algo estranho aconteceu aqui.

Dona Elvira virou-se para Salvador. Depois correu os olhos por todas as pessoas que estavam na sala.

– A festa acabou. Todos precisam sair daqui agora! Coisas estranhas aconteceram comigo aqui. Aquele cachorro asqueroso falou comigo – Outro burburinho começou, mas dona Elvira pediu silêncio e continuou. – Havia uma cobra enorme no sofá e ela também falou comigo, depois se enroscou em minha perna e então eu desmaiei. Tenho horror a cobras. Salvador precisa se livrar deste cachorro.

– Desta eu nunca bebi – zombou Dionísio e algumas pessoas caíram na gargalhada.

Pastor Ruben aproximou-se de Juliano e disse para ele levar dona Elvira pra casa. Ela olhou-o ressentida, mas não disse nada.

Após a saída da família de dona Elvira a festa ainda continuou por algumas horas. Alguns achavam que ela tinha bebido demais, outros achavam que ela estava ficando louca, e Salvador tinha certeza que seu jogo estava dando certo. Em pouco tempo ela estaria desacreditada pelo povo de Girassóis.

* * *

Salvador entrou em seu quarto, abriu a gaveta do criado ao lado de sua cama, retirou um diário, abriu-o e começou a escrever.

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