𝟯𝟮, veronica.

Depuis le début
                                    

─ Parece que banheiro em festa é a nossa coisa, né? ─ dou um pulinho assustado ao ouvir sua voz.

─ A quanto tempo está aí? ─ pergunto, fingindo arrumar o cabelo.

─ O suficiente. ─ balanço a cabeça. ─ Eu te vi lá embaixo e...

─ Não, relaxa. ─ digo, exasperada. ─ Você tá solteiro agora, é direito seu.

Dou um sorriso amarelo e passo por ele, pronta para descer as escadas, porém sua voz me para novamente.

─ Não precisa fingir. ─ me viro, vendo ele ainda na mesma posição.

─ O que isso deveria significar? ─ me faço de desentendida.

─ Você sabe muito bem, Ronnie. ─ ele começa a se aproximar e, em segundos, já está na minha frente. ─ Você não é a única que sente essa coisa.

─ Eu realmente não sei do que você está falando. ─ cansado do meu teatrinho, Nate pega na minha mão e me guia até seu quarto, me deixando alarmada. Esse não é o objetivo da conversa.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas escutando a batida abafada da música e olhando um para o outro.

─ Quando eu te vejo, eu... ─ ele começa, mas para assim que levanto a mão.

─ Não. ─ o encaro. ─ Independente do que você for dizer, eu acho que isso é assunto para depois que você voltar.

Assim como revelar que estou grávida.

─ E o que você sugere, então? ─ notei um pingo de malícia em sua voz, mas não retribui.

─ Eu estava indo fazer panqueca até você me puxar até aqui. ─ falo, tentando levantar o humor.

─ Panqueca? No meio de uma festa?

─ Não existe hora para comer, meu caro Nathan. ─ ele ri e balança a cabeça.

─ Tudo bem. Faça em dobro, então. ─ ergo a sobrancelha. ─ Não é só você que sente fome, minha cara Veronica.

Descemos lado a lado até a cozinha, agora quase vazia. Um sorriso substituiu uma expressão de surpresa quando reconheço Sammy e Olivia se beijando perto do fogão.

─ Ei, pombinhos! ─ chamo a atenção dos dois.

Olivia, como a boa piranha que é, se separou de Sammy, passou o indicador ao redor da boca, deu um gole em sua bebida e saiu da cozinha, provavelmente indo em busca da sua nova vítima.

Já Sammy intercalava o seu olhar entre Nathan e eu, com expectativa. Expectativa essa que foi quebrada quando ele percebe a confusão nos olhos de Nate e a frustração nos meus.

─ Vocês dois podem das as mãos e sair andando, bando de esfomeados! ─ ele resmunga, saindo da cozinha.

Desisti da ideia das panquecas quando vi que não teria espaço até que a cozinha fosse limpa, então me contentei com torradas com pasta de amendoim e um copo de refrigerante.

─ É verdade. ─ ele diz, do nada. ─ O que eu estava para te dizer. Eu sei que você disse para adiar a conversa, e também sei que eu já estou um pouco alterado, mas é a mais pura verdade.

Eu não tinha o que dizer.

─ Eu vou para Omaha para conversar com a minha mãe, para tentar entender toda essa merda, mas eu sei. ─ ele não me olhava, apenas brincava com o copo de refrigerante. ─ No fundo, eu sei que é verdade.

Desvio o olhar para o chão, me sentindo a pior covarde de todas. Eu nem ao menos consegui identificar o que caralhos eu sinto por esse homem, não consigo sustentar a coragem para dizer algo que é direito dele saber, e aqui está ele, praticamente se declarando para mim enquanto comemos torradas no meio de uma festa.

─ Eu também.

escrevi de madrugada, se tiver ruim esse é o motivo

Oups ! Cette image n'est pas conforme à nos directives de contenu. Afin de continuer la publication, veuillez la retirer ou télécharger une autre image.

escrevi de madrugada, se tiver ruim esse é o motivo

mom's boyfriend  ꪵOù les histoires vivent. Découvrez maintenant