ULTRAVIOLENCE 2

By ilymills

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Amigos se tornaram inimigos e estão juntando forças para vê-los cair. Eles entraram em um jogo sem saber, mas... More

Prologue
1. Comeback
2. Some things don't change
3. The game
4. Her boobs
5. First step
6. Big news
7. Acceptance
8. Mine
9. Suspected
10. In the club
11. Trembling friendship
12. Playtime
13. Making love
14. Back to reality
15. Truth be told
16. Hidden
17. So jealous
18. Months later
19. Baby in danger
21. Venice
22. You're the only one
23. Selfish
24. No safe place
25. Dad's house
26. Still jealous

20. Death

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By ilymills

Justin Bieber • POV

Eu segurei minha arma com ainda mais força enquanto tinha a cabeça de Rosie em minha mira, eu estava louco para apertar o gatilho e acabar com a vida daquela infeliz mas eu não podia arriscar acabar colocando a vida da Lily e do bebê em mais perigo.

Estava tentando pensar em um plano rápido de contra-ataque para reverter aquela situação e estava quase me dando por vencido quando vi Chris se aproximando por trás de Rosie em passos cautelosos para não ser percebido, ele acenou com a cabeça para mim como se estivesse pronto para acabar com aquela merda e eu cheguei a suspirar em alívio por enxergar uma luz no fim do túnel. Rosie estava tão ocupada nos direcionando ameaças e me encarando com mágoa que nem mesmo reparou quando ele sorrateiramente se arrastou pelas paredes até estar atrás dela, pronto para atacá-la.

Eu troquei um olhar significativo com Chris mas não mantive nossa troca de olhares por muito tempo para que Rosie não desconfiasse do que estava prestes a acontecer e acabasse olhando para trás, aquilo precisava funcionar porque eu precisava tirar a minha garota da mira daquela maluca. Meu olhar se cruzou com o de Lily, ela estava desesperada para sair dali e evitava até mesmo mover um único músculo sequer como se Rosie fosse atirar contra sua barriga se ela fizesse o mínimo movimento possível. Tentei passar qualquer mínimo conforto que fosse através do meu olhar mas não adiantou já que ela não sabia o que estava prestes a acontecer, ela achava que aquele era o final da linha.

Olhei para Riley ao meu lado para que pudéssemos conversar só com o olhar e ela deu um leve aceno de cabeça ao captar minha mensagem por já ter avistado Chris e entender o que estava para acontecer, então destravou sua arma enquanto continuava com Rosie em sua mira. Voltei meu olhar para Rosie e ela tinha seus olhos semicerrados enquanto parecia atenta a cada mínimo movimento que fazíamos, mas eu sei que não passava pela sua cabeça que ela estava quase sendo apunhalada por trás.

— É melhor vocês não fazerem nenhuma gracinha, estão me ouvindo? — ela rosnou em aviso para Riley e eu. — Qualquer movimento de qualquer um de vocês e eu atiro!

— Não terá nenhuma gracinha, Rosie. — eu blefei ao dar de ombros. — Você venceu dessa vez.

Rosie ainda me encarava com atenção quando eu ergui minhas duas mãos para cima como se estivesse me rendendo mas sem largar a minha arma por um segundo sequer, ela ficou surpresa com o meu ato mas não esperava que aquilo fosse apenas um sinal para que Chris entrasse em ação, e assim ele fez em um conjunto de movimentos rápidos. Chris foi veloz ao chegar por trás de Rosie e segurar o seu braço que apontava a arma para a barriga da Lily antes de puxá-lo para tirá-la da mira, ela ainda apertou o gatilho para tentar se proteger mas acabou acertando o teto. Riley conseguiu acertar um tiro em sua coxa e isso arrancou um gemido de dor dela, Chris aproveitou o momento para arrancar a arma da sua mão de uma vez e aquilo a fez se distrair a ponto de acabar soltando a Lily.

Lily ainda chorava quando correu o mais rápido que conseguia ao perceber que nada a prendia mais porém ela não correu em minha direção como eu jurei que faria, ao contrário disso ela correu para Chaz como se ele fosse o único capaz de passar para ela toda a segurança e conforto que ela precisava no momento. Ele a abraçou um pouco desajeitado por causa da barriga entre eles antes de ajudá-la a retirar o pano de sua boca que a impedia de falar, Alicia entrou na frente dos dois como se quisesse blindá-los para caso Rosie tentasse fazer alguma coisa.

Ao ver o estado abalado em que a Lily se encontrava ao tremer enquanto garantia ao seu irmão que estava bem eu senti meu sangue ferver de raiva por saber que a culpada pela minha garota ter tido um puta dia difícil estava bem na minha frente. Travei a minha mandíbula enquanto destravava minha arma ao me aproximar de Rosie, que estava ajoelhada no chão com sua mão pressionando o ferimento em sua coxa e tinha uma careta de dor em seu rosto. Riley se colocou ao meu lado assim que cheguei perto o suficiente do meu alvo.

Confesso que o meu desejo era poder torturá-la até que ela mesma me implorasse para matá-la por não aguentar mais porém eu não queria dar mais nenhum segundo de vida para essa vagabunda, ela não merecia nem mesmo isso.

— Espero que você goste do seu novo lar... — cuspi as palavras com ódio enquanto a encarava com frieza, mirei com o cano da arma na direção do lado esquerdo do seu peito onde ficava a região do seu coração de merda, então apertei o gatilho sem nem mesmo hesitar, vendo seu corpo sem vida cair no chão no segundo seguinte. — O maldito inferno.

Riley se abaixou e colocou seus dedos na jugular de Rosie para sentir sua pulsação, querendo garantir que a vadia estava mesmo morta.

— O trabalho está feito. — ela garantiu.

— Porra, até que enfim nos livramos dessa doida. — Ryan suspirou em alívio ao guardar a arma que tinha em mãos.

— É melhor darmos o fora daqui antes que a gente arrume problemas por estarmos em um território que não nos pertence. — eu lembrei, com todos concordando.

Os seguranças começaram a evacuar o prédio primeiro e então a Lily saiu daquele cômodo junto com Chaz, que ainda a consolava pelo que tinha acontecido. Voltei a travar minha arma e voltei a guardá-la em minha cintura antes de começar a sair daquele prédio também, olhei o horário em meu rolex incrustado em diamantes que estava preso em meu pulso e bufei ao constatar que já estávamos no início da madrugada, não tinha sido tão rápido resolver esse problema como eu achei que seria.

Juntei minhas sobrancelhas em confusão ao notar que Lily já caminhava junto de Chaz em direção ao seu carro sem nem olhar para trás, o que me fez entender que ela ainda estava puta comigo por eu ter faltado a merda da consulta e estava me ignorando por isso. Eu segurei em sua mão antes que ela pudesse se afastar totalmente e ela parou de andar antes de olhar para mim com seu rosto inchado por ela ter chorado para caralho e com a ponta do seu nariz vermelha. Chaz parou ao seu lado e cruzou os braços ao me encarar, me fazendo revirar os olhos.

Digamos que minha convivência com ele não estava sendo muito boa nos últimos meses, Chaz tinha colocado em sua cabeça que o melhor para a sua irmã era se afastar de mim porque eu não era bom o suficiente para ela então descontava em mim sua frustração por ela não ter terminado comigo até hoje. Nos últimos meses nós só conseguíamos nos falar quando o assunto era muito necessário, como por exemplo nossos assuntos de trabalho ou sobre a segurança da Lily e do bebê mas fora isso nós apenas mantínhamos distância e era melhor assim.

— Tenho certeza que ela não precisa de um segurança para falar comigo. — murmurei quando ele continuou parado ali enquanto me encarava, Chaz abriu a boca para me responder mas voltou a fechá-la quando Lily o interrompeu.

— Chaz, está tudo bem. — ela garantiu ao assentir com a cabeça, sua voz ainda saindo meio rouca e baixa. — Me espere no carro, eu já estou indo.

Ele bufou arrastado e balançou a cabeça em negativo antes de seguir em direção ao seu carro e deixar nós dois sozinhos. Olhei ao meu redor e vi que o pessoal já estava indo embora.

— Como vocês estão? — questionei à Lily ao voltar minha atenção para ela, ela encolheu os ombros ao abraçar seu próprio corpo.

— O pior já passou. — ela garantiu ao entortar os lábios. — Agora só estou me sentindo cansada, preciso descansar tanto meu corpo quanto a minha mente depois de tudo o que aconteceu. — e eu concordei com a cabeça.

Me aproximei um pouco mais dela para conseguir encostar em sua barriga, acariciando o local devagar e não demorou muito tempo até que eu sentisse o bebê se agitar dentro dela. Ele sempre fazia isso quando parecia sentir o meu toque mas eu nunca conseguia deixar de sorrir com isso.

O bebê só se agitava daquela forma quando o toque era meu ou de Ryan, isso me causou certo ciúmes porque eu queria ser o único que deixava o bebê eufórico e causou ciúmes na Lily porque ele não fazia aquela festa toda para ela, fora que Chaz também ficou com ciúmes pelo bebê parecer preferir Ryan do que ele mesmo sem nem ter nascido ainda.

— Se ele continua fazendo essa festa toda aí dentro então quer dizer que ele está bem. — comentei ao rir pelo nariz enquanto ainda acariciava a barriga da Lily mesmo por cima do tecido do seu vestido.

— Eu não adiei a consulta que você faltou hoje e perguntei pra médica qual é o sexo do bebê. — ela disse com certa mágoa ao citar a minha ausência, fazendo com que eu voltasse toda minha atenção para ela.

— Foi mal, babe, eu acabei me enrolando com as coisas que eu tinha pra fazer e quando eu vi já não dava mais tempo de te acompanhar na consulta. Mas deu pra saber qual é o sexo? — perguntei com curiosidade e ela afirmou com a cabeça. — Então... Menino ou menina?

Lily tirou minha mão de sua barriga quando o bebê começou a dar chutes fortes demais.

— Eu conto quando a gente chegar na mansão e estiver todo mundo reunido, acho que vai ser bom dar um notícia assim pra todo mundo esquecer um pouco do que aconteceu hoje. — ela falou. — Eu te encontro na mansão. — ela deu um passo para trás mas eu a parei mais uma vez.

— Qual é, você vai mesmo voltar com ele ao invés de voltar comigo?

— Justin, o dia foi bem cheio e tudo o que eu não preciso agora é discutir com você por uma coisa boba. É só uma carona, nada demais. — ela disse de forma cansada e eu bufei antes de assentir com a cabeça.

Lily abriu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes antes de se virar para seguir em direção ao carro do seu irmão, onde ele e Alicia esperavam por ela.

Eu queria que ela tivesse voltado comigo e não com o mané do Chaz mas concordar com ela era algo que eu estava fazendo com frequência para evitar brigas entre nós.

Riley estava encostada em meu carro com os braços cruzados e um sorriso divertido nos lábios quando eu me aproximei, eu revirei os olhos ao saber que ela faria alguma de suas piadinhas.

— Parece que alguém vai dormir no quarto de hóspedes hoje. — ela cantarolou em brincadeira.

— Vai se foder, Riley. — resmunguei ao destravar o carro antes de entrar no lado do motorista, com ela assumindo o lado do carona.

A curiosidade parecia que me mataria enquanto eu traçava o caminho de volta até a minha mansão, eu estava doido para saber qual era o sexo do bebê. Parar para pensar nisso fazia com que eu me sentisse um grande otário por ter faltado a porra de uma consulta importante, o que me fazia entender o por quê a Lily estava chateada comigo.

Todos já estavam juntos na sala de estar quando eu e Riley chegamos em casa, conhecendo bem a Lily como eu conhecia podia apostar que ela fez todos se reunirem para dar a notícia sobre o bebê.

— Agora que o mané do pai do bebê chegou você já pode falar de uma vez o sexo antes que a minha curiosidade me mate. — Ryan disse animado para a Lily, fazendo com que ela abrisse um sorrisinho.

— Vamos lá, Lily, já estamos esperando por essa informação há quase oito meses. — Chaz também fez pressão.

— Já que insistem... — ela enrolou um pouco antes de voltar a falar, alternando seu olhar entre todos os presentes. — O bebê que vai aumentar essa família é uma menina.

E eu quase engasguei quando as palavras saíram da sua boca, ainda boquiaberto que eu seria pai de uma garota. Riley deu um leve empurrão em meu ombro de forma animada e os caras gritaram em comemoração.

— EU SABIA! — Chris gritou animado e esticou sua mão na direção do Chaz, que revirou os olhos antes de puxar algumas notas de dinheiro do seu bolso para dar à ele já que os dois tinham apostado para ver quem acertaria o sexo do bebê.

— Porra, eu já estou ansioso para treinar várias formas de intimidar os garotos que se aproximarem dela no futuro. — Ryan comentou eufórico.

— Não será necessário já que antes dos garotos pensarem em se aproximar dela eu já vou ter usado minha arma contra eles. — zombei. — EU VOU SER PAI DE UMA MENINA, PORRA! — e meu grito fez com que todos voltassem a fazer uma algazarra em comemoração a notícia.

Ryan se aproximou da Lily para conversar com sua barriga como sempre fazia, com minha garota dando um pescotapa nele toda vez que ele soltava algum palavrão para falar com o bebê.

— Ryan, você já está deixando ela super agitada e eu preciso dormir bem essa noite sem um bebê em festa me dando os piores chutes do mundo. — Lily deu uma choramingada antes de afastar a mão de Ryan de sua barriga.

— Não tenho culpa se as garotas costumam reagir dessa forma à mim. — ele brincou de forma convencida.

— Acho que esse momento está pedindo por umas cervejas geladas e um pouco de música pra descontrair, está na hora da gente comemorar a vida da bebê e também a morte daquela piranha que nunca mais vai infernizar a gente. — Alicia cantarolou sua ideia e todos os caras gritaram em concordância.

Riley e Chris foram buscar algumas garrafas de cerveja enquanto a Alicia cuidava do som, logo a música Levi High da DaniLeigh começou a ecoar por toda a sala.

— HORA DO BRINDE! — Alicia disse animada ao ver que todos já tinham suas bebidas em mãos. — A Lily pode brindar com água mesmo. — brincou.

— Pela criança que está vindo aí... – Chaz propôs o brinde ao erguer sua garrafa de cerveja.

— E também por agora nós termos um inimigo a menos pra lidar. — Ryan completou ao erguer sua garrafa também.

— E, principalmente, um brinde pela nossa família. — Lily lembrou antes de erguer o seu copo de água enquanto tinha um sorriso tranquilo em seus lábios.

Todos nós brindamos e os vidros se chocando provocou um ruído, em seguida cada um bebeu um gole de sua bebida para terminar de selar o brinde.

A galera continuou com as comemorações e depois de um tempo eu olhei ao meu redor e não encontrei mais a Lily, provavelmente ela tinha saído de fininho. Bebi o resto da minha cerveja antes de deixar a garrafa de lado, o pessoal estava muito entretido para notar o momento em que eu saí de fininho também para procurar pela Lily no segundo andar mas acabei dando de cara com a Alicia no meio do caminho.

— Se você está planejando ir atrás da Lily, eu te aconselho a não fazer isso agora. — ela disse sendo enxerida como sempre. — Ela passou por muitas emoções hoje e precisa descansar, dê um tempo pra ela colocar a cabeça no lugar antes de ir falar com ela.

— Ela ainda está puta comigo e eu tenho que resolver isso de uma vez, não quero que ela continue com raiva de mim por mais tempo ou que me faça dormir no quarto de hóspedes. — bufei, vendo-a revirar os olhos.

— Não estou dizendo que você não precisa tentar ajeitar as coisas, estou dizendo que ela precisa de um tempo. — insistiu em sua ideia. — Lily está com a cabeça cheia, ainda está digerindo tudo o que aconteceu e acho que você podia deixar ela sozinha um pouco pra que ela consiga fazer isso.

— Então você está me dizendo pra ficar aqui parado enquanto meu namoro pega fogo? — resmunguei.

— As pessoas tem seu tempo, Justin, e nós precisamos respeitá-lo. — deu de ombros. — Faça o que eu digo e pode me dar cem dólares depois pelo bom conselho. — Alicia disse e deu dois tapinhas em meu ombro antes de se afastar para voltar para a sala.

Eu bufei arrastado enquanto avaliava o que ela havia me dito e talvez ela tivesse um pouco de razão, talvez a Lily precisasse mesmo de um tempo só para ela depois de tudo o que aconteceu para conseguir colocar sua cabeça no lugar.

Mas eu não era bom em seguir conselhos e por isso entrei em meu quarto antes de seguir em direção ao banheiro, encontrando a Lily dentro da banheira no meio do seu banho. Me encostei no batente da porta enquanto a observava.

— Então agora você faz o tipo que sai de fininho dos lugares? — brinquei para tentar amenizar o clima entre nós porque sabia muito bem que ela ainda estava chateada por causa da porra da consulta que eu faltei, Lily estava mais sentimental na gravidez e um mísero passo errado meu já era o suficiente para nos deixar em pé de guerra.

— Estava cansada. — ela respondeu com poucas palavras para deixar mais do que claro que não queria assunto comigo.

Eu ignorei todos os conselhos que Alicia me deu para respeitar o tempo dela e comecei a me livrar das minhas roupas para me juntar à ela na banheira, Lily observou todas as minhas ações quando me sentei na banheira do lado oposto ao que ela estava, ficando em sua frente.

— Pretende continuar me ignorando por mais quanto tempo? — disse com calma e minha pergunta a fez suspirar.

— Era pra você estar lá comigo, era pra você ter ido na consulta como prometeu. — ela começou. — Se você tivesse ido e estivesse ao meu lado nada disso teria acontecido!

— Eu sei, babe. Foi mesmo um vacilo meu. — suspirei ao concordar com a cabeça. — Mas eu acabei tendo um imprevisto no trabalho e...

— Aposto que não era nada que você não poderia ter deixado para os caras resolverem. — ela me interrompeu, sendo amarga.

— Você sabe que não é assim que funciona.

— O que não funciona é você colocar a droga do seu trabalho sujo na frente da sua família. — ela cuspiu as palavras ao apontar para mim de um jeito crítico, o que foi o suficiente para acabar com minha pouca paciência.

— Era só a porra de uma consulta, não faz o menor sentido você estar puta assim só por isso. — respondi no mesmo tom que ela ou até mais ríspido. — Eu estive com você nas outras malditas consultas e vou estar lá quando a criança nascer mas não vejo motivos pra eu ter a obrigação de ir até nas consultas mais estúpidas. — e eu só reparei que meu tom de voz estava mais agressivo do que eu gostaria quando ela recuou, o que me fez também prestar atenção nas minhas palavras.

Me arrependi de ter usado aquele tom mais ríspido com ela quando vi seu lábio inferior tremer ao mesmo tempo em que seus olhos ficaram marejados, com o seu lado sensível vindo à tona. Acho que a parte mais complicada daquela gravidez estava sendo ter que lidar com todos aqueles hormônios da Lily e o seu lado emocional mais aflorado, qualquer coisa dita de uma forma errada já era o suficiente para ela estar chorando ou ficar extremamente sentida.

Mas dessa vez eu também precisava levar em conta tudo o que ela passou hoje, eu sabia que a Lily ainda estava abalada e eu só estava tornando tudo mais difícil para ela tratando-a dessa forma.

— Babe, foi mal... Venha aqui. — disse mais suave ao gesticular para o espaço entre as minhas pernas mas ela negou com a cabeça de forma rancorosa. — Qual é, venha aqui... — insisti.

Segurei em sua mão apoiada na borda da banheira quando ela não se moveu e a puxei com certa delicadeza para incentivá-la a fazer o que eu disse, Lily soltou um suspiro pesado antes de movimentar o seu corpo na água para se sentar no meio das minhas pernas e apoiar suas costas em meu peito. Abaixei minha cabeça para deixar um beijo em seu ombro, roçando meus lábios em seu ombro enquanto esperava ela terminar de limpar as lágrimas que acabaram caindo em seu rosto.

— Eu sinto muito pelo que aconteceu hoje. — disse contra sua pele. — Eu devia estar lá com você lá.

Lily não me respondeu mas relaxou um pouco mais o seu corpo contra mim. Coloquei meus braços ao redor do seu corpo e apoiei minhas mãos em sua barriga, ela jogou sua cabeça para trás para deitar em meu ombro.

— Como as coisas vão ser quando ela nascer? — ela questionou após ficar em silêncio por algum tempo. — Quero dizer, como você vai dividir seu tempo entre o trabalho e o seu papel como pai? Você vai acabar perdendo as pequenas coisas que acontecerem com ela por estar ocupado demais resolvendo suas coisas? — e eu bufei arrastado ao entrar naquele assunto de novo.

Babe, vocês duas sempre serão minha prioridade. — eu garanti, sabendo também que aquilo era o que ela queria ouvir. — Você não precisa se preocupar quanto à isso, nada nunca estará a frente de vocês.

Lily virou seu rosto para mim e eu aproveitei aquela posição para beijar seus lábios, ficando aliviado ao notar que ela correspondeu sem nem relutar, me provando que não estava mais me odiando tanto assim.

Eu sabia que Lily estava tendo que lidar com muitas coisas ao mesmo tempo, como por exemplo os riscos da gravidez e o fato dos meus inimigos estarem só esperando uma oportunidade para infernizar sua cabeça assim como também sabia que devia ser exaustivo para caralho para ela estar passando por uma gravidez enquanto tinha que estar no meio do meu mundo, mas mesmo assim eu precisava admitir que ela estava conseguindo lidar com tudo isso de um jeito muito melhor e mais resiliente do que eu pensei que iria.

Ela desgrudou nossos lábios antes de abrir um pequeno sorriso, e então se afastou o suficiente para esticar seu braço para conseguir pegar o sabonete e me entregá-lo para que eu a ajudasse com o seu banho. Eu beijei cada parte do seu corpo que meus lábios alcançavam antes de ensaboar sua pele como ela queria.

Enquanto eu passava o sabonete em sua pele e escutava sua risada toda vez que eu esfregava uma parte que causava cócegas nela eu só conseguia pensar em como eu queria dar à ela um momento tranquilo durante sua gravidez, queria conseguir dar à ela alguns dias longe de todos esses problemas para que ela pudesse relaxar um pouco. Se para mim já era estressante para caralho ficar no meio de toda aquela merda, não conseguia nem imaginar para ela que andava sentindo tudo em sua pele.

Alguns dias de descanso para ela era uma boa ideia, e eu iria tentar fazer isso se tornar realidade.

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