Meu Guarda-Costas | VONDY (EM...

By drakishnaba

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Dulce, uma jovem rebelde de 20 anos, filha de um dos maiores empresários da Cidade do México, Fernando Saviño... More

CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112
Capítulo 113
Capítulo 114
Capítulo 115
Capítulo 116
Epílogo

Capítulo 107

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By drakishnaba

- Acorda logo. – Minha voz saiu falha como todas as outras vezes. – Eu não aguento mais ver você assim. – Sentada em uma cadeira desconfortável, apoiei minha cabeça na maca sobre meu braço de modo que pudesse visualizá-la.

Fiquei um tempo apenas chorando e acariciando a mão dela. Não sabia se eu estava ficando maluca mas tive impressão de sentir a mão dela se mover, mesmo que fosse um pouco. Levantei minha cabeça tentando focalizá-la melhor.

- Você está me ouvindo? Me dá um sinal, por favor. Tenta apertar minha mão, piscar, não sei. Qualquer coisa que me faça me sentir mais confiante maninha. Eu estou cansada de ver você assim, de ver você no estado que está.

Mas nada adiantou. Talvez fosse apenas alucinação minha.

As semanas que se seguiram foram bem tensas. Lunna não dava sinal de melhora nem de piora. Arthur e eu quase não nos falávamos. Ele estava ficando estranho de uns dias para cá. Não falava com quase ninguém e quando falava era o essencial. No final da aula ele era sempre o primeiro a se retirar e no início, o último a entrar. Eu sabia que ele estava principalmente evitando a mim e quis respeitar isso. Olhar para mim e não se lembrar de Lunna era impossível, mas era doloroso de mais ver um dos meus amigos se afastar assim de mim quando mais precisava dele. Nós precisávamos um do outro.

Os poucos dias que ele passou na minha casa foram mais confortáveis. Ter alguém que conhecesse Lunna tão bem quanto eu, fazia eu me sentir bem e sei que a ele também.

Era uma quarta-feira quando saí da aula. Arthur saíra mais ou menos um minuto antes como sempre em passos largos a fim de fugir de mim. Mai me deu uma olhada como de todos os dias anteriores e suspirou. Agora que éramos apenas nós três ali a coisa ficara ainda mais complicada. Anahí, Alfonso e Christian se formaram no ano letivo anterior então restamos apenas nós.

Saindo da sala topei com os dois guarda-costas que viviam atrás de mim, Christopher e Arthur que parecia prestes a chorar. Ambos pareciam aflitos.

- A gente precisa ir para o hospital. – Christopher estava nervoso. Percebi isso pelo tom de sua voz e pelo modo como estalava os dedos das mãos.

- O que houve? – Perguntei sem ter muita certeza de que queria ouvir a resposta. Olhei Arthur que balançou os ombros para cima e para baixo como sinal de que não fazia ideia do que estava acontecendo. Minhas pernas perderam as forças e minha mochila escorregou por meu braço. – Não!

- Ei, calma. – Christopher deu um passo em minha direção. – Está tudo bem com ela ok? Mas a gente precisa ir.

- Me... me diz o que houve? Por favor! – Christopher acariciou minha bochecha, me deu um abraço e então sussurrou em meu ouvido:

- Lunna acordou.

Christopher não quis explicar para nós o que estava acontecendo. Por que tanto mistério. Ele deveria estar feliz, mas ao invés disso parecia triste.

O trajeto entre a escola e o hospital parecia ter dobrado de tamanho e o único som dentro do carro eram os dos meus soluços e da respiração eufórica de Arthur no banco de trás.

Saltei para fora do carro assim que Christopher estacionou e não esperei por ninguém. Entrei o hospital, assinei meu nome na recepção e fui procurar por meu pai.

Ele estava na costumeira sala de espera junto com meus avós, Blanca e seu marido.

- E então? – Minha voz saiu falha devido à falta de ar. – Como ela está? – Mas não houve respostas. Nada além de olhares penosos. – Papai? – Ele se levantou e veio até mim me dando um abraço apertado. – O que está acontecendo? Porque ninguém fala nada? – O empurrei. – O que está acontecendo caramba?

- Vem meu amor, senta aqui. – Ele me guiou até uma poltrona onde me sentei esperando por resposta. Vi Arthur chegar junto com Christopher e Maitê e parar na porta. – Lunna acordou, ela está bem.

- Então por que essa cara? Por que esse silêncio?

- Houve... houve consequências Dulce. – Ele se sentou no braço da poltrona acariciando minhas costas. Meu estômago parecia estar dando uma cambalhota dentro de mim mesmo assim fiquei calma esperando a próxima facada. – Ela está passando por uma série de exames agora. Tiveram que sedá-la, pois estava muito agitada.

- Vocês deixaram sedar minha irmã depois dela passar semanas em coma? É isso mesmo? – Me alterei não querendo crer no que estava ouvindo.

- Foi melhor ok? Ela vai acordar mais tranquila.

- Papai, que consequência? – Minha saliva parecia amarga.

- Ela não consegue mexer as pernas, não consegue falar e – ele se calou pensativo. Olhei-o e pude ver seus olhos marejarem.

- E?

- Não sabemos se é de momento, ou se será permanente, mas... – Ele fechou os olhos permitindo as lágrimas escorrerem por sua face.

- Lunna perdeu a memória Dulce. – A voz de Christopher invadiu o local. Senti meu coração palpitar tão forte que tive a sensação de que estava enfartando. Arregalei meus olhos olhando todos à minha frente. Num impulso me levantei e tentei sair da sala, mas Arthur e Christopher me barraram.

- Me solta! Eu quero ver a minha irmã, ela precisa de mim, ela precisa de mim! – Tentei me soltar, mas agora Christopher me tinha presa em seus braços. – Ela deve estar confusa, deve estar com medo me solta Chris, por favor.

- Calma amor, calma. – Ele me apertou contra seu corpo me imobilizando. – Logo poderá vê-la, eu prometo, mas você precisa ficar calma.

- Não! Ela precisa de mim agora. AGORA!

- Se ela te ver nesse estado pode ficar mais assustada ainda meu amor, você precisa ficar calma primeiro ok? – Ele me levou de volta para a poltrona, onde contra minha vontade me sentei.

R

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