Almas Opostas

By babiimozar

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Alfonso Herrera é o multimilíonário mais cobiçado de toda Europa e América Latina. Em uma de suas muitas viag... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112
Capítulo 113
Capítulo 114
Capítulo 115
Capítulo 116
Capítulo 117
Capítulo 118
Capítulo 119
Agradecimentos

Capítulo 105

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By babiimozar

Alfonso Herrera

  A manhã passou e Brayan já havia contado sobre o aborto para Anna. A mesma ganhou alta no mesmo dia e entravamos no apartamento com ela muito quieta. Fisicamente estava bem, mas emocionalmente estava destruída. Era bem notável o olhar triste, a boca fechada e o comportamento, parecia desconfortável com ela mesma.

— Quer comer alguma coisa?

  Ela negou e andou em direção ao corredor. Brayan foi atrás dela, ele era outro que estava bem quieto.

— Ela vai superar amor. Está muito recente, mas com o tempo irá superar.

— A Ruth quer vir para cá, mas a Anna não quer ninguém por perto. Acho que ela não quer nem mesmo nós dois.

— É melhor deixar ela e Brayan sozinhos, a última coisa que ela quer é uma multidão sentido pena dela.

— Verdade.

— Vou fazer o almoço. Depois tenta faze-la comer alguma coisa. Nem que seja pouco. - Tocou no meu ombro.

— Vou tentar. - Assenti.

  Quando Anahi entrou na cozinha, fui para o escritório trabalhar um pouco, tentar me distrair desse terrível momento. Ver minha irmã que é sempre tão falante, alegre e rebelde desta maneira está me destruindo. Prefiro vê-la aprontando algo do que desse jeito.

  Meu celular tocou assim que sentei na minha cadeira. Respirei fundo e atendi.

O quê quer?

Saber da sua irmã. Como ela está?

Deve estar contente, não? Você nunca quis esse bebê, até sugeriu que ela abortasse e olha só o que aconteceu!

Alfonso, eu falei aquilo em um momento de raiva querido. Acha que quero ver sua irmã sofrer? Ela é minha filha e a amo tanto quanto você.

Sua negatividade, sua recusa e a sua raiva fizeram isso.

A culpa é minha agora?

Sim.

Eu não fiz nada. Estava até me acostumando com a ideia de ser avó, sinto muito o que aconteceu, mas ela ainda poder ser mãe, né?

Pode sim.

Quando estiver mais adulta ela engravida de novo.

Não quero falar sobre isso com você. E nem tente falar com a minha irmã, ela está muito mal. Não me ligue de novo. - Desliguei.

💠

  Tinha acabado de deixar Anahi na faculdade, Anna continuava trancada no quarto e Brayan estava na sala no sofá com uma mala ao lado.

— Vai para onde?

— Estava esperando você chegar. Vou para um hotel. - Levantou - Sua irmã não quer me ver aqui, me mandou embora e terminou comigo.

— Sabe que não é isso que ela realmente quer, não é?

— Eu sei, ela só quer ficar sozinha. Só vou dá espaço a ela, mas não significa que vou abandona-la ou que vou deixar que termine comigo.

— Vou conversar com ela.

— Se conseguir, ela só falou comigo para me mandar embora e voltou a ficar calada - Puxou a mala - Amanhã volto - Se aproximou de mim -  Devolva isso à ela por favor. - Tirou de dentro do bolso uma caixinha preta.

— E o que seria?

— Não é um anel de noivado. Relaxa! É um anel de compromisso que ela decidiu me devolver. - Peguei a caixinha - Diga que a amo e que vai precisar mais do que me mandar embora para desistir dela. - Dito isso saiu do apartamento em silêncio.

  Encarei a caixinha antes de andar até o quarto da minha irmã. A porta estava entre-aberta, por isso entrei sem bater, ela estava deitada na cama encarando o teto sem emoção.

  Não falei nada, apenas fiquei ao seu lado na cama e encarei o teto também.

  Ficamos em silêncio por longos minutos, até ela começar a soluçar, minha reação foi abraça-la de imediato e esperar ela colocar para fora tudo o que estava sentindo. Uma parte de mim morria ao vê-la daquele jeito.

  Se eu pudesse faria e daria tudo o que tinha para mudar tudo. Mas a única coisa que poderia fazer era não sair do lado dela nesse momento.

  O choro durou por muito tempo. E em todo esse tempo ficamos abraçados, o que me fez voltar ao passado e lembrar de quando ela tinha sete anos e corria para o meu quarto chorando com medo do escuro e dizendo que tinha monstros debaixo da cama, não tinha nada que eu fizesse para que ela voltasse ao quarto dela, então dormia comigo desse mesmo modo que estamos.

— Por que mandou ele embora? - Perguntei baixo.

  Fiquei esperando a resposta, quando achei que ela não ia responder sua voz soou mais baixa que a minha.

— Porque ele merece alguém melhor do que eu.

— E você o perguntou para saber o que realmente é o melhor para ele?

— Não.

— Você é o melhor para ele.

— Não sou. Não fui capaz de segurar o nosso filho. - Voltou a chorar.

  A encarei.

— Não foi sua culpa! Não tinha nada que pudéssemos fazer. O bebê se foi porquê Deus quis assim.

— Era um menino...

— Agora ele é um anjinho e não deve estar gostando de ver a mãe desse jeito. Afastando todo mundo, não querendo se alimentar, banhar, dormir... você está quase entrando em depressão maninha. Eu sei que é difícil, mas não pode ficar desse jeito, não foi sua culpa, não pode se culpar por algo que não fez.

— Não consigo olhar para o Brayan. Ele está me odiando agora, amava o bebê tanto quanto eu e agora o perdi.

— Estamos falando do mesmo cara que está destruído por ter perdido o bebê e ainda mais destruído por que a garota que ele ama o mandou embora? Logo nesse momento que deveriam ficar ainda mais juntos. - Anna ficou calada. - Toma! - Coloquei a caixinha preta em suas mãos. - Ele disse que te ama tanto que precisara mais do que manda-lo embora para desistir de você Anna.

  Ela encarou a caixinha.

— Não quero que ele sofra mais...

— Pois está o fazendo sofrer se afastando dele.

— Eu sou uma idiota!

— Não. Você só está triste. - Voltei a abraça-la - E ele sabe disso.

  Anna não falou mais nada e eu também. Apenas fiquei com ela até dormir, o que demorou algumas horas, a cobri com o lençol e dei um beijo em sua testa. Deixei o quarto olhando as horas no celular, ainda tinha que buscar Anahi.

  Já estava com as chaves na mão quando meu celular tocou.

Já estou indo amor.

Poncho, não precisa vir. Vou sair daqui muito tarde, vou ter que ficar para terminar um trabalho que tem que ser entregue ainda amanhã de manhã. Vou sair apenas quando fechar a universidade, não só eu como meus outros colegas também.

Tudo bem. Vou te buscar do mesmo jeito.

Não precisa amor. É o caminho da Mafe, ela vai me deixar aí. Não se preocupe, tá? Agora preciso desligar, tenho muita coisa para fazer. Te amo!

Ok. Eu...

  Ela desligou.

  Acabei rindo. As loucuras da faculdade.

💠

  Olhei as horas novamente era quase uma e meia da madrugada e nada dela chegar. A universidade fecha as uma em ponto. Os últimos funcionários que ficam tem carro ou moto, por isso fecha tarde.

  Tentei ligar no celular dela, mas estava desligado. Já estava começando a me preocupar quando ela entrou no quarto me fazendo suspirar.

— Demorou.

— Pensei que estivesse dormindo.- Anahi deixou a bolsa na poltrona.

— Como se eu conseguisse dormir sem você.

— Desculpa! A Mafe fez o motorista dela parar em um drive-tru, meu celular acabou a bateria e não liguei do celular dela porquê achei que estivesse dormindo. - Se explicou tocando na própria nunca - Vou tomar banho. - Quase saiu correndo para o banheiro.

  Franzi o cenho.

  Ela parecia meio nervosa.

  Esperei ela terminar o banho, quando voltou já de pijama sorriu ficando ao meu lado e se ajeitando na cama.

— Está tudo bem?

— Sim. Por que? - Me encarou.

— Está estranha! Um pouco nervosa. - Comentei.

— É que... que estou nervosa com o trabalho, fizemos as pressas, o professor tem que viajar de manhã e quer eles bem cedo. Estou com medo de levar nota baixa. É isso. Só isso.

— Só isso mesmo?

— Sim. Estou com dor de cabeça também. - Fechou os olhos. - Preciso apenas dormir e vou voltar a ser como antes, prometo! - Murmurou.

— Não vai me dar um beijo?

  Ela me encarou.

— Claro que vou meu amor. - Se aproximou e me um selinho.

  Quando eu ia aprofundar o beijo ela se afastou colocando a cabeça no meu peito e me abraçando.

— Eu te amo Alfonso!

  Alfonso?

— Any você está bem mesmo?

— Só cansada e com sono.

  A abracei ainda mais.

— Ok. Descanse! Te amo!

  Em questão de minutos ela dormiu em meus braços. Fiquei a observando, achando um pouco estranho sua atitude, mas deixei para lá. Ela ainda não estava acostumada com a vida maluca de universitária.

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