𝟯𝟭, veronica.

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Sammy estava sentado na minha frente, escutando atentamente enquanto eu contava tudo o que havia acontecido no últimos dois meses.

─ Você é muito fodida! ─ reviro os olhos e levanto o dedo do meio.

Uma semana havia se passado desde que eu descobri estar grávida; Sammy, Olivia e Maggie estiveram ao meu lado todos os dias, as vezes um deles até dormia comigo.

─ Você precisa contrar pra ele. Aliás, pra eles. Sua mãe também precisa saber. ─ ele volta a falar. ─ Se a sua mãe não ficou puta por saber que você tava transando com o namorado dela, ela não vai ficar puta por isso.

─ Ah, ela vai. Com certeza vai.

─ É, vai mesmo. Eu só não queria te deixar nervosa. ─ consigo rir por alguns segundos, mas logo o que era uma risada virou um resmungo birrento. ─ Relaxa, loirinha, vai dar tudo certo!

Naquele mesmo dia, às quatro da tarde, foi a minha apresentação na Academia de Artes da UCLA, e o nervosismo se multiplicou.

Não sei quanto tempo eu passei dentro daquela sala, mostrando os meus melhores desenhos e falando sobre mim e meus objetivos. A única coisa que sei é que Sammy estava há menos de cem metros de mim, me esperando no corredor.

─ Seus desenhos são sensacionais! ─ a mulher do meio diz, sorrindo. ─ Acho que falo por todos quando digo que será uma honra ter você conosco.

Meu rosto doía de tanto sorrir.

─ Vamos, pessoalmente, analisar a sua prova e te mandamos um e-mail de confirmação em alguns dias. Tudo bem? ─ o homem da ponta direita diz.

─ Claro, claro. ─ me levanto. ─ Muito obrigada.

─ Somos nós que agradecemos, querida.

Saí da sala quase saltitando, e ao ver o meu enorme sorriso, Sammy também sorri.

─ Eu sabia que você ia conseguir! ─ ele me abraça. ─ Isso merece uma comemoração.

─ Pra você, tudo merece uma comemoração, né? ─ ele não responde, apenas ri.

Fomos para o seu carro, conversando sobre como eu imaginava a minha vida de universitária. Sammy estava super animado, porém, eu não fazia ideia de como eu conseguiria conciliar a minha vida acadêmica com a vida adulta e, ainda por cima, com a vida de mãe.

─ Eu não sei se quero ter esse bebê, Sam. ─ ele para o carro bruscamente, e se eu não estivesse com o cinto, provavelmente teria batido a testa no painel. ─ Cuidado, idiota.

─ Como é?

─ Eu falei pra você ter...

─ Isso eu ouvi, Veronica. ─ ele estaciona em uma vaga aleatória no acostamento da avenida. ─ Eu tenho plena consciência que não tenho direito de opinar sobre esse assunto, mas eu acho que seria muito mais sensato você conversar com o Nate sobre isso antes de tomar qualquer decisão, ainda mais uma como essa.

Eu sei que ele está certo. Porém, eu estou no meu estado mais desesperado há dias, e na maioria das vezes eu ajo no automático, sem saber o que estou fazendo.

─ Eu sei.

Sammy volta a dirigir e percebo ele fazer o caminho até a sua casa. Ultimamente eu tenho passado mais tempo lá do que na minha própria casa.

─ Dá espaço pra universitária passar, por favor. ─ Sammy brinca, assim que entramos na sua casa.

─ Você conseguiu! ─ Shawn me abraça, me tirando do chão. ─ Parabéns, minha linda.

mom's boyfriend  ꪵWhere stories live. Discover now