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By _Marvells

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THE AVENGERS INITIATIVE
GODS, SOLDIER, PHILANTHROP AND HUMAN.
ASGARDIAN GOD
OMITTING IS DIFFERENT FROM LYING
THAT'S JUST THE BEGINNING, MISS. STARK
THERE WAS AN IDEA ...
AVENGERS!
THIS IS MY JOB, SOMETIMES I HAVE TO LIE
WILL HE BE OK ...?
I KISSED YOU
SOME TERRIBLE REVEALS
ZOLA ALGORITHM
THE WINTER SOLDIER
DON'T MAKE ME APOLOGIZE, KATHERINE
HELLO, DARLING
UNTIL THE END, I WILL BE HERE
YOU WOKE UP, KATIE!
THE LOKI SCEPTER
IS THAT PART OF YOUR SHOW?
WORTHY
HOW DO YOU EXPECT THAT?
MENTAL CONTROL
PLAN-B
CERTAIN THINGS NEVER CHANGE
SOKOVIA WILL TAKE A RIDE - part 1
SOKOVIA WILL TAKE A RIDE - part 2
WELCOME TO GERMANY
PROJECT B-101
THE NEW AVENGERS
AND YOU COME WITH ME ...
THE SOKOVIA ACCORDS
UNITED NATIONS IN FLAME!
CONGRATULATIONS, YOU ARE A CRIMINAL.
SOME THINGS DURIVELY RETRIEVED
THE QUEENS 'BOY
CIVIL WAR
MISSION REPORT, DECEMBER 16, 1991.
AND THE PATHS SEPARATE ...
I THINK WE HAVE A PLAN.
THE GREAT COMMUNICATION
THE EARTH IS CLOSED!
ALL YOU NEED TO DO IS CALL
I CANNOT SAY THIS IS MY FAVORITE PART
YOU HAVE MY RESPECT, STARK.
NEW HELP DOESN'T EVIL.
WE LOST FRIENDS, FAMILY, A PART OF US.
THIS IS NOT THE BACK TO THE FUTURE
YOU NEED TO TRUST ME
THE INFINITY STONES
BACK TO THE BATTLE OF NEW YORK
I LOST MY FRIEND
UNDER A BLACK SKY
THE PORTALS OPEN AT LAST
AVENGERS...ASSEMBLE!
I LOVE YOU 3000
SOME TIME LATER
EVERYWHERE I GO, I SEE HIS FACE.
WE HAVE A MYSTERY
YOUR FAMILY IS NOT COMPLETE
I THINK WE HAVE A MARRIAGE
WHAT I AM?
I FEEL I CAN DO MORE
HOW IS THE WORLD WITHOUT AVENGERS
CATASTROPHES CONSEQUENCES
I NEED YOUR HELP, OR I'M GOING TO GO CRAZY
YOU WERE MY BIGGEST DISAPPOINTMENT
I LOVE YOU WITH EVERYTHING I HAVE
A GIFT AT THE RIGHT TIME
WHAT TO EXPECT WHAT YOU ARE ALREADY WAITING FOR
DID YOU BET ON THAT?
WE HAVE A PROBLEM: I DON'T MAKE THE SMALLEST IDEA OF WHAT TO DO
LET'S RISK?
I WILL NEVER SEE IT AGAIN
ANTHONY STARK-ROGERS
SPECIAL CHAPTER - 2005 MEMORIES
TELEPATHY AND TELECINESIS
THE GREAT PROBLEM OF THE NEW WORLD ORDER
TRIPLE ALLIANCE
LEGACIES LEFT ARE THE MOST DIFFICULT TO CONTINUE
WHEN THE ENEMY BECOMES ALLY
WHAT'S GOOD, BECOMES GREAT. WHAT IS BAD, BECOME WORSE
THE FUTURE OF A LEGACY
MADAME HYDRA
CAPTAIN AMERICA
THE HISTORY OF THE GHOST TOWN
LIGHT, CAMERA, ACTION!
I WOULD DO THE SAME
ON THE OTHER SIDE OF THE BARRIER
THE SCARLET WITCH IS BORN
EVIDENCE IS NOT ENOUGH
ARE YOU TELLING ME THERE IS A MULTIVERSE?
IS THIS YOUR PLAN?
WHAT A WORST TIME TO CELEBRATE THE ANNIVERSARY
DAMN ELECTRICITY
TENTACLES AND THE RELATED
SINISTER SIX
THE ADVANTAGES OF BEING A STARK INCLUDE MAKING CERTAIN DIFFICULT DECISIONS
KATHERINE VS VALENTINA
EVERY STARK NEEDS A CAPTAIN AMERICA
AGRADECIMENTOS E LIVRO 2

THE TIME OF TRIAL HAS ARRIVED

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By _Marvells


Antes que vocês possam brigar comigo por ficar esses dias sem postar nada, eu tenho a explicação: Eu tive um grande problema para escrever esse capítulo, um dos maiores bloqueios criativos que já tive, precisei parar e pensar no que escrever, foi muito difícil. Não sei se ficou bom no fim, não era exatamente o que eu queria. Espero que me perdoem e me digam se gostaram.


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◇ Capítulo 69 ◇

◇◇ CHEGOU A HORA DO JULGAMENTO ◇◇

P.O.V AUTORA

Se ela pudesse explodir as coisas ao seu redor, com toda certeza seria feito em um piscar de olhos. Katherine sentia uma raiva crescente dentro de si, algo que falava mais alto que qualquer outra parte coerente de sua mente. Zemo foi responsável por um dos piores momentos de sua vida e agora estava de volta e ela tinha uma breve noção que não seria nada amigável dado ao pequeno presentinho deixado por ele, como se não fosse suficiente sua preocupação com Peter e o constante medo de Elena aprontar alguma, agora surgiu Barão Zemo novamente e junto dele vinha as lembranças de Sokovia.

O silêncio na sua sala de estar não era dos melhores. Steve e Sam estavam sentandos no sofá com os olhos voltados para o chão e Bucky encarava sua mão de mental com certa insistência. Katie podia imaginar as diversas situações que passavam pela cabeça do soldado e nenhuma era boa. Claro que o plano principal era manter Bucky o mais longe possível de Zemo, mas como fazer isso se eles nem ao menos sabem onde o Barão poderia estar?

Ele sumiu e desapareceu quase que no mesmo instante.

— Andar de um lado para o outro não vai ajudar — disse Sam.

— Ficar em silêncio também não vai — Katie retrucou.

Katie não conseguia parar quieta em algum lugar, sentia a necessidade de se mover. Andar de um lado para o outro poderia ser muito irritante mas ao menos ajudava a mulher à não pirar de vez o que aconteceria se ela não tivesse uma boa solução para os seus problemas o mais breve possível. E com base nos acontecimentos, tinha muita dúvida disso.

— Por que não me entregam para ele? Resolveremos uma boa parte do problema — disse Bucky, cortando o silêncio que havia voltado a se instaurar entre eles.

— Buck...

— James, se você for abrir sua boca para dar uma ideia absurda dessas, é melhor que fique calado — disse Katherine, interrompendo o marido que a olhou surpreso — Acharemos outra solução que não envolva algum de nós se arriscando.

— Kat está certa, vamos pensar em alguma coisa — Steve disse.

— Alguém tem alguma sugestão? — Sam indagou, olhando entre os três amigos.

Eles se olharam brevemente como se estivessem esperando o primeiro a falar.

— Ótimo, somos completamente inúteis.— resmungou o Falcão.

— Faz duas semanas do ataque, certo? E se foi um evento isolado? Zemo pode ter feito isso para dizer que voltou e agora em diante não fará mais nada — Steve opinou.

— Não, não acredito nisso — Katie balançou a cabeça, discordando — Steve, ele estava determinado a nos separar e conseguiu. O que custa continuar de onde parou?

— Tentar nos separar de novo? Esse cara não tem outra coisa para fazer? — Sam zombou.

— Sam, ele perdeu a família em Sokovia — disse a morena pacientemente — Enquanto os Vingadores comemoravam, ele lamentava a morte do filho e da mulher. Por mais que eu deteste dizer isso, esse cara tem todo o direito do mundo de nos odiar.

— O que sabemos sobre Zemo? — perguntou Bucky.

— Bom... — Katherine sentou no sofá, levando a mão pelo rosto — Eu sei que ele comandou o EKO Scorpion e também serviu as Forças Armadas de Sokovia, nasceu em 1978 na capital de Sokovia, Novi Grad…não sei muita coisa além disso e isso é o básico.

— Podemos encontrar alguma coisa sobre ele não internet — sugeriu Steve.

— Duvido muito — Katie suspirou, alcançando seu notebook na mesinha de centro — Não tem uma única informação dele em lugar algum, nenhuma rede social sequer ou menção em jornais na época da destruição de Sokovia.

— Que filho da mãe — murmurou Bucky.

— Encontrar esse cara vai ser impossível — acrescentou  a vingadora.

— Vamos esperar que nos encontre, então — Steve disse, por fim. 

— Não sei vocês, mas não estou muito afim de ser encontrado por ele — Sam contrariou.

Katherine afundou ainda mais no sofá, repleta de todos os tipos de pensamentos que poderiam ser bons e ruins ao mesmo tempo. Ela escutava a voz de seu marido e amigos muito distante, como se eles nem estivesse bem ao lado dela.

Deveria estar concentrada o máximo possível no julgamento que se aproximava, mas agora com o ressurgimento de Zemo tudo parecia ainda mais distante de uma resolução. Não podia se dar ao luxo de pensar em uma única coisa sem que uma segunda pudesse atrapalhar, nessas circunstâncias ela se via sem nenhuma solução que pudesse resolver, o acúmulo de problemas era mais que uma pessoa normal pudesse carregar.

— Sam, por que você não vai lá embaixo comprar uma pizza, hein? Tem uma excelente pizzaria bem aqui do lado — sugeriu Steve, vendo o olhar parado de sua mulher encarando a televisão desligada. — Acho que vai ser nosso jantar.

— Beleza, o sabor de sempre… — perguntou Sam, se espreguiçando ao levantar. — Vem, Dory.

— O que? — Bucky o olhou sem entender.

—  Comprar pizza, homem-biônico — disse o outro como se estivesse prestes a bater no amigo.

— Vai você, eu não...— Barnes parou, olhando entre o casal — Ah, certo…entendi.

—  Vamos então, deixo você escolher um docinho de sobremesa — Sam brincou enquanto empurrava o mesmo até a porta.

— Não sou criança — Bucky rebateu.

— Tenho minhas dúvidas.

— Steve, diga a ele que eu não sou criança!

—Os dois são, agora saiam — Steve revirou os olhos.

— Viu, ele brigou com você — Sam disse infantilmente.

— Não, foi com você — retorquiu Bucky.

Aos poucos as vozes deles iam sumindo pelo corredor. Foi uma surpresa para os três quando Katie não se moveu para repreendê-los como naturalmente ela fazia durante as discussões dos dois homens, deixando a cena engraçada ao se tornar uma breve comparação dela se estivesse repreendendo seus dois filhos bagunceiros.

— Eles já foram — disse Steve em voz baixa — Quer me dizer o que está pensando?

— Eu diria se estivesse pensando em somente uma coisa — Katie sorriu sem humor para o marido.

— Temos bastante tempo considerando o fato de que a pizza demora para ficar pronta e aqueles dois vão discutir durante o caminho todo, o que fará eles se atrasarem.

— Minha cabeça está cheia, Steve. Elena, o governo, a caçada contra os heróis, a Lei do Registro, o julgamento e agora o Zemo — Katherine jogou a cabeça para trás, exausta — É muita coisa e não sei se consigo levar isso sem explodir.

— Você não vai explodir, Kat — Steve falou, odiando ver o olhar de derrota que a morena tinha explícito em seus olhos castanhos — Já vi você superando coisas piores e nenhum eu vi você desistir mesmo que a situação fosse a pior.

— Dessas outras vezes os problemas não eram jogados no meu colo como se eu fosse capaz de resolver tudo, Steve, eu não posso.

Ele não sabia o que dizer referente isso, nunca a tinha visto tão perdida como agora. Tão magoada e exausta, nem durante os cincos anos Katherine estava tão cansada fisicamente ou quando aceitou a perda de metade do universo de uma única vez.

— Isso vai acabar logo — Steve sussurrou, beijando sua têmpora enquanto ela descansava a cabeça em seu ombro — Vamos poder viver nossa vida sem problemas.

— Difícil isso quando moramos em um planetinha que tem um alvo pintado para futuras ameaças que possam nos importunar — disse ela.

— Não pense nisso agora — aconselhou, puxando seu corpo para cima do seu ao deitar no sofá.

— Obrigada por ser um marido fofo — Katie sorriu, inclinando um pouco a cabeça para cima e tendo uma excelente visão dos olhos olhos azuis.

— Eu dei um soco no Hittle, querida, eu não sou fofo — Steve resmungou, corado.

— Suas bochechinhas vermelhas dizem outra coisa. — murmurou Katie com uma risadinha vendo tamanho constrangimento do marido.

Por mais que ela gostasse desses momentos, nunca parecia durar ou ser o suficiente. Tinha medo que o apartamento explodisse novamente ou que uma invasão alienígena surgisse aleatoriamente e do nada, qualquer momento Katherine esperava que alguma coisa fosse acontecer, parecia tão acostumada a isso.

Alguns minutos de silêncio e calmaria nos braços de Steve era tudo o que Katherine precisava…

— Chegamos! — anunciou Sam, prorrompendo-se pela porta.

Katie suspirou e olhou para os dois amigos felizes com uma caixa de pizza nas mãos de um e uma garrafa de vinho nas mãos do outro.

— Quer trocar a fechadura? — cochichou.

— Ideia tentadora — respondeu Steve.

◇◇◇

Peter não parava de falar durante o caminho todo até Hell's Kitchen. Dava para perceber nitidamente o nervosismo do garoto e isso era facilmente visto na sua forma frenética de falar sem pausas. Katherine não se importava muito com isso, entendia que era a forma do menino extravasar mesmo que isso durasse trinta e oito minutos entre Brooklyn e Hell's Kitchen.

Mas diferente do garoto, Katie mantinha seu nervosismo discretamente. Já bastava Peter totalmente aflito com toda a situação e demonstrando isso com tanta clareza, não seria nenhum pouco aconselhável ter os dois agindo da mesma forma, apesar de estar na cara que ambos sentiam exatamente a mesma coisa: Os corações acelerados de uma maneira que as batidas pareciam estar em um só ritmo, as mãos suadas e expressões faciais de emoção tão perceptíveis que qualquer um que visse poderia afirmar com toda certeza o que dupla estava sentindo.

Katherine sabia que era exagerado, afinal era só um simples encontro com o advogado que se ofereceu para cuidar do caso envolvendo a morte do Mistério, mas o significado disso mostrava que o julgamento era em poucas horas e o que também significava um dos piores momentos que enfrentaria até então. Ser uma heroína e membro da primeira formação dos Vingadores lhe trazia julgamentos de várias pessoas, mas era ainda pior quando se tratava de uma heroína, membro dos Vingadores e acusada de assassinato. Tudo junto vinha com uma carga muito pesada que ela duvidava que poderia suportar por muito tempo.

— E se der errado, Kat?

— O que? — perguntou ela, sem entender.

— E se nos considerarem culpados na última sentença?

— Não vão — Katherine falou, apesar de seu tom trêmulo. — Estou levando tudo que encontramos que pode nos ajudar e o Sr. Murdock fará o possível para nos tirar dessa.

— Confia nele? — Peter indagou — Todos os outros desistiram.

— Por isso mesmo, não o chamamos, foi ele quem se voluntariou — disse Katie — Não é sempre que isso acontece.

— Você quer saber se ele é realmente o Demolidor — Peter disse, inclinando a cabeça para o lado.

— Sim, mas você também quer — retrucou a morena. — Sejamos francos, Peter, qual outra razão para ele nos ajudar se não for unicamente um herói?

— Talvez porque ele é um advogado? — o garoto arqueou a sobrancelha direita, recuando rapidamente com um olhar de repreensão da mais velha — Certo, certo, entendi. Mas ele já disse em rede nacional e que não é o Demolidor.

— É exatamente isso que estamos fazendo, não é? Tentando provar que você não é o Homem-Aranha?

— Kat, é diferente…

— A única coisa diferente é o fato de você estar sendo acusado de assassinato e ele não.

O restante do caminho fez-se silêncio. Contestar Katherine não estava nas intenções de Peter, principalmente quando ela parecia tão certa no que dizia.

Hell's Kitchen. Um bairro bem próximo à Broadway, que para os futuros artistas era apenas um passo para o sucesso almejado. Repleto de bares, restaurantes e com uma movimentação intensa durante a noite quando esses estabelecimentos ficavam abertos até tarde. É também um centro de cultura gay. Multidões pré e pós-teatro da Broadway, turistas da Times Square e trabalhadores de escritórios lotam os restaurantes, bares e pubs internacionais ao longo da 8ª e da 9ª avenida.

Katherine parou o carro em frente ao Westville Hells Kitchen, onde havia marcado se encontrar com Matt naquela tarde. Alcançou uma pasta no banco de trás antes de sair do veículo, Peter a acompanhou de perto, quase grudado na mulher. Arregalou os olhos quando entraram no lugar, de aparência chique, o restaurante Westville não era um ambiente muito usável para o tipo de assunto que teriam com o advogado.

— Isso é muito chique, Kat — murmurou Peter.

— Eu concordo, mas Matt falou que precisava ser aqui para não atrair atenção — Katie franziu o cenho.

— Você sabe quem é ele? — Peter perguntou, olhando em volta.

— Bem, sim. Vi uma foto dele.

No canto esquerdo, quase que escondido, estava um homem com óculos escuros e uma bengala branca sobre a mesa. Katie não demorou para ter a confirmação de que, de fato, era Matt Murdock.

— Vamos — Katie agarrou a mão de Peter e o arrastou até a mesa — Matt Murdock?

— Sim. Você deve ser Katherine Rogers? — Matt levantou, estendendo a mão em direção à moça antes de se virar para o garoto — Peter Parker…

— É…sou — confirmou Peter, parecendo um pouco perdido.

De início, houve um breve instante em que os três ficaram em silêncio. Katie esperou pacientemente até que Matt terminasse um pedaço de torta de maçã, ela começou a avaliar seus movimentos com atenção. Havia uma firmeza em cada movimento, uma precisão impressionante e firmeza. Sua pose e elegância displicente que vinha ao natural.

— Sabe, Sra. Rogers, apesar de ser cego eu ainda posso sentir quando alguém me encara — disse Matt, pegando a mulher de surpresa.

— Desculpe, não tive a intenção — murmurou Katie, sentindo suas bochechas corarem — Então, por que aceitou nos defender? Quer dizer...muitos advogados se negaram ou desistiram.

— Esse caso me intriga — respondeu o advogado. — Não é todo dia que alguém aparece querendo provar que não é um super-herói.

— Você é o Demolidor? — perguntou Peter.

Matt ergueu a cabeça, largando o garfo sobre a mesa com um estrepito baixo. Novamente houve um silêncio entre eles, Katie não achava que Peter fosse perguntar tão abertamente…

— Eu fui à impressa dizer que não sou, levei provas e...

— Dentro dessa pasta também tem provas que mostram que o Peter não é o Homem-Aranha — Katie empurrou o conteúdo na direção do advogado. — Olha, eu sei que não estamos aqui para isso e você tem todo o direito de não querer mais o caso, mas você também diz não por alguma razão e não precisa dizer o motivo. Eu conheço um herói quando vejo um.

Matt parecia ouvir com atenção tudo o que a mulher dizia.

— Eu nunca precisei esconder minha identidade. Meu pai, meu marido e alguns dos meus amigos também nunca precisaram. Mas posso imaginar as diversas razões que levam a você querer que seja assim.

— Sra. Rogers, eu acredito que não viemos aqui para discutir esse assunto — disse Matt parecendo desconfortável.

Katie sorriu. Ela não estava tentando fazê-lo confessar ser o Demolidor, não precisava apontar o óbvio.

◇◇◇

O tribunal estava banhado em um silêncio constrangedor. Ninguém falou nada quando Happy Hogan terminou seu testemunho, é claro que todos esperavam que ele fosse dizer tudo a favor de Katherine e Peter. O advogado que representava Mistério não aparentava estar contente com o rumo que tomava aquela audiência, principalmente quando todos pareciam dizer a mesma coisa.

Mas isso não trazia uma esperança à Katie, estava bem longe disso. Ainda não havia sido ouvida e tinha a breve impressão que não seria fácil, perguntas seriam feitas e com certeza o mínimo deslize seu poderia ser crucial no final e no secreto da sentença. Peter estava sentado ao seu lado, a perna direita balançando para cima para baixo e olhando fixamente para suas mãos como se fosse a coisa mais interessante que tinha para fazer.

Quando o nome de Katherine foi chamado, ela sentiu seu estômago revirar com uma volta completa. Ela precisava ser muito fria a partir de agora, qualquer coisa que sentisse em relação ao menino deveria ser deixado de lado por alguns minutos se não quisesse piorar a situação dele ou a sua. O advogado de acusação não iria facilitar, de forma alguma, apenas seu olhar sobre ela e a superioridade que ele transmitia era suficiente para Katie detestar até sua forma andar.

— Muito bem, Sra. Rogers — O advogado começou — De onde conhece o Sr. Parker?

— Ele foi estagiário do meu pai — respondeu Katie.

— Pode nos dizer sobre isso? — pediu ele

Katie suspirou, lançando um olhar rápido à Matt e o vendo cochichar com Peter.

— A Fundação Setembro foi criada para ajudar os jovens com futuros brilhantes, como o Peter — ela pausou, ajeitando-se na cadeira — Ele nos enviou um projeto, o qual foi aprovado junto à vários outros, mas o que ele nos mandou era o melhor que já havíamos visto até então.

— A senhora estava envolvida nesses projetos? — perguntou o homem.

— Tecnicamente não, mas quando meu pai me contou sobre o projeto do Peter eu resolvi ir conhecê-lo pessoalmente e, de fato, ele tinha razão.

— Enquanto ao Homem-Aranha, certamente o conhece, não é? — perguntou o advogado em tom acusatório.

— Bom, não parece óbvio? — retrucou ela com desdém —  Tony Stark o encontrou depois de ver um vídeo no YouTube, queria novos membros para completar o time dos Vingadores e para isso ele tinha inúmeros nomes guardados em seus arquivos, um deles era o Homem-Aranha.

— Então, é uma coincidência Tony Stark ter contratado o Sr. Parker como estagiário e chamado o Homem-Aranha para completar os Vingadores? — rebateu o advogado com uma risadinha.

— Por que não seria? — Katie cruzou os braços, sustentando o olhar zombeteiro do homem — Caso o senhor não tenha conhecimento, esse mundinho que estamos é muito maluco então esse tipo de pergunta sobre coincidência não faz mais sentido, concorda?

Ela podia sentir a raiva irradiando do advogado e tinha que admitir que estava se divertindo com isso.

— Então, você está admitindo saber quem é o Homem-Aranha? — indagou ele.

— Não, não admito — respondeu com um balançar de ombros — Já estivesse com o Homem-Aranha mas nunca o vi sem a máscara, muito menos meu pai. Queríamos um acréscimo na equipe e saber sua identidade não era algo necessário.

— Sra. Rogers, espera que eu acredite nisso? Estiveram várias vezes com o Homem-Aranha e nunca o viram sem a máscara?

— Talvez não tenha ficado muito claro para o senhor, precisávamos do herói e não da pessoa por trás da máscara. Não fazia diferença quem era ou quem deixava se ser, desde que nos ajudasse a salvar o mundo...

Katherine sabia que suas respostas eram duras em certos pontos mas também sabia que daquele jeito iria ajudar, independente da maneira como falava.

— Muito bem, Sra. Rogers — O advogado respirou fundo, tentando manter a calma — A senhora diz a todos que vocês não possuem participação na morte do Sr. Beck, quais são seus argumentos para isso?

— Mais simples do que parece — Katherine riu — Beck usava uma tecnologia das Indústrias Stark para produzir ilusões.

— Tecnologia? — ele repetiu, como se não acreditasse.

— Anos atrás, durante a apresentação sobre a Fundação Setembro, meu pai usou uma tecnologia batizada como BARF para recriar um memória antiga dele. Essa tecnologia foi inventada pelo Sr. Beck e devo admitir que meu pai cometeu um erro em não dar os créditos ao Beck. Então para se vingar disso, quando recuperou a BARF, Beck usou essa tecnologia para causar danos aonde queria. Criou os vilões, os Elementais, e também criou o próprio Mistério. O herói favorito de vocês não passa de uma ilusão.

Katie se surpreendia com o seu tom calmo ao falar. Ela sabia que estava pirando por dentro mas conseguia manter um controle admirável por fora.

— Você e o Homem-Aranha se uniram para enfrentá-lo, estou correto?

— Corretíssimo. Eu soube o que estava acontecendo em Londres e pensei que o Homem-Aranha estivesse precisando de ajuda.

— Então, vocês o mataram — concluiu o advogado, olhando com ar de vencedor para as pessoas que assistiam.

— Não foi isso que eu disse — Katherine falou — Foi unicamente um acidente, o Homem-Aranha não o matou, eu estava lá e eu vi tudo o que aconteceu. Já ouviu falar de manipulação de video? É tão simples, mas talvez para mentes pequenas não seja.

Ela estava puramente satisfeita. Feliz consigo mesmo por ver o quão bem havia ido, sem vacilar ou demonstrar qualquer outro sentimento que fosse.

Na saída, eles tentaram evitar a motivação grande de jornalistas esperando por alguma entrevista de Katie ou de Peter, o único que parecia contente em falar com eles era o próprio advogado de Quentin. Steve e Sam não deixaram o lado de Katie quando faziam o caminho até a porta de saída dos fundos do prédio, depois que acabou a primeira audiência parecia que o nervosismo dela só aumentou já que sabia que teria mais uma audiência pela frente e não se mostrava nenhum pouco aliviada.

Sentia-se enjoada, com seu estômago duro e dolorido enquanto Steve a conduzia para a saída. Tinha a impressão que fosse vomitar a qualquer momento naquele chão, ali mesmo.

— Sra. Rogers.

— Sr. Secretário — cumprimentou Katie sem muito entusiasmo. Sentiu a mão de Steve apertar a sua em sinal de conforto.

Ela odiava esses encontros com Ross.

— Vejo que suas respostas durante a audiência foram muito bem ensaiadas — comentou o secretário maldosamente.

— Acho que se ensaei ou não, não é algo que seja da sua conta — disse a mulher com veemência.

— Diga-me, como anda a vida de casada? Não pude comparecer à cerimônia, infelizmente — disse Ross.

— Anda muito bem, as mil maravilhas. E o senhor não compareceu ao casamento porque não mandamos um convite.

Sam e Peter que haviam parado logo atrás do casal, soltaram risadinhas contidas.

— Stark e seu humor admirável — Ross disse.

— Ross e sua presença indesejável — Katie retrucou.

— Capitão Rogers — secretário se voltou para o louro, com a mão estendida.

Steve olhou para a mão de Ross e em seguida mirou seus olhos. Ele era educado e não bobo, há uma grande diferença. Ross retraiu sua mão, um pouco constrangido.

— Se nos der licença, Sr. Secretário, temos coisas mais importantes para fazer do que ficar de conversa fiada com o senhor. — Katie sorriu.

Quando tornou a andar, arrastando Steve com ela, Katie sentiu uma onda muito forte de tontura dominar seu corpo. Antes que tivesse a chance de avisar ao marido, ela desmoronou no chão. Desmaiando.

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Baby Stark-Rogers se aproximando 😉

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