Capítulo 25 - Ímpetos fatais

15 2 0
                                    


Quando Calebe e Séfora chegaram em casa encontraram Sofia sentada no sofá da sala com Dan no colo. Ela estava acariciando os cabelos dele e dizendo alguma coisa que eles não compreenderam.

Ela ergueu os olhos para eles e sorriu.

– Senta aqui com a gente.

– Vou tomar um banho primeiro mãe. Estou sujo. Cadê meu pai?

– No chuveiro – respondeu beijando o rosto de Dan.

Calebe subiu a escada e foi para seu quarto. Estava exausto, mas feliz por ter encontrado o irmão. Não estava muito convicto de que tudo tinha acabado. Ele se despiu e jogou suas roupas sobre a cama, depois entrou no banheiro e tomou um banho rápido. Estava aflito para voltar para junto da mãe e do irmão.

Ficou pensando no que Séfora havia dito no caminho de volta. Estava mesmo decidida a ir embora. Não estava mais com raiva e nem magoada com a tia, mas queria ir viver com os pais. Queria um novo rumo em sua vida.

Calebe ficou com o coração apertado, mas não tentou convencê-la a mudar de ideia. Sabia que sentiria saudade, pois ele e Séfora cresceram juntos e nutria um amor profundo por ela. Ele dizia que era fraternal, mas às vezes até ele duvidava que fosse apenas um amor de irmão.

Quando desceu encontrou seu pai ao lado de sua mãe. Dan estava no meio deles, mas parecia inquieto, distante.

Calebe passou a mão nos cabelos dele e os despenteou.

– E aí rapazinho? Está a fim de uma pizza?

Dan o olhou e sorriu.

– Eu te amo! – Calebe o abraçou – Eu tive tanto medo de perder você. Graças a Deus que está aqui.

– Eu quero ir ao banheiro – disse Dan se soltando de Calebe.

– Tudo bem. Eu vou pra cozinha preparar alguma coisa pra gente comer – disse Sofia.

– Não precisa meu amor. A dona Elvira disse que trará o jantar pra nós – disse o pastor Ruben.

– Eu sei, mas vou fazer um café.

Calebe e o pastor Ruben a acompanharam até a cozinha.

– Ele ainda está assustado – disse o pastor.

Sofia colocou uma água para ferver e depois abriu uma vasilha e começou a colocar o pó de café no coador.

– Mãe!

Calebe se aproximou dela e a abraçou. Ela olhou para o coador e percebeu que havia colocado pó além da conta. A colher ficou suspensa em sua mão por uns segundos, depois ela a colocou sobre a pia.

Começou a chorar e saiu rumo ao quarto.

Calebe ia atrás dela, mas o pastor Ruben o segurou pelo braço.

– Deixa meu filho! Ela precisa de um tempo sozinha.

Quando terminou de subir o último lance da escada, ouviu vozes vindo do quarto de Dan. E risos.

Foi até o quarto e abriu a porta abruptamente. Sam estava sentado junto com seu filho. Sofia sentiu o coração se acelerar, e num ímpeto de ira avançou sobre Sam.

– Saia daqui agora!

Ela o segurou pela gola da camisa e saiu arrastando-o pelo corredor. Ao se aproximar da escada ameaçou jogá-lo lá embaixo, mas antes que o fizesse, sentiu duas mãos pequeninas, mãos que minutos antes haviam acariciado seu rosto, se apoiarem em suas costas e a empurrarem para frente.

A Luz e a SombraWhere stories live. Discover now