Já havia se passado uma semana, Brayan tinha voltado para o apartamento dois dias depois de ter ido embora, Anna estava aos poucos voltando ao seu normal e tentando superar a perca do bebê. A visita da Maite e da Dulce a ajudaram. Ruth queria vir para ficar com Anna, mas minha irmã não quis, então durante todos os dias dessa semana nossa babá ligava para ela e passavam um bom tempo conversando.
Também já tinha conseguido resolver o problema da Larissa, o traficante que a ameaçava estava preso e por tantos crimes ia passar um bom tempo na cadeia, um conhecido fez toda a operação com ajuda da própria Larissa.
Foi um acordo bom tanto para ela quanto para a própria polícia. Ela continuava em Miami com a mãe e meu irmão. Albert ligava todos os dias para saber de Anna e para reclamar de Larissa que estava hospedada na casa dele e agia como se a casa fosse dela. Alfredo ligava sempre também, havia até convidado Anna para passar um tempo com ele em um dos vários países que ele passava, mas a mesma recusou.
Estava esperando Anahi na entrada da faculdade. A primeira que saiu foi Maite, ela tinha feito amizade com uma garota que morava no caminho de sua casa e voltava com ela todos os dias, hoje essa amiga não tinha ido e eu a levaria.
— Oi cunhado! - Me abraçou - Any está vindo. Ela está conversando com a professora. - Avisou.
Ficamos conversando por mais alguns minutos até ver Anahi e uma mulher andar em nossa direção, ela não parava de sorrir e até gesticulava na conversa.
— Olá! - Anahi falou quando parou na minha frente e logo depois me deu um selinho. - Desculpa te fazer esperar, mas estávamos acertando tudo para o começo do meu estágio. - Sorriu.
— Estágio? Espera, você...
— Fui uma dos escolhidos! - Falou alegre quase pulando.
— Eu sabia! - Maite sorriu.
— Não fico surpreso amor. Sabia que ia conseguir, tem se esforçado e estudado muito - A abracei de lado - Merece muito esse estágio.
A mulher que tinha se aproximado junto com ela apenas sorria.
— Amor, essa é a Tysha. - Me apresentou e a encarou - E como já sabe, ele é meu noivo. - Segurou na minha mão.
— É um prazer conhece-la, não sabe o quanto Anahi te admira. - Estendi minha mão na qual ela apertou.
— O prazer é todo meu. Finalmente estou conhecendo você pessoalmente, você faz essa moça muito feliz, ela adora falar que está noiva por aqui.
Anahi e Maite riram.
— É muito bom saber disso.
— Bom, preciso ir. A gente se vê segunda, mas se tiver qualquer dúvida pode me ligar a qualquer hora - Tocou no ombro da Anahi - Boa noite! - Desejou antes de sair.
— Ai! - Me abraçou - Ela é incrível!
Observei os olhos brilhantes e o sorriso que não saia de sua boca.
— Eu gosto dela, a energia da mesma é muito boa. - Maite comentou. - E vocês se dão bem até demais, né?
— Ela é incrível. Assim como gostei dela, ela gostou de mim.
— Vamos? Anna pediu para levar pizza. - Encarei Maite - Quer jantar lá em casa? Depois levamos você.
— Boa ideia, a Dulce está com os pais do Ucker hoje. Fica com a gente melhor do que ficar sozinha. - Anahi pediu.
— Agradeço, mas estou muito cansada. Só quero minha cama.
Começamos a andar até o estacionamento.
— Mai, você ultimamente está muito sozinha... - Anahi comentou preocupada.
— Você já está praticamente casada, Dulce é outra que vive na casa do Ucker, então é melhor ele pedi-la em casamento logo. E eu estou correndo atrás da minha carreira.
— Sozinha?
— Não vamos ter essa conversa de novo Any. Por favor! - Revirou os olhos.
A morena apressou os passos.
— Você ainda tem algum amigo para apresentar a ela? - Murmurou me olhando.
— Eu ouvi Anahi! - Gritou de costas sem parar de andar.
— Tenho sim. Ela precisa de um namorado. - Também murmurei.
— Até você, Alfonso? - Me encarou raivosa.
💠
Depois que deixamos Maite, compramos as pizzas e fomos direto para casa. Minha irmã estava no sofá assistindo televisão enquanto comia um pote grande de picles com pasta de amendoim, ela passava o picles na pasta e levava à boca, observei cada movimento e minha reação foi deixar as pizzas em cima da mesinha de centro e arrancar os potes da mão dela.
Anna sorriu.
Quando mordi um pedaço, fechei os olhos de tão bom.
— Meu Deus! Eu não como isso a muito tempo. - Enfiei outro na boca.
— Brayan comprou para mim. Vocês demoraram e eu estava com fome.
Anahi nos olhava com uma cara estranha enquanto sentava no outro sofá, Brayan saiu da cozinha segurando uma lata de refrigerante.
— É nojento né? Eles amam essa coisa estranha. - Abriu a lata e ficou ao lado de Anahi - Albert e Alfredo também são viciados nisso.
— É estranho a combinação, mas é muito gostoso. Deveriam experimentar. - Indiquei o pote.
Eles negaram.
— Você ainda me ama? - A encarei mordendo um picles.
Ela abriu a caixa de pizza e me encarou.
— Nunca vou deixar de te amar. Você sabe disso meu amor.
— Vou ali tomar meu remédio de diabetes, com todo esse mel fiquei mal. - Brayan sorriu.
Anahi bateu na cabeça dele.
— Bate mais forte! - Anna mandou.
Ficamos conversando e devoramos as pizzas, finalmente minha família estava voltando ao normal.
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Almas Opostas
RomanceAlfonso Herrera é o multimilíonário mais cobiçado de toda Europa e América Latina. Em uma de suas muitas viagens à negócio acaba parando no México por um tempo. Anahi Portilla é uma mulher de vinte e dois anos e caixa de um supermercado. Sonha em a...