Capítulo 18 - Ann e Alex

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Dia 2, Condado de San Francisco


- Não se mexa! - sussurrou Ann ao tapar a boca de seu irmão quando um zumbi passou ao lado deles.

Do lado de fora da conveniência, a situação era das piores. A horda que se aproximava se espalhou por toda a área do posto de combustível, cercando não apenas a conveniência, como também todos os lados da via de acesso. Do lado de dentro, não era muito diferente. Ann contou ao menos oito zumbis que passaram pela porta e vagueavam por entre as prateleiras. Com Alex ao seu lado, esconderam-se atrás de uma pilha de caixas de enlatados.

Assustado e com medo, Alex não tirava os olhos da sua irmã. Suas mãos estavam trêmulas e sentia seu estômago revirar quando algum morto-vivo passava por eles. Ele queria acreditar que Ann tinha um plano, que tudo ficaria bem, mas não era o que parecia ao olhar nos olhos de Ann. Ela também estava com medo.

- Quando pegou o violão no carro, viu alguma chave? - perguntou Ann próximo do ouvido dele.

- Não-não me lembro, eu não olhei - Alex parecia incerto.

- Precisa se lembrar. É nossa única chance.

- É um carro antigo. Pode ligar ele sem a chave, não pode?

Uma pilha de pneus tombou na entrada de uma conveniência, colocando os dois irmãos em risco quando um dos pneus rodou até as caixas. Sob a vista dos vagantes, Ann sinalizou para que Alex a seguisse. Engatinharam até a gôndola mais perto e Ann ajudou que Alex se escondesse debaixo dela. Por ser maior, Ann teve que se contentar em manter-se fora de vista de outra forma.

Debaixo da gôndola, Alex ficou muito próximo dos pés de uma vagante que transitava por ali. Ele tentou se afastar, mas não havia muito espaço. Procurou encontrar algum vestígio de sua irmã, estava entrando em desespero. Quando estava prestes a gritar o nome dela, encontrou Ann agachada de trás da segunda fileira de gôndolas. Ela gesticulava para que ele mantivesse quieto e parado. Alex tentou se acalmar, embora já estivesse chorando.

"Aja, Ann!", pedia apenas em seus pensamentos. Ann conhecia a bomba emotiva que era seu irmão, ele não aguentaria muito tempo ali com os vagantes o circundando. Sem muitas opções, Ann agarrou uma lata de refrigerante e a atirou para o fundo da conveniência, atraindo a atenção de todos os mortos-vivos. Quando o vagante do corredor caminhou para os fundos atraído pelo barulho, Ann correu até Alex e o ajudou a sair dali, voltando a se esconderem juntos atrás da gôndola de cereais. Os sapatos de Alex deslizaram sobre o piso ao se agachar, provocando um incômodo ruído, mas felizmente havia um coro de mortos-vivos rosnando do lado de fora.

Três fileiras de gôndolas e o balcão do caixa eram o que separavam Ann e Alex da saída. Era uma distância consideravelmente curta, mas não naquelas devidas condições. Ann inclinou-se ligeiramente para o lado e espiou os fundos da conveniência, onde os vagantes se deambulavam. Ao lado, Ann sentia seu irmão tremer cada vez mais e suas mãos estavam geladas.

- Vai ficar tudo bem - sussurrou Ann apertando a mão dele. - Me siga, ok?

Alex acenou com seu rosto pálido.

Tomando a frente, Ann levantou-se as pressas puxando seu irmão para junto de si, quando deparou-se com uma figura alta e escura que agarrou seus ombros e a atirou contra a gôndola. Era uma mulher aparentemente de trinta anos, alta e forte, com uniforme da conveniência local. Um de seus olhos estavam saltados para fora e parte de seu couro cabeludo havia sido arrancado. Entretanto, naquele momento, quem teria seus cabelos arrancados era Ann, quando recebeu novos ataques, ainda presa sobre as garras daquela mulher. Em estado de pânico, Alex gritou ao ver sua irmã sendo atacada. 

Zombie World - A Evolução (Livro 2)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang