RockStar PJM+JJK

By swettbi

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Eu não queria me envolver. Eu não acreditava mais no amor, depois de algumas desilusões amorosas e o casament... More

CASTING+AVISOS SOBRE A FIC
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPIITULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA (FINAL)

CAPITULO ONZE

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By swettbi

Bem vindos de volta, rockeirinhos.

Como estamos?

Estão prontos para hoje?

Desculpa o atraso, fiquei enrolada aqui, prometo não acontecer de novo.

Prometo recompensar vocês pelo atraso, tudo bem?

O capítulo de hoje é crucial para a mudança de visão visão Jk para com os sentimentos do Ji, prestem atenção conselhos da vovó Ming.

Não se esqueçam de votar, comentar e compartilhar com os amigos fanfiqueiros.

Usem a #RockStarBonitão no tt. Estou sempre por falando com vocês.

O link do perfil na bio.

Desejo uma boa leitura para vocês, nos vemos em baixo.

🎸🎤

JUNGKOOK

— Ji, as coisas estão tudo aqui, comida, potinhos, petiscos e até a caminha dele. Por mais que ele prefira dormir no sofá ou na cama junto com alguém. — Explico para ele, tido sobre Jinkles. — Ele não pode comer muito sache se não ele não come a ração depois, deixa sempre água fresquinha para ele, o ratinho dele tá dentro de um saquinho de papel. A caixinha de areia tá aí também, a areia tá separada em um pote, acho que é só isso mesmo.

Entreguei tudo para ele, e soltei o Jinkles, que entrou diretamente dentro do apartamento do moreno. Estava parado na porta do Jimin, explicando tudo o que eu poderia sobre o Jinkles. Ficaria quase duas semanas fora, e tentei deixar tudo mais fácil pro Ji.

Suspirei começando a sentir falta dele, e nem tinha saído de frente da porta dele.

O que você fez comigo, meu bem?

— Jungkook, eu sei cuidar de um gato, fica tranquilo. — Ele disse tentando me tranquilizar, porém sair e deixar ele com o Jinkles me deixava muito nervoso.

Não achando que o Ji, faria algo de errado com meu gatinho, jamais, mas deixar meu gatinho na mão de alguém sempre foi muito ruim. Quando eu saia em turnê, deixava ele nas mãos de uma senhora que eu pagava para vir todos os dias ver ele, dar comida, trocar areia e tudo mais. Então deixar o meu neném, com outro neném, parecia difícil.

Mas eu sei que o dia é uma boa pessoa, se não fosse, Jinkles não passaria tanto tempo na casa dele. Por isso eu não me preocupava, sabia que Ji cuidaria bem do meu gatinho, eu estava preocupado com o Jinkles mesmo, ele conseguia ser bem terrível quando queria, arranhava tudo, bagunçava a casa e jogava os copos de vidro de cima da pia, minha preocupação era ele, e não o Ji.

— Eu sei que sabe, meu bem, mas é normal eu me preocupar, desculpa tá. — Suspirei frustrado, dei um beijinho na sua testa e fiz um carinho em sua bochecha gordinha. — Tenho que ir, Ji, quando chegar lá te mando mensagem, e me mande mensagem caso precise de algo. — Digo e ele assente positivamente. — Até daqui uns dias, Ji.

— Até daqui uns dias, Jun. – fechou a porta e eu segui meu caminho até o meu carro.

O caminho de Seoul para Busan não era longo, só era demorado. Sair do prédio foi fácil, dava graças a Deus toda vez que eu podia sair, sem ninguém ter descoberto onde eu morava, mas também vivia com medo de algum fã meu descobrir e divulgar isso para alguém, tinha medo de perder a pouca paz que eu tinha. Minha maior surpresa foi conseguir comprar e morar nele, sem ninguém descobrir.

Mas eu não era bobo, nem os meninos sabiam onde eu morava, até o dia da reunião na casa do Ji, que eles chegaram e me viram saindo de casa. Eu mantinha um apartamento de luxo no centro de Seoul para fins lucrativos, de vez em quando eu entrava no estacionamento, e saia pelos fundos só para não deixar na cara que eu não morava ali.

Dirigir até Busan está sendo tranquilo, pouco trânsito, então o percurso estava bom.

— I need a lover to keep me sane... - Cantei alto com as janelas do carro preto fume fechadas. —Pull me from hell, bring me back again... Play me the classics, something romantic.... – Batucava os dedos no volante, enquanto estava parado no trânsito que tinha se formado. – Give him my all when I don't even have it...

O trânsito voltou a correr normal e eu segui andando, cantarolando a música baixinho, acompanhando as placas de seguimento até Busan. Os carros passavam rápido ao meu lado, alguns até buzinavam irritados, mas não era como se eu me importasse, se eu chegasse na vovó Ming com algum machucado, ela me bateria e depois daria um beijinho. Preferia receber só o beijinho mesmo.

Ainda andava calmamente, quando vi a placa "Bem Vindo a Busan", sorri e acelerei mais um pouco, queria chegar antes do almoço na casa da vovó. Ela morava em um bairro mais afastado de Busan, ela dizia que não queria sair de lá, quando tentei dar uma vida melhor para ela, ela dizia que Busan era seu lar, e o bairro simples onde ela vivia a deixavam feliz, então minha única opção foi reformar a casa dela e deixar ela no melhor conforto possível.

Sorri e peguei meu celular, ligando para ela. No terceiro toque, ela atendeu.

"Fala moleque" resmungou algo baixinho depois, mas não consegui entender.

- Bom dia vovó, já tô chegando okay? Daqui uns 30 minutos. Quer que eu leve algo? - Pergunto.

" Quero não seboso, só vem logo, seu macarrão já tá ficando pronto."

— Tudo bem vovó, até já, te amo.

"Até já meu bem, vovó também te ama."

Desligou a chamada e eu acelerei mais um pouco, queria chegar logo. Rapidamente já estava estacionando o carro na porta do vovó, tirei minhas malas do carro e andei até a porta de entrada, apertei a campainha com um pouco de dificuldade por causa das malas. Passos rápidos foram ouvidos e resmungos baixinhos quando a vovó Ming abriu a porta e me olhou.

Parecia me analisar por inteiro, procurando algo novo, e tinha, mas meu cabelo tampava o piercing na sobrancelha, só esperava que ela não reparasse. Vovó semicerrou os olhos, e olhou mais atentamente para meu rosto, arregalou os olhos e abriu a boca em choque, me batendo com o pano que ela tinha no ombro em seguida.

— Aí vó, isso dói. - Fiz manha passando a mão no meu braço onde foi acertado com o pano.

— Dói nada não, para de ser doido. Você fez outro furo? Vai virar um para-raios por acaso? Entra logo, seu Jajangmyeon* vai empapar. – Diz e sai andando devagarinho, por causa da idade. Sorrio e fecho a porta atrás de mim, trazendo minhas malas comigo. Largo tudo no chão da entrada e corro para abraçar ela.

Abraço ela de costas para mim e ela resmunga tentando sair do abraço, mas se da por vencida ainda reclamando, e abraça meus braços, sei que ela está sorrindo.

— Eu senti sua falta, vovó, muita mesmo. - Suspiro. – Tenho tanta coisa para te contar. Preciso de uns conselhos. - Disse baixinho, ainda abraçado a ela.

Ela deu um risadinha e uns tapinhas fracos nas minhas mãos.

— Eu sei, meu docinho, vovó sabe de tudo esqueceu? Agora vai lá comer, fiz tudo que você gosta. - Diz e sai do meu abraço, a acompanho para a cozinha, onde ela se senta na mesa e eu faço o mesmo. Vejo a mesa posta e começo a servir ela, e em seguida me servindo, provando da comida gostosa que ela faz.

Comemos em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro, de vez em quando eu elogiava a refeição, mas nada fora disso. Vovó sabia que eu preferia conversar depois das refeições feitas, por isso depois de comer, lavei a louca e fui encontrar com a vovó na sala.

Me sentei no sofá ao seu lado.

— Mamãe foi me visitar a um tempinho atrás. — Revelei um dos motivos da minha angústia. Vovó me olhou. — Passou uns dias comigo, e foi horrível vó.

— O quê ela disse?

— Nada demais, o que já estou acostumado a ouvir, o de sempre sabe? Que eu não poderia namorar ninguém, por quê ninguém nunca me amaria, que eu ia viver sozinho, por que eu não mereço amor, falou que eu tinha que me livrar do Jinkles e que meu apartamento era uma merda, comparado ao de luxo que mantenho no centro de Seoul. Ela só não entende. — Suspiro chateado e deito minha cabeça em seu ombro.

— Sua mãe só fala merda. Não liga pro que ela diz não, sua mãe pode ser minha filha, mas seu pai ensinou o errado para ela, seu pai não foi capaz de ser alguém bom, e corrompeu sua mãe. - Fazia um carinho na minha cabeça. — Sua mãe já foi mais esperta, mas parece que casar com seu pai, corroeu os poucos neurônios que ela tinha. – Riu em desgosto. — Sua mãe foi bastante machucada na relação com seu pai, Jun, foi muito manipulada e viver em um relacionamento abusivo não é bom para ninguém, deixa sequelas, e traumas e esses traumas ela acaba descontando em você. Sua mãe é amargurada, e quer que você seja assim também. - Suspirou. — Mas não liga para o que ela diz, vovó pode te garantir que você vai ser amado de forma intensa um dia, alguém vai gostar de tudo em você, até do seu problema com sua ex namorada e os amigos que você fez, vai te ajudar a consertar tudo. Te garanto.

— Obrigado vovó, tem outra coisa que preciso te falar. - Digo, esfregando minhas bochechas em seu ombro.

— O quê, meu docinho?

— Eu conheci alguém... Ele é meu vizinho sabe? Mas é muito gentil comigo, conversamos e saímos uma vez, e nós beijamos duas, ele sabe quem eu sou, mas aparentemente não liga para isso. — Brincava com seus dedinhos enrugados enquanto contava. — Nos reunimos na casa dele, eu, os meninos da banda, a IU também foi junto, a Lisa, suposta nova namorada do Tae também foi, e Jin, um amigo dele. Ele pediu para a gente ir se conhecendo, sabe? E eu aceitei, mas me sinto tão nervoso sobre isso. – Desabafo, vovó me olha e eu levanto a cabeça. Ela estava sorrindo.

— Você conheceu alguém, que quer te conhecer melhor? E qual o seu medo? - Me pergunta carinhosa.

— Ah vovó, o sentimento que talvez ele esteja querendo  me dar, não sei se posso aceitar. Ele é uma pessoa tão boa, e destruir isso, esse sentimento, me deixaria arrasado.

— E quem te garante que você acabará com tudo? Esse seu medo, esse sentimento que enfiaram na sua cabeça, não te pertencem Jeon, você sabe que não, você precisa aprender que quem rege a sua vida é você meu amor, não tem como alguém que nem te sustenta mais controlar isso. Para de ser bobo, viva esse sentimento enquanto pode, deixe ele te conhecer melhor, e o conheça também, você sabe que tem que ser livre, então só dessa vez, se permita. — Diz e segura meu rosto com as duas mãos, me fazendo olhar para seus olhos pequenos. — Vovó te ama tanto, meu docinho, e eu quero ver você feliz e para isso acontecer, você precisa se permitir um pouquinho, okay? Prometa que vai fazer isso, mas não por mim, por você, por ele, e por esse sentimento que nasce dentro de você.

Vovó me olhava profundamente, parecendo ler todos os meus pecados, sabendo decifrar cada problema que eu tinha, por mais que eu acreditasse fielmente que ninguém me amaria além da minha família, eu precisava me permitir, fazer isso.

A boca do meu estômago borbulhava em medo e nervosismo, fazendo com que eu me sinta suando frio, Vovó parece perceber meu nervosismo e da um tapinha fraco em meu rosto, em seguida beijando minha bochecha.

— Não precisa me responder isso, meu docinho, vovó sabe que você fará o que é certo. Eu confio em você. — Diz e se levanta, caminhando com as mãos apoiadas na lombar.

— Onde vai, hein Vovó? — Pergunto curioso.

— Vou ao mercado, enquanto estiver aqui, vou fazer suas comidas favoritas, vai ficar feliz enquanto estiver aqui. — Diz com a voz macia e baixa, por causa da idade, sorrio e me levanto andando até ela, seguro seu braço.

— Vou com você, veia, só espera eu colocar uma máscara e boné. — Digo e saio correndo.

— Velha é seu passado, Jeon Jungkook. Moleque abusado. - Grita irritado, eu dou uma risada alta e vou atrás das minhas malas onde deixei, na entrada da casa.

Pego elas e levo pro antigo quarto eu usava quando vinha dormir aqui, entro e o uma enxurrada de lembranças me atinge, me sentindo nostálgico por olhar toda minha infância e um pedaço da adolescência ali.

Olho em volta, as paredes eram de um azul marinho, as mesmas continham vários pôsteres de bandas nas quais eu não ouvia mais, uma parede continha uma estante do teto ao chão, cheio de livros e gibis que eu lia, uma cama de solteiro ficava em baixo da janela junto de uma mesinha de cabeceira, e uma cômoda.

Deixei minhas malas em cima da cama e me arrumo, colocando um boné e uma máscara, ambos pretos. Sigo pelo corredor da casa de um andar e encontro vovó Ming sentada na sala, mexendo no celular dela. Ri quando percebi que ela digitava com um dedo só, e resmungava alto.

— Vovó, vamos? - Chamo e ela vira seu rosto em minha direção, me olha por cima dos óculos e se levanta.

— Vou comprar poucas coisas, Jun, você me manda uma quantidade absurda de dinheiro todo mês, precisa parar com isso, tenho dinheiro ainda do mês passado guardado. — Diz e eu ignoro.

Todo mês eu mando uma quantidade considerável de dinheiro para ela viver bem, sem se preocupar com despesas. Como não tinha que pagar aluguel, só se ocupava com as plantas dela, as contas e mercado, e para isso mandava dinheiro todo mês.

— A senhora sabe que irei continuar mandando né? - Falo chateado, eu só queria cuidar dela, poxa.

— Eu sei Jun, mas você me manda muito dinheiro, e fica sobrando, já que eu quase não tenho despesas. — Foi difícil fazer ela aceitar ajuda, então não abriria mão de mandar o dinheiro.

— Eu sei vovó. - Abro a porta do carro. — Mas a senhora vive dizendo que quer comprar mais plantas, fazer uma estufa, pega o dinheiro que sobra e faça o que quiser.

Ela entra com um pouco de dificuldade, fecho a porta e dou a volta no carro entrando pelo lado do motorista.

— Não sei pra que um carro alto, quase não subo nessa merda. — Resmunga enquanto tenta por o cinto. — Droga de cinto duro também, velho não tem um dia de paz, que inferno.

Ajudo ela a por o cinto e ela me encara, faz uma careta, cruzando os braços, balanço a cabeça em forma de negação. Dou partida e seguimos para o mercado.

Estávamos em um silêncio confortável. Vovó olhava a paisagem e de vez em quando me dava umas olhadelas me analisando. Eu mantinha minha atenção na estrada e seguia até o mercado mais próximo.

Chegamos, e ela desceu para ir pegando as coisas e eu fui procurar uma vaga perto da porta para ela não ter tanto esforço assim, achei uma e estacionei, desci do carro e tranquei o mesmo. Entrei no mercado e fui de encontro com a minha vó, que estava na seção de macarrão, escolhendo qual levaria.

— Por que você não leva um de cada? - Perguntei me inclinando para olhar o macarrão, ela me olha de cara feia e faz um bico.

— Porque é gasto desnecessário, você não vai comer tudo, eu como de vez em quando macarrão, prefiro comprar só o necessário. – Diz seria.

— Entendi. A senhora quer que eu pegue algo? - Questiono tirando a cestinha da sua mão e olhando o que tinha dentro.

— Pega ali, umas carnes, pega um pouquinho de frango também. - Diz e eu assinto, sumindo pelo corredor.

Olho cada uma das carnes, não sabendo qual está melhor de aparência, será que se o Ji estivesse aqui, ele saberia? Capaz que sim.

Peguei qualquer uma e o frango que a vovó pediu. Olho em meu celular e procuro alguma mensagem do Ji, faz um tempinho que nos falamos, e até agora nada, mas uma mensagem do Tae me chama atenção.

TAE:
Jk, se liga, matéria nova que saiu sobre a gente, aparentemente, nos viram no café, e avisaram a imprensa.

Em baixo da mensagem tinha um link, suspirei cansada e cliquei em cima, abrindo rapidamente.

Ainda bem que paguei a conta de Internet.

Comecei a ler.

" Os membros dos Bloods, foram vistos na mesma cafeteria que nosso baterista foi visto comprando café. Fontes informaram que os meninos tinham uma amizade com o atendente, o mesmo que fez os desenhos no café do vocalista, Jungkook.

Nossas fontes próximas, informaram que, já viram o atendente e o guitarrista da banda, Taehyung, saindo juntos. Conseguimos achar a conta do atendente, e descobrimos que seu nome é Park Jimin, seu Instagram é privado e não achamos nenhuma outra rede social.

Os meninos pareciam bem familiarizados com o atendente, como se fossem amigos a muito tempo. Ficamos surpresos com as revelações."

Saio da matéria e volto minha atenção ao mercado, procurando minha avó, a encontro na parte das frutas, vou até ela e paro ao seu lado.

— O quê você lia, que parecia tão irritado? - Pergunta sem me olhar.

— Uma matéria que fizeram sobre eu ir ao café com os meninos, onde um amigo meu trabalha, tiraram algumas fotos, e fizeram uma matéria. - Conto levemente irritado. – Tô tão cansado disso, vó, só quero viver tranquilo.

— Jun, você escolheu ser famoso, escolheu arcar com isso, perder a tranquilidade e privacidade. - Disse baixinho. - Por mais que você queira paz, você precisaria sair da Banda, e mesmo assim, não teria paz, então a fama vai te perseguir mesmo se você não querer.

— Tem razão, mas eu já pensei tantas vezes em me aposentar, queria tanto um descanso, mas eu consegui essas férias, e não poderia estar melhor, mas essa perseguição, me deixa tão, tão, tão frustrado, eu só queria poder andar na rua sem precisar usar várias blusas, chapéus e máscaras. — Suspirei novamente, cansado. Vovó fez um carinho no meu rosto e me olhava em silêncio, seus olhos passavam ternura e carinho.

— Jun, se você por acaso, se aposentar, não se sentiria, entediado?

— Talvez. Mas eu tenho uns negócios, e sou sócio de uns lugares bem famosos e badalados, não acho que ficaria tão entediado, só talvez sentisse falta da música.

— Então tá aí sua resposta, você sabe que não quer se aposentar, só está cansado e acha que isso é a solução, quando sabe que não é. — Voltou a olhar as frutas e pegou alguns morangos, laranjas, maçãs e uvas, colocando tudo na cesta.

Mas de certa forma, ela tinha razão, eu não aceitaria aposentar e ficar sem fazer nada, eu sentiria falta da música, sentiria falta dos shows, falta de tudo. Eu só precisava de um descanso, e como as férias já tinham chegado, vou aproveitar ao máximo esses dois meses que eu tenho.

— Vem Jun, vovó pegou tudo, vamos pagar. – Me chama e sai andando em direção ao caixa. Colocamos tudo ali em cima, e na hora de pagar, eu paguei tudo, com ela resmungando irritada. Guardamos tudo e fomos pro carro.

— Vó,  senhora bem que podia fazer aquela sopa de arroz que só você sabe fazer hein.– Disse sugestivo, enquanto dirigia até em casa.

— Tenho cara de empregada por acaso?

— Vai vó, quase nunca venho ver a senhora, só dessa vez, por favor. – Faço manha, minha boca forma um bico triste.

— Não vou fazer nada, não. – Fala seria e vira seu rosto para olhar a rua.

🎤🎸

Depois de chegarmos em casa, chegou  uma mensagem do Ji, sorri e abri o aplicativo de mensagens logo.

Jimin:

Do nada um monte de gente começou a pedir para me seguir.
Devo me preocupar?
Meu insta só tem foto de prato de comida, foto das aulas de dança e foto de café.

Eu:
Foi mal, meu bem.
Quando fomos na cafeteria
Tiraram fotos nossas e você apareceu nelas
Acabaram te achando
Por que deduziram que fossemos próximos

Jimin:
Ah sim, entendi
Vou aceitar não
Conheço esse povo não
Aliás, até os meninos pediram para me seguir, eles eu aceitei.
Mas o resto, vou apagar tudo.

Eu:
Tudo bem moreno
Mais tarde te mando mensagem
Vou descansar um pouco agora
Mais tarde me fala sobre o Jinkles

Jimin:
Pode deixar, bonitao
Bom descanso
Agora vou ir dar aulas
Beijos.

Bloqueio o celular e coloco em cima da mesinha de cabeceira. Me deito e fecho os olhos, para relaxar.

Entre sonhos, sorriso e beijos, com um cara de cabelos pretos e olhos azuis, me sinto estar flutuando, em um enorme espaço em branco, onde pequenas referências ao meu vizinho se fazem presentes, seus dentinhos tortos, mãos pequenas, dedos gordinhos e olhos azuis, se faziam presente. Sorrir em meio aquele espaço, onde eu poderia admirar a mais bela obra de arte, era gratificante.

Jimin é uma verdadeira obra de arte, pintadas por mãos divinas.

Me sentia em orbita, a sua volta, girando, e girando, rezando para me encontrar com ele, esperando um pouco de sua luz e calor, para que possa me sentir aquecido.

Me sentei naquele imenso espaço em branco, vendo flashs de momentos com ele, sorri ao imaginar e ver que eu poderia ceder e ser feliz com ele, por mais que tivesse medos e inseguranças. O sorriso dele, melhorava tudo.

Logo aquele imenso espaço em branco, se tornou escuro, porém uma luz se iluminou no canto do espaço, uma imagem apareceu, Jimin jazia ali, com seu semblante sério, caminhou em minha direção, esticou as mãos, fiz o mesmo segurando suas pequenas mãos.

Quando consegui segurar sua mão, ele sorriu e seus olhos se tornaram pequenas fendas.

"Está na hora de acordar, bonitão" sussurrou e sumiu.

Abri meu olhos e me sentei na cama, olhando para os lados procurando algo ou alguém, mas sem sucesso de ter encontrado, esfrego as mãos no meu rosto e me espreguiço.

Minha porta é aberta e a vovó aparece dali, sorrindo, seu rosto enrugado por causa da idade, seus cabelos branquinhos e sua pouca altura, se fizeram presentes dentro do quarto, juntamente com uma bandeja, com um pote de porcelana em cima e um copo do lado com suco.

Ela chegou perto da cama, sentou próxima de mim, e colocou a bandeja em meu colo.

— Fiz a sopa de arroz que vc pediu, come tudo, docinho. — Sentia meus olhos brilharem e meu estômago roncar, ela solta uma risadinha e sai do quarto.

— Obrigado, vovó. — Grito quando a porta foi fechada.

Vovó é o tipo de pessoa que nega que vai fazer algo, mas faz depois, sabe? E isso é o que me faz amar cada vez mais ela. Vovó foi como uma mãe para mim. Quando a minha estava ocupada demais discutindo com o meu pai, ou fazendo qualquer outra coisa que não tivesse a mim no meio.

Por isso hoje em dia, meu contato maior é com a minha avó do que com a minha mãe. Tanto que, meus relacionamentos, todos foram apresentados para ela, minha mãe nunca nem sonhou que eu pudesse ter alguma namorada.

Nunca apresentei minha ex namorada para minha vó, ela não queria conhecer, vovó sabia quem ela era, sabia o que fazia e o que me dizia, mas a Mun-Su nunca fez questão alguma de conhecer essa parte de mim, ela achava entediante ter que conhecer parentes de namorados, ou amigos, por isso, minha vó só via o rosto dela, quando aparecia em algum jornal ou revista, ou site de fofoca comigo.

Vovó dizia que ela não era boa para mim, não pelas atitudes, mas pela forma que ela me tratava quando estava mal, tinha brigado com a minha mãe ou coisa do tipo, ela nunca ligava para nada, tudo tinha que girar ao redor dela, e isso me deixava muitas vezes, frustrado, me sentindo culpado por estar despejando meus problemas em cima dela.

Ela terminou comigo, eu estava na maior merda. Merda essa que ela me influenciou a entrar e me manter ali, não fez questão de me ajudar e não fez questão de saber de mim.

Ela só, me chutou como se eu fosse um lixo atrapalhando seu caminho.

Desde então, eu usei bastante para suprir a minha tristeza, e quando eu fui parar no hospital, eu parei o uso frequente, ainda usava, afinal, era um escape quando eu estava muito sobrecarregado, mas de todas as formas eu sabia que eu estava errado, eu só não tinha forças pra parar.

Ou buscar ajuda.

E eu sabia que precisava de ajuda. Eu só tenho medo.

Medo do julgamento.

Medo da rejeição

Medo do que pensarão de mim.

E principalmente, medo de perder tudo o que um dia eu lutei para construir.

Então, talvez por isso, eu não tenha procurado ajuda ainda.

Comia minha sopa tranquilo, vovó é uma cozinheira de mão cheia.

Quando terminei, bebi meu suco e me levantei para levar as coisas para a cozinha. Encontrei vovó sentada no sofá da sala, costurando algo.

— Obrigado, vovó, estava uma delícia. – Deixei um beijinho na sua bochecha como agradecimento, ela resmungou e esfregou a bochecha no ombro para limpar. — Vai fazer desfeita assim de meu beijo? Olha que eu te dou uma lambida. — Disse rindo um pouco.

— Se me lamber, vou furar seu olho com essa agulha.

— Você não vai fazer isso, eu sei que não, mas por vias das dúvidas, vou até a cozinha levar essas coisas aqui. – Mostrei a bandeja e fui para a cozinha, coloquei dentro da pia e lavei tudo.

Voltei para a sala e a vovó ainda estava costurando.

— O que você esta fazendo, vovó? – Pergunto me sentando ao seu lado.

— Tô bordando, meu docinho, precisa de algo?

– Na verdade não, quero ficar aqui com você, posso? – Questiono receoso.

— Pode sim, meu docinho.

— O quê você tá bordando, vovó? – Olho o bordado tentando entender o que acontece ali.

— Nada demais, umas flores nesse vestido velho.

— Hum, está ficando bom. — Digo carinhoso.

— Eu sei que sim, olha para mim, sou velha, mas sou talentosa. Acha que é bom em tudo por quê? Puxou a vovó. — Diz com arrogância mexendo os ombros.

— Ora, não seja arrogante vovó, cadê sua humildade?

— Sou talentosa meu filho, não preciso ser humilde. – Ri um pouco e volta a bordar.

Fiquei ali sentado, assistindo ela bordar, sendo o melhor entretenimento para mim, sorrindo, ela parecia tão feliz, fazendo algo que gostava, me encostei ali, e me fiz assistir minha avó, na melhor atividade dela.

🎸🎤

Já tinha uma semana que eu estava aqui, vovó ficou resmungando e choramingando, perguntando quando eu ia embora, e quando eu disse que ia ficar somente uns dez dias, ela chorou e pediu para eu ficar mais.

Eu até ficaria, mas eu tinha coisas para resolver com o Ji, essas que eu não poderia adiar mais. Contei para ela o que eu fiz, e ela me bateu com a colher de madeira.

— Você tá ficando burro? Você sabe se ele queria que você fizesse isso? Pode ter sido de boa vontade e com boas intenções, mas não tem como saber como ele vai se sentir quando contar, meu docinho.

Não tinha o que discutir, a velha tinha razão. Por mais que tivesse sido feito nas melhores das intenções, talvez ele se sentisse incapaz sobre isso, talvez ele quisesse ter o controle disso e tomar essa decisão ele mesmo. Mas eu sendo famoso, era tudo mais fácil, então ajudar não era nada demais para mim.

Outra coisa que vovó me ajudou a perceber, foram os meus sentimentos. Me ajudou naquelas né, por que ela disse que se eu não gostasse do Ji, eu não estaria tão confuso sobre tudo, não sentiria borboletas no estômago, não sentiria ansiedade e nem nervosismo. Eu não sentiria nada, se não gostasse dele.

Paixão pode ser dolorosa, e foi muito para mim, por isso evitava me envolver. Mas gostar não é amar, o que significa que não é paixão, então eu poderia usufruir desse sentimento por enquanto, já que eu duvidava que eu fosse deixar evoluir para algo mais forte.

Não teria como me envolver mais, se eu só usasse o sentimento raso que eu tenho agora.

Eu não iria me apaixonar.

E não iria amar.

Seria melhor assim, ninguém sairia machucado no final, vantagens para todos.

Batidas na porta do quarto são ouvidas por mim, a cabeça da senhora Ming aparece na porta, sorrindo para mim.

— Ei Jun, quer dar um passeio na praça comigo?

— Claro, vou considerar isso um encontro, hein. — Brinco e saio rápido da cama para colocar um boné e máscara.

— Que encontro o que moleque, me respeita que eu gosto de homem velho, não gente que cheira a mucilon. — Faz uma careta de desgosto.

— Eu tenho quase trinta viu. Sou um homem quase velho.

— Ter quase trinta, não é ter trinta, não tente adiantar o tempo. Agora vai logo, tô te esperando na sala. — Fecha a porta.

Vinha fazendo bastante caminhada com a vovó desde que eu cheguei, ela me acordava cedo para caminhar, me levava de tarde e na hora do jantar, fazia algo gostoso. Esse tempo com ela estava me deixando bem, e leve.

Só de pensar que daqui uns dias, eu iria embora, fazia um peso enorme em meu peito, não sabia quando iria vê-la novamente, e isso me deixava tão triste e angustiado.

Me olhei no espelho e estava satisfeito com o resultado. Não usava nada muito extravagante e nem chamativo.

Usava um shorts de pano leve preto, um pouco acima do joelho, uma camisa larga branca de anime, e um boné preto, com uma máscara igualmente preta. Nada muito uau, porém estava bonito.

Me pergunto, o que o Jimin-ssi estaria usando agora. Pelo horário ele deve estar na cafeteria, então capaz de estar vestindo, uma calça caqui marrom, uma camisa branca lisa e o avental do café, junto com o chapéu que o chefe dele colocou recentemente.

Dou risada com o pensamento. Saio do quarto e encontro a vovó na sala, mexendo em alguns papéis, cheguei perto dela e assoprei em seu ouvido, ela me olha assustada.

— Tá louco moleque? Te bato viu, você é grande mas não é dois, eu sou pequena mas não sou metade, fica esperto. – Diz rindo e se levanta com dificuldade, ajudo ela. – Vamos logo caminhar, ajuda na saúde.

Saímos pela porta e ela tranca a mesma. Dali começamos a andar em direção ao parque.

— Jun, vovó sabe que você já falou sobre isso, mas eu queria acrescentar uma coisa antes de você ir embora daqui uns dias. — Cruzou seu braço com o meu. — Não é só por que te ensinaram que você nunca será amado, que isso vá acontecer, todo mundo ama de uma forma diferente, olhe de outros ângulos o amor, outra perspectiva, conheça novos tipos de amores, mas por favor, acredite quando a vovó diz, que você pode e vai ser amado. O amor vem de formas diferentes, você só precisa estar aberto para receber ele.

— Eu sei vovó. Sendo honesto, acho que estou aberto a receber o sentimento da pessoa que eu te falei, mas eu não sei se ele pode ser capaz de me amar entende? Pode ser só um gostar passageiro, e isso me assusta tanto. — Confesso suspirando, ela faz um carinho no meu braço e me olha com os olhos brilhantes.

— Você sabe meu amor, que a vovó nunca erra sobre ninguém, sou velha, mas sou vivida, aprendemos uma ou duas coisas durante a vida, e uma dela é conseguir ver, quem é ou não confiável, vovó não conhece ele ainda, mas sei que, por mais que passem por altos e baixos, vocês vão ficar juntos, só vai precisar de um pouco de esforço.

— Esforço? Não deveria ser mais fácil se os dois querem? — Pergunto confuso.

— Jun, o esforço não é nada, quando a pessoa vale a pena, porquê no final de tudo, você sabe que fez algo, e foi atrás. — Fez um carinho no meu braço. — Nada é fácil meu bem, as vezes, so amar alguém não é o suficiente, o amor não sustenta tudo, se não tiver esforço.

— Entendi.

A caminhada desde então, foi silenciosa, de vez em quando, alguém me parava e pergunta se eu era Jeon Jungkook da banda Bloods, eu dizia que sim pediam uma foto e eu pedia para não postarem ou divulgarem que tinham me visto pois estava de férias, eles diziam que não fariam e saiam andando depois.

Dava graças a Deus por ter fãs compreensivos.

Me sentia feliz por ter essa parte da minha vida, ter gente que reconhece a ama minhas músicas. Enquanto estaca trancado dentro do quarto, acabava escrevendo algumas, e deixava guardada nas notas do celular para passar pro papel depois. Estavam boas, e eu estava orgulhoso do meu trabalho, que vinha fluindo com mais prazer e vontade nos últimos tempos.

Os meninos mandavam mensagem de vez em quando, perguntando como estava as coisas, como eu estava, e sobre quando voltaria, vira e mexe eles estavam na casa do Ji, muitas vezes eu recebia fotos dele com o Jinkles, meu gatinho. Uma dessas fotos é meu papel de parede.

Mas ele não precisa saber sobre isso, então fica em segredo entre a gente.

Conversava bastante com o Ji também, todo dia eu pedia relatórios sobre o Jinkles, e todo dia ele dizia que deixava ele em casa para trabalhar, e quando voltava, ele estava dormindo largado no sofá, até ganhava algumas fotos.

Eu sentia falta dele. Falta do carinho gostoso que ele faz na minha nuca, falta do jeito que ele agarra minha camisa quando a gente se beija, saudades do seu nariz de botão, saudades do seu sorriso, e saudades do seu beijo.

Suspiro, eu sinto falta de tudo, por mais que os dias aqui na vovó, estivessem sendo bons, mas o Ji, ele preenchia um espaço enorme no meu coração e na minha mente, preciso ver ele logo, ligações e mensagens não são o suficiente.

Eu:
Ji, mais tarde, vamos de vídeo chamada?

Meu Bem:

Claro Jun, quando eu chegar em casa eu te mando mensagem e a gente faz tá?
Até mais tarde, beijos.

Eu:

Até mais tarde, Ji.
Beijos.

Estava fazendo muito calor esses dias, Busan estava quente nessa época do ano, verão é realmente horrível. Por isso preferia o inverno, não tinha que andar quase pelado e mesmo assim, parecer que estava derretendo.

Vovó adorava o verão, dizia que era a época do ano onde os morangos ficavam uma delícia, bem docinhos, e é por isso que amanhã ela vai me arrastar até a feira para comprar frutas com preços em conta.

Esperei as horas passarem, passei maior parte desse tempo dormindo, quando acordei era oito e meia e o Ji tinha me mandando mensagem. Respondi imediatamente, não queria parecer que estava demorando ou algo do tipo.

Meu celular tocou em uma chamada de vídeo, e eu sorri atendendo.

– Oi Ji, como tá tudo aí? - Pergunto olhando para ele pelo celular.

— Oi Jun, tá tudo tranquilo, Jinkles tá dormindo na minha cama agora. E ai, como tá tudo?

— Tá tudo bem, meu bem, daqui uns dias eu vou embora, então vovó tá me enchendo de comida, devo ter engordado uns cinco quilos. – Conto dando risada.

Vovó estava me enchendo de comida, a cada 30 minutos, me trazia um bolo, um salgadinho, uma fruta ou alguma coisa para comer, e eu claro, estava aproveitando, quando voltasse das férias, não poderia ter isso, então curtiria ao máximo.

— Imagino mesmo, ela deve ser um doce.

— Na verdade não, depende bastante, ela vive dizendo que vai colocar veneno na minha comida, mas nunca faz. - Vejo ele dar risada e jogar a cabeça para trás. Sua risada é a melhor música que eu poderia escutar.

— Hum, Jun, eu sinto sua falta. — Ele diz baixinho, com as bochechas vermelhas.

Fui pego de surpresa. Ele sentia minha falta.

Sinto minhas bochechas esquentarem e fico tímido, eu também sentia sua falta, céus, como eu sentia.

Choraminguei baixinho e ele me olhou, com as sobrancelhas franzidas em confusão.

— Eu também sinto sua falta, meu bem, tanta, você nem imagina o quanto. - Confesso sendo sincero.

— Quando você volta? Poderíamos, curtir juntos, ver um filme, comer algo, trocar uns beijinhos. — Ele diz mordendo os lábios vermelhos e volumosos, que me deixam com uma vontade enorme de passar o dia beijando aquela boquinha gostosa dele.

Suspiro rendido e olho para ele.

— Ji, eu volto daqui uns quatro dias ou cinco, e quando voltar podemos fazer tudo isso, e mais um pouco, okay? Eu sinto vontade de você a toda hora do meu dia. — Seus lumes azuis se iluminam, em um brilho espetacular.

— Jun, você... Eu não sei nem o que te dizer. Eu também sinto tanta vontade de você, que até dói. — Lambeu os lábios e eu fiz o mesmo.

— Vou voltar o mais rápido possível, meu bem, aliás quando eu voltar, preciso falar contigo sobre um assunto. — Minha porta é aberta e vovó aparece.

— Jun, vem jantar, vovó fez Gimbap e sopa de arroz. — Diz e fecha a porta.

— Ji, tenho que ir okay? Mais tarde te mando mensagem antes de eu ir dormir, até já, meu bem.

— Até já, Jun. Boa janta pra você. — Me deu o mais belo sorriso e desligou em seguida.

🎸🎤


Quatro dias passaram rápido na minha visão, e eu só fui perceber que já estava na hora de ir embora, quando meu despertador tocou e eu tive que arrumar minhas malas de novo, só que dessa vez, para ir embora.

O olhar da vovó Ming, estava tão triste para baixo, me deixando da mesma forma, eu juro ter visto lágrimas nos seus olhos pequenos, estavam sem seu brilho rotineiro e ela parecia tao triste, que eu tive vontade de ficar mais. Porém eu nao podia, tinha muitas coisas a resolver, e uma delas envolvia o Jimin.

Enquanto colocava as coisas no carro, vovó ficava lá, em frente a porta de entrada me olhando. Quando terminei, fui em sua direção e a abracei bem apertado, sentiria tanta falta disso, me abraçou de volta mais apertado e fungou no meu ombro.

— Vó, não chora, eu prometo que vou vir te ver mais vezes. - Disse já saindo do abraço, segurei em seu rosto. — O quê foi? Você parece tão abatida.

— Jun, a vovó... a vovó te ama tá? Venha me ver mais vezes. — lágrimas caiam por sua bochecha gordinha e enrugada, seco elas e deixo um beijo em cada uma das bochechas. – Oras, moleque, você me babou toda. Não faz mais isso. — Resmunga chorosa, limpando as lágrimas e a suposta baba, que eu deixei nela, dou risada.

— Tudo bem, vovó, não te babo mais, desculpe. Mas agora eu preciso ir, eu te amo tanto, tanto, qualquer coisa me liga okay? - Seguro seu rosto, olhando em seus olhos, ela confirma que sim. – Tchau vó, eu te ligo quando chegar lá.

Saio andando, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto, limpo elas e entro no carro, fechando a porta, colocando o cinto e dando partida, pelo retrovisor eu via a casa da vovó se afastar, junto dela, a vovó também se afastava, ficando cada vez mais distante.

Suspirei e liguei na linha playlist pessoal, colocando enemy do Imagine Dragons, batucava meus dedos de acordo com o ritmo da música, sorrindo enquanto cantarolava.

Busan por ser considerada uma cidade do interior, a paisagem não passava de grandes matagais e uma estrada longa sem muito o que ver.

A paisagem em si era linda. Árvores enormes em torno da estrada, fazendo assim uma sombra gostosa, não deixando a estrada muito quente por causa do verão, algumas árvores tinham as folhas secas e outras florescendo, o sol brilhava forte lá no céu, fazendo tudo ficar quente e desconfortável, em contra partida, os pássaros voavam e o céu estava em um azul tão límpido que não tinha uma nuvem no céu.

Prestava atenção na estrada e na paisagem. Queria que o Ji pudesse ter a visão que estou tendo agora. Talvez nas minhas próximas ferias, viajaremos juntos para Busan, claro, se ele quiser ou estiver de férias. Seria incrível viajar com ele.

Imagino como seria. Ele gritando e cantando todo tipo de música, os pés pequenos e gordinhos apoiados no painel do carro, o banco quase todo deitado e ele dormindo com as bochechas amassadas e a boca em  bichinho adorável, as mãozinhas jogadas uma sem seu peito e a outra debaixo do seu rosto lindo.

Sorrio com a visão imaginada que eu tive, e por alguns momentos, desejei que aquilo fosse real, que tudo entre a gente desse certo e que pudéssemos ter esses momentos bons, que eu tanto desejava e esperava que ele também.

O trânsito de Busan pra Seoul estava ameno, andava tranquilo, sem muitas surpresas pelo caminho. Saí da vovó pela parte da tarde, queria aproveitar o máximo de tempo possível, ela tinha conversado comigo de novo. Dizia que me amava, eu até estranhei, vovó não é muito de demonstrar sentimentos.

Meu celular toca, eu atendo e coloco no viva voz, quando ouço quem me ligava meus ombros encolhem e todo ânimo que eu tinha, se desfaz, trazendo somente angústia.

— Onde você está? – Gritava no telefone.

— Indo para casa, por quê?

— Porque estou aqui na porta da sua casa, e você não está aqui, e seu vizinho está com seu gato. – Falava irritada.

— E desde quando, onde estou, ou com quem meu gato esta, é problema seu? – Pergunto indignado.

— Desde que eu sou sua mãe, Jungkook. Não se esqueça disso. – Solto uma risada soprada.

— Você esqueceu o que é ser mãe, a mais de quinze anos, não venha se prestar a esse papel agora, por favor. — Falo exausto de tudo, e não tinha nem cinco minutos que estava em ligação.

— Olha como você fala comigo, eu ainda sou sua mãe.

— Somente no papel né, porquê em atitudes você nunca foi. Agora vou desligar, que estou dirigindo e não quero bater meu carro.

— Jeon Jungkook, você não ouse desligar na minha cara...

E a ligação foi encerrada por mim, suspirei pesado, queria chorar, gritar, ligar pros caras e sair pra encher a cara e ficar chapado, eu estava tão cansado de tudo, que nesse momento, isso parecia ser a única solução.

Porém iria me preocupar com isso mais tarde, quando chegasse em Seoul. As placas que sinalizavam o caminho, estavam iluminadas sob os faróis dos carros, já estava escurecendo.

O céu azul claro dando lugar a um belo por do sol, composto por amarelo, laranja, tons de roxo e rosa, deixando assim ele em uma bela harmonia de cores, transformando o céu na pintura mais bela que poderia ser vista pelo ser humano. O sol iluminava um pouco, fazendo um aquecer gostoso, tornando o fim de tarde mais agradável e proveitoso para que estivesse em um parque, ou até dirigindo.

Quando cheguei em Seoul, já tinha ficado escuro, agora dando lugar a um preto intenso  sendo iluminado somente pela Lua e as estrelas. Guardei o carro na minha vaga no prédio e me direcionei ao elevador, na intenção de ir pro meu apartamento descansar. Estava tão cansado de dirigir que trouxe minhas coisas arrastadas, sem forçar para carregar elas de forma certa.

Mandei uma mensagem pro pessoal avisando que eu já tinha chego, e uma pro Ji.

Eu:
Meu bem, cheguei viu.
Mas eu estou cansado
Então vou descansar, amanhã eu busco o Jinkles.
Desculpe estar abusando de sua boa vontade.
Prometo te recompensar.

Meu celular logo vibrou em uma resposta.

Meu Bem:

Tudo bem, Jun.
Bom descanso.
Adoro o Jinkles, para viu.
Pode me recompensar, me levando pra jantar
O que acha?

Eu:
Acho ótimo.
Vamos marcar isso então.

A porta abriu no meu andar e eu sai, indo na direção do meu apartamento, abri o mesmo e entrei. Assim que o fiz, joguei minhas malas em qualquer canto da sala e me direcionei ao banheiro, afim de tomar um banho e finalmente deitar.

Dentro do banheiro, tiro minha roupa, ficando só de cueca, vou para debaixo do chuveiro e me lavo vagarosamente, ensaboando cada cantinho do meu corpo. Quando termino me enrolo na toalha e pouco me importo se irei molhar o banheiro ou não, vou para meu quarto e visto somente uma cueca, com preguiça de vestir algo a mais, me jogo na cama e ali eu fico. Apago instantaneamente, pelo tamanho cansaço que eu sentia.

🎤🎸

Olá de novo rockeirinhos.

O que acharam do capítulo de hoje?

O que mais gostaram desse capítulo?

Tenho uma surpresa para vocês, para comemorar todo esse carinho que estou recebendo.

Outra coisa, vamos jogar um jogo de perguntas, todo final de capítulo vou colocar uma pergunta, tendo a minha resposta, e eu gostaria que vocês respondessem também.

Qual a idade dos meus queridos leitores? Me: 19 quase 20.

Não se esqueçam de usar a #RockStarBonitão no tt. Estou sempre por .

O link do perfil na bio.

Espero que tenham gostado.

Até.... aguardem...


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