Carpe Diem

By GabbySaky

3.2K 307 700

Felicity e Oliver estavam finalmente vivendo aquele amor tranquilo no qual sempre sonharam. Finalmente estava... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta

Capítulo Dezenove

70 10 15
By GabbySaky



Notas Iniciais

Quem estava com saudades?

Eu pensei que não ia sair, viu, ô começo de ano corrido.

E agora, com o aniversário da minha sobrinha batendo as portas...

Mas vamos ao que realmente importa "agora": o capítulo.

Espero que gostem!











26 de Junho


Quando despertou, sua esposa não estava ao seu lado. Escutou o som do chuveiro por poucos minutos, mas ainda assim, soube que ela estava lá. Se levantou na intenção de se juntar a ela, mas para sua completa decepção, ela saiu só de toalha, nem mesmo percebendo que estava desperto. Ele sabia o que ela faria no momento seguinte. Era sempre a mesma coisa. Ela sempre esquecia alguma coisa. E depois que os trigêmeos nasceram, ela vinha se esquecendo onde colocava as coisas. Como naquele momento; ela procurava algo debaixo de algumas peças de roupa que se encontravam na poltrona, procurou no chão perto dela, seguiu em direção ao closet, que estava uma bagunça. Ele sabia que ela não encontraria, reclamaria e voltaria para o banho. E viu acontecer, se divertindo por vê-la resmungar algo enquanto seguia para o cômodo ao lado.

Ele podia muito bem chamar a atenção dela, mas era muito divertido ver aquela cena, mesmo que acontecesse quase que todos os dias. Os trigêmeos haviam feito uma bagunça no quarto no dia anterior; haviam pulado na cama, brincado de esconder no closet, se vestirem e se calçarem com as roupas dos pais. Ele e Felicity se divertiram, claro. Os pequenos haviam feito uma festa. E por estarem muito cansados, principalmente porque os pequenos estavam energéticos, acabaram nem arrumando o quarto no fim de tarde; comeram, tomaram banho e dormiram.

Suspirando enquanto se espreguiçava, Oliver seguiu em direção ao banho, encontrando a esposa de frente para o espelho. Como ela estava concentrada, a pegou de surpresa quando puxou sua toalha, escutando seu grito.

— Oliver!

Ele riu enquanto andava em direção ao box.

— Eu vou te enforcar. Isso não é nenhum pouco engraçado.

— Eu vejo seu corpo todos os dias. E toco.

— Há-há.

Ele voltou a rir.

— Lembre-se que ainda está de castigo.

E então foi a vez de Felicity se divertir às custas do marido; ele havia feito um muxoxo.

— Continue fazendo tudo que seus filhos querem, eu posso aguentar por muito mais tempo que você, querido.

— Essa brincadeira não é nenhum pouco engraçada.

Ela riu, dando de ombros enquanto continuava se maquiar, agora, já com a toalha de volta em seu corpo.

— Foi cruel não me chamar para tomar um banho com você.

— Eu podia ter dormido pelada, mas não o fiz.

Oliver colocou a cabeça para fora do box.

— E o que adianta colocar uma camisola curta e transparente e não usar calcinha?

Ela gargalhou.

— Você é má.

E ela riu mais enquanto ele voltava para debaixo do chuveiro.

— Você quer que eu te espere?

O som do chuveiro acabou no instante em que a pergunta foi feita. E então Oliver saiu, olhando a esposa de cima a baixo, vendo-a com um vestido florido — em tons de alaranjado — um tanto esvoaçante; a saia pegava a um palmo de seus joelhos.

— Está gata.

— Obrigada. – Beijou seus lábios. – Bom dia.

— O dia seria muito melhor se seu corpo estivesse colado ao meu.

— Se você... – Colocou o corpo ao dele bem devagar. – Prometer que não... vai prometer... – Roçou os lábios nos dele. – Algo aos nossos filhos hoje...

— Hum?

Ela mordeu o lábio do marido.

— Eu prometo...

Houve um momento em silêncio.

— Promete?

Para provocar, Felicity levou ambas as mãos em volta da cintura de Oliver, querendo provocá-lo um pouco mais, e apertou sua bunda. Em resposta, ele a beijou, ardente, e ela correspondeu, mas só até perceber as mãos dele tentar levantar o vestido que usava.

— Não. – O fastou rapidamente, empurrando-o com as mãos. – Castigo.

— Sacanagem. – Murmurou, ouvindo-a rir.

— Pode acabar hoje se cumprir com a promessa. – Diz, deixando-o sozinho no banheiro.

— Eu vou enlouquecer. – Murmurou para si mesmo, enrolando-se em uma toalha.

**--** **--**

Não foi uma surpresa para o casal, descerem e encontrarem todos à mesa. Já passava das 8h da manhã. O café-da-manhã já estava posto; havia dois tipos de suco, café, leite, achocolatado, croissant, panquecas, bolo e algo mais que eles não puderam identificar logo de cara porque estavam mais interessados na família. As vozes estavam um tanto altas; os pequeninos — que estavam sentados em uma mesa menor mais afastada da maior — brincavam de "escravo de Jó" com um copo de plástico com leite com achocolatado, os únicos adultos sentados — Lilikat e Keerian — conversavam entre si enquanto comiam, quanto aos mais jovens, sentados, lado a lado, sendo quena ponta da direita estava Nathan e na outra ponta April, conversavam; com exceção do único garoto, que tinha o celular na orelha.

Rapidamente Oliver identificou a conversa de todos, mas a que mais importava era de uma de suas garotinhas, que contava sobre o encontro que havia tido com Killian na tarde seguinte. Infelizmente ele havia sido obrigado a concordar em deixar a pré-adolescente ir ao cinema. Sua esposa já estava fazendo greve, e ele não queria piorar a situação deixando-a irritada. Esse havia sido o único motivo de ter concordado com aquela sanidade.

Sim, sanidade.

Sua garotinha tinha treze anos. Imaginar ela em um encontro era surreal, mas imaginar ela namorando, era demais para sua sanidade. Ele não queria aceitar. Era muito cedo. Mas Felicity não concordava. Era não só aprovava como também apoiava aquela loucura. Ela sempre dizia que ele não podia impedir que aquilo acontecesse, que seria injusto e hipocrisia ele não apoiar o namoro de sua filha.

Namoro.

Ainda não tinha certeza de que estava acontecendo, mas os pré-adolescentes já haviam tido mais de três encontros, e ele havia pego dois deles quase se beijando. Quase. Ele não tinha certeza de que não havia acontecido ainda. E se não aconteceu, vai acontecer em breve, e ele enlouquecia só de imaginar.

— Bom dia. – Lilikat quem desejou, percebendo a presença dos amigos primeiro que qualquer outro, inclusive de seu marido.

— Bom dia. – Desejaram juntos, sorrindo — pelo menos um deles sorria, já que Oliver estava com uma carranca por ainda escutar sobre aquele encontro da filha.

— Alguém aqui está de mau-humor. Acho... que a noite não foi assim tão boa.

Oliver abriu a boca, mas a fechou mais que rapidamente.

— Vou respeitar as crianças que estão nesse recinto.

O outro deu um sorriso divertido.

— Por que eu acho que isso se deve ao castigo que sua mulher te impôs? – Lilikat provocou um pouquinho, vendo a melhor amiga segurar uma risada.

— Que engraçado.

A loira Gautier deu de ombros.

— Bem, vocês por acaso já viram? – Perguntou, virando a revista para o casal. – Eu vi, e estou apaixonada. Ficou muito fofinho.

Felicity sorriu ao encontrar a foto de seus filhos na capa. Eles realmente estavam muito fofinhos. Ela não estava nenhum pouco arrependida de ter aceitado que eles fizessem aquela campanha. Havia ficado incrível. Todos eles, até mesmo lambuzados de sorvete, brincando, se divertindo, com aqueles olhinhos brilhantes.

— Eu vi em um ou dois outdoors da cidade quando saí mais cedo. – Keerian contou.

— Ficou incrível. – Oliver comentou, sorrindo.

— Meus bebês em uma capa de revista. – Felicity comentou com um sorriso. – Jamais imaginei. Mas ficou lindo, não me arrependo.

— Deveria deixar que eles fizessem mais campanhas. Talvez com as gêmeas dessa vez.

— O que tem eu e a April?

Os adultos desviaram os olhos para as pré-adolescentes.

— Ah, estava escutando, Emily? Eu imaginei que esse raio de encontro fosse mais importante.

As loiras reviraram os olhos enquanto Keerian se divertia com os ciúmes do amigo.

— E você acha que não é?

— Calado. Sua filha também namora. – Retrucou rapidamente.

— Eu pelo menos sei o que ela faz quando está em encontros. – Retrucou de volta, fazendo as sobrinhas corarem dos pés à cabeça.

Oliver abriu a boca para responder, mas Lilikat foi mais rápida.

— Chega de constranger as meninas. O assunto aqui é outro.

— Isso mesmo. – Felicity concordou. – Acho que meu sogro deve conhecer alguém que possa fazer uma campanha legal com as crianças.

— Mamãe..., a senhora não está falando de nós, não é? – April perguntou.

— Primeiro que não somos crianças e segundo que eu não sou nenhum pouco fotogênica.

— Que besteira, você é linda. – A mãe de Emily retrucou com um sorriso. – E vai ser incrível. E estariam com os trigêmeos.

As meninas trocaram um olhar.

— Eu e meus irmãos já fizemos uma campanha juntos. – Naomi diz de repente. – E ficou muito legal.

— Isso depois que os trigêmeos nasceram. Estavam todos muito curiosos sobre eles, e eu achei que assim eles me deixariam um pouco em paz. – Keerian explicou ao sentir o olhar de Oliver sobre ele. – Depois, quando a Kieera nasceu. E então Lilikat passou a aceitar sempre as campanhas, já que as crianças gostavam tanto.

Nathan pigarreou.

— Certo, algumas crianças.

— Eu odiava ter que ficar sorrindo pra todo mundo.

Tanto a irmã e as amigas quanto os pais e os tios, riram do garoto.

— Naomi fazia chantagem, e eu acabava aceitando. – Confessou em murmúrio.

— Ele sempre faz tudo que eu quero.

O jovem revirou os olhos, principalmente por ver o sorriso presunçoso da irmã.

— Que novidade. Tal pai, tal filho.

— Olha quem fala. – Keerian retrucou o amigo. – Você faz tudo pelas suas filhas. E mais ainda pela sua esposa, principalmente quando ela te ameaça.

— Você pode muito falar em ameaças, não é?

— Nossa, é como se eu tivesse vendo duas crianças brigarem.

Os jovens concordaram com April.

— Hum. Nos casamos com nossos filhos, Lili. – Felicity comentou.

— Verdade. – Lilikat concordou, ainda escutando seu marido e marido de sua amiga discutirem.

**--** **--**

Oliver ouviu a esposa gritar, tão alto, que provavelmente o condomínio inteiro havia escutado, e ainda que tivesse de olho nos trigêmeos que estavam sozinhos na sala comendo biscoito com leite, ele correu em direção ao andar de cima subindo a escada de dois em dois degraus a fim de chegar o mais depressa ao seu quarto. Ao adentrar, encontrou sua garota, abaixada e encostada contra a parede perto do closet, trêmula. E por vasculhar o quarto com o olhar ao perceber o pavor da amada, encontrou uma aranha enorme em cima da cama, mais especificamente em cima do travesseiro no qual Felicity usava para dormir. Rapidamente se aproximou com uma chinela, acertando o bicho que havia sido jogado no chão, matando-o após acertá-la mais algumas vezes, ainda que estivesse ainda muito confuso.

Ainda que tivesse dito que estava tudo bem enquanto se aproximava da esposa, ela se encontrava ainda do mesmo jeito, sem conseguir se mexer, e por isso a abraçou após se abaixar diante dela, tentando acalmá-la. Levou um tempo até que finalmente conseguiu fazê-la se levantar, ainda tentando entender como aquele bicho havia parado ali, dentro de sua casa, e pior, em cima de sua cama.

Não fazia sentido.

Respirando ainda com certa dificuldade por conta do susto, deixou seu marido no quarto enquanto o ouvia perguntar como aquela coisa havia aparecido ali, e momentos depois, quando abriu uma das gavetas afim de procurar uma lingerie — já que estava apenas de toalha, pois havia acabado de sair do banho —, deu um novo grito, tão alto quanto o outro, o que acabou assustando Oliver mais uma vez, principalmente por vir dois quase de uma vez só, encontrando Felicity contra a parede do outro lado do closet, quase que igual a que a pouco, abraçando as próprias pernas, percebendo que o motivo eram as novas duas aranhas encontradas ali dentro — uma dentro da gaveta e outra saindo de onde estava seus ternos.

— O que raios está acontecendo? – Murmurou para si mesmo.

— Mata essa coisa, pelo amor de Deus!

— Calma. – Pediu, fazendo como ela havia praticamente gritado para que fizesse. – Vem comigo.

Ela recusou a mão do amado que havia extendido para ajudá-la.

— Não mesmo, daqui eu não saio até ter certeza de que acabou.

— Meu amor, não tem mais nenhuma.

— Como posso ter certeza? – Retrucou, nervosa, mas não com o amado, e sim com a situação. – Isso é coisa da mesma pessoa que tentou levar nossos filhos.

— Não podemos ter certeza disso.

— Como não? Estão tentando me assustar. É alguém que quer me atingir. – Murmurou a última frase. – Por que eu, hein? O que eu fiz para merecer isso?

— Felicity...

— Primeiro aquele desgraçado, que finalmente está morto, e agora essa pessoa maluca e sem nada pra fazer da vida que quer algo de mim.

O outro suspirou.

— Com certeza é alguém que sabe que você tem fobia dessa coisa. – Teve de admitir.

— Primeiro mandam aqueles cremes que quase mataram nossas filhas, depois nossos filhos quase são sequestrados, ao mesmo tempo em que destruiam a nossa casa e agora isso! – Finalmente aceitou a ajuda do marido para se levantar, mas grudou no corpo dele. – Você vai vasculhar a casa, não é?

— Se isso vai te deixar mais tranquila, meu amor...

— Eu preciso disso pra poder dormir mais calma.

E ele a compreendia totalmente.

— Espera, não me deixa aqui sozinha. – Pede ao perceber que ele começava a querer se afastar.

— Por que não fica com os trigêmeos no andar debaixo?

— E se elas estiverem por lá também?!

— Elas não são venenosas, querida.

— Pouco me importa. – Diz chorosa.

— Fica na sala e me espere por lá, está bem? E fica calma, porque se ficar nervosa, vai acabar deixando os trigêmeos nervosos também.

— Eu sei, eu sei disso, mas pelo amor de Deus, né, Oliver! – Gesticulou. – Uma aranha enorme e cabeluda em cima da minha cama é mais do que posso suportar.

E o Queen quase riu pela forma que a esposa havia se expressado. 













Notas Finais

Como podem ver, Oliver continua enciumado.

Vai saber até quando vai durar, né?

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Principalmente quando descobrir que as filhas estão "realmente" namorando.


Felicity, tadinha, passando por um sufoco.

Para mim é, já que eu assim como ela, tem pavor de aranha, tarântula ou seja o que for.

Me dá até arrepio só de pensar.

Seja quem for que esteja querendo assustar a loirinha, não está de brincadeira.

Continue Reading

You'll Also Like

12.2K 1K 11
Depois de conquistar Sants pelo Instagram e ganhar uma música sobre si, Monique segue com o rapper para Puerto Rico em uma viagem de 10 dias. Tudo se...
766 77 6
O ano é 1980, e em River School acontece uma catástrofe. Isso mesmo, um grande caos causado pelos alunos Ryan e Diana, que são os próprios pólvora e...
1.2M 65.1K 156
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
1.1M 66.8K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...