capítulo 24: ataque inesperado

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Estou assustada!

E tudo aconteceu tão repentinamente que nem tive tempo de gritar. O choque foi grande demais quando esse monstro me abordou no banheiro feminino. Camila mal se virou e recebeu um murro na cabeça tão forte que a fez desmaiar.

Quando me preparo pra pedir ajuda, Larry Arnold é mais rápido e abafa meus gritos com a mão. Assim que sinto algo pontiagudo pressionando meu lado esquerdo, paro de me debater.

— Fica quietinha, ou a coisa vai ficar feia pro seu lado. Se reagir, enfio essa faca tão forte em você que não vai ter tempo nem de gritar o nome daquele filho da puta do Caden. — ameaça.

E com isso, tenho que fingir que está tudo bem e sou praticamente arrastada pelo corredor vazio.

Por que não aparece ninguém para ajudar nessas horas?

Agora meus batimentos cardíacos estão acelerados e sei que a intenção de Larry não é nada boa. E é bem dolorido quando ele decide me puxar pelos cabelos até o último quarto no corredor enorme. O lugar não tem móvel e nem janelas.

Agradeço internamente quando ele finalmente me solta.

O breve alívio não dura muito porque Larry decide usar os punhos para me agredir. Sinto o sangue em minha boca no terceiro soco e caio fracamente sobre o carpete, tossindo e dolorida.

— Para. — soluço. — Por que está fazendo isso comigo? — grito.

Sou capaz de ouvir sua risadinha.

— Quero que Caden perceba o estrago quando te encontrar. — amplia o sorriso, observando meu corpo com lascívia.

Quando te encontrar...

Sinto medo e nojo. Uma junção assustadora dos dois.

O que ele ainda pensa em fazer?

A resposta é tão óbvia e o pânico ameaça tomar conta dos meus sentidos.

Larry Arnold é alto e grande o suficiente para me espancar até a morte em questão de segundos. Ele é perigoso e odeia Caden, então provavelmente quer me usar em sua maldita vingança.

— Você é bem gostosa, loirinha. Aquele bosta do Caden tem muita sorte. Ele se acha melhor do que todo mundo, mas não é. E vai perder essa pose em breve quando eu te deixar toda molinha. — seu olhar percorre meu corpo, deixando um calafrio de medo no caminho. — Se correr ou gritar, já sabe. — mostra a faca.

Quase não consigo enxergá-lo, pelas lágrimas que cobrem minha visão e o pânico crescente.

— Espera! Tenho que fazer uma coisa. — ele parece pensar em algo, então puxa o próprio celular do bolso da calça. — Aqui está. — sorri, então disca algo na tela antes de levar o celular ao ouvido. Ele cantarola uma canção desconhecida enquanto espera.

Larry sorri quando alguém o atende.

Sou capaz de reconhecer a voz de Caden quando ele aciona o autofalante.

— Quem é?

Penso em gritar, mas Larry levanta a faca na direção dos meus olhos; tão perto que engulo em seco.

— Eu perguntei quem é, caralho!

Larry ri alto, e o outro lado da linha fica mudo. Nesse momento, ele demonstra ainda mais o quanto é sádico e doente.

— Seu filho da puta! Por que tá me ligando, porra? — consigo detectar certo pânico na voz de Caden.

Será que já percebeu que sumi? Provavelmente sim, e tenho uma ideia de que já deve ter suspeitado desse monstro na minha frente.

Ele Não Me AmaWhere stories live. Discover now