Capítulo 14 - Desaparecida

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A expectativa era grande. As pessoas silenciaram instantaneamente e a atenção era toda voltada para Calebe. Ele estava apreensivo e não sabia qual seria sua reação quando seu pai atendesse ao telefone. Se atendesse.

Aqueles segundos foram longos demais para todos. E o pastor Ruben nem sequer imaginava o que estava acontecendo quando atendeu.

– Pai?

– Sim. O que foi?

Calebe não conseguiu continuar. O choro o sufocou deixando seu pai preocupado do outro lado da linha.

Juliano tomou o celular dele e começou a conversar. Contou-lhe toda a história e antes que devolvesse o aparelho para Calebe, Sofia o interceptou e começou a falar com o marido. Entre risos e choro ela conseguiu dizer o que queria e só assim teve a certeza de que tinha sido vítima de um tremendo trote.

As lágrimas deram lugar à alegria novamente.

– Graças a Deus!

Dionísio abraçou Calebe.

– Que susto hein! Quem teria feito uma maldade desta?

– Nem quero pensar nisto agora. O que importa é que meu pai está vivo.

Sofia foi até Calebe e o abraçou.

– Que pesadelo meu filho! Graças a Deus que acabou. – Ela olhou para Séfora – Vem cá minha filha!

Séfora foi até eles e se abraçaram aliviados.

– Vá buscar Dan e a Ester lá em cima!

– Eles não estão aqui – respondeu Gilda.

Sofia virou-se para ela, passou as mãos no rosto para secar as lágrimas.

– Taiana os levou para a casa dela. Estavam muito assustados aqui.

Juliano se prontificou em buscá-los e saiu em seguida.

Aos poucos a casa foi se esvaziando, mas aquele clima pesado ainda estava no ar.

– Liga para o padre Afonso tia e lhe dá a boa notícia.

– Vou ligar.

Ele não atendeu nem o celular nem o fixo.

– Mais tarde eu ligo de novo.

– Quer um café? – indagou Gilda.

Sofia a acompanhou até a cozinha e Gilda lhe serviu uma xícara de café.

– Obrigada. Se quiser, pode ir pra casa.

– Não estou como empregada hoje, estou como amiga e vou ficar o tempo que precisar de mim.

Sofia a abraçou e agradeceu mais uma vez.

Dan entrou correndo na cozinha e pulou no pescoço da mãe. Ela o envolveu em seus braços e o apertou contra seu peito.

– Está tudo bem, meu filho. – Ela virou-se para Juliano– Cadê a Ester?

– A Taiana disse que a deixou na casa do padre Afonso.

– Vá lá pra mim, por favor. Ela deve estar apavorada ainda, pobrezinha...

– Eu passei lá, mas ninguém atendeu a porta.

Sofia ficou inquieta, olhou para Calebe.

– Liga para o padre de novo!

Juliano afastou-se dela e foi até Séfora.

A Luz e a SombraWhere stories live. Discover now