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By _Marvells

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𝑻𝑯𝑰𝑺 𝑰𝑺 𝑰𝑡𝑭𝑰𝑡𝑰𝑻𝒀
π‘ƒπ‘…π‘‚πΏπ‘‚πΊπ‘ˆπΈ
THE AVENGERS INITIATIVE
GODS, SOLDIER, PHILANTHROP AND HUMAN.
ASGARDIAN GOD
OMITTING IS DIFFERENT FROM LYING
THAT'S JUST THE BEGINNING, MISS. STARK
THERE WAS AN IDEA ...
AVENGERS!
THIS IS MY JOB, SOMETIMES I HAVE TO LIE
WILL HE BE OK ...?
I KISSED YOU
SOME TERRIBLE REVEALS
ZOLA ALGORITHM
THE WINTER SOLDIER
DON'T MAKE ME APOLOGIZE, KATHERINE
HELLO, DARLING
UNTIL THE END, I WILL BE HERE
YOU WOKE UP, KATIE!
THE LOKI SCEPTER
IS THAT PART OF YOUR SHOW?
WORTHY
HOW DO YOU EXPECT THAT?
MENTAL CONTROL
PLAN-B
CERTAIN THINGS NEVER CHANGE
SOKOVIA WILL TAKE A RIDE - part 1
SOKOVIA WILL TAKE A RIDE - part 2
WELCOME TO GERMANY
PROJECT B-101
THE NEW AVENGERS
AND YOU COME WITH ME ...
THE SOKOVIA ACCORDS
UNITED NATIONS IN FLAME!
CONGRATULATIONS, YOU ARE A CRIMINAL.
SOME THINGS DURIVELY RETRIEVED
THE QUEENS 'BOY
CIVIL WAR
MISSION REPORT, DECEMBER 16, 1991.
AND THE PATHS SEPARATE ...
I THINK WE HAVE A PLAN.
THE GREAT COMMUNICATION
THE EARTH IS CLOSED!
ALL YOU NEED TO DO IS CALL
I CANNOT SAY THIS IS MY FAVORITE PART
YOU HAVE MY RESPECT, STARK.
NEW HELP DOESN'T EVIL.
WE LOST FRIENDS, FAMILY, A PART OF US.
THIS IS NOT THE BACK TO THE FUTURE
YOU NEED TO TRUST ME
THE INFINITY STONES
BACK TO THE BATTLE OF NEW YORK
I LOST MY FRIEND
UNDER A BLACK SKY
THE PORTALS OPEN AT LAST
AVENGERS...ASSEMBLE!
I LOVE YOU 3000
SOME TIME LATER
EVERYWHERE I GO, I SEE HIS FACE.
WE HAVE A MYSTERY
YOUR FAMILY IS NOT COMPLETE
I THINK WE HAVE A MARRIAGE
WHAT I AM?
I FEEL I CAN DO MORE
HOW IS THE WORLD WITHOUT AVENGERS
CATASTROPHES CONSEQUENCES
I NEED YOUR HELP, OR I'M GOING TO GO CRAZY
YOU WERE MY BIGGEST DISAPPOINTMENT
I LOVE YOU WITH EVERYTHING I HAVE
A GIFT AT THE RIGHT TIME
THE TIME OF TRIAL HAS ARRIVED
WHAT TO EXPECT WHAT YOU ARE ALREADY WAITING FOR
DID YOU BET ON THAT?
WE HAVE A PROBLEM: I DON'T MAKE THE SMALLEST IDEA OF WHAT TO DO
LET'S RISK?
I WILL NEVER SEE IT AGAIN
ANTHONY STARK-ROGERS
TELEPATHY AND TELECINESIS
THE GREAT PROBLEM OF THE NEW WORLD ORDER
TRIPLE ALLIANCE
LEGACIES LEFT ARE THE MOST DIFFICULT TO CONTINUE
WHEN THE ENEMY BECOMES ALLY
WHAT'S GOOD, BECOMES GREAT. WHAT IS BAD, BECOME WORSE
THE FUTURE OF A LEGACY
MADAME HYDRA
CAPTAIN AMERICA
THE HISTORY OF THE GHOST TOWN
LIGHT, CAMERA, ACTION!
I WOULD DO THE SAME
ON THE OTHER SIDE OF THE BARRIER
THE SCARLET WITCH IS BORN
EVIDENCE IS NOT ENOUGH
ARE YOU TELLING ME THERE IS A MULTIVERSE?
IS THIS YOUR PLAN?
WHAT A WORST TIME TO CELEBRATE THE ANNIVERSARY
DAMN ELECTRICITY
TENTACLES AND THE RELATED
SINISTER SIX
THE ADVANTAGES OF BEING A STARK INCLUDE MAKING CERTAIN DIFFICULT DECISIONS
KATHERINE VS VALENTINA
EVERY STARK NEEDS A CAPTAIN AMERICA
AGRADECIMENTOS E LIVRO 2

SPECIAL CHAPTER - 2005 MEMORIES

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By _Marvells


Bom, meus amores, esse capítulo foi um surto da minha cabecinha perturbada. Eu queria escrever algo com a Katherine jovem, antes da SHIELD e como ela chegou lá. Ou seja, temos Tony Stark nesse capítulo em flashback. Talvez fiquem com um pouquinho de raiva de mim em certo ponto, mas vai ser rápido.

Eu vou pagar a terapia de vocês e a minha. Mas continuem me amando.🤭

Bom, aproveitem.❤

◇ Capítulo 76 ◇

◇◇ CAPÍTULO ESPECIAL — LEMBRANÇAS DE  2005 ◇◇

POV AUTORA.

Agosto, 2005.
Malibu, Califórnia.

A jovem de cabelos escuros, coberta por um grosso edredom, manteve sua cabeça inteiramente abafada. Os leves roncos de sua boca mal poderiam ser ouvidos por quem quer que seja, seu peito subindo e descendo enquanto sonhos tranquilos ocupavam seus pensamentos.

Katherine Stark nunca esteve em um sono tão bom e leve como aquele, as cortinas fechadas e o clima ameno eram perfeitos ao ver da garota.

Malibu era naturalmente quente durante o mês de agosto, mas isso não chegava ao quarto da jovem Stark. O ar condicionado ligado no máximo enquanto se mantinha imóvel abaixo do edredom. Era um péssimo hábito que adquiriu ainda criança, não podendo dormir em altas temperadas sem um grosso protetor por cima de seu corpo, mesmo com as temperaturas elevadas do lado de fora.

Katherine se remexeu brevemente, virando–se para o lado da grande janela com uma belíssima vista privilegiada da praia. Mas nem assim, a mesma despertou. Continuando com os olhos cerrados.

A escrivaninha no outro extremo do cômodo estava repleto de coisas, anotações, livros, cadernos e o computador ligado na página da Technische Universität München – Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. Katie havia dormido tarde na noite anterior, passando horas e mais horas acordada com a ansiedade do dia seguinte que veria.

Bom–dia, srta. Stark — iniciou a voz de JARVIS ecoando por todo quarto. As luzes se acenderam, as cortinas se abriram e Katie resmungou algo incoerente antes de se encolher ainda mais na cama — São sete da manhã. Em Malibu, 32°C. O tempo está nublado, o mar está em boas condições para a prática do surf. A maré alta será às dez e cinquenta e dois.

— JARVIS, por favor, fique quieto — resmungou a jovem.

Peço desculpas, Srta. Stark, mas tenho ordens para acordá–lá. Um comando direto do seu pai.

— Meu comando anula o dele. Então, minha ordem seguinte é você fechar as cortinas e me deixar dormir.

Não será possível dessa vez. Seu vôo sairá em duas horas e a Srta. Potts quer que você esteja no aeroporto em uma hora — disse o IA. 

— Ah, diga a Srta. Potts que o avião é do meu pai e por isso acho que tenho o privilégio de sair a hora que eu quiser.

Com isso, Katherine se agarrou à um ursinho de pelúcia que havia solto sobre a cama. Preparada para voltar à dormir quando o som alto de uma música do AC/DC, Back In Black, tocando de forma estrondosa pelo quarto. A morena sentou na cama. As mãos postas de cada lado de sua cabeça em uma tentativa de abafar os sons.

— Tudo bem, amigo, recado entendido! — gritou ela — Avise ao seu chefe para abaixar a música!

Segundos depois e o silêncio preencheu o ambiente. Katherine gemeu, jogando a cabeça de volta no travesseiro, cedendo. Ela podia imaginar o sorriso arrogante que seu pai possuía nesse exato segundo.

A mansão Stark em Malinu talvez fosse uma das coisas mais bonitas e exuberantes que Tony Stark adquiriu. Além da vista belíssima que tinha, o ambiente em si era perfeito com nada ao redor da casa. Era de fato o lugar para alguém com a vida de Tony Stark, o herdeiro de Howard tinha a fama elevada ao máximo e trazia aglomeração de pessoas aonde quer que ele fosse.

Há quem diga que Katie era o oposto de seu pai. Enquanto Tony era fã de holofotes voltados à ele, a garota preferia os bastidores. Onde assistia seu pai se divertir com todas as maravilhosas conquistas, obviamente que ela comparecia a alguns eventos mas nada que pudesse trazer todas as atenções para si mesma.

— Bom–dia, Katie — cumprimentou Pepper com um sorriso convidativo.

— Bom–dia, Pep — Katherine tentou sorrir de volta mas o rostinho sonolento entregava o quanto cansada a jovem estava.

— Suas coisas já estão arrumadas? — perguntou a assistente.

— Dois meses atrás, lembra? Você mandou que eu fizesse isso, deixasse tudo pronto com antecedência — respondeu Katie.

A mesa do café da manhã diante dela era farta com todo o tipo de opção. Katherine alcançou uma taça com um misto de frutas.

— Você e o seu pai tem uma péssima mania de deixar as coisas para a última hora — comentou Pepper com os olhos focados na sua agenda — Não foi de tão ruim deixar tudo pronto, certo? 

— É exagero dizer que você está certa 100% das vezes? — Katie inclinou a cabeça com um sorrisinho.

— Se eu discordar, perco o emprego.

A reposta de Pepper provocou uma risada na garota, a naturalidade com a qual convivia com a assistente de seu pai era admirável. Afinal, a moça não conhecera sua mãe e a única figura materna que tinha era sua avó que morreu quando a mesma estava com quase dois anos de idade. O que agora fora substituído pela presença constante de Pepper em sua vida.

— Que eufemismo da minha parte dizer que não sentirei saudades dessa risada pela manhã.

A voz de Tony Stark foi ouvida as costas da garota, Katie espiou por cima do ombro e viu a figura de seu pai subindo as escadas que levavam ao subsolo de sua garagem.

— Você que recomendou que eu fizesse a faculdade na Alemanha — Katie replicou.

— Estou arrependido, posso voltar atrás? — a dramatização de Tony ao seu lado a fez revirar os olhos.— Pelo seu humor matinal, deve ter gostando da minha atualização na playlist.

— Não poderia ter me mostrado essa atualização de uma forma normal? — perguntou ela.

— E qual seria a graça, bombom? — Tony sorriu presunçoso e ocupou seu lugar na mesa.

— Não me chame assim, papai — lamentou a jovem com um biquinho formado nos lábios.

— Sinto muito, querida, vou continuar chamando você dessa forma. — Tony disse.

— Ele ficará insuportável quando você sair — comentou Pepper.

— Constatação equivocada, srta. Potts — O bilionário arqueou a sobrancelha, como se estivesse desafiando–a.

Pepper, no entanto, somente deu uma risadinha antes de voltar à prestar atenção nas anotações que fazia em sua agenda.

— Está muito animado hoje, pai — observou Katie — Qual foi a festa beneficente dessa vez?

— Victoria's Secret — respondeu Tony.

— Catálogo novo? 

— Sensacional, querida.

— É melhor você tomar seu café rápido, vamos chegar cedo no aeroporto e você, Tony, terá alguns minutos para se despedirem — avisou a assistente.

— Tem conhecimento, Pepper, que o avião é meu, certo? Kat poderia ir a hora que quisesse.— Tony disse.

— Tenho pleno conhecimento, Sr. Stark — Pepper zombou — Mas você não tem tempo, há uma reunião em uma hora com os acionistas e Obadiah praticamente está implorando para que você compareça a pelo menos essa.

— Isso é chato. Muito chato — Stark jogou sua cabeça para trás, revirando os olhos de forma dramática.

— A empresa é sua, pai — Katie falou.

—Sua também — replicou Tony.

— Me inclua fora dessa.

A conversa seguiria a partir dali se não fosse pela presença ofegante de Happy. O motorista e chefe da segurança apoiou as mãos nos joelhos, inclinando o corpo para frente enquanto recuperava o fôlego perdido na corrida.

— Rhodes mandou diversas mensagens perguntando onde a Katherine está — Happy disse.

— Acho melhor você trocar sua roupa, Katie — disse Pepper.

Katherine olhou para si mesma, uma camiseta com a logo do Capitão América e um short preto.

— Podia usar uma roupinha melhor — Tony sugeriu.

— Você pode não gostar, mas eu sou fã — Katherine levantou e depositou um beijo na bochecha de seu pai.

— Primeiro meu pai e agora ela. Onde foi que eu errei? — lamentou o Stark, vendo a menor subir escada a cima.

— Com ela? Não errou em parte alguma — Pepper murmurou, distraidamente.

— É, ela foi o meu melhor acerto — Tony sorriu levemente quando se virava para Pepper em busca de saber seu itinerário do dia.

◇◇◇

Até meses atrás a ideia de estudar na Alemanha era uma vontade enorme que Katherine possuía. Agora parecia uma vontade tão distante, ao olhar as malas prontas sendo colocadas no bagageiro do avião, ela se viu pensando em inventar uma desculpa e não ir. Era um desejo forte de dar meia volta e retornar para casa, mas também pensou ser muito egoísmo de sua parte renegar uma oportunidade tão brilhante como aquela.

Tony e Rhodes conversavam enquanto a menina continuava encostada no carro, olhando para a pista do aeroporto disponível para eles. Ela passou o caminho todo quieta, pensativa demais.

Não era como se ela não estivesse feliz, obviamente que estava, mas não era a felicidade que esperava estar em um dia importante como aquele, o qual um passo a mais em sua vida seria dado em poucas horas.

Katherine não achava que queria ir embora, um lado seu, talvez o mais sensato, gritava para que ela entrasse naquele avião. Já o outro, o que controlava suas emoções, lhe dizia para ficar com seu pai e apontava motivos para isso.

— Tudo bem, KitKat? 

Ela ergueu os olhos. Tony parado, usando óculos de sol, logo à sua frente.

— Estou apenas pensando —  respondeu a garota com um balançar de ombros.

— Tem certeza? Se tiver alguma dúvida, podemos entrar nesse carro e sair daqui — sugeriu ele — Happy e Rhodey não vão nos alcançar.

— Tentador, pai — Katie riu, pigarreando antes de assumir uma expressão mais séria — Eu ficaria brava comigo mesma se não fosse.

— Eu sei — sussurrou Tony. Lançou um olhar para o avião antes de voltar para a filha — Você vai ficar bem lá? 

— Não tem porque não ficar, terá pessoas da minha idade e com os mesmos desejos que eu. Vou ficar bem.

Tony assentiu, parecendo um pouco hesitante em acreditar nas palavras da garota. Katie estava distante demais para o seu gosto.

— Poderíamos ter pensado em outras coisas para você fazer, não precisava ser Engenharia Mecânica. — disse o moreno.

— Foi minha escolha, sempre gostei dessa área — Katie sorriu. — Além do mais, quem vai ajudar você nas invenções?

— Muito bem pensado, bombom.

— Katie! Temos que ir! — gritou Rhodes.

Ela suspirou. Indireitando a postura, a decisão final tomada e não poderia voltar atrás agora. 

— Mas você vai ficar bem sem mim? — perguntou Katie. 

— Vou sobreviver — Tony passou os braços envolta dos ombros dela, puxando–a para um abraço. — Mas se não conseguir passar a noite, não tem problema nenhum em me ligar.  Mando o Happy te buscar na mesma hora.

— Eu tenho dezesseis anos, pai, mas não sou criança — disse ela, com a voz abafada pela camisa branca que o mesmo usava.

— Eu sou seu pai, se digo que você é uma criança. Então não discuta.

— Tony, você pode soltá–lá? — Rhodes tornou a gritar, dessa vez mais impaciente.

— Eu te amo — sussurrou ele.

— Também te amo — Katie murmurou de volta, algo nela tentava se recusar a sair daquela posição.

No entanto, a impaciência de Rhodes chegou até ela. Se afastando de Tony, Katie subiu as escadas até a porta do avião. Deu uma olhada para trás e abanou em sua direção.

Ir para longe de casa não era a parte pior. A ideia de ficar longe de Tony era de longe o que menos gostou disso tudo.

— Você está bem, Baby Stark? — questionou Rhodes logo que já estavam acomodados em suas devidas poltronas.

— Perfeitamente bem — Katie disse.

— Se precisar de alguma coisa, vou passar alguns dias na Alemanha — Rhodes sorriu reconfortante. — É só me ligar.

— Obrigada, tio Rhodey.

Quando o avião decolou, Katie já podia soltar um suspiro mais aliviado. A pressão que seu peito fazia antes de chegar ao aeroporto simplesmente desapareceu. Katherine olhou para o coronel na poltrona ao lado, notando o mesmo distraído em uma conversa com o general da Força Aérea. Ela retirou o computador de dentro da sua mochila. Ainda indecisa, Katie parou alguns minutos com os dedos no teclado, a logo da SHIELD refletia em seu olhar.

O assunto relacionado a SHIELD nunca foi totalmente mencionado com clareza em casa, Tony não o mencionava e Katie não se atrevia a perguntar. Restou às pesquisas na internet que fazia quase todas as noites, procurar coisas nos arquivos que seu pai mantinha sobre Howard era habitual.

O interesse maior da garota, mesmo que mantivesse isso o mais silencioso possível.

Respirou fundo, fechando o notebook e o deixando sobre a mesa na sua frente. 8 horas de viagem, sem escala. Alcançou uma revista em quadrinhos do Capitão América, o qual encontrou enquanto mexia nas coisas de seu avô. Houve um sorriso quando abriu a HQ em sua primeira página, podia ouvir um comentário desaprovador de seu pai. 

— Tony sabe que você roubou esse quadrinho das coisas do seu avô? — Rhodes perguntou, rindo em seguida ao perceber que sua voz havia assustado a jovem.

— Roubo é uma palavra muito forte, eu diria que peguei para mim — ressaltou a garota — Tenho certeza que se ele encontrasse isso, provavelmente usaria para fazer uma fogueira.

— Bom, você tem um ponto. Seu segredo está guardado comigo. 

Rhodes estendeu seu dedo mindinho, levando a garota a rir com o gesto infantil vindo de um Coronel da Força Aérea. Katie imitou–lhe, firmando o acordo.

◇◇◇

Final de Outubro, 2005. 
2 meses depois.
Munique, Alemanha.

Katherine sentou em uma das mesas vazias que encontrou no térreo, esperando pela próxima aula. De onde estava, tinha a vista privilegiada dos colegas que desciam de tobogã ao invés de usarem as escadas. Era divertido e bem inusitado na visão da garota, claro que não deixou de experimentar a experiência que tinha em trocar as escada por algo mais rápido e prático como todos os alunos e professores faziam diariamente.

Por mais incrível que fosse, a garota se acostumou rapidamente a vida que levava na Alemanha, sendo em alguns pontos totalmente diferente do que tinha na Califórnia. Convivia com alguns colegas em uma república exclusiva para os alunos da Universidade. Tinha um bom convívio com as meninas com quem dividia o quarto, poucas sabiam seu sobrenome. Katie optou por usar o nome de solteira de sua avó, era mais certo que assim as atenções não se voltariam à ela por carregar o nome Stark.

— Perdão, posso me sentar aqui? 

Katie desviou a atenção do livro, erguendo o olhar para ver um garoto de cabelos pretos e olhos azuis parado à sua frente. O mesmo carregando uma pilha de livros debaixo do braço e a mochila pendurado no ombro. De fato, muito bonito.

— Claro — concordou, voltando para sua leitura — Você não fala alemão? 

— Ah, é que eu vi o broche da bandeira americana na sua jaqueta. Deduzi que você fosse dos Estados Unidos — disse o rapaz corado.

— Bem observado — Katie murmurou. — Eu nunca vi você por aqui antes.

— É que eu faço arquitetura, prédio diferente — sinalizou o garoto, apontando para os prédios. — Aliás, Eric Gardner.

O moreno estendeu a mão. Katie o olhou antes de apertá–lá.

— Katherine Carbonell.

— Provavelmente nós nunca nos vimos antes, mas você é bem familiar — comentou Eric.

— Bem, eu devo ter um rosto comum — Katie zombou.

Internamente rindo com a observação do rapaz.

Fez–se silêncio. Katherine retomou sua leitura de onde parou, quase se esquecendo da presença à sua frente. 

Eric tinha os olhos na garota, crescendo nele a vontade de saber mais sobre a americana em meios à tantos alemães. O broche da bandeira americana ficava bem ao lado de um símbolo: um círculo azul e vermelho com uma estrela no centro.

— Capitão América — Eric disse para si mesmo.

A voz do garoto chegou aos ouvidos de Katherine que baixou o olhar para ao objeto afixado em sua roupa.

—Ele é um nome muito recorrente na minha vida, meu avô o conheceu na época da Segunda Guerra Mundial. — Katie disse nostálgica — Eu nunca o conheci, por motivos óbvios, mas sinto como se ele fizesse parte da minha história por causa do meu avô. Sinto grande admiração pela coragem que Steve Rogers teve.

— Isso é interessante — Eric disse admirado — Definitivamente não sou tão fã como você, mas conheço a história do Capitão América e posso dizer que concordo com o que diz.

— Meu pai não gosta muito dele, meu avô contava muitas histórias daquela época e isso o irrita até hoje. Mas eu sempre me interessei por cada detalhe que existe sobre o Steve.

— O jeito que você fala dele…— Eric observou, as sobrancelhas unidas e a cabeça inclinada — Tem certeza que nunca o viu pessoalmente?

Katherine riu da brincadeira, mas ainda sim podia ter a certeza que suas bochechas estavam mais vermelhas que o normal. E nos seus olhos tinha um brilho nítido para qualquer um.

— É que eu sou grande entendedora da Segunda Guerra Mundial e não tem como não pensar nessa época e não se lembrar do Capitão América. — Katie justificou.

— Tudo bem, eu entendo. Não precisa se explicar — o moreno riu — Olha, eu sei que pode parecer bem abuso da minha parte mas você aceita me contar as histórias que seu avô contava? 

— Você está me chamando para um encontro? — indagou a garota de imediato.

— Sim, se você não estiver ocupada ou com algum trabalho para entregar.

Ela parou. Pensou e repensou durante alguns segundos, o tempo de silêncio talvez tenha assustado Eric que se preparava para falar quando a mesma o interrompeu.

— Não estou ocupada e não tenho nenhum trabalho. Hoje à noite soa bem.

◇◇◇

O clima gélido da Alemanha naquela época do ano era ameno, 12°C sendo a temperatura máxima durante a noite e atingindo até 16°C pela manhã e tarde. Katherine não era fã número um dessa estação do ano, mas tinha que admitir que a paisagem alemã no inverno era realmente muito atrativa até para os seus gostos. 

Sua animação com o encontro era grande. Mas na sua percepção não seria mais do que novos amigos decididos à terem um momento para se conhecerem melhor. Katie não tinha intenção nenhuma, vontade alguma de ter um namorado. Não achava que fosse altamente necessário por agora. E Tony mataria qualquer pretende que surgisse. 

Ela parou na frente de uma cafeteria aberta 24hrs, onde foi combinado com Eric. Katie espiou pela janela e o viu sentado à uma mesa defronte para a televisão ligada. Ao fazer menção de empurrar a porta e entrar, uma voz grossa às suas costas interrompeu–a.

— Katherine Carbonell ou devo dizer…Katherine Stark?

Um homem alto, negro com um tapaolho cobrindo o olho direito. Katie sentiu–se inmitidade pelo impotência que irradiava dele, mas não se abalou por muito tempo. A sensação de que já o conhecesse era grande, ainda só não entendia o porque.

— Desculpe, mas eu não sei quem você é — ela disse, dando um passo para trás.

— Nick Fury, diretor da SHIELD — apresentou–se, com a expressão neutra — Mas você deveria saber já que invadiu nossos servidores.

Os olhos da Stark se arregalaram instantaneamente. O rosto impalideceu por alguns segundos antes da cor rosada voltar às suas maçãs do rosto. 

— Ficamos bem impressionados — continuou Fury — Uma criança de dezesseis anos invadindo a rede da maior organização de segurança do mundo? Não é sempre que nos deparamos com isso.

— Oh, perdão se seus firewall não puderam impedir que uma criança de dezesseis anos invadisse seu sistema de segurança. — Katherine zombou. — Talvez devessem reforçar, isso pode acontecer novamente.

Com isso, a garota se virou pronta para entrar na cafeteria quando fora impedida pela segunda vez.

— Mas o que não entendo é por qual razão se mostrou tão interessada na SHIELD — Fury falou casualmente — Então lembrei da sua família, tendo Howard Stark como fundador da organização talvez tenha sido uma boa iinfluência. 

— Curiosidade, OK? É comum para pessoas da minha idade.

— De fato — concordou o homem — Curiosidade com outras coisas não com uma agência extragovernamental.

— O que você quer, hein? Tem que ter algum motivo e espero que seja convincente para estar ocupando o meu tempo — Katherine se virou, cruzando os braços.

— E tem. Você possui muito potencial, vontade e um desejo reprimido como qualquer um antes de entrar para a SHIELD — disse Fury — É inteligente o suficiente para saber que a razão pela qual estou aqui é você.

Katie respirou fundo. Olhou para dentro da cafeteria, sentindo–se um pouco mal pela decisão que tomaria a partir daquele segundo.

— Tudo bem, vamos conversar — ela cedeu, relaxando os ombros.

— E o seu encontro? 

— Ele iria me achar irritante de qualquer maneira.

Katherine o conduziu até a praça da cidade, havia uma movimentação grande naquele horário apesar de ser próximo das nove horas.

Eles sentaram em um banco mais afastado, apenas olhando para as pessoas.

— Que tipo de potencial para a SHIELD você acha que eu tenho? 

— Todos — respondeu Fury. — E fora isso, está no seu sangue. Seu avô começou, seu pai…

— Meu pai pulou fora — ela completou com uma risada.

— Mas você não precisa e vejo que você não quer.

— Quantas coisas vou ter que deixar para entrar na SHIELD? — perguntou Katie.

— Muitas, depende do que você ama.

— Ele surtaria completamente — Katie passou as mãos no cabelo, retirando a touca que usava.— Não posso chegar para ele e contar que a ideia de entrar para a SHIELD passa pela minha cabeça diariamente. Meu pai não me impede de fazer as coisas mas até eu considero esse trabalho perigoso.

— É, você está certa quanto ao perigo. — Fury disse.

— Meu pai é a minha família, meu melhor amigo e a pessoa que eu mais amo no mundo — Katie murmurou.

A resposta final estava na ponta de sua língua.

— Eu sei que ele me faria várias perguntas sobre isso, sei que enlouqueceria com o fato de eu lutar contra terroristas ou coisa pior…

— Não precisa contar à ele, é a melhor forma de protegê–lo de certas informações.

Tony era tudo o que Katie tinha, desde a morte de seus avós que ela via a versão de uma família feliz apenas com ele. Sempre fora os dois, sem segredos, conhecendo um ao outro perfeitamente bem.

Agora a chance de entrar para a SHIELD estava bem na sua frente, algo que certamente não aconteceria novamente. 

— Precisamos de alguém como você, então o que me diz? 

— Eu aceito.

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