capítulo 29

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Andrew narrando:

Os dias foram passando e eu não tinha mais contacto com a Steyce, preciso esquece-la sei que vai ser difícil mas é necessário. A saudade doi, fere no mais íntimo deixando um enorme vazio dentro de nós.
Estava ser difícil viver só de lembranças, queria te-la por perto, cuidar dela, e faze-la feliz mas nem tudo na vida é um mar de rosas, gostaria de sair logo desse país, mas isso não ia acontecer tão já.
Estava jogando meu vídeo game no quarto quando ouço batidas na porta.

— Pode entrar. — Praguejei alto e suspirei impaciente.

Meu olhar se direcionou a porta e vi minha irmã mais nova adentrando no quarto, ela é um ano mais nova, eu não gosto dela e ela também não gosta de mim, somos irmãos apenas do mesmo pai, minha mãe separou-se do meu pai após descobrir uma traição, neste caso a mãe da pirralha era amante do meu pai, eu juro que tentei gostar dessa garotinha birrenta mas não deu toda vez que eu olho pra essa garota vejo minha mãe chorando horrores por causa das noites que meu pai trocava pra ver sua amante e sua filhinha amada, minha mãe sofreu por causa dessa garotinha, meu pai nunca foi um pai presente, ele não participou em nenhum momento importante da minha vida.

Quando falo de momentos importantes estou falando do meu primeiro combate no karaté, todos os natais perdidos e tantas outras coisas, minha mãe fazia de tudo pra esse dia não ser triste porque o maridinho dela resolveu ir ver amante e sua filhinha.

Meu pai mentia pra nós, falava que não podia estar presente por causa do trabalho, cara sem vergonha nem um simples natal teve a deiscência de passar com a gente. O processo do divórcio foi tenso, eu tinha apenas 8 anos, eu não entendia absolutamente nada mas eu vi e nunca esquecerei quando vi minha mãe chorando horrores no tribunal, foi difícil pra mim, imagina pra ela que tanto achou que o maridinho dela fosse o mais perfeito do mundo.

Ilusão?! Minha mãe teve uma esquizofrenia e acabou sendo internada num hospital psiquiátrico, meu pai não teve né dó de ve-la naquele estado, casou-se um mês depois do divórcio, de lá pra cá minha vida mudou drasticamente, odeio meu pai e ninguém vai mudar isso, ele não só acabou com a família"perfeita" mas arruinou a vida da minha mãe, é triste quando vou pra o hospital e ve-la falando sozinha principalmente sobre o divórcio,ela ainda não se conformou e isso me fere bastante.

— O que você quer bastarda?— Bastarda? Sim ela é uma e nem adianta vir com mimimi pra cima de mim.

— Eu vou contar pra mamãe que você me chamou de bastarda! — Ela fez birra, revirei os olhos, eu não ligo mesmo, se ela quiser pode contar até pra o presidente mas ela sempre será uma bastarda.

— Está esperando o quê? Vai, some logo. — Ponderei irritado e dei as costas pra ela.

— Só está assim por causa daquela fulana da Steyce! — Rebateu.

— Olha aqui sua bastarda some logo antes que eu não responda por mim.— Avancei contra ela e apontei a porta pra que ela saisse mas a bastarda adorava me irritar.

— Está ficando louco igual sua... — Senti meu sangue ferver de raiva e a interrompi.

— Olha aqui sua marionete, filha da vergonha, se você tocar de novo no nome da minha mãe eu vou socar sua cara até você ficar desfigurada, ENTEDEU? — Berrei irritado, se ela soubesse o quanto isso machuca talvez mediria suas palavras ao jogar na minha cara sua frieza.

Cética, ela estreitou os olhos de uma forma sutil me desafiando ainda mais, tive que lutar contra o impulso de jogar um vaso na cara daquela bastarda.

— Calma ai, cuidado hein! conselho de uma irmã super amarosa.—Ela debocha e gargalha inclinando a cabeça pra trás.
Suspiro pausadamente.

— Já acabou? — Esbravejei e a fitei com seriedade.

— Espere, só mais um minuto.—Helena suspirou dramatizando, não tem como eu gostar dela, ela é irritante, insuportável, má, e pra piorar bastarda.

— Mamãe mandou avisar que está precisando de você lá em baixo.

— Fala pra sua mãe, que ela não manda em mim, se ela quer alguma coisa que mande por carta.— Debochei e sorri irónico.
Helena riu franco.

— Fala você mesmo, eu não sou sua mensageira.

— Não é o que está parecendo.
— Comprimi os lábios e balancei a cabeça pra os lados.

— Quer saber, dane-se você, eu estou fora disso, fique ai sofrendo de amor.— Antes que eu protestasse ela saiu do meu quarto. Joguei o videogame contra a parede, é a terceira vez em menos de um semana que estou quebrando o videogame.

— Ah que droga. — Senti lágrimas banharem meu rosto e me permiti chorar, chorei por causa do azar que minha mãe teve de conhecer meu pai, chorei ainda mais por eu ser filho dele.

Antes que a Jessie neste caso a minha madrasta viesse me arrastar pra fora, fui até a sala de reuniões, e lá estavam eles conversando como uma família feliz, eu parecia o intruso, meu pai tratava Jessie como nunca tratou minha mãe e aquilo me corroía, ele era super cuidadoso e sempre foi um pai presente na vida da Helena, não é que eu tenha inveja disso mas parecia que eu era invisível naquela casa.

— Enfim chegou o atrasado, achava que Steyce viria ti arrastar pelo visto não né.

— CALA ESSA BOCA PIRRALHA! — Gritei dando um susto no meu pai e na Jessie.

— Helena para com isso, ou se não vou ti colocar num internato. — Pela primeira vez desde que minha mãe foi embora meu pai ousou me defender mas não levei em conta, tarde ou cedo ele estaria no quarto da Helena a consolando.

— Mas querido... — Jessie me fuzilou com os olhos, fiz o mesmo.

— Mas nada Jessie a Helena precisa aprender a respeitar o Andrew, ele é o irmão mais velho dela. — Meu pai ponderou, revirei os olhos e sonsurrei. — Ela não é minha irmã.

Jessie abriu a boca várias vezes tentando protestar mas meu pai fez um sinal com a mão pra que ela se calasse, o que me fez dar risadas altas e cheias de ironia.

— Andrew olhe o respeito, ela é sua m...
Me levantei bruscamente do sofá.

— Nunca mais fale isso, minha mãe não destrói lares entendeu? — Senti o impacto de um soco no meu rosto, senti meu sangue no canto esquerdo da minha boca, meu pai me bateu, ele me bateu mesmo sabendo que falei a verdade.

O olhei furioso e pela primeira vez tirei o que tudo que estava guardado no peito.

— EU TI ODEIO, ODEIO ESSA FAMÍLIA, ODEIO MORAR AQUI, E QUER SABER VÃO TODOS A MERDA. — Vociferei alterado assustando os empregados que estavam passando pela sala. Meu pai paralisou no mesmo lugar, sentou no sofá e colocou a mão no peito, pude ver um pingo de dor nos seus olhos. Antes que ele falase algo sai correndo pra meu quarto mas fui impedido de continuar quando o ouço dizer:

— A culpa não é minha por sua mãe ser uma doente mental.

Segurei as lágrimas que lutavam incansavelmente querendo banhar meu rosto.
E o encarei.

— Não, a culpa não foi sua, a culpa foi dela por não ter enxergado o monstro que você é. — Meus olhos estavam marejados, minha madrasta me mediu dos pés a cabeça, meu pai ficou me encarando horrorizado, o silêncio era total excepto pelo som de narizes fungando.

Sem querer gastar mais tempo subi as escadas correndo, entrei no meu quarto  me joguei na cama me permitindo chorar.

Oi morangos com açúcar, Andrew está de volta podem comemorar kkk, e então, é triste a situação dele né, esse capítulo me emocionou e você se emocionou? se sim deixe seu comentários e seu voto, não poupem palavras escrevam tudo que quiserem rs.
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