ᴠᴏᴄᴇ̂ ғɪᴄᴏᴜ ʟᴀ́ ᴄᴏᴍᴘʟᴇᴛᴀᴍᴇɴᴛᴇ sᴏᴢɪɴʜᴀ?
ᴀʜ, ᴇᴜ ɴᴀ̃ᴏ ᴄᴏɴsɪɢᴏ ᴇxᴘʟɪᴄᴀʀ ᴏ ϙᴜᴇ ᴇsᴛᴀ́ ᴀᴄᴏɴᴛᴇᴄᴇɴᴅᴏ
ᴇᴜ ᴄᴏɴsɪɢᴏ ᴛᴇ ᴠᴇʀ ᴇᴍ ᴘᴇ́ ᴀᴏ ᴍᴇᴜ ʟᴀᴅᴏ
ᴅᴇɴᴛʀᴏ ᴇ ғᴏʀᴀ, ᴇᴍ ᴀʟɢᴜᴍ ᴏᴜᴛʀᴏ ʟᴜɢᴀʀ ᴀɢᴏʀᴀ
ᴠᴏᴄᴇ̂ sᴜsᴘɪʀᴀ, ᴅᴇsᴠɪᴀ ᴏ ᴏʟʜᴀʀ
ᴄᴏɴsɪɢᴏ ᴠᴇʀ ᴄʟᴀʀᴏ ᴄᴏᴍᴏ ᴏ ᴅɪᴀ
ғᴇᴄʜᴀ ᴏs ᴏʟʜᴏs, ᴛᴀ̃ᴏ ʀᴇᴄᴇᴏsᴀ
ᴇsᴄᴏɴᴅɪᴅᴀ ᴀᴛʀᴀ́s ᴅᴇsᴛᴀ ᴄᴀʀɪɴʜᴀ ᴅᴇ ʙᴇʙᴇ̂
O caminho de destruição causado pelo grupo se estendia cada dia mais.
Como se fosse uma espécie de karma ou mal agouro, mas algo que eles tinham certeza, era de que nenhum lugar onde eles ficavam era intocado para sempre.
Como por exemplo; O Acampamento.
O celeiro.
A prisão.
Woodbury.
E agora, Terminus.
Kenny, seu grupo e Aliss estavam a deriva em uma floretsa. Haviam decidido ficar lá pelo dia, para descansar, e talvez, tirar a sorte de conseguir comida.
A morena conseguia sentir os olhares fulminantes de Eliot sem sequer precisar olhar para ele. Desde que ela havia dito o que realmente havia acontecido com Riggs, o loiro surtou, e se afastou da garota.
Ela não o julgava por isso. Em sua mente, ela acredita ter tido seu tempo para lidar com o luto, e agora, seria a vez de Eliot.
Mas, em uma real avaliação, a garota sequer pode ter seu luto.
Estava tão desesperada por sobreviver, que o melhor a se fazer, foi tentar esquecer da morte de seu amigo.
No entanto, agora, tendo Eliot ao seu lado, estava cada vez mais difícil de ignorar esse fator.
- Hey, Kenny - ela escuta a voz de Carl soar atrás de si, e logo se inclina para o mesmo.
- Aconteceu algo? - a morena pergunta, puxando sua faca e se levantando da pedra onde estava sentada.
- An? Não! - o garoto ri da expressão de contra ataque da garota, e ao ver que ela não havia o escutado, ele põe as mãos nos ombros da mesma - Ei! Não aconteceu nada, okay?
- Então porque você me chamou? - ela pergunta franzindo o cenho, e guardando sua faca.
- Pra te dar... - ele puxa algo do bolso - Isso.
Pegando a pequena caixa da mão do garoto, a morena a abre, tirando de lá, um cordão de caveira.
- Cordão de caveira? - ela pergunta risonha.
- Uhum - o moreno põe a mão e uma árvore para se apoiar, mas erra o loal e acaba se desequilibrando, quase caindo no chão - Er... Eu achei na casa onde eu e meu pai ficamos, e achei que combinava com você.
- Tem razão, combina mesmo - ela sorri pata ele, e se vira de costas para o mesmo. Ao ver que o garoto não fez nada, ela se vira pra ele - Você vai colocar o cordão em mim ou não?
- Ah, isso? Vou, vou! - pegando o cordão da mão da mesma, com uma mão, ele empurra alguns fios de cabelo da menina para cima, enquanro com a outra, prende o cordão na mesma.
- Agora sim - ela sorri se virando para ele e avaliando o pingente com a mão.
- Ei! - a voz de Daryl soa - Vocês dois, não se separem do grupo!
Assentindo, os dois apertam o passo, alcançando os demais do grupo.
Ainda caminhando pela floresta, um grito ecoa em meio a mata.
- Ajuda! Alguém me ajuda! Porfavor! - a voz masculina persistia em gritar.
- Pai! - Carl chama Rick - Vamos! O que estamos esperando?
Antes de ter a confirmação de Rick, Kenny corre em meio a mata, seguindo o som.
Ao chegar no local, ela observa um homem e cima de uma pedra, cercado por três errantes logo abaixo.
O restante do grupo, e Aliss, chegam ao local, e em questão de segundos, finalizam os errantes.
Apavorado e com as pernas trêmulas, o homem olha o grupo com relance, e logo desce da pedra.
Rick caminha ate ele, com seu típico olhar ameaçador.
- Você tá bem?
O homem vomita no chão.
- Desculpa - o rapaz diz, recompondo-se - Eu estou sim, obrigada. Eu me chamo Gabriel.
- Tem alguma arma? - o Big Grimes pergunta.
Observando a vestimenta do rapaz, não era difícil identificá-lo como nada além de um padre.
- Eu não carrego nenhuma arma - o careca diz como se fosse obvio, julgando por sua incompetência em matar errantes.
- As aparências enganam - Chris diz, recebendo um olhar brincalhão de Abrahan, que estava prestes a dizer o mesmo.
- Eu não carrego nenhum tipo de arma. A palavra de Deus é a única proteção necessária - Kenny solta uma risada, mas ao ver o olhar secador de Maggie, ela tapa a boca no mesmo instante.
- Não parecia - Daryl diz.
- Eu pedi por ajuda. E vocês vieram - o careca diz com um sorriso no rosto.
Observando os olhares julgadores dos próximos, Gabriel fecha seu sorriso.
- Vocês tem algum tipo de comida?
- Temos nóz-pecã - Carl diz, oferecendo algumas com sua mão.
- Obrigada - o homem diz, pegando a nóz.
CJ e Judith, que estavam ambos no colo de Tyreese, realizam alguns sons típicos de bebês, o que chama a atenção de Gabriel.
- São duas crianças lindas - ele diz - Vocês tem algum acampamento?
- Não. Você tem? - Rick questiona.
- Eu tenho uma igreja.
- Põe as mãos na cabeça - Rick diz, passando a revista-lo - Quantos errantes você matou?
- Nenhum.
- Quantas pessoas você matou?
- Nenhuma.
- Porquê?
- Porque Deus abomina a violência.
- Então eu vou pro inferno - Kenny diz, arrancando uma risada de Abraham.
- O que você fez esse tempo todo? - Rick persiste perguntando.
- Eu sou um pecador. Eu peco quase todos os dias, mas só a Deus eu confesso meus pecados. Não a estranhos.
- Você disse que tinha uma igreja? - Michonne pergunta, e o rapaz assente.
- Eu levo vocês pra lá, venham!
៚
Seguindo o caminho de Gabriel, eles chegam à estrutura de madeira qual o padre havia comentado.
Adentrando no local, era de se impressionar o estado em que o estabelecimento se encontrava. Estava intacto, como e o apocalipse nunca tivesse a afetado.
- Mais um lugar pra destruir - Kenny sussurra para Carl, passando a seguir Maggie.
Após revistar o local, o grupo se encontra do lado de fora.
- Tem um mini ônibus lá trás - Abraham diz - Não funciona, mas eu posso tentar consertar se o padre permitir. Parece que conseguimos um transporte. Entende o que está em jogo aqui, né?
- Eu entendo - Rick assente.
- Agora que podemos descansar você vai querer ir pra estrada denovo? - Michonne pergunta.
- Quem relaxa, fica lento e sempre dá merda.
- Precisamos de suprimentos, independente do que vier.
- É verdade. Água, munição, comida - Rick diz adentrando no local, e sendo seguido pelos demais.
- Não iremos nos separar denovo - Glenn diz a Abraham, entrando no local.
- Isso o que ele disse - Tara completa, o seguindo junto de Maggie, Bob e Sasha.
Kenny permaneceu no local, observando Abraham e Eugene.
Ela tinha medo do rapaz de Mullet. Não por ele ser um nerd, mas sim, por ele ter um armário de quatro portas chamado Abraham como sej guarda costas. E outra, se ela sequer deixasse que sua marca de mordida no braço ou na mão ficassem amostras, sua chance de liberdade estaria por um fio.
Se estremecendo, ela entra na igreja junto do restante do grupo.
- Como sobreviveu esse tempo todo? - Rick questiona a Gabriel.
- Eu tive sorte. Nós havíamos acabado de completar o programa de arrecadação de comida quando tudo desandou, e quando acabou, eu comecei a garimpar algumas casas da região. Exceto por uma.
- Ela foi tomada?
- Sim. Uma dúzia de errantes.
- Conseguimos lidar com isso facilmente - Sasha afirma - Tyreese e as crianças ficam aqui, enquanto os demais podem ir com você até lá.
- E por que eu não posso ir? - Kenny pergunta para Maggie.
- Porque vai ser mais um programa chato de adultos - a mais velha diz com um sorriso no rosto, dando um toque no nariz da mais nova.
- Prefiro isso do que ficar do lado das máquinas de cocô - ela diz, se referindo a Judith e CJ.
- Eu vou desenhar um mapa! - Gabriel diz.
- Não precisa. Você vai vir conosco - Rick determina.
៚
Prontos e determinados a sair, Rick chama Carl e Kenny para o canto da capela, chamando a atenção dos mesmos.
Caminhando até o mais velho, os dois se sentam nos bancos da igreja, esperando o homem falar.
- Olha, eu não confio nesse cara.
- Nem eu - Kenny concorda.
- Por quê? - o mini Grimes questiona.
- Por que você confia nele? - Kenny pergunta.
- Nem todo mundo pode ser mal, não é?
- Bem, eu não confio nele, e é por isso que vou levá-lo comigo. Então eu preciso que vocês fiquem em alerta, e ajudem Tyreese a proteger a Judith e o CJ, entendem?
Os dois assentem.
- Apenas saibam que... Você não estão seguros. E nunca estarão. Não importa quantas pessoas estejam ao redor, não importa se o lugar parecer limpo, não importa o que digam nem o que vocês pensarem, mas vocês não estão seguros. Basta um segundo e tudo isso acabou. A única chance que nos temos é permanecemos juntos. Então lutem juntos caso necessário, está bem?
- Okay - Carl diz, e Kenny assente.
- Certo - Rick se levanta, bagunçando os cabelos de Kenny e caminahndo até a porta.
- Não morra hoje em! - Kenny diz.
- Eu não vou!
៚
- Eu já disse, Tyreese! Eu não vou trocar as fraldas desse bebê! - Kenny esbraveja, enquanto estava apoiada na grande cruz da capela, tudo para fugir das bombas de cocô dos bebês.
- Não adianta correr, Kenny! Um dia quando você for mãe, vai precisar trocar muitas fraldas! - Liz diz, na intenção de encorajá-la, mas acaba assustando a morena mais ainda.
- Eca! Eu nunca vou ser mãe, sua tonta!
- São só algumas fraldas, Kenny! - Tyreese diz - Se você não aprender, quem vai trocar as fraldas dos seus irmãos!
- Vocês!
៚
Ao entardecer, os suprimentos haviam chego, e foram mais do que suficiente, diga-se de passagem.
Reunidos feito uma familia, o grupo desfrutava da deliciosos arte dos enlatados, jantando a luz de velas.
Enquanto comia, Kenny observava os pequenos grupos de conversa que se formavam de forma involuntária.
Dentre eles, estavam Rick, Michonne, Carol, Chris, Aliss e Tyreese.
Em seguida, Carl, Lis e Daryl.
E logo ao lado, Abraham, Eugene, Rosita, Tara, Glenn e Maggie.
Um leve calafrio surge na garota ao lembrar da denominada "missão" deste último respectivo grupo.
Por mais que eles ainda não tivessem conhecimento das peculiaridades da garota, apenas o fato de estar perto deles, já a amedrontava.
Em resumo, ela estava sofrendo por antecipação.
Apertando o antebraço e checando se sua luva com dedos vazados estava bem posicionada, ela deixa o local, dirigindo-se para a parte traseira da igreja.
Saindo do local, ela respira fundo, permitindo que o ar sereno e poluído da noites adentrasse em suas narinas.
Sem nenhum motivo em especial, a morena dos cabelos curtos se senta no chão, apenas para desviar quaisquer pensamentos relacionados a uma possível cura.
Após alguns minutos, um ruído de madeira começa a irrita-la, a fazendo deitar-se no chão, para ver o que estava por de baixo da "base" da capela.
Ao ver que o criminoso por trás dos arranhões era apenas um rato, ela revira os olhos.
Porém, antes de se levantar, ela acaba vendo um pequeno brilho refletido entre a luz da lua, e a escuridão por baixo da base.
Esgueirando-se sem enxergar, ela começa a tatear o local, conseguindo sentir uma pequena caixa do tamanho da palma de sua mão.
Ao puxá-la, a morena solta uma pequena risada em relação à ironia da situação.
Afinal, ela acabava de encontrar um maço de cigarros em baixo da igreja.
"Será que é pecado eu pegar isso?" - ela pensa, com uma expressão brincalhona no rosto.
No entanto, um som de porta abrindo chama a atenção da mais nova, que rapidamente esconde o maço de cigarros em seu bolso e se levanta.
Após fazer isso, ela começa a questionar para si mesma o porquê da tamanha necessidade em esconder aquela pequena caixa. Talvez, em seu subconsciente, ela sabia que era errado.
Voltando sua atenção para quem saía de dentro da capela, ela acaba por observar Glenn e Maggie.
- Vocês vão namorar aqui atrás? - ela revira os olhos, andando até eles - Vou ter que sair?
- Não vamos namorar - Maggie bagunça os cabelos da morena, rindo do revirar de olhos na mesma - Eu vou anotar isso que você disse pra quando você ficar de namorico.
- Eu? Não, eca! - pigarreia, pondo o indicador perto da boca, em uma expressão de vomito.
- Isso, você não, eca! - Glenn confirma, com um leve ciúmes ao pensar que futuramente, a garota poderia estar dando uns amassos em um certo alguém.
- Glenn! - Maggie o olha com um olhar de repreensão, logo revira os olhos, vendo que o mais velho não havia entendido o porquê.
- Tanto faz isso de beijos - Kenny cruza os braços - O que os dois procuram, anm? - a morena passa a forçar um sotaque latino, colocando as mãos dentro dos bolsos, feito um meliante - Eu não sei vocês, mas as minhas verdinhas são as melhores!
- Kenny! - Glenn e Maggie chamam a atenção da garota, sem conseguir conter as risadas involuntárias - De onde você tá sabendo dessas coisas? - Maggie questiona.
- Esqueceram que minha mãe era traficante?
- Ela era traficante latina e nas horas vagas policial americana? - Glenn pergunta, referindo-se a forsação de sotaque da morena.
- Sei lá, eu nem me lembro bem - ela da de ombros.
- Bom, vamos direto ao assunto, né? - Maggie diz, olhando para o de cabelos pretos ao seu lado, esperando que o mesmo iniciasse o assunto.
- Ah, sim! - o mais velho se vira para de olhos azuis, aproximando-se da mesma - Nós percebemos sua reação sobre o Eugene e seu grupo.
- Ah... perceberam? - a morena suspira, desviando o olhar em constrangimento.
- Nós só queremos que você saiba que não precisa ficar com medo quanto a isso - Maggie põe a mão no ombro da morena - Nós nunca contaríamos isso a eles, e iremos garantir que eles não saibam.
- Vocês fariam isso?
- Óbvio! Você é nossa protegida, não iremos colocar você em risco.
- Mas e se estivermos falando da cura do mundo todo?
- Não vale a pena arriscar sua vida, para ter a mísera chance de cura - Glenn afirma convicto em suas palavras.
- ...Obrigada! - a mais nova diz, abraçando os dois - Obrigada mesmo....
- Você pode dormir tranquila agora - Maggie dá uma piscadela para a mais nova, se afastando do abraço junto de Glenn.
- Acho que vamos entrando, você vem? - Glenn pergunta.
- Eu já vou.
Assentindo, os dois deixam o local, deixando a morena sozinha.
Ao ver que eles não estavam mais por perto, ela pula três vezes no chão, dando leves comemorações de alegria.
Passando a caminhar para dentro da capela como havia prometido, ela escuta algo cair de seu bolso.
- Ah - pronuncia, se abaixando e pegando o maço de cigarro - Não faria nada mal experimentar, né?
001 Rick e Lori são os maiores shippers do Carl e da Kenny e nada tira isso da minha cabeça.
002 Já quero vir esclarecendo aqui que não romantizo nenhum tipo de vício, muito menos em crianças. No entanto, é algo que eu quero abordar faz muito tempo, então espero que entendam.