ᴏʜ, ᴘᴇʀᴅᴏᴀɴᴅᴏ ϙᴜᴇᴍ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴇ́
ᴘᴇʟᴏ ϙᴜᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴛᴇᴍ ᴀ ɢᴀɴʜᴀʀ
sᴏ́ sᴀɪʙᴀ ϙᴜᴇ sᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂ sᴇ ᴇsᴄᴏɴᴅᴇʀ
ɴᴀ̃ᴏ ᴠᴀɪ ᴇᴍʙᴏʀᴀ
ϙᴜᴀɴᴅᴏ ᴠᴏᴄᴇ̂ sᴀɪʀ ᴅᴀ ᴄᴀᴍᴀ
ɴᴀ̃ᴏ ᴛᴇʀᴍɪɴᴇ ᴘʀᴇsᴏ
ʜᴏʀʀᴏʀɪᴢᴀᴅᴏ ᴄᴏᴍ ᴄᴀᴅᴀ ᴘᴇᴅʀᴀ
ɴᴏ ᴘᴀʟᴄᴏ
ᴍɪɴʜᴀ ᴘᴇϙᴜᴇɴᴀ ɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀs ᴛʀᴇᴠᴀs
━━━━━━━ ⸙ ━━━━━━━
𝐎𝐬 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐮𝐫𝐨𝐬 𝐧𝐚̃𝐨 𝐨𝐬 𝐚𝐭𝐨𝐫𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐦𝐚𝐢𝐬.
A ideia de morrer para os errantes, muito menos.
Caminhando pelas bifurcações, eles chegam até a grande porta, e conseguem ver a luz do dia.
As mãos de Kenny ainda escorriam sangue, juntamente da faca que ela segurava. Maggie carregava o bebê, e Carl, estava logo atrás de sua amiga, segurando sua blusa e tentando se coordenar junto a ela.
Aliss é a primeira que os observa, e pronuncia um palavrão quando vê a situação. Os que estavam do lado de fora, se viram ao ouvir o bebê pronunciar um som.
E um desses, era Rick.
O de olhos azuis se aproximava dos três. Negando o inevitável com a cabeça enquanto esperava uma confirmação de Maggie.
— Onde… — ele põe a mão na cabeça — Onde ela está? Onde ela está?
Maggie não conseguia dizer nada, ela apenas negava com a cabeça, enquanto mais lágrimas escorriam pelo seu rosto. Não queria acreditar que aquilo era real, ninguém queria.
— Não… — ele anda até Carl — Não… não, não, não… — começa a perambular, inquieto — Mão pode ser… Não pode ser…
O pequeno Grimes concentrava sua atenção no chão. Enquanto Kenny, olhava para as próprias mãos, e fungava algumas vezes. Glenn anda até a garota, e a puxa para perto de Maggie, e as abraça ao mesmo tempo, permitindo que ambas chorassem em seu ombro.
— Eu sinto muito… — Maggie pigarreia enquanto chora — Eu…
— … — Kenny não consegue dizer nada.
O abraço do garoto as reconfortava. Conseguiam se sentir seguras, pelo menos por um mínimo momento, quando estavam ao lado dele. E isso não vem de hoje, é claro.
Estavam juntos nessa a muito tempo. E de certa forma, Kenny foi a "cupido" da relação. Quanto a Rick, o líder acaba caindo no chão, onde se permite realmente debulhar-se em lágrimas.
A morena, que agora estava com os olhos avermelhados, se solta do abraço, se permitindo respirar fundo.
Eliot e Riggs consideram a possibilidade de ir, mas eles precisavam deixá-la pensar por si só. Mesmo que eles não estivessem muito diferente dela, e chorassem também.
Porém eles precisavam fazer isso. Precisavam deixá-la ter seu próprio tempo, reorganizar seus pensamentos sozinha.
Mas isso não a impedia de chorar. Afinal, todos choravam. Haviam tido perdas hoje, muitas perdas.
Não só Lori, como T-dog e Carol também foram “mortos“. Mas nada, nada se compara com a perda de uma mãe.
៚
Maggie entrega a bebê para Carl, e fica abraçada a Glenn.
— Deixe me ver o bebê — Hershel pede, vendo Carl carregando o bebê até ele logo em seguida.
— O que nós vamos fazer? — Daryl questiona — Nós não temos comida de bebê por aqui, tem algo que ele pode comer sem ser leite?
— Hm — Hershel olha a bebê mais de perto — Ela parece saudável, mas ainda sim precisa se alimentar o quanto antes — o velhinho olha para os amigos — Caso contrário, acho que ela não vai sobreviver.
— Não, isso de jeito nenhum — Daryl põe a besta em suas costas — Ninguém mais vai morrer aqui, eu vou atrás disso.
— Eu te ajudo — Kenny diz se levantando, e ironicamente, Maggie diz o mesmo ao mesmo tempo.
— Kenny, não — Maggie protesta.
— Você sabe que eu vou — avisa — Vocês deixando ou não.
— Nesse caso, eu também vou — Glenn anuncia.
— Certo, está bem — Daryl afirma, se afastando do grupo.
Kenny observa Rick se afastar de todos, levando um machado consigo.
Por um momento ela o seguiria, mas ela sabia o que ele estava sentindo.
— Temos que ir agora! — Daryl diz, ansioso — Já vai escurecer, temos que ir!
Os três passam a correr junto de Daryl até a saída, parando em frente ao grande portão, logo ao lado dos carros e da moto.
— Tem um supermercado na avenida 85, pelo que eu me lembre — Glenn sugere — Podemos passar lá.
— Já limparam a sessão de bebês desse mercado — Maggie diz — Lori havia me pedido para conferir, mas eu não dei sorte.
— Será que não tem algum lugar que não tenha sido pilhado? — Daryl especula.
— Eu me lembro de ver placas de um Shopping Center não muito longe daqui — Kenny sugere.
— Devem ter muitos destroços — Maggie diz — Um carro não passaria.
— Eu levo um de vocês nesse caso — Daryl fala.
— Eu vou — Maggie diz decidida.
— Que? — Kenny questiona.
— Não, Maggie… — Glenn anda até ela — Depois de tudo que vocês fizeram… Pode deixar, eu vou.
— Eu quero ir… eu preciso ir… pela Lori!
— Tudo bem — o de cabelos pretos se aproxima dela — Eu te amo, se cuida, okay?
— Tá bem — ela dá um beijo nele antes de subir na moto de Daryl, e partir com ele.
Kenny olha para situação indignada.
— Você vai mesmo deixar ela ir sem nem fazer nada pra impedir?! — Kenny cruza os braços olhando para ele.
— Eu não podia impedir ela — ele fala.
— Droga! — ela chuta uma pedra — Eu precisava ir! Que saco!
— E porque essa vontade repentina de sair? — questiona, pondo as mãos na cintura.
— Eu não consigo ficar aqui… Não perto do bebê… — ela olha o grupo de longe — E além disso! Eu queria ajudar? — cruza os braços bufando.
— Isso é sobre você não conseguir lidar com a morte?
— Que? Claro que não! — pigarreia de modo evasivo, deixando sua jaqueta cair no chão — Por que tá todo mundo tirando o dia pra bancar o psicólogo falando disso?!
— Isso não é algo que você tente esconder, Kenny — ele põe a mão na cintura, rindo da reação da garota.
— Fala sério! — bufa — Você não tá falando coisa com coisa!
— Olha, Kenny, ninguém te diz isso mas… — ele se ajoelha em frente a ela — Todos aqui acham que você precisa aprender a seguir em frente. E atualmente, é como se... Você realemmte precisasse, o quanto antes, sabe?
— Que? Não! — ela dá três passos para trás — E desde quando os outros se importam? Eles tem suas próprias vidas.
— Nós somos uma família, e nos preocupamos com todo grupo — afirma.
— Anm…
— Eu não sei o que você pensa ao certo… Mas se quiser a verdade, todos se importam sim ou… — ele pensa em Aliss — Todos que importam se preocupam sim com você.
— Eu não gosto de pensar sobre isso — ela põe a mão na cabeça, apenas tentando desviar do assunto.
— O que é isso? — ele anda até ela, interessado em algo que viu.
— O que?
— Isso — ele segura o pulso da garota, levantando-o — Kenny… O que...
— …! — ela puxa seu pulso de volta para si, e puxa Glenn pela camisa até a parte de trás do carro — Não é nada, okay?! — diz enquanto olha para os lados — Eu só...
— Kenny, quem fez isso com você?!
— An? Ninguém!
— Então foi você?!
— Que? Não! — a garota veste sua jaqueta rápido, bagunçando seu cabelo no processo — Olha, eu me machuquei a alguns meses e isso foi a cicatriz, só isso.
— Eu sei reconhecer o seu rosto da mentira — ele ergue as sobrancelhas.
— Não sabe não! — ela bufa, enquanto dá palminhas na própria testa, tentando pensar em uma forma de fazer Glenn pensar em outra coisa — Glenn, eu só preciso ficar longe de todo mundo, okay? Longe do bebê, longe de Carl, Rick… Eu preciso de um tempo... — ela põe a mão na própria cabeça — E por favor… Não conte isso para Maggie… okay?
— … — ele não concorda com o método da garota de lidar com o luto, mas aceita— ...Você pode dormir na guarita onde eu e Maggie estamos, até… bom, você se sentir melhor... — o menino se agaixa, pondo uma das mãos no ombro dela, e a outra nas bochechas — Apenas se lembre que… se esconder não vai fazer o sentimento sumir… Não vai fazer as coisas melhorarem… Você só está acumulando a dor e isso; — ele aponta para o pulso dela — É a prova disso.
— … — A garota olha para baixo, decepcionada consigo mesma.
— Venha, você vai me ajudar hoje — o mais velho informa antes de colocar a garota em suas costas, e correr com ela até o gramado.
៚
Kenny gostava da companhia de Glenn. Mesmo quando isso se tratava de cavar uma cova.
Ela o enxergava como irmão mais velho. E ele retribuia do mesmo sentimento. Só que dessa vez, como uma irmã mais nova.
O Rhee sabia lidar com garotas, afinal, ele tinha cerca de duas irmãs antes do apocalipse, e morava com sua mãe.
No entanto, conseguir construir um vínculo tão forte quanto um laço de sangue em meio a dadas circunstâncias é algo que surpreendeu o menino. E de certa forma, apaziguou seu coração.
Ele se preocupava com ela. Demais.
Achava revoltante o meio em que a garota foi colocada desde pequena, separada dos pais, tendo uma mãe como a Aliss. E quando Kenny o contou toda história, ele se segurou piamente para não dizer umas boas verdades para loira.
Era incrível como os dois conseguiam ser extremamente iguais e ao mesmo tempo, bem diferentes.
Eram o pilar um do outro. E sempre estavam lá um pro outro. Guardavam segredos que mais ninguém sabia, e sempre fofocavam coisas entre si.
A morena amava ver ele sorrir, se divertir, dirigir feito um bêbado, e ser ele mesmo. Amava da mesma forma que amava assistir os filmes de cachorro que passavam na Tv.
Ver o garoto se apaixonar foi mais gratificante ainda. Maggie era a luz de Glenn, e ele, a dela.
— Cavar covas é um saco… — a azulada reclama.
— É o preço que se paga por não querer ver a própria irmã — ele zomba.
— Nem vem — ela bufa, mudando sua atenção em Axel e Oscar, que se aproximavam — Eles não são os dois prisioneiros que restaram?
— Sim — O menino finca sua pá no chão — Rick os deixou ficar.
— Que bobagem — reclama cruzando os braços.
— Eai — o asiático se aproxima dos dois — Como anda o perímetro?
— Conseguimos expulsar os errantes que estavam na parte leste — o loiro bigodudo informa, apontando na direção dita — Vocês precisam de ajuda? — pergunta enquanto olha a pá de Glenn.
O de cabelos pretos apenas olha para eles, e depois volta a fazer seu trabalho.
— Seus amigos… — o loiro puxa assunto — Eles eram pessoas boas.
— Nós não éramos só amigos — Glenn diz — Éramos uma família.
— Acredito que só tive um amigo assim em toda minha vida — Axel fala — Vocês dois tem um grupo todo… — Kenny o olha com uma cara mau humorada — Sinto muito por suas perdas.
— Não queremos a pena de ninguém... — a garota resmunga enquanto ajuda Glenn a cavar a cova.
Glenn, que conseguiu ouvir as letras miúdas, faz um sinal de não com a cabeça, e quando olha para cima, vê Hershel por trás de uma das cercas.
— Se vocês ainda quiserem ajudar… — anda até os dois prisioneiros — Precisamos de duas covas — diz dando a pá a eles, e saindo em direção a Hershel em seguida. Kenny, sem demora, vai atrás deles.
Andando até o velhinho, a morena consegue enxerga-lo por cima das muletas.
— Vocês já acharam o Rick? — questiona o coreano — Eu acho que vou buscar ele.
— Não é uma boa ideia — a Anderson diz enquanto faz um som de "Tch Tch" com a boca.
— Ele precisa de nós — Glenn afirma, confiante.
Ambos olham para trás, e enxergam os dois amigos cavando as covas solicitadas.
— Perdemos três em um dia…
— Tudo por causa de um cretino — Hershel pigarreia.
A morena o olha rápido, com medo de ele saber de algo, e em seguida, olha para Glenn, que estranhava o olhar dela.
— Algo me dizia para matar todos os prisioneiros… — o Rhee resmunga.
— Talvez estivesse certo — O velinho afirma — No entanto, acho que o Axel e o Oscar são pessoas boas.
— No começo de tudo… Quando as evacuações começaram… — Glenn suspira — O T-dog foi de vãn na casa de cada idoso que ele conhecia… Só no caso deles precisarem de carona…
— Ele era caladão — Kenny diz — Mas eu gostava dele — sorri fraco — Ele era do bem...
— Ele não era só do bem — Glenn põe a mão na cabeça dela — Ele era o melhor...
— Ele foi mordido fechando o portão — Hershel diz — Se não fosse por ele, poderíamos estar todos mortos… — olha para baixo — Sua morte foi nobre, do jeito que ele gostaria que fosse.
Os três ficam em silêncio por um momento.
Haviam baixas, brechas, e desentendimentos em todo tipo de grupo.
Mas nesse, eles realmente se sentiam como uma família, como um todo. E perder um deles, fazia muita diferença.
— Hershel… — o mais novo chama a atenção do senhor — Você pode ficar com a Kenny? Eu vou procurar por Rick.
— Porque? Eu posso ficar sozinha — a mais nova reclama cruzando os braços.
— Só por precaução — ele sorri antes de ir.
Bufando, a Anderson se vira para Hershel, que ria do rosto dela.
— Ah, qual é!
៚
A morena estava sentada nos degraus da pequena escada que dava acesso aos quartos.
Mesmo Glenn tendo dito para que a menina se mantivesse ao lado de Hershel, ela o ignorou, e despistou o idoso.
Ela girava seu aro de facas em mãos, entediada como sempre.
Suas faquinhas eram sua marca registrada. Ela as adorava, mais do que qualquer coisa. Eram práticas, pequenas, fáceis de carregar e fatais. O pacote completo para a matança de Kenny!
Saber usar essas armas eram apenas frutos das aulas de Shane, no começo de tudo. E a morena, de certa forma, agradecia por isso.
Seus pensamentos estavam solitários, até que alguém chega para interromper.
— Kennedy — Aliss diz, parando em sua frente.
— Hm? — a garota pergunta, desinteressada.
— Eu sei que você não quer falar comigo e-
— É, tem razão, eu não quero.
— Olha, não pense que eu queira falar com você — a mais velha diz ríspida — No entanto, eu vim aqui para dizer que sinto muito.
— Sente muito por o que? — a garota se levanta, encarando a mulher de igual pra igual, já que estava mais alta devido ao degraus — Aposto que você está feliz porque mais uma pessoa que se importava comigo morreu, como todas as outras!
— Eu diria que me dói ouvir voz dizer isso, mas eu não me importo — dá de ombros — Mas, se serve de consolo, eu e Lori costumávamos ser amigas então… Eu sentirei falta dela.
— Igual você sente falta do Shane?! Ah, me desculpe! Eu esqueci, ele morreu!
Depois de dizer a última frase, a garota caminha a passos pesados para direção oposta da mulher, mais especificamente região onde ficava o "lixo" da prisão.
Uma sensação de desconforto apontava sempre que Aliss se aproximava da menina. Outra sensação, era de desconfiança. Não conseguia acreditar em nem duas palavras que saiam da boca da mulher. Muito menos se convencer de que ela poderia realmente ser considerada a mãe dela.
Apenas a presença de Aliss fazia a garota estremecer de raiva.
Não se importava em dizer coisas que a entristeçam, pois já havia se convencido que aquela mulher não sentia absolutamente nada.
Era isso que a irritava. Ver Aliss fingir que se importa, finge que sente pena, fingir ter empatia, quando na verdade, ela não sente nada.
Então, se a mulher estava sendo "boazinha" era porque tinha alguma segunda intenção em mente.
Chutando as latinhas velhas de comida em sua frente, a garota se joga em uma pilha de papelões.
Sacando uma faca, ela começa a rabiscar coisas no papelão.
Coisas como “Vá se ferrar, Aliss Anderson!” ou “Sua bruxa fedida!”
Era sua forma de descontar a raiva em algo que não fosse humano.
No entanto, ela sente como se algo a observasse por trás. Como se perfurasse seu pescoço, insistindo em deixar bem claro que ela estava sendo vigiada.
Se virando de supetão, a menina se depara com Riggs.
— Que susto, Riggs! — a menina reclama, voltando a se sentar no papelão, e amaciando as próprias temporas.
— Que susto?! Você que me deu um susto! — ele para em frente a ela, colocando as mãos na cintura — Você sumiu! Simplesmente sumiu! E quando eu perguntei por Hershel, sabe o que ele me disse? — o garoto tira um pano de prato do ombro, batendo na cabeça da garota para chamar a atenção a mesma — Ele disse que você fugiu dele!
— Eu… — ela põe a mão na cabeça, aliviando a dor do atrito entre o pano e sua cabeça — Só queria ficar aqui fora, é proibido uma garota ter privacidade agora?
— No seu caso, se privacidade quer dizer sumir sem avisar pra ninguém, sim, é proibido — o garoto bufa, puxando as mãos da garota e a erguendo do chão — Você tá parecendo o Glenn quando tá de ressaca — revira os olhos, colocando o braço da garota em volta de seu ombro — Vem, você tem que tirar essa blusa ensopada de sangue.
— Eu não quero entrar…
— Não existe bluetooth via blusa, Kenny.
— Você pode trazer pra mim aqui fora? — pergunta.
— Pra você se trocar na frente dos errantes? Sem essa.
— Não, Riggs — a menina solta ele, parando em sua frente — Eu realmente não quero entrar. Por favor…
— Anm… — ele pensa um pouco — Isso é por causa da Aliss? Eu vi ela por perto, e, olha — ele põe a mão na cintura — Se ela fez algo, pode me dizer, que eu vou me resolver com aquela baranga!
— An? Não! — a garota ri das palavras do menino — Ela só me estressou como sempre e… — põe a mão nas bochechas — Eu não quero entrar por que… não quero, simples.
— Isso é por causa da Lori?
— Que droga, Riggs! — a menina pisa forte no chão, passando a andar em direção ao portão principal, onde os carros iam e vinham — Você não precisa bancar o CSI nem nada, só traz minha blusa, está bem?
— Tsc — bufa — Certo, tanto faz — revira os olhos indo em direção ao bloco de celas.
E mais uma vez, Kenny sai vitoriosa.
៚
— Eles voltaram! — a morena, que estava junto de Riggs, apoiada em um carro, escuta Glenn gritar, e acaba batendo a cabeça vidro do carro.
Saindo rápido do lugar, ela enxerga Daryl e Maggie voltando de moto, isso, já ao anoitecer.
Axel e Oscar, liberam o caminho para eles, abrindo e fechando o portão, enquanto Glenn, mata os errantes próximos.
De imediato, todos ali correm até o bloco de celas, se deparando com Beth, Hershel, Carl, Eliot e o bebê.
Maggie coloca as coisas do bebê na mesa, e junto de Beth, começa a procurar algo.
Daryl vai até o bebê, o pegando no colo e o avaliando.
— Onde você tava? — Eliot sussurra para Kenny, a bilsicasno.
— Ai! — bufa — Eu e o Riggs estavamos atirando pedras em uns errantes, só isso — dá de ombros.
— Eu sou cardiaco, sabia? — ele dramatiza — Vocês dois ficam sumindo pir aí sem avisar, e eu fico aqui todo preocupado.
— Tanto faz — ela olha para Beth, que sorria para o menino — Você tem alguém aqui para te distanciar da preocupação.
— Kenny — Maggie a chama — Poderia levar isso? — entrega a mamadeira.
— Uh...okay….
A garota pega, e depois, caminha até Daryl, e o entrega a mamadeira.
O Dixon, da forma mais cuidadosa possível, permite que o bebê "ataque" a fazenda de leite.
— Eai, já pensou em um nome? — ele pergunta sorridente, com a bebê no colo.
— Ainda não mas… — Carl pensa — Estavamos pensando em Sophia… Carol também é bem legal… Ou talvez Amy, Andrea, Jacqui… — ele olha para Riggs — Talvez Joe… — suspira — Ou Lori… Eu não sei.
— Ela é bravinha — Daryl ri do bebê em seu colo, que só faltava engolir a mamadeira por inteiro.
— Ela tem como ser brava? Desse tamanho? — Eliot questiona se aproximando do bebê com as sobrancelhas franzidas.
— Lógico que tem, tonto! — Riggs adverte, fazendo os do recinto soltarem algumas risadas — É só olhar pro Carl!
Mesmo dizendo para Glenn que não queria estar perto do bebê, ou nada daquilo, a morena estava lá. Pelo menos, para garantir que o bebê estava vivo, e que não precisava dela. E também, para pegar sua mochila, e leva-la para guarita.
E tendo a confirmação de que sua irmã estava bem, ela sai.