Simpler Times

By MyLilJoy

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Em 1923, um navio que saia da França ia em direção à Miami foi dado como desaparecido, nada do navio nunca fo... More

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Cigarros Coloridos
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A Primeira vez A Gente Nunca Esquece
Três Presentes - Parte 1
Três Presentes - Parte 2
Por Favor, Camila...
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Um Longo Vestido Preto
Sete Minutos Depois da Meia Noite
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O Passado

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By MyLilJoy

Miami, U.S.A. — 15 de Setembro de 2017 (21h02min)

Lauren

Aquele verão em Marcielle foi o pior da minha vida. Eu estava sempre confusa e sozinha, tinha medo de sair na rua e sair do meu quarto. Não entrava mais no quarto de Chris e pedi para meus pais tirarem Taylor do meu; ela passou a dormir com eles porque eu não conseguia olhar para a cara da minha irmã, ali tão frágil, tão pequena.

Eu não estava bem. Eu estava acabada; quase não comia, não abria a janela, não saia da cama. Primeiro acharam que era depressão, mas ai eu comecei a surtar, e então, acharam que era esquizofrênica.

A verdade é que eu surtava todas as noites, assim que acordava eu já começava a gritar, ouvir vozes, as luzes embaçavam minha cabeça, então eu quebrei a lampada do meu quarto e só ficava no escuro. Eu me machucava e não deixava ninguém me ajudar.

Eu sonhava todas as noites com o dia do acidente. Eu via Chris morrendo noite após noite, sempre de jeitos diferentes, mas no mesmo lugar, pelo mesmo motivo; e eu nunca sabia qual era a versão certa...

Na maioria ele tentava me tirar da frente do carro, e em outros, eu usava de escudo sem querer. Quase sempre o vvia sendo esmagado pela rosa do enorme carro preto desgovernado e via a manivela do automóvel batendo forte em sua cabeça o fazendo desmaiar.

Em seguida eu acordava.

Eu não lembro do acidente. Só tenho lapsos de memória de alguns momentos antes e alguns momentos depois; só sei que acordei no hospital vários dias depois, sem lembrar nem de que tinha perdido meu irmão, com as costas machucadas, costelas, braço e perna quebrados e um corte na cabeça que estava bem feio.

Meses se passaram e parecia que nada nunca era real... Tudo era apenas uma consequência do que eu causei ao meu irmão. Eu tinha certeza que a culpa era minha. Aliás: ainda tenho.

Eu quem nos perdeu, eu quem não soube voltar pra casa, e eu quem era a responsável por ele longe dos nossos país, então a perda da vida dele é culpa minha.

Me mandaram para um instituto de psiquiatria com suspeita de esquizofrenia. Era especializado em crianças em adolescentes com problemas psiquiátricos. Mas foi constatado que eu não tenho esquizofrenia, mas uma versão mais grave da síndrome do pânico. — Consideraram a ideia de me lobotomizar depois de quase dois meses sem resultados; acharam que meu choque seria permanente.

Meus pais não deixaram, claro.

Um ano se passou e os remédios começaram a fazer efeito... Anti-depressivos, calmantes, remédios que induziam minha fome e soníferos. Acabei melhorando, com muito esforço e dor, mas melhorei; percebi que tantas pessoas eram lobotomizadas por dia, e se não melhorasse em breve eu poderia ser uma delas. Elas não tinham consciência do que faziam, mas eu sim... Então tomei as rédias e acabei melhorando, por Chris e pela minha família.

As crises eram menores, os pesadelos diminuíram, e a menos que me deixassem perto de algo relacionado a Chris, eu ficava bem.

Meus pais guardaram tudo o que era dele para eu não ver, e arrumaram o quarto dele para Taylor, assim, quando eu voltasse, eu não precisava ficar perto dela até me acostumar com a ideia de que eu poderia sim ser capaz de cuidar da minha irmã sem feri-la.

Eu saí na primavera, e de lá, fomos para Paris. Eu sempre quis ir lá, ver as flores nascendo e a torre Eiffel; ver o Ballet Francês. — Fomos ver  Copéllia. E lá eu conheci Chris. Foi amor a primeira vista. Ele era tão lindo e cavalheiro; era um príncipe.

Saíamos todos os dias, e foi ele quem me deu confiança para sair sem meus pais. Infelizmente, somos separados no final do verão, então começamos a mandar cartas e tivemos um tipo de relacionamento bi continental por um ano até que eu descobri que fui aceita na Academia de Artes.

—  Bom, o resto você já sabe. — digo cobrindo a cicatriz em minha testa e cabeça, que eu deixava escondido pela franja e pelo o cabelo bem arrumado.

Falar de Chris não dói tanto quanto antes, mas ainda é uma ferida aberta. Contenho o choro e respiro fundo tentando não sutar outra vez.

— Por causa desse medo, sempre que algo acontece que me deixe muito triste, eu acabo surtando... E nunca quis segurar Taylor no colo. Viva com medo de machuca-la, eu raramente cuidava dela e só brincava com ela de vez em quando. Eu nunca cheguei a conviver de verdade com a minha irmã, e essa com certeza é a pior coisa que eu já fiz... 

— Lauren, não se culpe assim... E nunca se sinta sozinha novamente. Eu sentou aqui e sempre vou estar. — ela me abraça ainda mais forte e beija o local da minha cicatriz.

Nunca mais me aproximei tanto de alguém desde Luis, porque depois que Chris se foi, nunca mais me senti capaz de gostar de alguém assim... Mas Camila era, com certeza, a pessoa que eu queria para sempre, mas eu ainda não entendo o porque, e acho que não vou entender tão cedo. Mas se o mundo não julga e se por ela tudo bem, eu posso tentar entender enquanto vemos se isso realmente dará certo.

— Obrigada por procurar Luis por mim. Sei que é chato isso...

— Não diga isso, Lauren. Se você precisa saber o que aconteceu com ele para se sentir melhor, então eu vou descobrir. Desde que você fique bem. — ela diz.

Me levanto de seu peito e sento entre suas pernas, me virando de frente para ela, colocando minhas pernas por cima das suas. Ela toma um susto breve e se senta ereta, nos fazendo ficar bem mais próximas. Consigo sentir a respiração dela perto do meu rosto.

— Eu sei que disse que não faria nada até que achássemos ele, mas... — digo em um suspiro, olhando fixamente para seus lábios.

— Mas?

Nos meus 20 segundos de coragem eu me inclino mais para frente e tomo seus lábios para mim, os beijando de forma delicada, mas intensa. Sinto sua língua tocando a minha e seus braços entrelaçando minha cintura, me puxando para ainda mais perto. Quase sinto nossas barrigas se tocando, quando ela percebe que deve parar de puxar pois se não nossas intimidades se encostariam. Eu não sei se isso é normal, mas sinto um leve sorriso entre meus lábios; ignoro isso e a abraço forte, continuando o beijo por mais algum tempo.

Alguns minutos apenas assim foram perfeitos, mas algo em mim queria mais. Entrelacei ainda mais forte meus braços em seu pescoço e cruzei minhas pernas atrás de sua cintura; pude sentir ela fazendo o mesmo comigo. Não liguei quando ela me puxou tão forte que quase fiquei em seu colo, sentindo todo nosso corpo se tocando. Aquilo me deu arrepios muito fortes e eu podia sentir meu rosto corando, mas não quis parar.

Arranhei de leve suas costas e as mãos dela começaram a descer para o meu quadril, mas se mantiveram ali. — O beijo foi cessado quando eu tentei entrelaçar seu cabelo com a mão cortada e acabei sentindo uma dor forte, me separando dela e puxando minha mão para dentro d'água, segurando meu pulso bem forte por de baixo dela, pois a água quente amenizou um pouco a dor. 

Olho para Camila com um sorriso bobo no rosto e então fico ainda mais corada.

— Não me olhe desse jeito. — disse virando o rosto e fechando os olhos.

— Desculpe — ela ri.

Ela me puxa para mais um abraço que eu retribuo sem olhar em seus olhos. Assim que me afasto eu tapo sua visão com a mina mão boa e digo:

— feche os olhos.

— Vai me fazer uma surpresa? — ela pergunta.

Retiro a mão vendo que os olhos dela estão fechados, me levando delicadamente, percebendo que ficamos em uma situação um pouco estranha, mas ligeiramente tentadora. Minha intimidade estava muito próxima de seu rosto, pois levantei sem tirar as pernas de trás dela e isso me fez lembrar das cenas que li naquele livro animado que vi na outra noite. Mordo a boca com ainda mais vergonha, mas assumo que pensei sobre o assunto.

Saio da banheira e me enrolo na toalha que estava pendurada no toalheiro.

— Não, eu só queria sair sem você ficar me olhando — digo terminando de me enrolar.

Ela revira os olhos bufando meio decepcionada. Eu contenho uma risada e então saio do banheiro indo para meu quarto me arrumar. Mas antes de vestir minha roupa, tranco a porta e começo a... Bom, a fazer coisas indecentes sozinha. Aquilo sempre acalmava meus nervos e ainda mais que eu tinha a imagem de Camila assim tão perto de minha intimidade, eu poderia fantasiar sozinha a vontade.

Eu fiquei torcendo para ela estar ouvindo atrás da porta como da última vez...

O que está acontecendo comigo?

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Um pequeno Fanservice? Sim ou com certeza?
DESCULPA GENTE, mas a relação sexual delas não vai passar disso ai por enquanto :V

Então se você acha que no próximo a Lauren vai estar chamando a Camila de Daddy na cama, se enganou XDSorry.

Mas eu espero que tenham gostado. Eu reservei esse capítulo pra duas coisas: um fanservice e pra Lauren contar um pouco sobre o seu passado na clínica.

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