Carpe Diem

By GabbySaky

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Felicity e Oliver estavam finalmente vivendo aquele amor tranquilo no qual sempre sonharam. Finalmente estava... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta

Capítulo Quinze

79 7 18
By GabbySaky



Notas Iniciais

Oi, estrelinhas. Primeiramente quero pedir desculpas para o pessoal do grupo:As Melhores Fanfics

Eu disse que postaria um capítulo na sexta-feira e eu acabei não fazendo isso. Eu me esqueci completamente por causa da minha sobrinha, que ia para o pai e quis brincar comigo até ele chegar. E ele chegou um pouco tarde.

E ontem, porque passei o dia inteirinho fora, chegando só as 22h30 da noite. Fui visitar minha avó. Quando cheguei, já estava tarde e só me lembrei do capítulo hoje pela manhã.

Bom, depois de votar, achei que devia pó capítulo a vocês.

Então vamos lá!












25 de Maio


Mesmo já sendo pré-adolescentes, ainda assim seus pais não gostavam de deixá-los a sós, a não ser que fosse extremamente necessário. E aquele era um daqueles dias que eram obrigados a fazê-lo, mesmo que não fossem seu desejo, em especial das mães. Elas se preocupavam bastante, e depois do que havia acontecido com Cooper, Felicity ficou ainda mais protetora para com os filhos, mesmo com as mais velhas. Ela tentava não pensar no que havia acontecido e no fato de que alguém havia tentado incriminá-la, mas era impossível, e quando tinha de deixar as crianças sozinhas, ela pensava mais ainda naquele acontecimento. Ainda assim, sendo algo tão importante para fazer, ela e as amigas deixaram os pequenos sobre os cuidados dos maiores naquela casa, mas só depois de "uma cartinha" sobre tudo que deveriam fazer em sua ausência.

Primeiramente, deveriam trancar tudo, incluindo as janelas, depois, jamais abrir a porta — seus pais tinham a chave, então se alguém tocasse a campainha, que deixasse tocar —, outra coisa muito importante era jamais entrarem na cozinha, principalmente deixar os pequenos dentro do cômodo, e última recomendação, era ligar caso qualquer coisa acontecesse. E havia sido exatamente isso que Lyon, April, Amily e Killian haviam feito enquanto que os gêmeos Palmer ficavam de olho nos pequeninos. Trancaram inclusive a porta do jardim, mesmo que seus irmãos tivessem pedido tanto para brincarem lá. Havia sido fácil explicar e fazê-los entender o motivo de não poderem ir para o local que eles mais gostavam daquela casa, e por isso se sentiam tão tranquilos.

Não era a primeira vez que os mais velhos cuidavam dos irmãos mais novos, mas também não era algo que acontecia sempre, principalmente estando eles sozinhos. Nenhum de seus pais se sentiam bem deixando-os sozinhos, mesmo que eles prometessem que se cuidariam e que ficaria tudo bem, mas quando acontecia algum imprevisto e não conseguiam ninguém para cuidá-los, não tinham outra opção. E os maiores podiam compreender um pouco do motivo da apreensão de seus pais, principalmente depois de tudo que passaram antes dos pequeninos nascerem.

Naquele momento os pequenos brincavam com um quebra-cabeça no meio da sala enquanto que as irmãs de Lyon — ambas as filhas de Barry — brincavam no segundo andar da casa. Elas tinham várias bonecas espalhadas em um dos quartos além de uma casinha enorme para elas, e por isso haviam escolhido não estar junto aos outros no cômodo debaixo.

— Será por que o vovô chamou nossos pais? – Amily questionou de repente, curiosa.

April deu de ombros.

— Não sei, mas era importante, porque o papai estava muito preocupado.

— Os meus também. – Os garotos dizem juntos.

— Será que aconteceu alguma coisa ruim?

— Não vamos pensar nisso, Amy. – Lyon pediu, vendo-a assentir. – Nossos pais vão resolver seja o que for.

— Espero que sim. – April murmurou. – Eu fico preocupada, porque desde aquele sonho...

— Que sonho? – Novamente os garotos estavam falando juntos, curiosos.

— Nós temos tido um mesmo pesadelo há alguns dias. – Amily contou, dando um suspiro. – Lembra de quando a minha mãe levou um tiro há alguns anos?

— Em frente ao shopping. – Killian diz, se lembrando.

Ambas as pré-adolescentes balançaram a cabeça.

— Eu me lembro muito bem daquele dia. – Lyon diz.

— Deve ter sido bem assustador.

— Foi sim, Adam. – As gêmeas dizem juntas.

— A tia ficou semanas internada. – Lyon comentou, em meio a lembrança.

— Pensamos que ela ia morrer. – April diz, sentindo Killian pegar em sua mão e dar um leve aperto. – Ela ficou tão mal...

— O pesadelo era sobre isso?

— Mais ou menos, Andrew. – Amily fitou a irmã. – Começa com aquele dia horrível. Depois, vemos a mamãe nos braços do papai... com os olhos fechados... e bastante sangue nas roupas dela...

— A diferença, é que... – Continuou pela gêmea. – Ela não respirava.

Os outros estremeceram.

— Não gosto nem de imaginar.

— Estou arrepiado. – Andrew diz após Lyon.

— Falaram com seus pais? – Killian questionou, sentindo o mesmo que os primos.

— Sim, mas eles disseram que era só um pesadelo. Que ficaria tudo bem, que não deveríamos nos preocupar..., mas... eu não concordo. Nenhuma de nós duas concordamos que é apenas um pesadelo.

— Tentaram matar a mamãe uma vez e... – Amy completou, se interrompendo propositalmente, de forma temerosa. – A gente tem medo de que tentem de novo.

— Nós nem sabemos porque tentaram matá-la, ou quem fez aquilo. Eles nunca disseram nada... – Lyon ficou pensativo de repente. – E as coisas que aconteceram naquele ano foram muito estranhas.

— A mamãe foi sequestrada...

— Nós quase fomos junto dela e da tia Thea...

As gêmeas concordaram com o primo.

— Tentaram matar o tio Oliver. – Killian completou.

— Tentaram o mesmo com a tia Thea e o tio Roy... – Amily se lembrou.

— E nós tivemos agentes nos protegendo durante todos aqueles meses. – Adam se lembrou. – E ninguém nunca nos explicou um motivo plausível.

— Eu tentei perguntar para o meu pai porque aconteceram aquelas coisas, mas ele disse que era algo complicado.

— E que ainda somos muito pequenos. – Andrew completou após Killian.

— É, a gente sabe. Nossos pais disseram o mesmo. – Amily contou, e o primo de sangue revirou os olhos enquanto bufava.

— Somos crianças para isso, mas não para cuidar dos nossos irmãos?

— Não é? – Todos concordam com Lyon.

— Talvez... tenha sido aquele homem horrível. Aquele que sequestrou a mamãe. Que matou a vovó. Talvez tudo tenha sido obra dele.

— April está certa. Talvez seja ele o culpado de todas as coisas que passamos, que nossos pais passaram. É a única explicação. – Killian concordou.

De repente cada um deles acabam se assustando com o som abrupto que vinha da porta de entrada, parecendo que alguém estava querendo abri-la.

— O que foi isso? – April questionou, com o cenho franzido.

— Não sei. – Lyon se levantou enquanto respondia. – Não são nossos pais.

— Então quem deve ser? – Amily questiona, já preocupada.

O Merlyn pede por silêncio ao ouvir um novo som. E as primas se levantam, um tanto assustadas, com os Palmer ao seu lado.

— Eu vou ver.

As gêmeas seguraram na mão do primo.

— Eu não estou gostando disso. – Amy sussurrou.

Está tudo bem, só vou ver quem é.

Elas não estavam nenhum pouco convencidas de que "estava tudo bem".

Eu vou com você. – Killian, diz, se aproximando do amigo, e logo atrás, April e Amily, que decidiram seguir os dois.

Os três então viram a maçaneta se mexer três vezes, e deram um pulo para trás. Escutaram uma voz grossa, e não reconhecendo, trocaram um olhar.

— O que a gente faz? – April sussurrou para a irmã e os primos.

— Nós temos que nos esconder. – Lyon correu em direção a sala e os outros o seguiram, vendo-o puxar os irmãos pela mão. – Ethan, Evy, venham comigo.

O primeiro reclamou, mas o irmão o segurou com mais força pela mão.

— A gente não quer...

Os mais velhos fizeram "shiii", cortando-o rapidamente.

— Quero brincar mais. – Evy reclamou quando o irmão mais velho começou a puxá-la.

— Eu também, Amy. – Brooke reclamou em seguida.

— A mamãe disse para obedecer.

Os trigêmeos trocaram um olhar antes de assentirem.

— Nós vamos brincar de esconder. – Amily diz após a irmã.

— Eba!

Eles ouvem os mais velhos fazerem "shiii" novamente enquanto os puxavam para o andar de cima.

— Vocês têm que ficar em silêncio durante o jogo. Quem falar primeiro perde. – Lyon diz, enquanto entra no quarto em que suas irmãs estavam.

— Lyon, a gente quer água. – Kitty diz, ao ver o irmão parado na porta.

— Agora não.

— Vamos brincar de esconde-esconde. – Ethan diz, animado.

— Eu não quero. – As irmãs Allen cruzam os braços e fazem um bico.

— Me obedeçam. – Diz de forma firme, puxando as três garotinhas enquanto os menores o seguiam ao lado dos trigêmeos, pensando que era realmente uma brincadeira. – Nós temos que ficar aqui até o papai e a mamãe chegar. – Sussurrou já dentro do maior quarto daquela casa.

— O que está acontecendo? – Scarllet perguntou, já ficando assustada.

— Vai ficar tudo bem. – April quem responde à irmã de Killian, entrando com os irmãos no closet dos pais, e quando todos passaram por ele, Amily os trancou lá dentro, vendo os pequenos correrem para o fundo do cômodo.

— Vamos nos sentar aqui. – Adam diz, firme.

— Eu quero saber o que está acontecendo, Lyon.

— Estou com medo. – Natty diz após Kitty, com os olhos lacrimejando.

— Eu também. – Valie diz logo em seguida.

— Vai ficar tudo bem. – Lyon promete. – Nós só temos que ficar aqui sem fazer barulho. Está bem?

As crianças assentem.

— Mas quem vai procurar a gente, Apple?

— O papai e a mamãe, Brooke.

— Lyon, eu quero sair, eu quero terminar de montar o quebra-cabeça.

— Você termina depois, Ethan. Agora nós temos que brincar de esconde-esconde, está bem?

O menino cruzou os braços, emburrado.

— Está mentindo para eles. – Kitty diz, fazendo com que o irmão tampe a boca dela.

— Não diz isso. – Sussurra.

— Eu sei que está mentindo.

— É por uma boa causa. Eles vão ficar com medo se eu disser a verdade.

— Eu quero saber por que está mentindo.

O pré-adolescente sabia como sua irmã era teimosa; ela não desistiria tão cedo de saber o que estava escondendo e isso o preocupava.

— Apenas faça o que eu estou mandando, Kitty.

Ela o olhou, séria como a mãe, e ele sabia que ainda que ela estivesse daquela forma, ela estava com medo, assustada, e sem saber o que estava acontecendo só a deixava mais apreensiva, mas ele precisava que ela se acalmasse e não assustasse os menores.

— Não vou deixar nada acontecer com a gente, está bem? – Prometeu, vendo-a assentir segundos depois.

Natty se levantou de repente e se sentou no colo do irmão mais velho.

— Quero a mamãe.

Lyon a apertou em seu colo e Killian fez o mesmo com Connor quando escutou ele começar a chorar baixinho.

— Vai ficar tudo bem, maninho. – Sussurrou em seu ouvido, tentando acalmá-lo.

— Quero a mamãe, irmão. – Valerie e Scarlett dizem praticamente juntas; a primeira para Lyon e a segunda para Andrew, que tinha a garotinha em seu colo.

— Eu quero sair daqui.

Amy tampou a boca de um dos irmãos rapidamente.

— Não grita, Bry. Não lembra da brincadeira?

O pequeno assentiu.

— Tem que fazer silêncio.

— Ele já perdeu. – Brooke diz. – O que a gente vai ganhar?

Os maiores não puderam sequer pensar em algo, muito menos responder à pergunta curiosa e completamente normal da Queen, pois em seguida escutaram um barulho alto, fazendo com que as crianças gritassem.

— Shiiii. – Lyon pede rapidamente. – Não gritem, por favor. – Praticamente implorou, escutando um outro som ainda maior em seguida, e mais outro, e outro; e as crianças abraçaram os irmãos mais velhos.

— Estou com medo. – Brooke diz, abraçando April.

— Eu também. – Os olhos da pequena Merlyn lacrimejaram; ela grudou as mãos na camisa do irmão mais velho e ele pode sentir o corpinho dela tremer.

— O que é isso? – Kitty pergunta, assustada.

— Vai ficar tudo bem. – Lyon repete, pegando o celular dos bolsos.

— E então? – Adam questiona ao ver o primo ligar para os pais.

— O papai e a mamãe não atendem. – Sussurrou, desesperado.

— Isso não é bom.

E os outros concordaram com Killian.

— Estamos sozinhos e sem como nos defender ou aos nossos irmãos. – Completou, fechando os braços mais em torno do irmãozinho.

— O que está acontecendo, Lyon? – A irmã ruiva questiona, com a voz tremendo, demonstrando seu medo. – Me diz, por favor.

Ele sentiu o peito apertar ao perceber que ela logo choraria.

— Mamãe. – As pequeninhas de Barry choramingaram.

— Não tem ninguém aqui.

Os mais velhos colocam o dedo na boca, pedindo para que os pequenos ficassem em silêncio, e mesmo assustados, balançaram a cabeça, prometendo fazer como pediam.

— Disseram que as pestes estariam aqui.

— Mas não estão. – Rosnou. – Procuramos por todo esse lugar.

— Não olhamos no closet.

Os mais velhos se olharam, assustados, ao mesmo tempo em que Natty abraçou forte o irmão mais velho, Ethan e Evelyn chegaram os corpinhos para mais perto do corpo de Lyon, e Kitty fez o mesmo, apertando as mãos em volta do corpo dele, do outro lado. Sendo abraçada por Adam, que estava ao seu lado, Valerie, que estava em frente ao corpo do irmão mais velho, grudou as mãos nas pernas dele; quanto aos trigêmeos, eles fizeram o mesmo com as irmãs mais velhas, que os seguravam no colo.

— No closet? Você acha mesmo que oito crianças de quase quatro e seis anos estariam lá dentro? – Ouviram um barulho de um tapa. – Pense um pouco mais, seu inútil.

— Inútil é você! E se você não se lembra, os mais velhos estão com eles.

— Deveriam estar, não é? Mas olha direito ao seu redor, jumento... Nós destruímos a casa inteira, e nada deles gritarem.

— Jumento seu rabo. – Bufou. – Nosso chefe não vai gostar quando voltarmos de mãos vazias.

— Quem... – April tampou a boca de Bryden.

— Eles não estão aqui. – Rosnou mais uma vez. – O que quer que eu faça? Eu não tenho pó mágico.

— Vai se ferrar! Eu estou tentando manter nossas cabeças em cima do corpo.

— Temos que ir. Os Queen devem estar voltando.

— Eles vão levar um susto ao verem o estado da casa.

— Eu não me importo nenhum pouco com isso.

— Eles vão supor que...

— O chefe não se importa no que eles vão supor.

Os pré-adolescentes ouvem os passos se afastarem e começam a se aliviar.

— Quero a mamãe, Amy! Quero agora!

— Não grita, Brooke. – Pede, desesperada. – Não podemos sair daqui. É perigoso.

— Lyon, eu quero o papai e a mamãe. Cadê eles? – Valie começa a chorar.

— Quem eram?

April olha para Kitty.

— Por que estavam aqui dentro?

— Nós não sabemos, irmãzinha. – Lyon quem responde. – Não sabemos, por isso é perigoso sairmos daqui agora.

— Não falem alto ou gritem. – Andrew pediu. – Por enquanto, precisamos ficar quietos aqui dentro.

— O papai e a mamãe devem estar voltando. – Adam completou, vendo April pegar seu celular do bolso. – Nós ficaremos bem até lá. – Ele esperava que sim, pelo menos.

— Eu vou ligar para a mamãe de novo.

— Não chora, Natty, Valie. – Lyon as abraças, ouvindo os soluços de ambas; e ele fica ainda mais desesperado quando Ethan e Evy também começam a chorar.

— Mamãe. – Connor chama, choroso.

— Está tudo bem, irmãozinho, logo a mamãe está de volta. – Killian diz, fitando aos irmãos, sendo que um deles — Andrew — estava com Scarllet em seu colo.

— Amy, eu estou com medo. Quero o papai aqui com a gente.

— Eu sei, Bry, a Amy também está com medo, mas a gente tem que ficar juntinhos, okay? – O abraçou, ao mesmo tempo que fazia o mesmo com Bryden. – Ninguém vai entrar aqui. – Sussurrou, esperando que já estivessem ido embora.

— O homem mau vai pegar a gente?

— Não, Ry, eles foram embora.

Natty, Valie, Evy e Ethan ainda choravam, pedindo pela mãe, enquanto que tremia dos pés à cabeça, assustados com o que havia acontecido; Brooke não chorava como as "primas", mas já começava a dar indício de que começaria; ela estava abraçada a irmã — no caso, April.

— Eu quero sair.

— Não podemos, irmãzinha.

A menina soluçou.

— Não chora, B. – Pede, começando a se desesperar.

— Quero a mamãe, Andy. – Scarllet diz, chorosa.

— Eu sei, maninha, mas a mamãe ainda não chegou. – A apertou em seus braços.

Lyon abraçou o irmãozinho, tentando tranquilizá-lo ao escutar sua voz chorosa chamando pelos pais.

— Vai ficar tudo bem, Ethan. – Sussurrou. – A mamãe e o papai vão chegar logo, eu prometo. – Suspirou. – Natty, deixa eu colocar a Evy e a Valie no meu colo.

A menina assentiu, sentando-se de frente para o irmão.

— Quer ficar no meu colo, pequena? – Adam perguntou, ao vê-la tão assustada, e então a viu sentar-se no meio de suas pernas; e a abraçou para tentar tranquilizá-la; quanto a Lyon, ele pegou uma por uma das irmãs menores e as sentou em suas pernas, abraçando-as enquanto sussurrava palavras de conforto.

— Mamãe.

Todos olham para April; incluindo os pequeninos; e foi só Brooke escutar aquela palavra que ela parou de chorar na hora, ainda que continuasse assustada.

— Mamãe, você demorou a atender.

— Desculpe, amor, estava ocupada. Está tudo bem?

— Não, não está.

— O que houve, querida? – Ela ficou ainda mais preocupada quando escutou um choro. – É o seu irmão que está chorando?

— Quem está chorando, meu amor?

— Bryan. E acho que os nossos sobrinhos também. – Respondeu, com o coração na mão. – April, o que aconteceu?

— Entraram aqui em casa.

— O que? – Felicity gritou.

— Estamos no closet. Escondidos.

— Temos que ir para casa agora! – Felicity praticamente gritou para o marido.

— O que está acontecendo? – Questiona, sentindo-se mais preocupado que antes.

— Tem gente lá em casa. April, continua na linha, querida.

— Eu vou ligar para o Barry. Ele saiu primeiro que a gente.

— O papai vai ligar para o Tio Barry. – Avisou aos primos.

— Quero falar com o papai. – Natty diz, mais calma para o irmão.

— E eu com a mamãe. – Os trigêmeos dizem praticamente juntos.

— Só um minuto. – Amily pediu.

— April, vocês estão bem?

— Estamos todos bem, mãe. Dentro do closet. – Olhou para os irmãos e os primos. – Mas os pequenos estão com medo. Connor, Evy, Natty, Valie e Bryan ainda estão chorando.

— Tente acalmá-los, querida, seu tio está chegando aí. Ele vai chegar primeiro que nós, está bem?

— Sim. – April, percebeu que sua mão tremia. – Não desliga, tá, mãe?

— Não vou desligar, amor.

E a jovem assentiu, mesmo sabendo que sua mãe não veria.

— O meu pai está chegando? – Lyon pergunta à prima enquanto tentava acalmar os irmãos, apertando um dos braços em volta do irmãozinho.

— Vai chegar primeiro que meus pais.

— O papai demora muito ainda?

— Não, Ethan. O papai está chegando.

O menino assentiu, e quase ao mesmo tempo, cada um deles se assustaram quando ouviram um barulho vindo da porta do closet.

— Lyon.

Natty imediatamente se levantou ao escutar a voz do pai.

— Papai. – Chamou, correndo até a porta com o irmão mais velho atrás, vendo-o abrir a porta rapidamente.

— Graças a Deus. – Pegou a filha mais nova no colo ao mesmo tempo em que Nathalie, que quando viu a mãe, grudou as mãos no vestido dela, foi pega no colo por ela, imediatamente; e Ethan e Evy que estavam ao lado de Valerie a pouco, correram chorosos para a tia já que não haviam visto seus pais. – Vocês estão bem? Estão todos bem?

Barry passa a mão livre nos cabelos ruivos da filha mais velha quando ela o abraça.

— Estamos. – Amy quem responde. – Mas estamos assustados. Os pequenos ainda mais. Foi bem... assustador.

Laurel passou Natty para os braços de Barry e pegou Evy no colo, abraçando Ethan, que havia agarrado a saia de seu vestido. Eles tremiam, e a mulher, percebendo isso, fitou ao marido, que a fitou de volta, tão preocupado quanto.

— O que aconteceu aqui?

— Eram dois homens.

Os adultos olham para April.

— Ouvimos vozes de dois homens.

— Ele queria a gente. – Kitty quem contou, abraçada ao irmão; ela tinha os olhos lacrimejados, e percebendo isso, seu pai passou a mão — com certa dificuldade — no rosto dela, limpando uma lágrima que descia pelo rosto pálido.

— Está tudo bem agora, meu amor. – Laurel diz.

— Quero a mamãe, titia. – Brooke diz mais uma vez, chorosa.

— Ela está chegando, querida.

— A mamã e o papai também?

Laurel olha para o garotinho — Connor — grudado em sua perna direita.

— Sim, querido. Seus pais também estão chegando.

— Dinda, o homem mau não vai voltar, né? – Scarllet pergunta.

— Não, amorzinho. – Laurel acariciou os cabelos da sobrinha. – Eles não irão, eu prometo a você.

— Vamos para a sala esperar por seus pais. – Barry chamou.

— Se é que podemos chamar aquilo de sala. – Sussurrou para o marido.

— Ah, não... – As gêmeas dizem juntas ao chegar no corredor.

— Nosso quarto...

— Está tudo destruído. – Completou após Amily.

— Sinto muito. – Killian diz a ambas, sabendo que aquele cômodo era muito importante para elas.

— Brooke, Bryan, Bryden.

Cada um dos presentes ouve e olha para onde veio a voz, vendo o casal Queen, e rapidamente os trigêmeos correm para eles; Oliver pega Bryan e Bryden no colo, enquanto que sua esposa pegava Brooke.

— Eles estão bem.

— Mas a casa de vocês não. – Barry completou após a esposa. – Está tudo destruído.

Oliver e Felicity olham ao redor, percebendo que o amigo estava completo de razão; havia destruição por todo lado.

— Nós ouvimos um barulho na porta e corremos para o closet. – April contou, já ao lado dos pais junto a irmã gêmea. – O papai sempre disse que o closet era a prova de som.

— Graças a Deus eu fiz isso.

— Sim, até porque os trigêmeos e os outros gritaram quando ouvimos barulhos, pai. – Amily explicou.

— O que realmente aconteceu aqui?

— Eles disseram que ouviram vozes de dois homens.

Oliver desvia os olhos de Laurel para poder fitar os pré-adolescentes.

— Vozes?

— Eles discutiam. E estavam irritados. – Adam contou.

— Bastante irritados. – Killian completou. – Pareciam temer por alguém.

— Eles queriam a gente, tio Ollie. – Kitty quem contou, olhando para o padrinho.

— Vocês? – Franziu o cenho, não compreendendo o motivo.

— Ethan. Evy.

E novamente estavam todos se virando para poder ver os próximos a chegar naquela casa toda destruída, encontrando Cait e Tommy lado a lado junto de Ray e Helena, se aproximando dos amigos a passos apressados; ela passou a menina em seus braços para os braços da Merlyn, enquanto Ethan corria para o pai, que o pegou no colo rapidamente. E quanto aos Palmer, Connor foi pego rapidamente pela mãe enquanto que Scarllet foi pega pelo pai quase que ao mesmo tempo, sendo amparados por ambos.

— Mamãe.

— Está tudo bem, amor. – Caitlin diz no ouvido da filha.

— Não chora, filho. – Helena sussurrou para o pequeno, sentindo o marido se aproximar para também estar ao lado do pequeno.

— Está tudo bem, agora, o papai está aqui. – Ray beijou os cabelos do filho, ainda que tivesse a filha nos braços e tivesse a acalentando com um deles, passando a mão em suas costas enquanto sentia o rostinho dela contra seu peito.

— Como vocês estão? – Tommy abraça Kitty com o braço livre enquanto questionava.

— Estamos bem, tio. – Killian diz. – Apesar do susto.

— E que susto. – Lyon diz.

— A gente ficou com tanto medo. – Kitty abraçou forte ao pai.

— Está tudo bem agora, querida. – No momento seguinte escutou o choro baixo de Ethan, e por isso o apertou em seus braços. – Shiii... – Sussurrou.

Cait se aproximou, passando a mão livre nas costas do filho, beijando sua bochecha.

— Eles estavam escondidos no closet. – Oliver contou, olhando para o "irmão".

— Foi ideia do Lyon. – Andrew diz.

— Ele agiu mais rápido que todos nós. – Killian contou, olhando para o amigo.

— Muito bem, filho.

Estavam todos aliviados pelos filhos estarem bem, mas a preocupação ainda estava presente, e o peso no coração também, principalmente por verem os pequenos tão apavorados e chorosos. Além disso, havia também as perguntas sobre o que houve. Por que haviam feito o que fizeram e por que estavam atrás das crianças?

— Não deixaremos eles sozinhos nunca mais. – Felicity diz, firme, tendo o apoio de cada uma de suas amigas e seus companheiros.

**--** **--**

Oliver se sentia não só cansado, mas com uma leve dor de cabeça e a culpa era do maldito — ou malditos — que haviam aterrorizado seus filhos e seus sobrinhos. As crianças não queriam dormir de forma alguma, não queriam estar longe dos pais, não conseguiam se esquecer do que havia acontecido, e quanto aos pré-adolescentes, tudo o que houve os deixaram mais curiosos a respeito com tudo que aconteceu a anos atrás. Eles não haviam se esquecido e agora que não iriam, principalmente depois de descobrirem que os homens que entraram na casa estavam à procura dos irmãozinhos. Eles insistiam em saber mais sobre o homem que havia feito mal à Felicity, queriam saber o motivo de ele ter perseguido ela, e ele teve de confessar que compreendia o motivo de tantos questionamentos e curiosidades.

Por conta do que haviam feito a casa dos Queen, ambos foram obrigados a deixá-la para que tudo fosse colocado no lugar e que algumas mudanças fossem feitas, principalmente por conta do que houve, e era esse o motivo de estarem na casa de um dos amigos, que haviam feito questão de tê-los ali pelo tempo que fosse. E ambos eram muito agradecidos. O Queen ainda mais; ele não queria ter de ir para um hotel; os trigêmeos não iriam suportar ficar sei lá quantos dias dentro de um apartamento.

— Eles estão dormindo. – Oliver diz, sentando-se ao lado da esposa. – Finalmente.

— Obrigada mais uma vez por nos deixarem ficar aqui, Barry.

— Ah, você está brincando? Somos amigos, Lis.

Ela lhe sorriu.

— Eu ainda não compreendo como isso tudo foi acontecer. – Laurel comentou.

— Eu quero é entender melhor o porquê de estarem atrás dos pequenos. – Caitlin diz. – Por que? E de todos eles? Não deve ser só por serem filhos de empresários importantes.

— Eu tenho que concordar, há mais nisso. – Helena concordou.

— Nós vamos descobrir mais coisas quando nossos filhos maiores nos contarem com mais detalhes tudo que aconteceu.

— Oliver, você acha que é uma boa ideia?

— Nossas filhas e nossos sobrinhos disseram que ouviram a conversa, meu amor. Um pouco dela, pelo menos.

— Estou curioso. Primeiro a morte daquele maldito e agora isso?

— Acha que tem algo a ver, meu amor? – Helena perguntou após as palavras do marido.

O outro deu de ombros.

— Quem está por trás disso? – Felicity apertou as mãos em punhos. – Essa é a única pergunta que eu gostaria de ter a resposta nesse momento.

— Se não tivéssemos a certeza de que Cooper está morto... – Tommy suspirou. – Eu com toda a certeza apostaria nele.

— E com isso não temos pista alguma de quem possa ser o maldito mandante.

Barry suspirou após as palavras de Oliver.

— Será que estavam atrás de todos os pequenos? Ou de alguém específico? Não sabemos de nada, só o que sabemos é que entraram na sua casa.

— Os maiores escutaram falarem nos pequenos.

— Mas tudo é possível, Tommy.

E o outro não pode deixar de concordar com o Allen.

— É por isso que devemos falar com eles. – Oliver diz.

— Eu ainda acho que não devíamos. – Laurel diz. – Foi traumatizante.

— Eu sei, mas... – Barry suspirou. – Será só dessa vez, querida.

— E então nunca mais eles terão que falar sobre isso. – Oliver prometeu, olhando para a esposa.

— Precisamos de mais detalhes, e essa é a única forma.

E as mulheres tiveram de dar razão a Ray.

Cada um dos mais velhos olham para a escada ao escutar sons de passos, encontrando as gêmeas, Lyon e Killian juntos, sendo que April e Amily vinham a poucos passos dos garotos. Quanto a Andrew e Adam, eles haviam ficado no andar de cima, observando os pequenos dormir, já que eles haviam ficado aterrorizados a pouco.

— Estão bem? – Felicity quem pergunta.

Eles dão de ombros.

— Prometo que será rápido. – Oliver diz.

Eles assentiram, se aproximando para sentarem ao sofá de quatro lugares.

— Nós queremos saber o que exatamente vocês ouviram. – Tommy foi direto. – Sei que foi um horror, mas tentem se lembrar do máximo de detalhes possível, por favor.

— Vocês disseram que ouviram uma conversa. – Barry completou. – O que exatamente eles falaram?

— Eles estavam discutindo por não terem encontrado nossos irmãos. – April quem contou primeiro. – Um brigava com o outro por isso. Pareciam também nevosos e apavorados.

Os adultos franziram o cenho.

— Disseram que o chefe deles não iriam gostar por estarem voltando de mãos vazias. – Lyon completou.

— Eles disseram o nome do chefe? – Barry questionou.

Cada um dos pré-adolescentes negou, balançando a cabeça.

— Contem tudo. – Oliver pediu. – Desde a primeira frase que escutaram.

E então os quatro começaram a contar. Cada detalhe que se lembravam, ainda que o pavor que haviam sentido ainda estivesse ali, no coração deles. Se não tivessem percebido o que estava acontecendo e corrido para o closet, eles tremiam só de imaginar o que poderia ter acontecido. Queriam poder dizer que não haviam ficado assustados, mas seria mentira. Eram adolescentes, mas ainda assim nunca haviam passado por algo parecido antes, e desde que se entendiam por gente eram escoltados e protegidos por agentes, principalmente na época em que Oliver havia começado a namorar Felicity; eles se lembravam muito bem, mesmo sendo pequenos na época. E apesar de aquele momento ter sido um dos piores da vida deles, eles se lembravam bem da conversa daqueles homens que haviam destruído tudo a procura dos irmãozinhos deles.

— Foi só isso? – Ray perguntou, vendo eles balançarem a cabeça. – E depois eles foram embora? E não escutaram mais nada?

— Disseram que o chefe não se importaria de vocês descobrirem tudo e então... foram embora. – Killian contou.

Os outros se olharam, tentando entender o que estava acontecendo.

Descobrir o que?

Quem é o mandante por trás daquela tentativa de sequestro?

Apesar de tentarem pensar em alguém que os quisesse fazer mal, não conseguiam chegar a uma pessoa. O homem que poderia fazer mal a eles, estava morto, então quem iria querer as crianças? E por que? Eles não conseguiam compreender nada, mas falariam com a polícia enquanto juravam um para o outro, que nenhum dos filhos ficariam sozinhos novamente. E o mais importante: que iriam atrás de respostas. 










Notas Finais

E as crianças viraram alvos.

Quem tá surpreso aí?

Seja quem for... está querendo mesmo atingir a Felicity.

Mas só ela?

Hum....

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