Capítulo 22

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Naquele domingo Júlia estava deitada no sofá da sala, ouvindo música romântica e lendo um bom livro.

 Ela acordara um pouco mais cedo  para preparar o café da manhã para ela e Maurício, que havia dormido no quarto de hóspedes.

— Que cheiro bom — Maurício entrou na cozinha, apenas de bermuda deixando Júlia ruborizada ao deparar-se  com ele.

— Tem café pronto e sanduíche, pode se servir.

— Obrigado — Maurício aproximou -se dela dando -lhe um beijo no rosto.

Júlia sorriu.

Maurício sentou-se à mesa e apontou para a cadeira ao seu lado para que Júlia sentasse.

Júlia atendeu ao seu pedido.

— Está muito bom! — Ele elogiou enquanto comia.

Júlia tentou achar feio o fato de ele falar com a boca cheia de comida, mas sexy parecia a palavra mais acertada.

— Que bom que você gostou.

Os dois continuaram comendo em silêncio até que ao terminar o café da manhã, Maurício comentou:

— Júlia, hoje eu vou sair com uns amigos...

—Por mim tudo bem, lembre-se que você não me deve satisfação . Pode ir, sim. Não quero que você deixe de lado sua vida social por mim. – Disse ela apressadamente.

— Eu ia convidá-la para sair.
As faces de Júlia afoguearam-se.  Mauricio queria convidá-la para sair com seus amigos?

— Me desculpe, mas eu acho melhor não.

Maurício deu de ombros.

— Eu só queria que você saísse um pouco, sabe? Domingo. Folga. Tá um dia lindo.

Ele sorriu e Júlia sentiu -se tola por realmente não querer aproveitar o dia ao lado dele.

— Eu sei que suas intenções são as melhores, me desculpe. – Ela tomou um gole de café segurando a xícara com força em demasia.

Maurício suspirou.

— O que foi? —Ela arqueou uma sobrancelha.

— Meu irmão.

Júlia o fitou atenta, preocupada.

—O que tem ele?

— Nada, mulher, se acalma. É só que eu às vezes me irrito com ele. Puxa vida, ele é muito sem noção por não estar com você. Você é especial demais.

Nesse momento os olhos negros de Maurício faiscaram, um brilho intenso e perturbador. Júlia massageou a nuca.
Sentiu-se levemente incomodada, mas não conteve um sorriso.

— Eu entendo. Mas eu confio que o nosso plano vai dar certo.

— Também torço por isso. Sei que o Mauro gosta de você, ele só é meio cabeça dura para admitir isso.— Ela respondeu com um sorriso terno.

Agora envolvida no romance lido foi interrompida pelo som do interfone. Deixou o livro sobre a mesinha de centro e levantou-se do sofá. Ao atender a chamada foi informada que Maurício estava subindo.

“Ele de novo! Oh, Céus.”
Um Maurício de tênis, bermuda colada no corpo e camisa,  lhe esperava na porta com um sorriso de orelha a orelha.

Doce JúliaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora