capítulo 25: aniversário de dezoito anos

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Caden

Finalmente estou pronto depois de me enfiar em uma camiseta azul e jeans. Calço os tênis, então lanço um olhar para minha imagem no espelho do quarto. Pego o buquê de flores em cima da cama e a pequena caixa antes de enfiá-la no bolso da calça.

Estou ansioso para o evento iminente, e saber que minha namorada vai esta lá é recompensador. Isso é um bônus incrível depois de tudo o que aconteceu.

Preciso citar que o idiota do Larry Arnold foi condenado a muitos anos de prisão, por crimes diversos, o diretor se demitiu e saiu da cidade e a escola se agitou com essas notícias. Mas pelo menos agora estamos mais tranquilos, e Nora está bem melhor emocionalmente.

E preciso vê-la o mais rápido possível.

Com pressa, desço o lance de escadas até o andar de baixo.

— Uau, como nosso mano está lindo. — Geórgia sorri. Ela está enfiada em um vestido claro, o que faz com que seus cabelos ruivos se destaquem bastante.

— Só não esta mais gato do que eu. — Cole brinca, abraçando Geórgia de lado.

Eles vivem em suas próprias casas e são independentes agora, mas isso não os impediu de aceitarem o convite para o aniversário de Nora. Eles a amam como se fossem seus irmãos.

— Isso é tão surpreendente. — Geórgia comenta.

— O quê? — questiono.

— Você e Nora. O namoro, quero dizer. Por algum motivo, sempre desconfiei que se gostavam e que um dia isso se tornaria algo a mais.

— Ainda bem que se tornou.

— Está feliz?

— Feliz? — franzo o cenho. — Isso é pouco perto de como me sinto.

— Que irmão dramático eu tenho. — ela sorri antes de me abraçar. Acho engraçado o fato de Geórgia já ter sido bem mais alta do que eu. Mas isso foi há anos atrás. Agora eu a supero em altura de maneira surpreendente. — Vamos? Nora deve está ansiosa para te ver.

— Espero que sim. — sorrio, então seguimos até a porta.


***

Nora

— Está linda, querida. — mamãe me observa no andar de baixo. Várias pessoas já vieram me cumprimentar e a sala está cheia de convidados barulhentos e animados.

— Obrigada. — mais uma vez encaro a porta aberta, esperando Caden, mas não há qualquer sinal dele.

Onde ele se meteu? Por que está demorando tanto? O aniversário já começou a quase uma hora e nada dele.

— Não se estresse, filha. Caden já deve está vindo.

— Quem disse que estou estressada?

Ela lança um olhar cético na minha direção e percebo que estou roendo as unhas nervosamente. Afasto a mão dos lábios, sorrindo.

Ela dá de ombros, divertindo-se com a situação.

Observo papai conversando com os pais de Caden. Cailyn, por sua vez, está próxima aos filhos, enquanto as crianças brincam por ali. Fiquei feliz por ela ter vindo com sua família e recebo seu sorriso do outro lado da sala quando seus olhos param em mim. Sorrio de volta, então volto a encarar a entrada.

— Nora!

Viro o rosto.

Connie se aproxima, fazendo-me ficar de pé no mesmo instante.

— Vamos dançar. É seu aniversário. Tenta se divertir. — antes que eu possa recusar, já estou sendo puxada em direção à pista de dança improvisada no quintal da casa.

Tem jogos de luzes por toda parte e vários alunos da Mansfield Academy e outras pessoas do meu bairro. Há muitos tipos de bebidas, exceto álcool, que foi terminantemente proibido pelos meus pais. Não reclamei, afinal também não curto.

O DJ que meu pai contratou anima a galera e já consigo ver diversos copos descartados sobre a grama. Até imagino a bagunça amanhã, mas tento ignorar meu senso de limpeza. Pelo menos por essa noite.

Acompanho Connie em um passo de dança desajeitado.

— Caden vem? — ela grita, tentando ser ouvida em meio ao barulho.

— Acho que sim, mas está demorando.

— Caden é daqueles que demoram um século pra se arrumar.

— Deve ser. — sorrio, então meus olhos se direcionam para um canto qualquer.

Meu sorriso se amplia quando reconheço Caden caminhando preguiçosamente em nossa direção. Ele está tão lindo. Meu coração pulsa de alegria ao ver o buquê de flores em sua mão.

— Estou dando o fora. Curte seu gatinho. Vou procurar meu namorado. — Connie se afasta.

— Vê se não some. — murmuro para ela antes de praticamente me lançar nos braços de Caden. Ele sorri ao me amparar e parece surpreso com meu rompante.

— Isso é só saudade? — brinca.

— Você demorou. — resmungo.

— Demorei? — franze o cenho, coçando a nuca. — Tem certeza? Tentei ser bem rápido no banho.

— Mas não conseguiu. — percorro meus dedos sobre seu maxilar. — Mereço uma recompensa pela espera.

— Qual? — sorri.

— Que tal um beijo?

— Seu pedido é uma ordem, cachinhos dourados. — ele esmaga meus lábios em uma beijo frenético e profundo. Suspiro com o contato íntimo e enlaço seus ombros, retribuindo o beijo avassalador. — Aliás, você está linda. — diz quando interrompe o beijo, observando meu vestido azul marinho, justo, um pouco acima dos joelhos.

— Estamos combinando. — aponto sua camiseta. Continuo com meus braços ao redor de seu pescoço. – Esse é o primeiro aniversário em que posso dizer que sou sua namorada. Nos anteriores pensei que nunca sairia da linha da amizade.

— Agora isso mudou. Graças a Deus, que mudou. Nem sei o que faria se continuasse mentindo sobre meus sentimentos ou se você continuasse escondendo que gosta de mim. Ainda bem que isso acabou. Estou feliz pra caramba em saber que agora somos muito mais que amigos.

— Nos amamos e esse é o maior presente de dezoito anos que eu poderia ganhar. — murmuro, apertando meus lábios contra os seus em um selinho demorado.

Ele se afasta um pouco. — Seu buquê. — ele me entrega as flores, e as recebo sorridente.

— Obrigada. — quando minha mãe passa por ali, peço para ela guardar as flores. Ela sorri para nós antes de se afastar.

— E aqui está seu presente. — Caden me entrega uma caixinha. Eu a abro, surpreendendo-me com seu conteúdo. Há dois colares dentro, cada um como uma inicial. — Pode parecer meio clichê, mas sempre quis que tivéssemos algo como isso.

— Eu amei! — exclamo, puxando um deles e o admirando. É lindo e tem a inicial do Caden.

— Que bom. — ele sorri e pega o outro com a minha inicial. Ambos os colares formam partes de um coração. — Pode colocar em mim? — faço o que ele pediu e depois me viro para que ele possa colocar o meu.

— Você é tão possessivo, Caden. — dou risada depois que ele coloca o colar em mim. Ele estreita os olhos na minha direção com divertimento. — Agora tenho que andar com sua marca para todo lado.

— Assim todos vão saber que é minha. — ele me puxa contra seu corpo, percorrendo a área próxima a minha orelha com o nariz. Sinto um arrepio na área. — Você é minha, entendeu?

— Sim. E você é meu. — murmuro sem fôlego, então ele me beija outra vez. Confesso que o beijo está carregado de promessas quentes, e mal posso esperar para ficarmos a sós.


Continua...

Ele Não Me AmaWhere stories live. Discover now