Next Dimension

By CupcakeChoco

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O que você faria se ficasse presa no seu jogo favorito? Diva é uma jovem comum que acaba indo parar no que mu... More

Epígrafe
Prologue
Fall out!
Is this a dream?
What is behind!
What really is?
Not everything that looks really is, right?
The Real Enemy
When The Darkness Comes
The sad melody of death: Hail the ending song!
She Lost in Darkness
Hear the Request from the Other Side
In Your Only Memory of Me? Please, Never forget me!
A Little Piece Of Heaven
The Story Behind the Story
Each one Fights with what They Have
Never Underestimate the Truth
Twisted Fate
Destined for One
What Destiny Holds
Closer to the Holy Grail
Eternal Night Festival
The Reason for All Things
Dante's Inferno: After Darkness
Dante's Inferno: On the Edge of Life and Death
Dante's Inferno: The World of Darkness
Dante's Inferno: End of the Line
Dante's Inferno: Overdose of Illusions
Dante's Inferno: A Fabricated World
Dante's Inferno: What It Shouldn't Be
Dante's Inferno: Heroes Don't Cry
Dante's Inferno: Devil's Destiny
Dante's Inferno: Advice from Heaven
Dante's Inferno: A Heart That Refuses to Give Up
Dante's Inferno: Bonds That Release, Return
Tu Fui, Ego Eris
The Pulsar of Red and Silver
Watchful Eyes
Girls Just Want to Have Fun
Secrets Between Girls
The One Who Lurks in the Shadows
Uncertain, Unreal and Hidden
Frozen Rain
Dark Reunion
Broken
Collision of Two Forces
Endless Night
Aviso
The Goddess and the Devil
Future in My Hands
A Secret Hidden in Time
Temperance and Unity
Aviso de Aniversário
Especial de Aniversário
Dear Whispers
Behind Blue Eyes

A Dangerous Mind

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By CupcakeChoco

NUNCA FUI MUITO CRENTE de conceitos que flertavam com paranormal até ser confrontada com a realidade — a nova realidade. Depois de ver de perto quantos mitos são reais nesse mundo, muito do que assimilava como fictício ganhou uma nova óptica, uma na qual pertencia como um dos pilares. Na cerne desse panorama, ser retratada com uma versão da Arya também não seria uma novidade pelo qual perderia noites de sono e vê-la no espelho daquela maneira me recordou que havia muito mais a descobrir do que imaginava.

A única coisa que se mantinha uma regra pra mim é: nunca, em hipótese alguma, confie em alguém. Sobretudo um desconhecido muito menos nas pessoas mais excêntricas — essas pareciam sempre as mais perigosas.

Me arrumei, pondo uma distância calculada entre mim e a mulher, e esquadrinhei o local e voltei a atenção a ela, não tão a vontade. Lendo minha reação, ela compreendeu minha relutância e deu um sorriso caloroso.

Após seu comentário, instigada pela curiosidade que considerava tanto uma qualidade quanto um defeito — dependendo de onde a balança pendia mais —, resolvi que ficaria para escutar o que ela tinha pra compartilhar comigo. Eryna também possuía a vibe de esoterismo, mais inclinada a bruxaria e o ocultismo que a prática esotérica em si — que são estudos diferentes e que atendem outros conhecimentos —, e já experimentei uma parcela de seus poderes relacionados a clarividência. Agora teria uma visão imparcial que poderia, ou não, proporcionar algo novo.

Arrastando a longa saia no chão, ela peregrinou vagarosamente para uma área mais profunda e a segui. Passando por uma cortina de contas, uma coleção de ídolos e máscaras com aspecto bastante interessante, bijuterias dispostas nas paredes e incensos em pontos estratégicos, observei a mudança de temperatura do lado de fora para quando entrei, estranhando a calidez suave. O aroma de fresias e sálvias enchiam o ar, dando um clima agradável e acolhedor ao ambiente. Sentei em uma cadeira frente à mesa cheia de cartas, runas e o que lembrava ser búzios. A mulher depositou a vela no centro da mesa, pegou rapidamente o baralho de cartas. Em seguida, retirou três e as alinhou diante de mim.

A carta do centro foi a que mais chamou minha atenção, era uma jovem mulher sentada num trono e ostentando a coroa na cabeça, em mão esquerda segurava um cetro e na direita um escudo. Consegui identificar o nome como sendo; L'Imperatrice (A Imperatriz). Enquanto a segunda carta do lado esquerdo, o desenho mostra um homem entre duas mulheres e acima deles o cupido pronto para disparar a flecha. O nome indicava; Lamorvrevx (Os Amantes/Enamorados). Por fim, a carta do lado direito era um homem coroado de perfil em uma mão esta o cetro enquanto na outra segura à cintura com o nome; L'Empereur (O Imperador) e estranhamente havia uma letra S destacada na figura.

A mulher apontou para a carta do centro.

— Essa carta é A Imperatriz — explicou serenamente, seu olhar era gentil e ao mesmo tempo astuto — Ela significa uma pessoa que governa com amor e é governado por ele. Mas... Aqui ela não representa o amor em absoluto, é mais sobre sua intuição e as desavenças que surgirão no futuro. Há algo que te afasta do equilíbrio e do seu verdadeiro potencial... Algo poderoso e ruim. — franzindo o cenho, a mulher respirou fundo, enxergando algo nas cartas que não conseguia ver. — Você está cercada de pessoas que se importam e pessoas que fingem se importar e não sabe em quem deve confiar, por essa razão fica em uma corda bamba.

Respirei fundo, atordoada.

— Este — aproximou a carta de mim — é chamado de Os Amantes; representa toda dimensão do amor, atração, desejo e a sexualidade. Assim como a Imperatriz, há um significado mais profundo... Você está profundamente conectada ao homem no qual está apaixonada, no entanto, terá que tomar decisões que podem acabar distanciando os dois, assim como ele. A falta de comunicação e as abordagens distintas podem separá-los de maneira irremediável.

Ponderei sobre a leitura e como ela pesava na situação. Também achei engraçado a ironia da carta que me ligava ao Dante ser justamente aquela, porém que poderia também simbolizar que há ou não harmonia nessa relação.

Naveguei pelos meus devaneios, tentando entender o que me chamou mais nele além do campo de fã. Talvez seu ar rebelde, seu estilo de vida despreocupado, seu jeito independente e engraçado, seu senso de justiça e bom coração. Ou simplesmente tudo isso e ainda o sentimento de proteção e afeto que demonstra comigo. E ainda assim, ele era o perfeito idiota que estava amarrada até o pescoço.

— Por último, esta O Imperador ele que comanda e demonstra poder. Ele é o segundo homem, aquele que quer alcançar o poder máximo através de você.

Liguei os pontos e a única pessoa que me veio à mente foi Ace.

— Você é a peça chave, toda a trama se desenrola ao seu redor. E os destinos desses dois homens estão enlaçados com o seu.

— Bem, o que isso quer dizer exatamente? — questionei incerta.

Ela sorriu, um frio percorreu minha espinha.

— Logo você descobrira. Agora preste muita atenção, independente do que tenha acontecido entre seu consorte e você, tudo tem jeito. Não fuja do problema e o encare.

Senti meu rosto empalidecer e forte sentimento de alarde se enraizar.

— Fique tranquila que minha intenção não é te preocupar ou causar pânico, mas te aconselhar. — ela entoou, afastando as cartas e olhou para mim, direta e convicta. — O grande problema das pessoas é viver pensando no futuro quando o certo é viver o presente, olhe criança, você é muito jovem, então não entende todo sentido da vida e as dimensões de algo tão sublime e divino como o amor, mas ouça que não importa quão difícil seja o obstáculo o importante é que siga em frente. Quando, enfim, sua mente clarear você entenderá minhas palavras.

— Eu... Acho... — tentei formular em uma resposta coerente, nada surgiu nem mesmo pensamentos aleatórios que geralmente tenho.

— Não vale a pena lutar pelo que queremos?

— Sim — respondi serenamente, sentindo meu rosto queimar.

— Bem, corra atrás disso e não hesite.

— Estou meio vacilante, mas farei isso — falei convencida, erguendo-me bruscamente.

— Antes de partir: Tome muito cuidado.

— Obrigada — fiz menção de sair, só que parei na metade do caminho e virei para ver uma última vez a sabia cigana, para meu total espanto e descrença ela não estava e na mesa jazia a carta A Imperatriz e uma escritura, dizendo; Leve.

Não era minha definição de normal, pra todos os efeitos, acabei sacando a carta.

O que devia fazer?

Ir atrás de Dante?

Resfoleguei. Agora que me acalmei e clareei as ideias, repensei minhas atitudes e a forma como decidi que iria embora em vez de esclarecer o assunto. Não houve nada, Dante não fez nada e o ideal seria mostrar a ele que estamos bem e que fui uma imprudente.

— Eu reclamando de personagens que fogem em vez de falar e eu fiz a mesma coisa. Não posso dizer dessa água não beberei afinal. — resmunguei rindo. — E ainda ganhei uma carta... — a mirei fixamente antes de um embrulho devastar meu estômago com um presságio.

Me recompus e refiz o caminho de volta com um objetivo bem firme em mente e determinada a deixar essa bobagem toda para trás.

Minha cota de maluquices tinha excedido essa noite e tudo que desejava era comer, descansar e contar a Dante o ocorrido. A lua emanava sua luz prateada e algumas nuvens salpicadas no céu, a brisa suave passou por mim. Em silêncio, segui meu caminho de volta. A conversa com a cigana me dera uma sensação solene e a coragem que necessitava, enquanto passava por fileiras de casas que pareciam abandonadas. As ruas estavam desertas e tenebrosas, que era como se estivesse em um cenário de filmes de terror.

Isso não me intimidou.

Uma brisa passou por mim, nesse exato instante lancei meu corpo para frente, não sem antes um chute na arma que apontavam em minhas costas. A pistola deu piruetas no ar e quando estava prestes a atingir o chão, consequentemente facilitando que o inimigo a pegasse, usei a telecinesia para jogá-la o mais afastado possível. As luzes provindas dos postes forneceram luminosidade suficiente para visualizar o agressor.

— Eu estava sentindo cheiro de vigarista permeando o ar. — ralhei sarcástica.

Cordelia bateu palmas em deboche.

— Bem que me disseram que era intuitiva, só não sabia que era tanto.

— É mesmo? E quem te falou de mim? — questionei indiferente. — Obviamente, Dante não foi.

— Não importa, eu tenho uma missão a cumprir.

— Eu poderia dizer o mesmo, mas não tenho tempo a perder. Se bem que me faria muito bem te dar uma boa lição — coloquei Blood em posição — Posso ter sido estúpida, só que não cometerei o mesmo erro. — minha voz saiu tão sádica e hostil que até eu me surpreendi.

— Mostre as garras cobrinha.

Cordelia pegou outra pistola, mandando contingentes tiros. Contudo tenha um pouco de dificuldade para acompanhar a velocidade e a trajetória das balas, consegui ricocheteá-las. Elas riscavam na lâmina, criando pequenas faíscas e caíram uns diferentes pontos sem chegar a me tocar. Para minha surpresa, ela mudou a pontaria e atingiu repetidas vezes as lâmpadas deixando a rua em desoladora escuridão. Agora entendi seu real objetivo, era além de confundir também me atrapalhar. Sem luz nunca saberia por onde atacar ou revidar. Minha aura seria muito útil, porém ela não abrangia muito em relação à luminosidade. Com o último foco de luz apagado, tentei concentrar em tudo que meus ouvidos podiam captar. Recebi um forte e  golpe nas costas que me levou ao chão, incapacitando-me por breves segundos. Forcei-me a levantar, e levei outro golpe, dessa vez direta no estômago.

O ar escapou rápido em tosse quase sufocadas.

— Não consegue me ver, não é? Que pena! — outro chute forte no peito, então peguei na perna dela.

— Vá à merda! — cuspi ferozmente, derrubando-a no chão. Subi em cima dela, apontando Blood perigosamente próxima ao pescoço.

— Os papéis se inverteram — disse saboreando a vitória, olhando-a fixamente tive um bizarro vislumbre de uma menina triste no lugar de Cordelia. Pisquei confusa, repentinamente o susto em sua expressão foi tornando-se divertimento.

Ela sorriu dissimulada.

— Qual é a graça?

— Isso — ela puxou o gatilho da arma, por pouco quase fui atingida. Aproveitando meu descuido, ela chutou-me para longe. Outra vez a maldita desapareceu na penumbra. Sem escolha, esperei um movimento dela. Algo envolveu meu pulso, puxando-me rigidamente contra uma esmagadora força invisível e recebi um pontapé seguido de um murro. Caída e desorientada, permaneci no chão frio. Cordelia pisou no meu peito prensando no chão, não satisfeita atacou-me incontáveis vezes. Só me concentrava em afastar as dores terríveis que assolavam meu corpo. Senti o gosto desagradável de ferrugem, dando-me náuseas.

A luz irritou meus olhos, mas ela permaneceu com a lanterna na minha cara.

— Nunca pensei que seria tão fácil. — começou cheia de si — Meu contratante deve ter se enganado, você não parece tão perigosa.

— Co-contratante? — indaguei entre respirações entrecortadas.

— Sim, já que consegui que queria acho que não tem problema falar. Bem, fui contratada para caçar uma pessoa. Todo isso de demônios foi apenas distração para te trazer aqui e ainda ocupar Dante. Meu alvo é você, querida Diva.

— E-eu?

— Exato, quando me passaram essa missão não me disseram os contratempos. Foi realmente cansativo ter que fazer todo esse teatrinho. Aliás, Dante não é de se jogar fora, então não foi tão ruim.

Uma mente perigosa, pensei.

Eu devo ter um bom e primoroso sexto sentido, por que no fundo sabia que ela tinha algo errado e era temível. Tudo está mais claro, principalmente o que está por trás da mulher impetuosa e perversa que ela realmente era. A verdade agora ardia e senti como de fizesse parte de uma peça ridícula.

Tentei elevar-me, novamente ela me agrediu. Os olhos dela chamuscavam em cólera agressiva e frieza.

— Meu objetivo não é te matar, porém adoraria fazê-lo pela marca que deixou no meu rosto — a minúscula cicatriz em leves tons rosa destacou na pele morena.

Com a pistola em punhos, ela ameaçou atirar.

Em um gesto um tanto desesperado, atingi a perna de Cordelia fazendo o imaginável para tirá-la de cima de mim. Impaciente ela atirou no meu braço. A sensação de ardor foi a primeira coisa que senti, logo veio a dor lancinante e a dormência. Todas essas agonizantes sensações foram substituídas pela sonolência e incompreensível fraqueza.

— Ah, essa cápsula estava cheia de um forte relaxante muscular. Não pensei que usaria em você, mas trouxe por garantia.

Meus músculos começaram a pinicar e pesar feito chumbo, não importava quanto esforço para movê-los eles não obedeciam nenhum comando. Era um alívio que eu ainda esteja consciente, embora saiba que por pouco tempo já que minha visão estava turva.

— Esta na hora de buscar minha recompensa. — foram as últimas coisa que ouvi antes de adormecer pelos efeitos da droga.

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