◇ Capítulo 68 ◇
◇◇ UM PRESENTE NA HORA CERTA◇◇
P.O.V. AUTORA
Fazia duas semanas que a Lei do Registro fora colocada em vigor. Agora os super-heróis deviam se registrar se quisessem seguir com o seu trabalho de proteger o mundo. Mais da maioria dos heróis estavam se recusando, alguns já foram presos e outros sumiram do mapa, simplesmente, ou vivendo o mais furtivamente possível. A SHIELD os caçava de todas as formas e por todos os lados, quase não deixando brecha para que os heróis possam fugir.
Katherine não gostava nenhum pouco disso tudo, enquanto ficou na casa de Pepper a mulher tentou ignorar as diversas notícias que saiam todos os dias em uma frequência assustadora. Ela via anúncios de super-heróis pequenos serem presos porque não concordaram com a Lei. Por enquanto ela tinha sorte que Peter não seria procurando, pelo menos até o governo provar que ele é o Homem-Aranha e se depender de Katherine isso não aconteceria nunca.
No entanto, ainda havia Sam e Scott na mira do governo, Bruce era pouco mencionado por simplesmente não terem muita certeza se ele continuava atuando como herói ou não. Clint está aposentado, fora de cogitação. A própria Katie não sabia se iriam querer seu registro ou não, desde Thanos que ela não agia mais em nome dos Vingadores e não havia nada sobre seus poderes em lugar algum, ninguém poderia obrigá-la à se registrar e Hill, por incrível que pareça, não abriu a boca para mencionar as mais novas habilidades de Katherine.
— Vocês têm certeza que querem mesmo voltar para o Brooklyn? — Pepper indagou, certa manhã quando o casal terminava o café da manhã. — A casa é grande para nós quatro e os meus futuros netos.
— Netos? Mãe! — Katie exclamou sob uma risada — De onde veio essa idéia?
— Ora, vocês estão casados e a ideia vem daí. Além do mais, Morgan está louca para ser tia — comentou Pepper casualmente.
— Morgan, querida, você quer ser tia? — Katherine perguntou à menina com os olhos colados na tela da televisão.
— Sim! Peter também — disse ela caminhando até a mesa e sentando no colo de Steve que estava mais próximo.
Katherine olhou para o marido, as bochechas do mesmo se encontravam coradas. Ela não pôde deixar de rir da situação constrangedora.
— Eu acho uma excelente ideia — Steve murmurou.
— Ótimo, então eu perdi por unanimidade já que até o Peter tem opinião nisso — Katherine fez um biquinho nos lábios, aceitando sua derrota — Vamos planejar, Sr. Rogers.
A música que tocava na abertura do desenho foi interrompida, as cabeças de ambos os três adultos se viraram simultaneamente para a televisão da sala. Katie soltou um suspiro quando se encaminhou até o cômodo ao lado, já era costume plantões dos jornais à qualquer hora do dia. A grande maioria das notícias se voltavam para os heróis que eram presos pelo governo, muitos, na verdade.
Katie não se sentia bem assistindo aquilo e ainda pior sabendo que a SHIELD participava indiretamente. Quando se negou a prender pessoas que se arriscavam suas vidas em prol de proteger outras, era errado e totalmente fora do que ela pensava e agora vendo isso aconteceu a sensação de impotência crescia diante de uma situação da qual não tinha controle.
— Você não precisa ficar vendo isso — disse Pepper, desligando o aparelho.
— Fica difícil quando está em todos os canais e passando toda hora — Katie falou.
— Não podemos fazer nada — disse Steve, caminhando até a sala com Morgan no colo.
— Quando eu disse que iria juntar os Vingadores novamente, eu tava me referindo a isso. A esse tipo de luta.
— Você quer lutar contra o governo? — Pepper arqueou a sobrancelha direita.
— Não seria a primeira vez que eu iria contra eles. Lembra? Dessa vez, talvez, podemos provar que os heróis podem fazer a diferença, que não precisam da Lei do Registro para atuar. — disse Katie com firmeza. — Posso reunir aqueles heróis que já estiveram do nosso lado e procurar aqueles que não querem se registrar…Por que vocês estão me olhando assim?
Katherine parou de falar quando percebeu a forma que seu marido e sua mãe a encaravam. Steve tinha um sorriso orgulho no rosto, da mesma forma que Pepper.
Ela sentiu suas bochechas corarem.
— Pessoal, parem com isso.
— Você nunca quis parar, não é? — Pepper juntou suas mãos na dela.
— Simplesmente não posso – Katie murmurou.
— Talvez você não tenha que parar — sua mãe sorriu, apertando suas mãos antes de soltá-las. — Seu pai também nunca quis.
—É um mal da família Stark, vem no DNA.
— As vezes, é irritante como vocês dois são parecidos — comentou a ruiva. — E já que você quer continuar com os Vingadores, tem algo no porão que pode ser útil.
Katherine não entendeu muito bem o que sua mãe queria dizer, mas mesmo assim a seguiu pela porta abaixo da escada. Steve deu um sorriso conhecedor e sentou-se no sofá com Morgan, se ele sabia de alguma coisa e não contaria.
— Mãe…
— Encontrei isso um mês atrás enquanto estava tentando limpar esse lugar — Pepper contou — Eu sabia que era algo para você, imaginei logo que bati o olho nisso.
Em sua mão havia uma pequena maleta prateada com a logo dos Vingadores em cima. Katherine aparentava estar mais confusa do que antes, visto que Pepper se retirou do porão sem dizer mais nada. Abriu a maleta e dentro havia um pen drive e um disco pequeno de computador com o seu nome escrito.
De fato, Pepper havia limpado e organizado o porão de modo que a maioria das coisas usadas por Tony para construir suas armaduras continuavam ali a vista da mulher. Alguns computadores ainda aparentavam serem novos, mesmo depois de cinco anos e tudo com tecnologia Stark. Katie pegou primeiro o pen drive e se encaminhou até um dos computadores, inserindo o objeto no dispositivo.
Ela não sabia muito bem o que fazer, simplesmente puxou uma cadeira e ficou esperando o vídeo que surgiu na tela carregar. E quando o fez, Katie rapidamente levou sua mão a boca, os olhos marejados e o coração como se fosse sair de seu peito, tamanha velocidade das batidas.
— Oi, bombom.
Tony Stark estava do outro lado da tela com o seu sorriso característico e olhos que pareciam encarar diretamente ela. Estava do mesmo jeito que Katherine poderia se lembrar desses cinco anos que moraram juntos após o estalo, o cabelo mais grisalho e aparência um pouquinho mais envelhecida.
— Não sei em que circunstâncias você está vendo esse vídeo, mas é provável que já tenha assistido a pequena e singela mensagem que deixei para você e para Morgan. Também é provável que eu já tenha feito o que deveria fazer, e espero que tenha repercutido…— Tony pausou, levando as mãos aos cabelos — Não faço a menor ideia de como o mundo está aí no futuro, pode estar melhor ou pode estar pior, realmente eu não sei. No entanto, eu tenho a certeza que você está lidando do melhor jeito possível, quer dizer, você é tão inteligente e sabe encontrar soluções quando precisa.
Naquela altura, Katie já não se importava com as lágrimas que manchavam seu rosto. Ouvir a voz e vê-lo depois de tantos meses era mágico e preencheu o peito dela com uma sensação gostosa de paz.
— Sabe, eu sinto muito orgulho de você. Muito mesmo — Tony continuou — Ao longo desses anos eu dei muito trabalho à você, e mesmo assim permaneceu do meu lado até mesmo quando eu estava errado, o que era uma raridade acontecer, não é mesmo, querida? A mulher que você se tornou, Kat, é exatamente o que eu queria que você fosse. Sejamos sinceros, bombom, você nunca precisou de mim sempre foi ao contrário, eu sempre precisei de você. Graças a Deus, ou a qualquer outra divindade, que você tenha puxado o lado melhor da família, talvez pela parte da sua avó…
A mulher sorriu. Era impossível não sorrir perante a visão de Tony, mesmo que seja do outro lado de uma tela de computador, era seu pai ali e tudo o que podia sentir era uma felicidade que não cabe no peito.
— Bom, no momento em que estamos agora, é quase duas horas da manhã…— Tony murmurou, consultando o relógio em seu pulso — Acabei de passar pelo seu quarto, bom, você está dormindo junto com o Capitão e felizmente os dois de roupas…enfim, eu gravei isso porque deixei algo para você, na verdade estou fazendo isso à meses e provavelmente nem irá precisar, mas caso precise…vai ser um jeito de estar do seu lado.
Katherine olhou para placa de computador, o pegando em mãos. Era muito semelhante às placas do JARVIS e da Sexta-Feira.
— Bom, acho que falei de mais. Quando encontrar isso e ver esse vídeo, quero que saiba que tudo o que já fiz e faço é por você e pela sua irmã. Então jamais se culpe por não ter conseguido me segurar, você fez isso muitas vezes mas agora deixe comigo, sei bem o que estou fazendo. Eu te amo mil milhões, bombom.
Quando o vídeo se encerrou, Katherine estava estática na cadeira com os olhos fixos na tela e incapaz de dizer qualquer coisa. Seu coração era muito rápido ao ponto de ser capaz de escutar os sons de seus batimentos.
Aquilo serviu como um empurrão em sua culpa, levando para longe a sensação que possuía ao acreditar que poderia ter impedido seu pai de estalar os dedos ou que pudesse tê-lo parado à tempo. Tony estava tão determinado, tão decidido e pronto para o que quer que seja que ele teria que fazer.
Katherine pegou a placa e a inseriu no computador, ativando os comandos. Seus dedos pararam sob as teclas e dessa vez sentiu como se seus batimentos tivessem parado, logo que uma voz eletrônica chegou aos seus ouvidos.
— Bom-dia, bombom — ressoou a voz de Tony.
— Uma Inteligência Artificial com a sua voz — Katie riu, secando rapidamente as lágrimas — Oi, papai.
◇◇◇
De jeito algum ela imaginou que teria uma Inteligência Artificial com a voz de Tony. Em sua cabeça Katie nunca mais poderia escutá-lo novamente e agora possuía uma chance ter a hora que quisesse uma boa e longa conversa com seu pai, era estranho não ter sua imagem mas, pelo menos, tinha sua voz e já estava de bom tamanho.
Fazia muito tempo desde a última vez que vestira sua armadura e com isso ficara sem falar com Jessie. Sexta-feira se tornara basicamente a segurança da casa de Pepper, então sobrara EDITH para Peter e agora Katie ganhara um novo IA e de longe o melhor que já tivera.
Ainda naquela tarde, Steve e Katie voltaram para o apartamento no Brooklyn, obviamente que a sala de estar do casal tinha mudanças bem nítidas como as pinturas nas paredes e a nova posição dos móveis, na percepção de Katie parecia ter ficado melhor do que antes. Segundo Steve, a explosão não afetara tanto o apartamento deles, ao contrário do apartamento vizinho que tivera que ser totalmente reformado.
O semblante de Katie havia tido uma notável mudança em sua fisionomia, após o presente que Pepper lhe deu.
Steve foi o primeiro a notar um sorriso mais constante e um brilho no olhar que lhe remetia a mulher que conhecera a doze anos atrás naquela academia ali mesmo no Brooklyn. Até mesmo Sam e Bucky notaram e ficaram mais do que felizes com a súbita alegria que emanava de sua amiga.
Obviamente que as preocupações dela ainda existiam mas foram brevemente ofuscadas.
— Querida, o que mais falta? — perguntou Steve enquanto empurrava um carrinho pelos corredores do supermercado.
— Ah, falta as ameixas do Bucky e os cereais do Sam – Katie murmurou, conferindo a pequena lista em mãos.
— Eu pego as ameixas — disse Steve.
— OK, então eu pego os cereais.
A morena deu um selinho no marido e pegou o caminho para o corredor oposto, olhando atentamente pelas prateleiras embusca das caixas de cereais que Sam não sabia viver sem. O casal normalmente escolhia a noite para fazer compras, um pouco antes do mercado fechar, no entanto eles fizeram diferente da rotina diária que estavam acostumados.
Katherine alcançou três caixas de cereais e os equilibrou em um braço enquanto conferia novamente a listinha de compras. Ficara aliviada de ver que não faltava mais nada além das ameixas que Steve já havia ido buscar. Katie nunca achou empolgante ir em mercados, talvez porque ela nunca tenha precisado até então, depois de casada ela formara uma nova rotina que incluía supermercados.
— Amor, Bucky come mais que isso? — Steve indagou segurando dois saquinhos plásticos repletos com as frutinhas roxas.
— Você conhece o seu amigo melhor do que eu, mas da última vez ele acabou com as ameixas em poucos dias — dizia ela ao colocar as caixas no carrinho, seu olhar foi rapidamnte atraído para uma embalagem com três tipos de mamadeiras com desenhos do Capitão América no plástico — Querido, alguém colocou essas mamadeiras por engano aqui.
— Oh, não, não foi por engano — Steve coçou sua nuca, as bochechas e as pontinhas de suas orelhas vermelhas o tornando incrivelmente adorável — Eu peguei, achei que aquela conversa de dar sobrinhos para a Morgan era sério…
— Mas é sério — Katherine disse com firmeza, sorrindo para as três mamadeiras de tamanhos diferentes — Achei muito fofinhas, podemos começar quando você quiser.
— Kat, estamos em público — murmurou o louro, constrangido.
— Steve, você esperou minha mãe e minha irmã saírem de casa para entrar no chuveiro comigo.
— Exatamente, meu bem, eu esperei ficarmos a sós — Steve disse, ainda mais corado.
— Meu Deus, eu te amo — Katie agarrou suas bochechas e as apertou levemente — Eu gostaria de ter conhecido você nos anos 40.
— Provavelmente, não — suspirou voltando a empurrar o carrinho até o caixa — Acho que você iria gostar do Bucky.
— Tenho minhas dúvidas, eu sempre tive uma queda por louros de olhos claros — Katie mordeu o lábio inferior, sorrindo maliciosamente. — Eu não iria gostar de você apenas pela sua aparência…Quer dizer, eu não me casei com você por causa da sua altura ou dos seus braços incrivelmente fortes. A pessoa que você é, foi o que me fez ficar apaixonada por você.
— Eu estou vermelho, não estou? — perguntou Steve em voz baixa.
Katherine riu, balançando a cabeça positivamente e depositou um beijo em sua bochecha.
◇◇◇
A volta para casa foi repleto de risadas e histórias da década de 40 disponibilizadas por Steve. O carro tinha uma atmosfera tão natural e longe de qualquer problema que possa haver envolta deles.
Um momento tão normal como se fosse a coisa mais recorrente que pudesse vir a ocorrer com eles. Tinha uma música baixa como fundo enquanto conversavam sobre acontecimentos marcantes que Steve se lembrava daquela época.
Katherine ouvia tudo com o máximo de atenção possível, feliz em ver seu marido recordar tantas memórias felizes de sua vida antes do soro. Ela mantinha o olhava nele durante todo o tempo, cada mínimo detalhe em seu rosto, via o brilho no olhar do louro quando mencionava seus pais ou na vez que fora morar com Bucky, mesmo com os males que ele passou antes do soro ou quando seus pais faleceram, Steve ainda tinha uma certa nostalgia boa.
No último semáforo antes do prédio onde moravam, Katie virou o rosto quando um ônibus parou ao lado do carro. Havia um faixa na lateral com os disseres: ONDE ESTÁ O HOMEM-ARANHA? Aquilo não era nenhum pouco bom, fazia meses que Peter não usava o traje do herói e naturalmente o povo se perguntava onde o teioso estava e não entendiam nada de seu sumiço. O julgamento se aproximava cada vez mais e lembrar disso só fez uma pressão repentina surgir em seu cérebro.
A sua preocupação com o garoto era maior do que a raiva que as pessoas passavam pela morte do Mistério. Obviamente que o julgamento podia prejudicar Peter muito mais do que ela, o principal acusado de matar o "maior herói de todos os tempos" como dizia J.J Jamson, deixando bem claro que o vilão era Peter e apesar do silêncio do garoto em relação à isso, Katie o conhecia suficientemente bem para saber que, por trás daquela expressão neutra dele sobre essa história, era só uma pequena fachada para encobrir o medo de Peter em todos ficarem sabendo sua identidade.
— Tudo bem? — Steve perguntou, descansando a mão direita na coxa da morena dando um leve aperto na região.
— O julgamento é amanhã, pode acontecer de tudo — Katie suspirou, encarando a paisagem pela janela.
— Vai dar tudo certo, vocês não tem culpa de nada — disse Steve — Aquele vídeo foi manipulado, Kat.
— Eles não sabem disso, é palavra do Mistério contra a minha e a do Peter. Tem o vídeo, que é manipulado, mas não está ao nosso favor e bem longe disso.
— Não tem testemunhas?
— Que testemunhas, Steve? Só estava eu, o Peter e o Mistério naquela ponte. O que precisamos fazer é tentar fazê-los acreditar que o Homem-Aranha não é o garoto, quando for feito isso talvez alivie para o nosso lado.
Katherine não queria pensar negativo. Mas era inevitável com tantas coisas apontando contra eles. Steve não perguntou mais nada, sabendo muito do quão delicado poderia ser esse assunto e do quão mal Katherine estava em relação à isso.
— Será que você pode levar as compras para dentro? Eu quero falar com o Sr. Lance — pediu Katie, assim que o marido estacionou o carro.
— Claro, mas vai falar o que? — indagou Steve com curiosidade.
— Tirar uma dúvida, é rápido. — Katie sorriu enquanto se dirigia para a recepção do prédio — Ah, não deixe Bucky comer nenhuma ameixa antes do jantar!
— Ele vai pedir — Steve riu, parando no elevador com as sacolas em mãos.
— Diga não, querido. Seja firme.
Quando as portas do elevador se fecharam, Katherine se voltou para o balcão onde o porteiro estava posto do outro lado, lendo uma página do jornal. Sr. Lance era um senhor de meia idade, sempre extremamente gentil com todos.
— Boa-tarde, Sr. Lance — Katie o cumprimentou, sorrindo educadamente.
— Sra. Rogers! Com o que posso ajudar? — Sr. Lance perguntou, erguendo o olhar do jornal.
— O senhor que estava aqui no dia da explosão?
— Sim, sim. Eu estava, troquei os números dos apartamentos e acabou resultando naquilo — lamentou o porteiro, visivelmente abalado.
— Mas a culpa não é sua, de forma alguma — Katie falou — Por acaso lembra quem trouxe o pacote?
— Claro que sim…bem, ele estava usando óculos de sol e um boné mas ainda me lembro com clareza — disse Sr. Lance.
— Se eu lhe mostrar uma foto, é capaz de me dizer se ele foi a pessoa que trouxe o pacote, mesmo sem os óculos e o boné?
— Posso tentar.
Katie puxou o celular do bolso e procurou por uma foto de Zemo e mostrou ao senhor, os olhos dele automaticamente pareciam querer saltar para fora.
— É ele?
— Evidente que sim, — concordou Lance.
— O senhor tem certeza? — perguntou Katie.
— Absoluta.
A expressão de Katherine endureceu tão rápido que o Sr. Lance achou ter digo algo de errado. Com toda nitidez do mundo, Katherine Rogers estava furiosa.