ULTRAVIOLENCE 2

By ilymills

239K 10.2K 10.5K

Amigos se tornaram inimigos e estão juntando forças para vê-los cair. Eles entraram em um jogo sem saber, mas... More

Prologue
1. Comeback
2. Some things don't change
3. The game
4. Her boobs
5. First step
6. Big news
7. Acceptance
8. Mine
9. Suspected
10. In the club
11. Trembling friendship
12. Playtime
13. Making love
14. Back to reality
15. Truth be told
16. Hidden
17. So jealous
18. Months later
19. Baby in danger
20. Death
21. Venice
23. Selfish
24. No safe place
25. Dad's house
26. Still jealous

22. You're the only one

5.3K 333 420
By ilymills

Justin Bieber • POV

Dei ordem para que os meus seguranças fossem discretos ao se espalharem pelo bistrô, não queria que Orazio Sartori soubesse que eu tinha levado muitos dos meus caras comigo porque como o nosso negócio exigia confiança não cairia bem ele saber que eu não confiava tanto assim nele. Jack, o novo chefe dos meus seguranças, foi quem me acompanhou até a mesa onde o homem na casa dos 50 anos estava sentado junto com um segurança de sua confiança também. Sartori acenou com a cabeça enquanto me sentava na cadeira vaga em sua frente, com Jack se sentando na cadeira ao meu lado e sempre mantendo sua postura.

— Eu estive pensando nos últimos dias o que o grande Justin Bieber que sempre foi muito cheio de si e que nunca aceitou muitos aliados estava querendo ao marcar um encontro comigo. — ele disse com seu inglês saindo meio embolado por causa do seu forte sotaque italiano, tive que lutar contra a vontade de revirar os olhos.

— Eu nunca aceitei aliados merdas e que não me acrescentariam em nada, não é à toa que consegui chegar onde estou em tão pouco tempo. — pontuei para lembrá-lo, tentando não parecer tão ríspido porque querendo ou não eu precisava dele. — Mas eu realmente tenho um motivo pra estar aqui, tenho negócios pra tratar com você.

— Bom, o que você acha de começar me contando qual o motivo pra você marcar essa conversa sobre negócios tão tarde da noite? — ele questionou, tentando enrolar aquela conversa ao erguer sua mão para chamar o garçom, que veio rapidamente até a nossa mesa como se soubesse quem ele era. — Portare il miglior vino della casa. — disse em italiano com o garçom, que assentiu antes de deixar nossa mesa para buscar o que ele pediu.

— Por motivos pessoais que não vem ao caso. — dei de ombros. — Olha, nem eu e nem você gostamos de ficar enrolando então por que não vamos direto ao ponto aqui?

O garçom voltou até a nossa mesa com uma garrafa de vinho em mãos, ele encheu nossas taças e colocou a garrafa antes de dizer algumas coisas em italiano e se afastar da mesa.

— Eu até gosto da sua objetividade, Bieber. — Sartori abriu um pequeno sorriso confiante. — Então me diga de uma vez o motivo de você ter se deslocado até a Itália pra ter uma conversa comigo?

— Eu fiquei sabendo sobre a briga pelo poder da máfia italiana entre você e o Ferrarezi. — fiz uma pausa para beber um gole do meu vinho. — E eu vim até aqui porque estou disposto a ajudar você a ganhar isso. — ele riu pelo nariz enquanto me observava.

— E por que logo você iria querer me ajudar? — ele perguntou enquanto passava a mão pela sua barba grisalha e rala, sem deixar de me encarar em nenhum momento.

— Porque uma mão é capaz de lavar a outra, eu também preciso da sua ajuda assim como você vai precisar da minha pra acabar com essa briga de uma vez e sair vencedor. — Orazio abriu um sorriso sonso como se já esperasse por isso. — Estou informado sobre o que está rolando por aqui, sei que outro americano já apareceu no país e procurou por você pra se prontificar a ajudar nessa briga. Mas o que você não sabe ainda é que ele não procurou só por você, ele também foi atrás do Ferrarezi pra oferecer uma aliança porque o plano real dele é dar uma volta em vocês dois pra ficar com a máfia italiana só pra ele. — e agora ele ficou mais interessado no que eu dizia.

— Deixe-me adivinhar... — ele ajeitou seu paletó enquanto se remexia em seu lugar. — Você está dizendo tudo isso pra mim e com toda essa gana de me ajudar porque você quer colocar o Tindel fora dessa?

— Não quero que ele some poder pelo mundo, não é vantajoso pra mim. — dei de ombros ao concordar. — Quero derrubar ele antes que ele acabe crescendo, e pra isso estou disposto a formar uma aliança com você e ajudar a colocar o poder da máfia italiana em suas mãos.

— Eu conheço bem o seu perfil, Bieber... Sei que você não ajudaria nisso só pra se livrar de Henry Tindel e sem ter mais nada em troca. — ele observou antes de fazer uma pausa para beber um pouco do seu vinho. — O que mais você quer em troca de me ajudar?

Uma aliança. — fui claro e direto. — Eu ajudo você a dominar a máfia italiana e em troca disso quero ser o seu único parceiro de negócios na América do Norte.

— Em toda a América do Norte? — ele arqueou sua sobrancelha ao abrir um sorriso fechado. — Está disposto a comprar briga com o seu pai? Ele não ficará contente com esse embargo comercial... — seu tom de voz debochado me irritou um pouco.

Atualmente o meu pai era quem dominava cerca de 80% da máfia canadense e era um nome de peso quando estávamos nos referindo à máfia do continente, mas aquilo não era um problema meu já que nós não nos falávamos desde que ele me intimou para sair do país quando eu ainda era um pivete. Nós éramos rivais naquela merda e foi ele quem preferiu que as coisas rolassem daquela forma então eu estava pouco me fodendo se aquilo agradaria ele ou não.

— Se você é tão bem informado sobre mim e sobre a minha família então você sabe que eu não me importo com a porra da opinião daquele cara. — as palavras saíram entredentes, acabando por entregar que eu ainda guardava mágoas daquele cara. — Essa é a minha proposta, é pegar ou largar. Mas você deveria levar em consideração que suas chances de conseguir virar esse jogo e acabar com o Ferrarezi sem a minha ajuda são mínimas, e você já sabe disso ou então não estaria se dando ao trabalho de estar aqui me ouvindo.

Sartori parou para pensar na minha proposta como se estivesse avaliando mentalmente os prós e os contras de fechar um acordo comigo.

Nós temos um acordo. — ele disse o que eu já estava esperando, mas mesmo assim eu evitei abrir um sorriso convencido e mantive minha postura.

Gesticulei para o segurança que estava sentado ao meu lado e ele rapidamente retirou o contrato da pasta antes de colocá-lo sobre a mesa, em frente ao Orazio Sartori.

— Esse é o contrato, só pra oficializar nosso acordo. — falei quando o homem grisalho pegou os papéis anexados em mãos para dar uma olhada. — Nele fala sobre a aliança exclusiva e sobre os seus direitos e deveres nesse acordo.

Sartori fez questão de ler o contrato inteiro enquanto eu degustava o vinho que enchia a minha taça, eu estava confiante sobre aquele acordo.

— Tudo pelo poder, não é mesmo? — ele disse ao terminar de ler a última página, tirando uma caneta do bolso interno do seu paletó azul marinho para assinar o contrato antes de me devolvê-lo.

— Logo pela manhã os meus melhores soldados já estarão em solo italiano, eles estarão à sua disposição para o que você precisar. — afirmei enquanto o Jack guardava o contrato assinado por Orazio antes de entregá-lo um mesmo contrato assinado por mim como garantia. — E eu vou continuar na Itália por mais algumas semanas para auxiliar nessa guerra, a qual nós com certeza vamos vencer.

Sartori dobrou o contrato com minha assinatura e o colocou dentro do bolso de seu paletó antes de esticar sua mão por cima da mesa a espera de que eu o cumprimentasse de volta, e assim eu fiz ao selar nosso acordo com um aperto de mãos.

— Você e o seu jeito de trabalhar as coisas me lembram o seu pai, Bieber. — ele comentou ao deixar uma breve risada escapar da sua boca. — Ele sempre foi ambicioso e confiante como você, é até irritante ter que lidar com esse jeito Bieber de ser em achar que tem o mundo nas mãos. Mas é inegável que o sangue criminal corre pelas veias de vocês os dois.

Me remexi desconfortável em meu lugar, eu chegava a me sentir enojado só de ouvir alguém trazer o meu pai à tona em uma conversa.

— Não se engane, a única coisa que nós dois temos em comum é o sobrenome. — eu garanti.

— Eu não estaria certo disso se fosse você.

— Mas você não é. — cuspi as palavras. — Então o que você acha de fazer valer o meu tempo e me contar quais são os seus planos pra acabar com o Ferrarezi ao invés de falarmos sobre o filho da puta do meu pai? — ele riu pelo nariz antes de concordar com a cabeça.

Sartori me contou o que planejava fazer para conseguir assumir o comando do país e eu dei mais algumas sugestões enquanto nós tomávamos aquele vinho, eu deixei claro à ele que não era para me ligar e que era sempre para me esperar entrar em contato. Já era madrugada quando eu voltei ao hotel, eu me sentia exausto depois de toda aquela conversa e por todas as horas que eu estava sem dormir.

Comecei a retirar o meu casaco quando já estava no corredor da minha suíte antes de entrar na mesma, joguei o casaco no sofá e caminhei em passos calmos em direção ao quarto enquanto soltava o Rolex do meu pulso mas eu paralisei ao escutar uma voz irritada soar pelo quarto.

— Onde você estava?

Fodeu.

Puxei uma respiração profunda e praguejei a porra do universo antes de me virar para encará-la, Lily estava parada de pé próxima à cama e tinha seus braços cruzados enquanto batia com o pé no chão, esperando pela minha resposta com uma expressão nada boa em seu rosto.

— Eu estava com insônia e então decidi dar uma volta pela cidade pra passar o tempo. — disse a primeira desculpa que minha mente foi capaz de formular e então me aproximei dela na intenção de beijá-la mas ela espalmou suas mãos em meu peito para impedir que eu me aproximasse.

— Você estava sem sono e então decidiu dar uma volta pela cidade? — ela repetiu a minha mentira, não parecendo ter sido convencida.

— É, babe... Eu estava me sentindo tenso e não estava conseguindo dormir então fui dar uma volta pra tentar relaxar um pouco e distrair minha mente. — eu insisti e dei um beijo em seu rosto antes que ela pudesse me afastar.

Eu não gostava de ter que mentir para ela mas eu sabia que era o melhor a se fazer agora. Eu queria ter aquele tempo de férias com ela mas ao mesmo tempo precisava agir contra o Henry, não teria como me dividir em dois para fazer tudo separado então resolvi juntar meus dois objetivos em uma só viagem. Lily estava na reta final de sua gravidez e eu não sabia quando teria tempo para proporcionar à ela uma viagem como essa, eu só queria que ela relaxasse e tivesse um dos poucos momentos calmos durante a gestação antes que a Shine viesse ao mundo e nossas preocupações se multiplicassem.

Lily estava prestes a se virar para se afastar de mim quando eu fui mais rápido e segurei a sua mão para puxar seu corpo para ainda mais perto, acabando com a distância entre nós e ouvindo-a suspirar.

— Você não vai ficar puta comigo no meio da nossa viagem, não é? — rocei meu nariz na pele de sua bochecha quando ela virou seu rosto para o lado para evitar contato visual comigo. — Tudo bem, da próxima vez que eu não estiver conseguindo dormir eu vou te acordar pra você ficar em claro comigo.

— Eu só não gostei de ser deixada sozinha no meio da madrugada em um país desconhecido. — ela disse ao virar seu rosto para me olhar. — E se eu tivesse me sentido mal? Se minha bolsa estourasse ou sei lá? Eu estaria sozinha e você estaria sabe lá Deus onde.

— Você tem razão, isso não vai acontecer de novo. — disse sério antes de beijar os seus lábios, mas ela não deixou aquilo passar de um selinho quando se afastou de mim.

— Vou pedir alguma coisa pra comer, todo esse estresse me deu fome. — ela resmungou antes de ir em direção ao telefone do quarto que tinha o contato do restaurante do hotel, pegando o cardápio que tinha sido deixado no quarto para nós. — Você vai querer alguma coisa?

— Pode escolher. — deixei a decisão em suas mãos e ela apenas concordou.

Lily fez o pedido ao restaurante enquanto eu trocava de roupa para vestir apenas uma calça de moletom por estar um pouco frio, mas não o suficiente para que eu precisasse vestir uma camisa. Ela estava sentada no sofá da pequena sala enquanto falava ao telefone e eu me sentei ao seu lado bem no momento em que ela encerrou a chamada, seu rosto se virou para mim e ela já tinha a expressão mais suave.

Coloquei minha mão em sua barriga por cima do tecido da camisola de seda que ela vestia e não demorou muito tempo até que Shine se mexesse de leve dentro dela.

— O que vamos fazer hoje? — ela perguntou com certa curiosidade, levando em consideração que já tinha passado da meia noite.

— Se eu revelar quais são os meus planos não vai ter graça.

— O que não tem graça é você me deixar curiosa. — fez uma careta ao entortar sua boca e franzir o seu nariz. — Pelo menos me dê uma dica.

— Você vai gostar.

— Essa é uma dica muito vaga.

— É o máximo que eu posso falar agora. — disse ao abrir um sorrisinho, vendo-a revirar os olhos.

Não demorou muito até que um funcionário batesse na porta trazendo o pedido e eu fui até a mesma para abri-la, com o cara empurrando para dentro da suíte o carrinho com toda a comida que a Lily pediu. Ele deixou o carrinho no meio da sala e falou coisas decoradas como "bom apetite" em um inglês péssimo mas a Lily continuou sendo simpática com ele até que ele finalmente se retirasse do quarto enquanto eu não troquei nenhuma palavra com o cara, não me dei nem o trabalho de agradecer já que a minha namorada tinha feito isso mil vezes.

Como se tivesse sido influenciada pelo país onde nós estávamos, Lily tinha pedido dois pratos de ravioli.

— Água com gás? — fiz careta ao ver o que ela havia pedido para beber. — Isso é um desejo de grávida ou é só mau gosto pra bebidas?

— Eu adoro. — ela disse como se estivesse ofendida com minha crítica. — E não me irrite, você não deveria estressar uma grávida com fome. — e eu ri antes de concordar.

Lily parecia mesmo faminta quando comeu todo o seu ravioli em tempo recorde e depois ainda comeu a metade do meu, eu não estava com muita fome e ela estava comendo por duas. Nós fomos juntos para o banheiro depois da refeição para escovarmos nossos dentes e depois fomos direto para o quarto, Lily se deitou na cama enquanto resmungava que tinha perdido o seu sono e eu aproveitei o seu momento de distração para guardar o contrato assinado por Sartori no fundo da minha mala, jogando todas as minhas coisas por cima para cobrir bem.

— Justin, você está me ouvindo? — escutei ela resmungar quando eu estava terminando de fechar o zíper da mala.

— Sim, babe, eu estou. — não, eu não estava.

Eu me joguei do seu lado na cama e alcancei os seus lábios para beijá-la antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa e ter certeza de que eu não ouvi nada do que ela disse antes, Lily não negou aquele beijo e me deixou aprofundá-lo com a passagem da minha língua para dentro da sua boca. Sua mão segurou minha nuca quando nossas línguas se encontraram e eu estava tão virgem nos últimos meses que só o jeito como ela me beijava de volta já parecia o suficiente para me deixar duro. Porra, eu só queria poder estar dentro dela.

Minha mente tentava me consolar ao repetir diversas vezes que só faltava mais algumas semanas para que eu pudesse estar dentro dela de novo como antes, e eu mal podia esperar por isso.

Desci meus lábios até o seu pescoço para distribuir beijos e chupões pela região, conseguindo notar a sua respiração ficando mais pesadas e os suspiros que escapavam da sua boca enquanto ela pressionava uma perna na outra, me mostrando que também queria que alguma coisa rolasse além dos beijos. E eu estava disposto a dar o que a minha garota estava precisando.

— Está afim de relaxar, babe? — sussurrei com os lábios bem perto dos seus e ela confirmou com a cabeça imediatamente por saber o que aquilo significava.

Deslizei a sua calcinha pelas suas pernas e a deixei expostas para os meus olhos, abrindo um sorriso repleto de malícia ao ver que ela já estava molhada só com a porra de um beijo. Lily observava cada uma de minhas ações quando eu coloquei meu rosto entre as suas pernas, podendo escutar um gemido baixo sair da sua boca quando minha língua tocou a sua intimidade.

Ela queria relaxar e eu faria isso por ela.

Lily Brooks • POV

A luz do sol invadia o quarto quando eu despertei do meu sono, espreguicei o meu corpo antes de olhar para o outro lado da cama e constatar que Justin já não se encontrava mais ali. Um pequeno sorriso cresceu em meus lábios quando flashes de memórias do que havia acontecido na madrugada veio em minha mente, podia sentir meu corpo esquentar só de lembrar da forma como Justin trabalhou com a sua língua em meu corpo até que eu estivesse satisfeita.

Eu fui tirada dos meus devaneios quando Justin entrou no quarto com uma toalha enrolada em volta do seu quadril e com seu cabelo molhado, provando que ele tinha acabado de sair do seu banho matinal. Ele abriu um sorriso para mim e deu uma piscadela em minha direção antes de pegar suas roupas dentro da sua mala e colocá-las em cima da cama, tirando a toalha do seu corpo para poder se vestir.

— Pensei que você não fosse acordar nem tão cedo. — ele comentou quando me sentei na cama. — Estava dormindo igual uma pedra.

Justin foi rápido em terminar de se vestir e se virou para voltar para o banheiro mas daquela vez eu saltei da cama para ir atrás dele.

— Eu deixei preparada pra você. — ele apontou para a banheira, que já estava cheia de água e com sais de banho de lavanda que era o meu favorito.

Abri um sorriso alegre e dei um beijo rápido em seus lábios para agradecer por aquilo. Puxei a minha camisola para fora do meu corpo e a deixei pelo chão antes de entrar na banheira, a água morna relaxou o meu corpo ainda mais e eu cheguei a apoiar minha cabeça na borda da banheira para apreciar aquele momento de calmaria. Justin arrumava o seu cabelo na frente do espelho enquanto eu tentava ser o mais breve possível no meu banho matinal, demorou poucos minutos até que eu finalizasse o meu banho e me levantasse para sair da banheira. Ele veio até mim com uma toalha assim que notou que eu tinha acabado e eu franzi as sobrancelhas.

— Hoje você está mais atencioso do que o normal... — comentei quando ele passou a toalha pelo meu corpo para retirar o excesso de água, me fazendo dar uma breve risada por todo aquele zelo. — Eu deveria me preocupar?

— Só acordei de bom humor. — ele deu de ombros após enrolar a toalha ao redor do meu corpo. — Nós vamos tomar o café da manhã no restaurante do hotel e depois vamos começar os nossos passeios pela cidade.

— E o que você tem em mente pra esse nosso passeio?

O canto de seus lábios se curvou em um sorriso e ele me deu um selinho rápido, Justin vai até a porta do banheiro para sair do cômodo mas não sem antes me responder: — É surpresa.

(...)

Nós andávamos de mãos dadas pelas ruas formosas de Veneza, beirando o Grande Canal, e podia parecer bobeira mas eu estava contente por estarmos fazendo um programa normal de casais. Justin estava de bom humor hoje e fazia gracinhas toda hora, conseguindo arrancar minhas risadas o tempo todo.

Eu estava sentindo falta de passar um tempo bom com ele sem nenhuma briga ou estresse no meio, aquela viagem estava sendo como um respiro no nosso relacionamento que estava um pouco sufocado nos últimos meses por toda a pressão que nós dois estávamos passando, com tudo o que estávamos tendo que enfrentar em Nova York. Nós realmente estávamos precisando dessas férias.

— Está pronta pra primeira surpresa de hoje? — ele perguntou ao me puxar pela mão para mais perto do píer onde tinham alguns barcos no estilo gôndola parados.

Justin trocou algumas palavras com um gondoleiro antes de me conduzir até uma das gôndolas paradas no canal, ele entrou no barco e estendeu sua mão para me ajudar a entrar também. Nós nos sentamos juntos na parte da frente da gôndola e o gondoleiro com quem Justin havia falado antes ficou de pé na parte de trás para conduzir aquele barco. O cenário era deslumbrante, Veneza era uma das cidades mais bonitas que eu já tinha conhecido e as paisagens vistas naquele passeio só deixava isso mais evidente. Justin entrelaçou nossas mãos e eu desviei meu olhar para ele, só então notando que ele estava me observando o tempo inteiro.

— Você sabe que passeio de gôndola não é bem uma surpresa quando se vem para Veneza junto com o namorado, não é? — decidi implicar e ele revirou os olhos com diversão sem conseguir reprimir o sorriso em seus lábios. — Seria quase um crime não fazer esse passeio romântico na cidade, eu já esperava por isso.

O seu sorriso convencido se tornou ainda mais largo e ele tinha um ar confiante quando colocou a mão no bolso da sua calça antes de tirar dali uma caixinha de veludo.

— Isso é uma surpresa pra você? — disse convencido ao levantar a caixinha na altura dos meus olhos.

Eu estava com a boquiaberta enquanto alternava meu olhar entre Justin e a caixinha que ele segurava, as palavras pareciam ter fugido de mim agora. Ele riu da minha reação ao ver que tinha mesmo me pego de surpresa e então abriu a caixinha de veludo, fazendo meus olhos se arregalarem ainda mais ao ver os dois anéis que estavam dentro dela. Um dos anéis era cravejado de diamantes com uma pedra maior no topo enquanto o outro era mais simples, mas o design dos dois era harmônico provando que eles eram um par.

— Justin, eu... — não consegui formular uma frase completa devido ao choque, eu realmente tinha sido surpreendida por ele.

— Babe, eu juro que tinha escrito o discurso mais romântico que eu conseguia pra esse momento mas eu acabei esquecendo o papel em Nova York. — ele resmungou e eu não consegui evitar dar risada, mas eu estava achando fofo a forma como ele parecia nervoso. — Mas... Você sabe que eu te amo e eu não consigo nem imaginar mais como seria minha vida sem você, provavelmente seria a vida mais chata de todas. Antes eu achava que ter um compromisso sério com alguém era uma grande baboseira, eu nunca sequer pensei em ter filhos porque nunca tinha tido vontade de ser pai e muito menos cogitava a ideia de querer me casar com alguém pra passar a vida toda com uma pessoa só, mas você me faz querer viver tudo isso, o que eu sinto por você me faz querer viver tudo isso. Eu sei que na maioria das vezes eu sou todo errado mas estar com você sempre desperta em mim uma vontade de ser alguém melhor, ser alguém que te mereça de verdade. E eu sei que o amanhã é incerto mas a única coisa que eu tenho certeza agora é de que eu quero passar o resto dos meus dias sabendo que você é minha. — eu já tinha os olhos marejados quando ele fez uma pausa para umedecer os lábios com a língua, não deixando de olhar em meus olhos em momento algum. — Você quer se casar comigo?

Continue Reading

You'll Also Like

91.2K 9.1K 166
N posto todo dia pq tenho preguiça Minha escrita é péssima, se você quer ler um imagine de atletas bom, lê o da sescfa1, ela é uma diva e escreve mui...
805K 88.6K 51
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
243K 28.4K 30
𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐎𝐋𝐃𝐄𝐑┃Após a morte dos seus pais, Eliza Swan foi acolhida por seu irmão mais velho, Charlie, e desde então, foi morar com o mesmo e...
270K 14.9K 90
𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...