ᴄᴏʀᴛᴇ-ᴍᴇ
ᴍᴀs ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴇ́ ϙᴜᴇᴍ ᴛᴇʀᴀ́ ᴍᴀɪs ᴀ ᴘᴇʀᴅᴇʀ
ᴄɪᴅᴀᴅᴇ ғᴀɴᴛᴀsᴍᴀ, ᴀᴍᴏʀ ᴀssᴏᴍʙʀᴀᴅᴏ
ʟᴇᴠᴀɴᴛᴇ sᴜᴀ ᴠᴏᴢ, ᴘᴀᴜs ᴇ ᴘᴇᴅʀᴀs ᴘᴏᴅᴇᴍ ϙᴜᴇʙʀᴀʀ ᴍᴇᴜs ᴏssᴏs
ᴇsᴛᴏᴜ ғᴀʟᴀɴᴅᴏ ᴀʟᴛᴏ, ɴᴀ̃ᴏ ᴅɪᴢᴇɴᴅᴏ ᴍᴜɪᴛᴏ
sᴏᴜ ᴀ̀ ᴘʀᴏᴠᴀ ᴅᴇ ʙᴀʟᴀs, ɴᴀᴅᴀ ᴀ ᴘᴇʀᴅᴇʀ
━━━━━━━ ⸙ ━━━━━━━
*Esᴛᴇ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴛᴇᴍ ᴜᴍᴀ ғᴜɴᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛɪɴᴜɪᴅᴀᴅᴇ ᴄʀᴏɴᴏʟᴏ́ɢɪᴄᴀ, ᴏᴜ sᴇᴊᴀ, sᴏ́ ɪʀᴀ́ ᴛʀᴀᴢᴇʀ ᴀᴄᴏɴᴛᴇᴄɪᴍᴇɴᴛᴏs ɴᴇᴄᴇssᴀ́ʀɪᴏs ᴘᴀʀᴀ sᴇɢᴜɪʀ ᴀ ʟɪɴʜᴀ ᴅᴇ ʀᴀᴄɪᴏᴄɪ́ɴɪᴏ ᴅᴀ ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ ᴏʀɪɢɪɴᴀʟ*
Armas são um caminho de mão dupla.
Você não quer precisar delas, mas quando menos percebe, está preso ao seu uso. Nesse momento, Michonne, Rick, Carl e Kenny estavam dentro de um carro a procura de mais armas. A moça dos dreads se ocupava em dirigir, enquanto Rick olhava o mapa.
Do lado de trás do carro, os amigos escutavam
canções no toca-músicas que agora finalmente funcionava. A morena tinha sua cabeça apoiada no ombro do Grimes, e o Grimes sua cabeça apoiada na cabeça da morena.
Um homem de mochila laranja estava à deriva na estrada, e começa a gritar para que Michonne reduzisse a velocidade do carro e o salvasse, mas não havia nada que os quatro pudessem -ou quisessem- fazer. Continuando na estrada, eles acabam por ficar atolados e presos em meio a alguns carros.
Uma situação normal e cotidiana, até eles serem surpreendidos com diversos errantes ao redor do carro, batendo nos vidros e implorando para entrar.
— Cubram seu ouvidos — Rick pede aos três, que assim o fazem.
Abrindo sutilmente a janela do carro, ele acaba com os errantes em um passe de magica. Quando terminou, ele faz um sinal com a mão para que todos saíssem, e assim fazem.
O mais velho e Michonne começam a procurar uma espécie de corda deixada na mala em algum dos carros, enquanto Carl puxa a azulada para perto, e segue a puxando até ambos estarem longe dos dois adultos.
— Vai rasgar a minha jaqueta desse jeito — ela reclama enquanto se solta da mão do rapaz.
— Para de reclamar, e olha ali — ele aponta para mala de um carro, onde um videogame estava.
— Eu daria tudo pra ter tecnologia denovo — a mais velha reclama chorosa, enquanto apoia os braços no vidro do carro.
— Minha tv antiga tinha uma entrada diferente, e às vezes, meu pai pegava os videogames do nosso vizinho emprestado e nos passávamos a noite jogando.
— No meu caso, eu e o Eliot invadiamos casas mesmo.
— Hm, funciona também — diz risonho enquanto dá um tapinha no braço dela.
Rick os observava de longe com uma feição engraçada no rosto.
— Ei, vocês — os chama — Venham, lição do dia.
— Arg, eu não aguento mais lição do dia — a azulada reclama enquanto anda de forma arrastada até o Sherif.
— Do jeito que o Carl dirige, é melhor contar com a Kenny vendada pra dirigir do que ele em uma emergência, então, é bom saber como desatolar o carro.
— Isso é um elogio ou uma ofensa?
— Pra mim é uma ofensa — o de chapéu revira os olhos com os braços cruzados — Eu dirijo muito bem.
— Bom, já que dirige bem, saiba que para desatolar um carro você tem que por algo como pedras e gravetos em baixo a roda, isso vai dar tração.
— Não precisaríamos disso se a Michonne não tivesse atolado o carro — o mini Grimes afirma.
Kenny revira os olhos e bufa, a implicância irracional que o menino possuía com a de Dreads a irritava. Ainda mais quando ela simpatizava com a mulher.
— Atolar o carro é um erro normal — Rick o repreende.
— Porque você deixou ela vir? Ela não deixou vocês pra trás em Woodbury? O Oscar morreu e vocês...
— Não foi tão simples lá — o mais velho exclama — Tivemos perdas e pontos cegos, e nem sequer conseguimos trazer a Kenny naquele dia.
— Hm, tá — concorda com um bico no rosto.
— Eu pedi para que Michonne viesse para não deixá-la sozinha na prisão com o Merle. Além disso, eu e ela temos o mesmo objetivo — o mais velho se levanta — Matar o governador. Então, por agora, resolvê-los juntos é bom.
— Só por agora?
— Para de implicar com ela — a morena revira os olhos novamente — Seria até bom se ela ficasse depois de matarmos o caolho lá, ela é legal, e fortona.
— Eu sou mais — Carl esbanja um músculo.
— Não é não, seu magricela.
O mais alto bufa se levantando, a voz do desconhecido da mochila laranja volta a ser escutada e os três do lado de fora do carro conseguem enxergá-lo correndo. Rick rapidamente fez um sinal para Michonne, que liga o carro e consegue desatolá-lo.
— Vamos — o líder ordena, e os dois baixinhos, logo adentram no carro.
៚
Estavam situados agora em uma pequena cidade local, e logo saem do carro para explorar. Feitos uma pequena família, eles entram nos prédios que achavam que possuiriam algum recurso necessário, e em um desses, acabam entrando em uma pequena delegacia.
A nostalgia que invadiu os pensamentos de Rick o estressa, ainda mais quando o mesmo viu que o armazém de armas estava vazio.
— Existem mais delegacias por aqui?
— Eu era policial aqui. Eu e alguns outros, é uma cidade pequena, não tem outras além dessa.
— Podemos ver se nos outros lugares tinham tantas armas quanto aqui — Carl sugere.
— Não adianta — Kenny suspira — Precisamos do tanto de armas que haviam aqui, talvez até mais.
— Podemos ir nos bares ou nas lojas, eles tem armas debaixo do balcão que ninguém por aqui sabia, só eu, que assinei a autorização. Talvez ainda estejam lá.
Saindo do estabelecimento, eles continuam andando pela cidade, se deparando com errantes queimados uma hora ou outra, e insetos fedidos algumas vezes.
Eles acabam vendo uma espécie de armadilha na frente, que parecia ter sido feita para pegar errantes, devido aos tamanhos das estacas e os animais presos nas gaiolas para atraí-los.Andando mais a frente, eles observavam as lojas distraídos, até que escutam um som. Olhando para trás, eles percebem um errante que havia caído feito bobo na armadilha, tendo seu corpo atravessado por uma estaca.
Um tiro ecoa estourando a cabeça do errante, e logo um som de “mãos ao alto” surge de cima de um prédio. Como estavam em desvantagem ali, não havia outra alternativa, a não ser erguer as mãos.
— Deixem os pertences e vão embora! — o homem ordena — Eu vou contar até 10!
— Quando eu der o sinal vocês correm pro carro, okay? — Rick sussurra.
— 10!
— Mas pai...
— 9!
— Nós precisamos daquele Rifle — Michonne adverte.
— 8!
— Nós conseguimos subir lá — Kenny avalia, olhando a estrutura do prédio.
— 7!
— O que a gente vai fazer? — o nanico pergunta.
— 6!
— Vão pro carro, agora! — Rick ordena, se pondo a atirar na direção do desconhecido.
O mini Grimes pega a mão da menina de imediato, a puxando com força e correndo junto a ela para trás de um carro.
Ambos enconstam-se no parachoque, enquanto os sons de retaliação ensurdecem seus ouvidos.
O moreno estava tão concentrado em recuperar o fôlego, que sequer percebeu que a menina ao seu lado havia sumido.
— Kenny? Kenny!
— Aqui! — a menina chama os Grimes, aparecendo em cima do prédio ao lado de Michonne.
— Eu não vou questionar — Rick suspira enquanto passa a se esgueirar em meio às armadilhas para desviar dos tiros proferidos pelo inimigo, que agora estava na parte térrea do prédio, atirando de igual pra igual.
O mais velho estava prestes a se levantar para atirar, mas Carl profere um tiro no joelho do mesmo rapidamente, o fazendo cair no chão.
Atrás do homem recém derrubado, Michonne e Kenny aparecem com sua espada, e faca empunhada, indicando que ambas também estavam prestes a finalizar o homem.
— Vocês estão bem? — Rick pergunta.
— Estamos — o de chapéu afirma, pondo as mãos no joelho, recuperando o fôlego.
— Eu não queria que precisasse fazer isso, eu os mandei correr pro carro.
— Mas foi preciso! — o mini Grimes teima.
A Anderson se intrometeria, mas a mesma percebeu que o climinha que se ascendia logo a frente era algo pessoal entre pai e filho, então, apenas cruza os braços, esperando eles terminarem de conversar.
O Grimes anda até o corpo caído do homem e tira seu colete a prova de balas, e logo afirma que o mesmo está vivo.
— Quem liga, vamos roubar ele — Kenny diz de forma ansiosa, se apoiando na parede.
No entanto, ao retirar o capacete do homem, Rick acaba por ver algo mais.
— Morgan?
— Pera, você conhece ele? — a morena questiona enquanto segue os passos do homem.
— Conheço — responde simplista ao se virar para trás — Tomem cuidado com as armadilhas explosivas — orienta, mostrando exemplos das mesmas.
— E é só isso? Conhece de onde? Cadê a história por trás? — a impaciência em não ser respondida consumia a garota de ainda mais curiosidade.
— Achei que só íamos pegar as armas e sair — Michonne anda até ele — Mas não vai ser só isso, né?
— Eu não vou deixar ele na rua dessa forma.
— Aha! Então você conhece ele muito bem!
— Rick, eu sei que você disse que ele te salvou uma vez, mas...
— Escuta, ele salvou a minha vida, okay?! — exclama com um tom de voz exagerado, demonstrando seriedade, o que fez não só a de dreads, como a tagarela logo atrás dela calarem a boca — Ele não era assim… Me pergunto como está o filho dele.
— Acha que ele pode estar lá dentro? — a mais velha pergunta apontando para a porta do prédio onde Morgan havia se alojado.
— É isso que veremos — assoviando para o de chapéus se aproximar, o assistente de Sherif abaixa seu corpo de uma forma estratégica, o dando uma visão melhor caso armadilhas de fios estivessem em seu caminho.
Andando para frente de forma minuciosa, ele avalia com estranheza o tapete de boas vindas, mas ignora, decidido a seguir reto.
— Você disse que tinham armadilhas, né? — a de pontas azuladas questiona, enquanto se aproxima mais de Michonne.
Pegando seu aro de facas, ela ergue uma, e arremessa no tapete.
A forma pela qual a arma entra em contato com o pano os deixa confusos, o que era de se esperar era que a lâmina prendesse no tecido, mas ao invés disso, ela acaba por perfurar ele.
O Grimes logo se atenta, e levanta o tapete, dando visão a uma espécie de chão falso, onde logo abaixo, um buraco com diversos pregos e cacos de vidro estavam prontos para retaliar.
— Obrigado — diz para garota logo atrás dele, que retribui com uma feição brincalhona, se levantando — Vocês dois podem ficar de vigia, enquanto eu e Michonne subiremos lá.
— Você que manda — a morena assente, fazendo uma reverência militar, enquanto guarda seu aro de facas na correia da calça e se vira na direção contrária.
Pondo as mãos no bolso de seu casaco vermelho, ela anda até o mini Grimes, que estava distraído olhando para o corpo de Morgan.
— Não adianta apontar uma arma se você não estiver concentrado na presa, caubói.
— Sério? Caubói? — ele revira os olhos enquanto leva sua arma ao coldre, e pula pelo corpo de Morgan, dando espaço a Rick e Michonne, e anda até a menina — Andar com o Daryl ta mexendo com seu vocabulário.
— Você usa botas, chapéu de caipira, e ainda tem uma blusa quadriculada, se isso não é ser caubói, é uma fantasia de festa junina.
— E você tá falando do que? Quando não tá vestida de motoqueira doida, tá usando esse trapo que você chama de casaco, essas botas de couro e esse cabelo amarrado aí.
— Como ousa falar do meu casaco? — ela dá um soquinho no ombro dele — Você é um caipira nada civilizado, hm — bufa levando as mãos à cintura.
— E você é uma moça da cidade muito… — ele busca uma palavra — Trombadinha.
— Eu já ouvi melhores — sorri convencida enquanto põe a mão em um poste e começa a girar ao seu redor — Você poderia aprender como xingar com o Eliot.
— E você a se comportar com a Beth!
— Aé? — ela para de rodar e põe a mão na cintura — Pelo menos eu tenho certeza de que a nossa irmãzinha vai puxar a parte boa — tosse de forma forçada — Que sou eu.
— Claro que não! Ela tem os meus olhos!
— Tá de brincadeira né? Os olhos dela são castanhos! Nada haver com esse Oceano Atlântico lindinho aí que você chama de olho.
— Os seus também são azuis! — rebate, não percebendo o fato de a garota ter acabado de elogia-lo.
— É um tom azul acastanhado, okay? — suspira — O que quer dizer que ela puxou a mim!
— Azul acastanhado?! — ele se aproxima dela — O seu é da mesma cor que o meu!
— Não é não, olha! — ela aproxima seu rosto ao rosto do menino, enquanto arregalava os olhos.
— É idêntico!
— Não é!
— É sim! — insiste aproximando ainda mais o rosto.
— Não é! — aproxima ainda mais.
— Vocês dois não deveriam estar de vigia?! — uma voz vindo de cima os assusta, fazendo ambos baterem um contra a testa do outro.
— Tá vendo! É Deus te castigando por não saber ver cores e não vigiar! — a morena reclama enquanto se agacha pondo a mão na cabeça.
— Não é a voz de Deus, é o meu pai! — exclama pondo a mão na testa e vendo o homem pela janela.
— Subam logo, tem uma armadilha bem na entrada então tomem cuidado!
— Cuidado é meu nome do meio — a Anderson toma a frente do caminho, passando rapidamente pela armadilha do tapete e andando pelo corredor de entrada.
— Que? Me espera, sua doida! — o garoto reclama enquanto pula pela armadilha do tapete, a alcançando.
— Anda logo, lerdão! — ela o puxa para perto, dando início a escada.
Uma espécie de cortina escrito “Não estou pra brincadeira” estava no final dos degraus.
Subindo em uma espécie de empurra-empurra, eles enxergam o fio da armadilha e passam por cima dele, e abrem a cortina, podendo ver um machado logo acima deles, que seria ativado caso eles pisassem no fio.
— Uou, que bonito — a menina diz ansiosa enquanto alisa a mão no machado e passa a seguir o caminho, tendo o garoto a seguindo logo atrás.
Quando finalmente alcançam Michonne e Rick, eles adentram no que deveria ser a hospedagem de Morgan, dando deslumbre a um quarto com uma iluminação natural bem forte, e diversos rabiscos na parede.
Além disso, armas de diversos tamanhos e formas estavam distribuídas ao redor do quarto.
— Isso era tudo que tinha no armazém? — Michonne pergunta.
— Não, nem metade.
Os adultos levam o corpo do homem até a cama que lá continha, e logo os dois briguentos se apressam em colocar as armas e munições nas bolsas.
A azulada estranhava a frequência em que percebia os olhares de Carl em sua direção, mas decide ignorar no momento.
— Nós… — o líder toma a frente, ainda abismado com a nostalgia que enchia sua mente de lembranças — Iremos ficar aqui até ele acordar.
— Mas ele tentou matar a gente — Carl chama a atenção.
— Exato, e ainda mais, depois disso não deixamos ele morrer pros errantes, já fizemos o suficiente aqui — Michonne completa.
— Vamos esperar e ponto final — toma a decisão, se sentando em uma cadeira ao lado de Morgan.
— Você já deu uma olhada nesse lugar? — Michonne questiona — As lanças lá embaixo, o tapete, o machado.
— Acha que ele tá louco?!
— Não. Acho que ele está perigoso.
— Eu conheço ele!
— E eu aposto que ele não era assim na época.
— Vamos esperar ele acordar, fim de discussão.
Decididos a ficar, a morena continua enchendo as bagagens de munições, mas percebe o menino logo atrás de sí, se distanciar.
Levantando e indo em sua direção, ela percebe que sua atenção estava voltada, e ao olhar, enxerga uma espécie de grande mapa da cidade desenhado na parede.
Para ela, era um mapa qualquer, mas para o rapaz, era como uma planta completa da trajetória de toda sua vida.
— Era minha vizinhança — ele diz de forma cabisbaixo — Olha — aponta para uma parte escrita “Casa do Rick: Queimada”
— Era por isso que você queria vir? — Rick pergunta se aproximando de ambos — Para ver a casa?
— Eu… só vim por vir mesmo… — diz simplista.
A garota ao seu lado põe a mão em seu ombro, e apoia a cabeça no outro.
— Esse KCC — ela aponta — Eu já ouvi falar desse lugar — põe a mão no queixo de forma duvidosa.
— Hmm — ele sorri para ela, se virando para Rick — Vamos dar uma volta, tudo bem?
— E pra quê?
— Acho que a única coisa não saqueada foi a loja de berços. Lembra da loja da amiga da mamãe? Aposto que lá é uma mina de ouro.
— Crianças…
— Pelo que eu vi é bem perto — a garota afirma pondo as mãos na cintura — As armadilhas de errante do moço alí vão ajudar.
— Vão precisar de ajuda se quiserem trazer um berço, não vão? — Michonne afirma.
— Acho que sim — ela dá de ombros — É pesado, e os braços de galinha do Carl não aguentam — ela sente um peteleco na cintura — Ai!
— Tudo bem — a mulher se levanta — Eu vou com vocês dois, nesse caso.
— Okay, eu deixo — Rick sorri — Se algo acontecer é só gritar, tá bom?
— Pode deixar — o mini Grimes assente, puxando a azulada para si e saindo rapidamente.
Enquanto são alcançados por Michonne, a de olhos azuis acaba ficando um pouco atrás por estar confusa pelo modo apressado do garoto, mas logo percebe o porquê.
— Não precisava ter vindo — ele diz para Michonne, que estava ao seu lado.
— Eu disse pro seu pai que ia vir, então eu vim.
— Hm — bufa — Tá, ta bom.
A morena logo atrás dele revira os olhos e cruza os braços.
Ela sabia o que significava a pressa dele, e agora, sabia que a implicância dele com Michonne havia triplicado após ela decidir vir com ambos.
Um errante se aproximava, e Michonne anda mais a frente para lidar com ele, o que dá tempo para azulada se aproximar do garoto.
— Que droga é essa? — ela sussurra no ouvido dele.
— Eu sei! Ela não deveria ter vindo — diz sussurrando.
— Eu não to falando disso! To falando de você, idiota!
— An?
— Você tá implicando com ela, acha que eu sou cega? — ela para na frente dele — Olha aqui, nanico Grimes cowboy e projeto de sherif, se você acha que eu vou compactuar com sua implicância irracional com uma mulher que só tá tentando ajudar você tá enganado — ela se vira na direção oposta, andando mais rápido para alcançar a mulher — Muito errado!
— O que? Kenny!
Confuso e irritado, ele bufa e vira na direção oposta, decidido a ir sozinho até a tal loja de berços.
Michonne, que acabava de cortar a cabeça do errante, se vira para Kenny que estava atrás dela, e não enxerga o garoto.
Com uma expressão de dúvida, ela o procura com o olhar e logo enxerga o garoto correndo.
— Essa teimosia é ensinada de família? — ela pergunta irônica enquanto corre até ele.
— De família? Eu e ele não somos da mesma família — a morena brinca a alcançando — Mas digamos que é o que ensinam pra gente.
— Bom, eu alcanço ele — a de dreads diz puxando o garoto para si — Aí, porque fez isso?
— Eu quero fazer isso sozinho — diz de forma grosseira, ignorando a menina logo atrás de Michonne.
A mulher bufa.
— Você acabou de passar da loja dos bebês — diz apontando para loja logo ao seu lado.
— Eu tô indo pegar algo pra Judith antes, tá bom? — diz voltando a tomar a rédea da direção.
As duas moças atrás dele voltam a segui-lo, mas mantendo certa distância.
Obrigada pelos 4K!!!
(Obs, estou aqui horas mais tarde de escrever esse agradecimento pra dizer que o Karma é real... Eu fiz alguma droga aqui e as visualizações sumiram, então finjam que ainda somos 4K)