ULTRAVIOLENCE 2

By ilymills

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Amigos se tornaram inimigos e estão juntando forças para vê-los cair. Eles entraram em um jogo sem saber, mas... More

Prologue
2. Some things don't change
3. The game
4. Her boobs
5. First step
6. Big news
7. Acceptance
8. Mine
9. Suspected
10. In the club
11. Trembling friendship
12. Playtime
13. Making love
14. Back to reality
15. Truth be told
16. Hidden
17. So jealous
18. Months later
19. Baby in danger
20. Death
21. Venice
22. You're the only one
23. Selfish
24. No safe place
25. Dad's house
26. Still jealous

1. Comeback

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By ilymills

Lily Brooks • POV

Minha casa estava cheia de pessoas influentes usando suas melhores roupas de gala e eu não conseguia evitar imaginar que provavelmente mais da metade dos políticos que se encontravam aqui eram metidos em negócios sujos assim como meu pai era.

Depois que eu descobri a verdadeira origem da fortuna do meu pai precisei de alguns dias para digerir a história, confesso que já ter passado por aquilo com Chaz antes tornou tudo menos difícil. Porém o único lado bom no meio de toda aquela história era que meus pais haviam parado de querer proibir minha relação com Justin.

Estava vestindo um vestido longo azul marinho que minha mãe insistiu para que eu usasse essa noite, o tempo havia passado mas meus pais continuavam me obrigando a participar desses jantares elegantes onde precisávamos passar uma imagem de família perfeita, a qual estávamos bem longe de ser.

Meu pai estava na reta final do seu mandato como prefeito de Los Angeles e não cogitava uma reeleição por querer descansar sua imagem depois de todos os escândalos de corrupção que ele protagonizou, mas ele estava dando aquele jantar para não perder o apoio de todas aquelas pessoas importantes pois tinha planos de construir uma empresa de investimentos e precisava estreitar laços com a elite californiana.

Mas eu sabia que essa empresa seria apenas mais uma profissão de fachada apenas para esconder de onde seu dinheiro realmente vinha.

— Não vi o seu sorriso em nenhum momento essa noite. — minha mãe disse ao surgir ao meu lado, com um visual impecável e segurando sua taça de vinho. — Desse jeito vão pensar que você é antipática, ou pior, que você tem algum problema nos dentes. — fez piada, me fazendo revirar os olhos.

— Espero que eles pensem que eu não gosto nenhum pouco desse teatro, o que é uma verdade. — resmunguei, já cansada de estar ali.

Minha mãe desviava o olhar do meu a todo momento para cumprimentar as pessoas que passavam por nós.

— Está precisando de um motivo para sorrir? — ela me olhou com calma, sem parar de sorrir por um segundo sequer como se sua boca tivesse congelado naquela posição. — Eu e seu pai decidimos deixar você visitar o seu irmão durante o verão.

Arregalei os olhos em surpresa, com um sorriso iluminando o meu rosto só de imaginar como seria. Dei uma risadinha alegre e puxei minha mãe para um abraço agradecido, prestes a explodir de felicidade por poder passar o verão inteiro com Chaz e Justin.

Depois de tudo o que aconteceu os rapazes decidiram que continuar em Los Angeles acabaria atrapalhando todos os seus negócios, eles não estavam conseguindo render na cidade e também tinha o fator negativo de que, apesar de terem conseguido territórios e grana matando Trevor, também conseguiram muitos inimigos locais. Então eles decidiram se mudar para a cidade onde eles tinham a maior parte dos territórios e de onde vinha a maior porcentagem dos seus lucros, Nova York. Colocaram pessoas de confiança cuidando dos negócios em L.A e se mudaram há cerca de cinco meses.

Justin tentou achar uma forma de não ficar longe de mim, até tentar me levar com eles ele tentou porém isso não foi possível e nós tivemos que nos adaptar a um namoro à distância. Ele vem para Los Angeles sempre que pode, além de me visitar ele aproveita também para fiscalizar seus negócios na cidade mas ele vindo para que a gente fique junto por um fim de semana parece muito pouco para matar a saudade, e por isso a ideia de passar todo o verão com eles me anima demais.

— Não se anime muito, isso só vai acontecer se você for uma boa menina hoje e ativar o seu lado carismático. — minha mãe cantarolou ao desfazer o abraço e eu rapidamente melhorei minha postura, abrindo meu maior sorriso para manter a pose de filha perfeita.

Eu só teria que aguentar essa noite e então amanhã mesmo estaria partindo para Nova York.

(...)

Arrastava minhas duas malas enormes pelo aeroporto de Nova York e começava a me questionar se não tinha exagerado no tanto de coisa que tinha resolvido trazer para a viagem. Olhava para todos os cantos daquele lugar procurando qualquer sinal de Chaz mas não tinha muito sucesso em encontrá-lo.

Justin não poderia me buscar hoje porque ele estava em uma viagem de negócios em Miami, o que nos causou uma pequena discussão nossa por ligação quando ele me contou, visto que eu nem mesmo sabia que ele estaria na Flórida esse final de semana.

Parei de andar no exato momento em que meus olhos encontraram uma pessoa familiar, vendo ele parado bem ali. As tatuagens que cobriam seus braços estavam visíveis graças à camisa sem manga que ele usava, seu cabelo arrumado em um topete meio bagunçado, sua mandíbula contraída enquanto ele olhava ao redor provavelmente procurando por mim com o olhar.

Não esperei por mais tempo para andar apressada em sua direção, praticamente correndo, me atrapalhando um pouco arrastando as minhas malas. Ele abriu um sorriso quando notou a minha presença, eu soltei as malas para poder abraçá-lo pelo pescoço, com ele abraçando a minha cintura para me puxar para mais perto ainda.

— Que saudade. — repeti a frase algumas vezes com a voz saindo meio abafada pelo meu rosto estar escondido na curvatura do seu pescoço, fazendo Justin rir nasalado.

A última vez que nos vimos foi há um mês atrás, na sua última ida à Los Angeles.

— Também estive sentindo sua falta, babe. — ele segurou meu rosto com as mãos quando desfez o abraço e me deixou um selinho nos lábios.

— Achei que você estivesse em Miami.

— Eu estava. — Justin me olhou com diversão. — Até a minha garota brigar comigo por celular e bloquear o meu número.

— Me pareceu uma boa ideia na hora. — encolhi os ombros, vendo-o arquear a sobrancelha com um sorrisinho nos lábios. — Você mereceu.

— Mereci ser bloqueado porque estava trabalhando? — ele riu.

— Não, por não ter nem mesmo citado que iria para Miami. — cruzei os braços. — Eu sei muito bem o que acontece em Miami.

— O que acontece em Miami?

— Miami é a nova Las Vegas. — Justin deu risada da minha comparação e eu não consegui não rir junto com ele.

Justin pegou minhas malas enormes e eu comecei a andar na sua frente, com ele arrastando minhas malas por mim.

— Você pretende me ajudar aqui ou quer continuar explorando seu namorado? — ele brincou ao me alcançar com as malas.

— Continuar explorando o meu namorado me parece uma boa opção, mas obrigada por perguntar. — brinquei.

Justin me atualizou sobre os últimos acontecimentos da sua vida durante o percurso do aeroporto até a casa que eles moravam na cidade e como o caminho foi um pouco longo deu para eu atualizá-lo também. A casa que eles moravam em Nova York conseguia ser maior do que a dos meus pais em Los Angeles, me deixando boquiaberta quando Justin passou com o carro da guarita de seguranças que tinha na entrada, fazendo a pequena rotatória que tinha uma fonte no meio para parar o carro na frente da casa, parecia aquelas mansões que eu via nos filmes. O número de seguranças andando pelo jardim me chocou, mas me deixou tranquila saber que aquele lugar parecia protegido como uma fortaleza.

A equipe tinha decidido morar junta aqui em Nova York para ter uma maior segurança garantida, e eu gostei da ideia de poder conviver com todos eles tão de perto durante esse tempo que ficarei na cidade também.

Eu saí do carro antes do meu namorado e corri para dentro da casa sem esperar por ele, estava movida pela saudade que eu estava sentindo do meu irmão. Estavam todos bem na sala de estar quando eu entrei, com Chaz andando de um lado para o outro como se estivesse impaciente. Quando ele notou minha presença ele praticamente correu até mim com um sorriso no rosto, Chaz me abraçou com força e me levantou do chão, me fazendo rir.

— Porra, quanto tempo sem te ver. — ele disse aumentando seu aperto ao meu redor, tão forte que eu encontrei dificuldade para respirar.

— Você vai me esmagar. — resmunguei entre risadas.

— Você está mais pesada do que eu me lembrava, minha irmãzinha está realmente crescendo. — Chaz brincou ao me devolver para o chão.

— Está indiretamente me dizendo que engordei? — ergui uma sobrancelha para ele.

— Não liga, Lily. Suas curvas estão bem mais bonitas dessa forma. — Alicia disse, se aproximando de mim para me dar um abraço também.

Alicia fazia parte da equipe dos rapazes há cinco meses, desde que eles se mudaram para Nova York. Antes ela pertencia a uma gangue do Canadá que era aliada à dos meninos, eles se conhecem há anos por causa disso e quando Alicia decidiu deixar o Canadá por problemas pessoais os garotos a convidaram para fazer parte do grupo deles. Pelo que eu sabia sobre o lado profissional dela, Alicia era a melhor em informática que eles poderiam ter, foi isso que garantiu a vaga dela na equipe.

Durante esses cinco meses que ela chegou nós nos aproximamos bastante. Desde que eu acabei me afastando muito de Shay por conta de todos os segredos que eu tinha que manter dela eu sentia muita falta de ter uma amiga, e Alicia pareceu chegar no momento certo para ocupar esse lugar na minha vida. Sempre que os garotos iam para Los Angeles ela ia também e nós nos encontrávamos, fora que também mantínhamos contato por celular já que ela também sentia falta de uma amizade feminina.

— Bom, você acabou de confirmar que eu engordei. — zombei, vendo-a revirar os olhos com diversão.

— Você não engordou, só está mais gostosa. Bem mais. — Ryan fez graça ao vir me abraçar.

— Se você chamar minha namorada de gostosa mais uma vez eu te deito na porrada. — a voz de Justin foi ouvida atrás de mim e Ryan ergueu as mãos como se estivesse se rendendo, logo senti os braços de Justin rodeando minha cintura, me abraçando por trás.

— E aí, Lily. — Chris me cumprimentou de longe com um sorriso amigável, o qual eu retribuí com um aceno de cabeça.

Ele tinha se afastado bastante de mim e eu poderia apostar que tinha dedo de Justin e seu lado ciumento nisso.

— Qual foi? O que vamos fazer hoje à noite para comemorar a chegada da Lily? — Ryan perguntou animado.

— Está apenas me usando como desculpa para festejar. — apontei, zombando. Ryan piscou para mim com um olho só.

— A Lily deve estar cansada da viagem. — meu irmão falou, já se jogando no sofá.

— Na verdade, eu não estou. — dei de ombros. — Se vocês quiserem fazer alguma coisa eu estou dentro, estou com saudades de sair com vocês.

— Podemos procurar por um racha na cidade. — Chris sugeriu.

— O que você acha de correr comigo no carro, Lily? — Alicia mexeu as sobrancelhas sugestivamente com um sorriso sacana nos lábios, o que me fez sorrir também.

— Por acaso você está sob efeito de alguma droga? — Justin se intrometeu. — Nem sonhando ela vai entrar em um carro com você dirigindo, ainda mais em um racha. — revirei os olhos.

— Você não manda nela, Bieber, se ela quiser ela vai sim. — Alicia deu um sorriso cínico para Justin.

Os dois viviam implicando um com o outro, acho que tem sido assim desde quando Alicia chegou na equipe. Inclusive, Justin foi o único que votou contra a entrada dela.

— Eu juro, Alicia, eu juro que... — Justin foi interrompido no meio da sua ameaça quando um dos seguranças entrou na mansão, todos os meninos pareceram entrar em alerta. — Qual foi, Reynold? — ele soltou minha cintura ao adotar sua postura séria, a postura que ele ganha quando está trabalhando.

— Desculpe incomodar, senhor Bieber, mas apareceu uma garota implorando para falar com os senhores. — Reynold informou. — Ela está bem ferida e afobada, falou que tem informações que os senhores gostariam de ouvir.

— Uma garota? — Chaz repetiu e o segurança confirmou com a cabeça.

— Traga ela até aqui, Reynold. — Justin deu a ordem.

O segurança assentiu e se virou para a porta que havia deixado aberta, fazendo um sinal com a cabeça para quem estava do lado de fora entrar. Meus olhos se arregalaram quando a vi passar pela porta, e todos na sala pareciam meio chocados com aquela visita.

— Você? — Justin foi o primeiro que conseguiu falar alguma coisa, mesmo estando igualmente incrédulo. — Que porra é essa? Eu pensei que você estivesse morta.

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