𝟯𝟯, veronica.

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Já faziam duas semanas desde a festa, e duas semanas que Nate estava fora; ouvi os meninos conversarem sobre ele voltar daqui uma semana.

Olivia estava comigo até uns minutos atrás, até que Sammy a chamou para sair e ela foi rapidinho. Fiquei sozinha até a minha mãe chegar.

─ Temos que conversar. ─ arregalo os olhos, vendo a silhueta de dona Vanessa na sombra da porta.

Ela não disse um oi e nem nada.

─ Veronica, eu sei que eu nunca fui uma mãe muito presente, mas eu fiz e ainda faço de tudo para que você aprenda tudo o que eu não posso te ensinar, e creio que nunca falhei nesse quesito. ─ seu tom de voz era duro e preciso, assim como sua expressão. Apenas concordo com a cabeça. ─ Então me diz, Veronica, por que é que eu encontrei um exame de sangue no meio das suas coisas com positivo em gravidez?

Entro em choque.

─ Você mexeu nas minhas coisas?

─ Essa não é a questão, Veronica! ─ ela aumenta o tom, arrumando a postura. ─ Tenho quase certeza de que sei quem é o pai, e também tenho quase certeza de que isso aconteceu na bendita festa, não?

─ Sim.

─ Pior ainda, Veronica! Você nem o conhecia, e só porque ele te ajudou a escapar de um babaca isenta ele de também ser um? E se ele tivesse alguma doença, Veronica? E se vocês nunca mais se encontrassem de novo? Como você ia cuidar dessa criança? ─ ela lançava as palavras como uma metralhadora lança as balas.

─ Da mesma forma que você me criou! ─ me levanto do sofá, ficando na sua frente. ─ Eu fui irresponsável, inconsequente, burra e agi sem pensar, mas o que isso vai mudar agora? É, eu estou grávida. Não, ele ainda não sabe. Mais alguma coisa que queria jogar na minha cara?

Dona Vanessa ficou me encarando por longos e longos segundos, e na medida que meus olhos iam se enchendo de lágrimas, os dela também íam. Porém, antes que eu pensasse se ela seria capaz de me bater, ela me envolve em um abraço apertado, onde nós duas choramos como criancinhas.

─ Você é uma burra desgraçada, Veronica, mas ainda é minha filha. ─ ela murmura, ainda me abraçando. ─ E você não está sozinha, tudo bem? Eu nunca seria capaz de fazer com você o que fizeram comigo.

Não sei por quanto tempo ficamos ali, abraçadas no meio da sala, mas sei que foi tempo o suficiente para que metade do grande peso saísse das minhas costas.

Minha mãe subiu para tomar um banho e depois vir jantar, mas eu fiquei no sofá, pensando em como seria a minha vida daqui para frente. Bem, eu li em algum lugar que o processo do aborto é seguro até nove semanas de gravidez, e se eu estiver certa sobre o dia em que tudo aconteceu, eu já estou na décima primeira semana, ou seja, já não é mais tão seguro.

Em menos de dez minutos, eu estava colocando um casaco e quase correndo pela porta da frente. Andei por cerca de vinte minutos até parar em frente ao portão de ferro preto; puxei a alavanca e entrei, torcendo para que Sammy estivesse em casa.

Toquei a campainha e não demorou mais de um minuto para que a porta fosse aberta. Era Gilinsky.

─ Ronnie, oi! ─ o abraço rapidamente.

─ O Sammy tá por aqui?

─ Em carne e osso, gata. ─ quase corro para os seus braços quando enxergo o seu cabelo castanho. ─ Vem, vamos conversar lá no meu quarto.

Antes que entrássemos no quarto dele, pude ouvir G gritando "usem camisinha", e quase dei risada. Já não adianta mais, Jack.

─ O que aconteceu? ─ ele pergunta, me guiando para sentar na sua cama. ─ Não me diga que você contou pra ele por telefone e...

─ Não, não é isso. ─ ele suspira em alívio. ─ A minha mãe descobriu.

─ Puta merda! Ela te expulsou de casa? Você pode morar com a gente se quiser. Só não vai pra Itália, por favor. ─ ele diz todas as palavras de forma exasperada, quase não notei onde era uma pergunta e onde não era.

─ Ela não me expulsou de casa, Sam. ─ mais um suspiro aliviado. ─ Embora a ideia de ir embora para a Itália não seja tão ruim.

─ Não brinca com essas coisas, sua desalmada! ─ ele me olha pelo canto dos olhos. ─ Eu sei que a situação em si é uma merda, mas eu mentiria se dissesse que não tô ansioso pra encher a minha afilhada de beijos.

─ Afilhada? Você nem sabe se é menina, Samuel! ─ retruco, passando a mão direita na barriga em um gesto automático.

Talvez eu esteja começando a me acostumar com isso.

─ Eu posso sentir, meu amor. ─ ele pisca. ─ Aliás, você não refutou o termo afilhada. Isso significa que...

─ É, você vai ser o padrinho.

esse eh o capitulo mais >bosta< que eu ja escrevi (e o menor tb)desculpa, eh o tal do bloqueio criativo

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esse eh o capitulo mais >bosta< que eu ja escrevi (e o menor tb)
desculpa, eh o tal do bloqueio criativo

mom's boyfriend  ꪵTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang