Capítulo 02

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Anahi Portilla

  O dia já começou ruim para mim. Acordei tarde e corri para tomar banho a droga do meu despertador não tocou, se me arrumar não fosse tão importante eu estaria neste exato momento quebrando ele aos quatro pedaços.

  Tomei uma ducha rápida, me vesti mais rápido do que o flash a horrível farda branca do supermercado.

  Peguei minha bolsa e sai do quarto indo para cozinha, encontrando apenas Dulce tomando café.

— Está atrasada gatinha. - Falou devagar passando nutela em uma torrada.

— Como se eu não soube-se. - Revirei os olhos pegando uma maçã. - Por que a May não me acordou? - Mordi minha maçã.

— Essa estava mais atrasada do que você. - Dulce negou com a cabeça - Ninguém mandou vocês assistirem demolidor e irem dormir tarde da noite - Revirou os olhos - Aquilo é tão chato.

  Me aproximei dela e lhê dei um beijo na bochecha.

— É chato igual você - Ela fechou a cara e eu me afastei rindo - Tenho que ir - fui até a porta e abri a mesma - Tchau Dul!

— Tchau gatinha e se cuida - Gritou, já que eu fechei a porta.

  Desci as escadas do apartamento e logo já estava fora, andando até a parada de ônibus.

  Esperei junto com as outras pessoas que estavam na parada impaciente. Vinte minutos depois, o ônibus apareceu, entrei nele e por um milagre os bancos estavam vazios.

  Meia hora depois, desci do ônibus no ponto em frente ao famoso supermercado na qual trabalho. Atravessei a rua e entrei nele me dirigindo ao meu setor.

  Pedro estava arrumando algumas caixas na prateleira quando entrei. Fiz apenas o de sempre, guardei minha bolsa no armário e sai sem falar nenhuma palavra com aquele cara.

  Pude sentir os olhos dele enquanto eu me afastava.

  Ele era um belo idiota!

  Mas também era muito gato, alto, musculoso, uma tatuagem enorme nas costa de um dragão e umas linhas japonês no pescoço. Ele era bastante sexy, mas era um tremendo de um babaca traidor.

  Há três meses eu estava saindo de uma padaria a noite e entrei em uma rua deserta. Sim, a rua era deserta, se eu era louca? Não! Porque a parada de ônibus ficava depois dessa rua, enfim, logo vi um carro, que de longe me era familiar.

  Na medida que fui me aproximando, fui vendo o carro balançar e reconheci o mesmo. Bati na janela de surpresa e vi a cena que até hoje está na minha cabeça.

  Ele tentou se explicar, mas eu não deixei. Isso não tinha explicação e ele ainda me culpou por ter me traído, que a culpa era toda minha, mas ai eu me pergunto, quem ama trai? Porque independente de naquela época estarmos distante, eu nunca seria capaz de fazer isso sem terminar o lance que tínhamos.

  Andei até meu caixa vendo várias e várias filas nos outros caixas, quando retiro a placa de "fechada" as pessoas na fila disputam para serem atendidas por mim. Suspiro antes de começar pegar as coisas e trabalhar com um sorriso forçado no rosto.

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