Capítulo 30

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  Depois de vestir uma roupa leve fui para a sala onde Ainê se encontrava, ela estava sentada no sofá olhando para a piscina distraída.

— Quer tomar banho? - Apontei para a piscina - Ela nunca foi usada. - Disse pegando meu celular em cima da mesa de centro.

  Ela negou.

— Não obrigada, é que eu queria uma água. - Falou baixo.

  Droga! Sou o pior anfitrião que existe.

— Desculpa por isso, pode ficar a vontade. - Avisei, assim ela não precisaria pedir todas as vezes para fazer algo.

  Anahi levantou e foi em direção a cozinha.

  Enquanto ela estava por lá, aproveitei para baixar o aplicativo de comida e comprar algo, pedi uma massa ao pesto e um vinho, quando terminei fui até Anahi.

  Ela estava encostada no balcão bebendo sua água e a única coisa que eu imaginava era pegando-a no colo, colocando sentada naquele balcão e fu... Alfonso por favor, pare de ter esses pensamentos com ela.

— Eu já pedi o almoço.

— Sente alguma dor?

— Agora não.

  Ficamos calados.

— Olha, eu não quero te atrapalhar em nada, se quiser apenas fazer o curativo e voltar para o seu... - Ela me interrompeu.

— Não, eu quero ficar e te ajudar nas outras coisas como arrumar a casa, pois nem isso, será o suficiente para te agradecer por ter me salvado.

—Vai me agradecer para sempre? - Brinquei.

— Se necessário, sim. - Falou séria.

— Já que vamos ficar um tempo juntos, por que não nos conhecemos melhor? - Finalmente pensei em algo útil.

  Ela sorriu.

— Acho uma ótima ideia.

— Então vamos para a sala.

  Voltamos para a sala e Anahi sentou no sofá e eu sentei em uma poltrona ao lado.

— Sobre o que quer falar?

— Sua idade, você parece ter dezoito.

  Ela riu.

— Fico lisonjeada, mas na verdade tenho vinte e dois.

—Trabalha em quê?

— Acho que tá meio na cara - Apontou para a logo em sua blusa - Mas trabalho em um supermercado.

— Ok, isso está parecendo uma entrevista de emprego, vamos fazer diferente, me fale um pouco sobre você e eu faço o mesmo em seguida.

— Ta bom - Sorriu - Eu me chamo Anahi Giovanna Puente Portilla, tenho vinte e dois anos, trabalho como caixa em um supermercado a três anos, nasci aqui no DF mesmo e nunca viajei para nenhum lugar diferente, no máximo fui ao centro da cidade do México. Moro com as minhas amigas que trato como irmãs, gosto de comer besteira, mas não refrigerante e salgadinho no café da manhã. - Debochou.

  Ri.

— Minha vez, me chamo Alfonso Herrera Rodríguez, tenho vinte e seis anos, moro parcialmente em Los Angeles, parcialmente porque passo mais tempo viajando do que na minha casa, mas abri mão do trabalho e vim para o México de férias, a verdade é que eu amo trabalhar, mas tive um problema e precisei tirar férias. - Sorri.

— E como você fala tão bem o espanhol? Parece que nasceu aqui. - Sorriu.

— Minha mãe sempre quis que tivéssemos uma boa educação, por conta disso colocou eu e meus irmãos desde novos em aulas de vários idiomas diferentes e um deles foi o espanhol. Minha família é dona de uma multinacional, uma das maiores do mundo, e por isso preciso saber sempre me comunicar muito bem.

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