Capítulo 17 - Teo

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-É O QUE?! - Ben gritou atraindo a atenção dos meninos e do cara desconhecido – Miranda? Tipo, a pior progenitora existente, que torturou Aimee só pra achar a gente? A Miranda que levou um tiro na testa, essa Miranda? - falou rápido fazendo vários gestos apontando pra tudo quanto é lado e depois imitando uma arma e apontando pra própria testa fazendo um "Pow" com a boca – Clary você tá falando de outra Miranda né? Tipo a tia da cantina, ela é legal, se for, que bom que ela tá viva, o macarrão dela é maravilhoso. Porque a mamis tá em um caixão, dura feito pedra, bateu as botas e já foi tarde. - continuou falando rápido andando de um lado pro outro, os meninos só observavam.

"Gente, acho que quebrei meu irmão..."

-Prohibere– disse e ele parou feito estátua – Vai abrir um buraco no chão desse jeito, te explico tudo depois, só tinha que te avisar agora, ok? Ela está viva, não sei como, vai aparecer, não sei quando, em semanas ou meses, vamos estar prontos e vai ficar tudo bem. - disse com calma – eu vou retirar o encantamento agora, NÃO É pra gritar. - encostei no braço dele - Dissipat.

Ben continuou parado, respirou fundo, virou de costas e foi andando até uma árvore, foi para trás dela e........"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA", ok ele deu um grito atrás de uma árvore, discreto Ben, muito discreto. Só vi ele voltando, me deu um abraço rápido e parou do meu lado, antes que Embry falasse qualquer coisa já ouvi meu irmão.

-Tô calmo.

"Eh...claramente", pensei e me virei para os meninos, aproveitei pra ver como era o desconhecido, tinha um cabelo castanho grande e bagunçado, olhos âmbar, provavelmente 1,80 e não parecia confuso com a situação, parecia...entretido?

-Enfim, deixando nosso drama familiar de lado, o que tá acontecendo?

-Esse cara acha que tem um vampiro louco assassino zanzando por aqui, mas não quer explicar o que é, sem permissão, sem entrada na reserva –disse Sam

-Querem ajuda? - perguntei e Sam fez uma careta, Embry assentiu com a cabeça para ele e ele repetiu o gesto para mim, me coloquei na frente do desconhecido e olhei nos olhos dele falando baixo – Veritas. - ele me olhou confuso e me virei para Sam e sorri – Um pequeno empurrão para ele falar a verdade.

-Ótimo. Pra começar, qual seu nome?

-Gabriel Simón, mas me chamam de Teo – Wtf? - Longa história e por que eu tô falando isso? O que fez comigo?

-De onde veio, o que você é e que história é essa de vampiro louco assassino? Explicação completa, por favor. - perguntei ignorando sua pergunta.

-Sou da tribo Mehed, mais ao sul, somos descendentes de animais, como vocês, mas não lobos, ursos. - "Então eram eles na visão..."- Eu e mais alguns da tribo viemos para procurar um vampiro que nos atormenta há anos, seu nome é Dio, tem as características de um original, dons perigosos, e um parafuso a menos, ele foi preso mas algum idiota soltou ele e ele começou a recrutar mortos, fiquei sabendo que ele achou uma companheira há pouco tempo, seguimos seu rastro até os arredores de Forks, estamos vigiando.

"Me sinto em um desenho japonês maluco..."

-Esse Dio...Como ele é? - perguntei já suspeitando da resposta.

-Loiro aguado com cara de psicopata que gosta de exibir as presas. Não sabemos quando ele vai agir, mas está perto.

-Se ele está perto não eram meses, então semanas... - disse baixo e Ben me olhou de sobrancelha erguida como quem diz "desembucha" - Eu não vi só Miranda, vi um cara loiro que agora sei que é Dio, os lobos, ursos, os Volturi, Niklaus e os Cullen, lutando. Agora sei que eram semanas, e não meses até isso acontecer, bom, talvez dois meses, no máximo.

-E...? Eu te conheço Clary, falta alguma coisa. - disse Ben

-Nada que precisem saber, pro seu próprio bem.

Depois disso todos estavam confusos, mas minha cabeça já doía só de pensar que tínhamos menos tempo do que imaginava para nos prepararmos, Sam ia falar mais com Teo e os integrantes da tribo sobre Dio e seus possíveis criados, os novos aliados ficariam na reserva um tempo, ajudando nas vigílias, Ben ainda ficaria um tempo com Embry, mas disse que queria saber o que estava realmente acontecendo, o que iria acontecer na verdade. Vou contar, mas não hoje, não amanhã, talvez alguns dias antes, para não ser "expulsa" de Forks. Fui pra casa, dei comida para Spock, porém não comi, o assunto de antes me tirou a fome, liguei pra Jasper mesmo sabendo o que havia acontecido, queria saber os detalhes. Ele disse coisa por coisa e lhe repassei a conversa da reserva pois sabia que os outros estavam ouvindo, o loiro ficou preocupado e disse que passaria na minha casa mais tarde para que eu não ficasse sozinha, estava cansada, então só concordei, amanhã iria na casa dos Cullen para ver a decisão deles, mesmo já sabendo qual seria, eu estava na visão, logo teria que ir lá.

-Quando vai acabar Spock? Só vou ter paz quando morrer? - disse colocando um conjuntinho de pijama lilás e me deitando na cama, o gato preto logo veio para o meu colo.

"Vai por mim, paz é algo irritantemente chato às vezes, aproveite a ação, os momentos, principalmente agora que sabe o fim, converse, fale para seu companheiro seus sentimentos, sem que ele precise os sentir, fique perto da família, veja-os sorrir, cante, brinque, grite, brigue, lute até o fim. Mas, você que sabe, eu sou só um gato, um gato velho que já viu muita coisa, mas só um gato", ouvi cada palavra com atenção e concordei, fazendo carinho nele, realmente, somente paz para sempre não me parece algo muito divertido.

-"Só" um gato? É o melhor gato do mundo. - disse fazendo carinho em sua orelha e o mesmo ronronou se aconchegando.

Depois de ler um pouco meu grimório, Spock deitou ao meu lado e acabei adormecendo enquanto lhe fazia carinho, tendo um último pensamento: "Se eu puder ver eles sorrindo de novo, vai ficar tudo bem".

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Obrigada por lerem, espero que estejam gostando, depois de amanhã sai mais um.

Até a próxima!



My dear Major (sendo escrita)Where stories live. Discover now