Soltei todo o ar dos meus pulmões e pousei a mão livre na minha barriga, apertando o braço de Nathan com a outra.Nate fecha a porta atrás de nós e não demorou nem dez segundos até passos largos e rápidos fossem direcionados à nós. À mim.
Kami, a mãe de Nathan, era um pouquinho mais baixa que eu, não mais que seis ou sete centímetros; o cabelo curto é marcado por alguns fios grisalhos e ela manteve um sorriso nos lábios.
─ Ah, finalmente! Eu estava morrendo de ansiedade! ─ ela exclama, e eu sorrio. ─ Oi, querida. Sou Kami, a mãe dessa coisa aí.
Nate revira os olhos e eu dou risada.
─ Oi, Kami. ─ a abraço. ─ Acho que você já sabe o meu nome...
Me preparei para mais uma apresentação quando notei uma sombra se mexer no corredor. Uma garota morena apareceu, com o cabelo preso no topo da cabeça e uma roupa casual; eu já tinha a visto antes, ontem, na verdade.
─ Não acredito! ─ ela exclama, antes que eu pudesse. ─ Ah, deus, agora eu vou ter que comprar outro presente!
Gargalhei, a abraçando.
─ Não se incomode, eu adorei aquele. ─ falo, me obrigando a esquecer que ela havia, indiretamente, me chamado de cunhada sem saber que era eu. ─ E, tecnicamente, as lembrancinhas eram surpresa, e você praticamente as escolheu. Estamos quites.
Nate e Kami nos encaravam, surpresos, confusos e maravilhados – este último, apenas Nate.
─ Vocês já se conheciam? ─ Kami pergunta.
─ Nos encontramos no shopping ontem. Eu, basicamente, perguntei à ela: ei, o que você acha desse presente surpresa que eu vou te dar no sábado? ─ ela fala, sarcasticamente. ─ Você é muito simpática, sabia?
─ Obrigada! ─ era impossível alargar mais o meu sorriso.
Também sorrindo, Kami puxou nós três para a sala de jantar, onde uma travessa de Paella nos esperava no centro da mesa. Eu estava salivando por um pedaço.
─ Ai meu... ─ me interrompo no meio da frase, com um murmúrio de satisfação depois da primeira garfada.
─ Vou levar isso como um elogio. ─ Kami diz, movendo seus talheres.
─ Definitivamente, dona Kami, foi um elogio. ─ Nathan, ao meu lado, diz assim que termina de mastigar.
Comemos enquanto conversamos sobre coisas banais. Falamos sobre a diferença entre Los Angeles e Nebraska, desde o clima até o tráfego; é muito fácil conversar com Kami e Kaylan.
─ Então... ─ Kaylan começa, ajudando a mãe a levar as louças sujas para a pia; não me deixaram ajudar porque sou "convidada". ─ Vocês já escolheram o nome?
Eu e Nate nos entreolhamos rapidamente e vejo ele aquiescer, como se me incentivasse a falar.
─ A minha família tem uma tradição esquisita de que todo novo membro tenha o primeiro nome começado com V. ─ falo. ─ Então eu e o Nate combinamos que, se for um menino, o nome será Vincent, e, se for menina, Vivienne.
─ Eu adorei! ─ Kaylan exclama, bem alto. ─ Eu acho tão chique essas tradições de nomes! Mas aquelas de verdade, não as que começam de uma hora para a outra.
─ A minha, provavelmente, começou de uma hora para a outra. ─ nós rimos. ─ Quando eu era criança eu encontrei todos os registros da família; fotos, documentos, cartas e essas coisas todas. Todas as mulheres tinham o nome com V. O registro mais antigo que eu achei foi a da vó da minha tataravó. ─ vi três queixos caídos. ─ Ela se chamava Vera Bonucci Vienna.
─ Por que só as mulheres e não os homens também? ─ Kami pergunta, curiosa.
Nate ri ao meu lado.
─ Pelo que eu descobri naqueles registos, a minha bisavó foi a única a dar a luz à um menino, mas ele morreu com três meses. Nenhuma Vienna nunca teve filhos homens. ─ novamente, mais queixos caídos. ─ Não sei o motivo, e também não sei se realmente existe um, mas eu ficaria bastante surpresa se comigo for diferente.
─ Nada de Vincent por aqui, hein?! ─ Kaylan brinca.
─ Ainda é uma possibilidade, e eu adoraria ter um menino. Convivi com meninas a minha vida inteira, acho que tá na hora de mudar um pouquinho. ─ sorrio.
Logo, nós quatro estávamos espalhados pela sala, conversando sobre a família de Nate, desta vez.
─ Monte era um bom homem; um ótimo pai, ótimo marido, filho, amigo e qualquer coisa do tipo. ─ Kami diz, com os olhos brilhando. ─ Mas ele nos deixou há cinco anos. Câncer no pulmão.
Discretamente, olhei para Nathan.
─ Stewart nunca mais foi o mesmo. ─ ela continua. ─ Ele é o meu caçula.
Kaylan desvia o olhar, triste.
─ Ele fugiu de casa quando fez dezessete, e eu passei de vê-lo todos os dias para receber uma mensagem uma vez por semana, e todas elas dizem a mesma coisa. Estou vivo.
Eu não adivinharia, nem em mil anos, que Nate havia perdido o pai e, parcialmente, o irmão mais novo há tão pouco tempo.
─ Ok, já foi o suficiente dessa conversa emocional. ─ Kami volta com o tom alegre, sorrindo enquanto seca as lágrimas. ─ E sua mãe, Veronica? O que ela achou sobre a gravidez?
Novamente, olhei de relance para Nate, que balançou a cabeça. Elas não sabem.
─ Ela não aprovou, é claro. ─ suspiro. ─ Mas ela também passou por isso, comigo, quando tinha a minha idade. A única diferença entre nós duas situações é que o meu pai fugiu na primeira oportunidade e, bem, o Nate não parece estar desesperado por uma passagem de avião para o mais longe daqui.
─ Ainda não, V. ─ mostro a língua pra ele, que sorri.
─ Ela me apoia em tudo, e é ela quem vai comprar o berço... Então eu acho que ela tá de boa, por enquanto. ─ termino e mexo os ombros. ─ É claro que ela gritou para os quatro cantos do mundo que eu e ele somos irresponsáveis e coisas do tipo, mas já passamos dessa fase.
Kami alarga o sorriso.
─ Sua mãe e eu seremos grandes amigas, querida.
É disso que eu tenho medo.
capítulo curtinho😔 feliz 20k
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mom's boyfriend ꪵ
Fanfictiononde, em uma festa, Veronica acaba ficando com o namorado da sua mãe. aug 7th // dec 31st plot by 𝗱𝗲𝗮𝗿𝗽𝘄𝗲𝘁𝗿𝘆 © 2020, magicklaus.