Doce Júlia

Capítulo 9

 antes do horário combinado, Júlia já estava pronta. Decidira deixar os longos cabelos loiros soltos, fizera uma maquiagem leve e escolhera como look um vestido acima do joelho de tricô  branco. Pusera uma sandália de salto médio estilo Anabela e para finalizar seu look, pôs um par de argolas e uma pulseira.

Júlia não gostava de se ausentar do trabalho, a não ser que estivesse resolvendo assuntos pertinentes à loja. E lá estava ela, se ausentando  de novo pelo mesmo motivo de sempre: Mauro Gonçalves.

             Por fim Mauro chegou lhe tirando do devaneio.

Uma grande emoção tomou conta de si ao vê-lo. Como um homem podia ter tanto poder assim sobre ela?

Mauro estava lindo, vestido com uma bermuda jeans apertada e uma camisa branca. Era incrível como ele podia ficar tão bem fosse de terno ou casual assim como estava. Os olhos negros estavam escondidos pelos óculos escuros de muito bom gosto.

Júlia pegou sua bolsa que estava sobre a mesinha de centro. Os dois se despediram de Neusa e saíram, mas não antes de Mauro elogiá-la.

— Júlia, linda como sempre.

– Obrigada. Nem preciso dizer que você está irresistível, não é?

Mauro balançou a cabeça em negativa, mas um sorriso furtivo e encantador se fazia presente no canto dos lábios.

 — Obrigado por me acompanhar.

— Ah, Mauro, você não vive sem mim. Não sei quando vai se dar conta disso. – Disse  Júlia suspirando e  pondo seus óculos escuros em seguida.

Mauro arqueou uma sobrancelha inclinando a cabeça para o lado.  Júlia andava tão atrevida nos últimos dias, ele então sorriu, e balançou a cabeça. A bem da verdade, estava gostando
 
                            
***
 
Ao chegarem, Júlia foi recebida com um caloroso abraço de  Dulce.

— Que bom que você veio, querida. Agora venha, me acompanhe. Quero eu mesma apresentá-la ao Maurício — disse  Dulce a conduzindo gentilmente para os fundos da casa.

Júlia já ouvia um som de pagode agradável vindo do quintal. Mauro estava ao seu lado quando eles entraram. Havia umas vinte pessoas aproximadamente. Algumas garotas já estavam na piscina, ou pegando sol.  O pagode que ela ouvira vinha de um grupo tocando ao vivo.

Ela procurou por um rosto conhecido e encontrou o de Beto Lopes, em uma mesa sob o ombrelone, conversando, rindo e beijando uma garota, que não, não era Érica, sua amiga. “Mas que Sem vergonha!”

Dulce afastou-se deles, e instantes depois vinha acompanhada por um jovem só de bermuda e chinelo.
Um churrasco em uma mão, e uma bebida na outra.  Devia ter uns 25, 26 anos, cabelo preto encaracolado,  rosto bem marcado, e uma pele lindamente avermelhada por conta do sol.
Mas o que mais deixou Júlia impressionada foi o físico dele. Uma barriga escultural estava ali bem a sua frente, tanta exposição deveria ser proibida, pensou divertida.

No entanto, embora fosse um pouquinho mais alto, o rapaz tinha alguns traços de Mauro. Como o olhar, seus olhos eram negros e possuíam um brilho todo especial.

— Júlia, querida, esse é meu filho mais novo Maurício. Maurício, essa linda jovem é amiga de Mauro, minha amiga também, Júlia.