Capítulo 1 - Amor de Verão

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Oi, meus amores!

Prontos para conhecer nosso protagonista?

E o capítulo já começa quente e não é pelo verão!

Vamos lá?

____________

- Espera! Eu... eu não estou aguentando mais... – falei, ofegante, parando e apoiando minhas mãos em meus joelhos.

- Você não nasceu mesmo para ser fitness, não é, Cadu? – meu irmão debochou, parando alguns passos a minha frente.

- Desisto dessa vida! – tomei mais um pouco de ar – Prefiro continuar magrelo e sedentário... – brinquei.

- Vamos descansar um pouco naquele quiosque! – Me chamou e eu o acompanhei.

Eu juro que tentei, mas seguir a rotina de exercícios do meu irmão não era moleza. Acordamos às seis da manhã todos os dias de janeiro para correr na praia, mas mesmo assim, eu continuava um zero à esquerda! Corria cinco minutos e já estava colocando a língua pra fora, pedindo arrego. "É o melhor horário para correr e ainda ver o nascer do Sol!" Dizia ele. Aff, como eu fui cair nessa cilada?

Meu irmão, o Luiz Fernando, ou melhor, Nando, era um esportista nato! Gostava de correr no parque e fazer musculação todas as manhãs antes de ir trabalhar e ainda jogava futebol com os amigos as quintas, a noite e tênis no sábado à tarde. E o trouxa aqui - no caso, eu! - acabei caindo na bobeira de me comprometer a fazer companhia e correr com ele na praia durante nossas férias. Que ideia de jerico! Acordei cedo todas as manhãs só pra sentir falta de ar e passar o restante do dia cansado.

- Água ou chá? – me perguntou, depois de pedir um Gatorade pra ele. Claro que ele perguntou só pra me provocar, já que eu odiava chá.

- Cappuccino! – respondi, fazendo graça. Era óbvio que a beira mar, eu não conseguiria a minha bebida favorita.

- Palhaço! – me respondeu rindo – Uma água de coco pra ele! – pediu ao dono do quiosque, que tinha acabado de abrir.

- Eu não aguento mais! – desabafei, já com a respiração voltando ao normal, encostado no balcão.

- Pare de reclamar! Se não fosse por mim, você teria perdido essa paisagem linda, que só conseguimos ver pela manhã! – falou, admirando o horizonte.

- Hum, preferia estar na minha cama... – suspirei e acabei levando um empurrão de leve na minha cabeça. – Aí, aí!

- Resmungão! Parece uma velha de setenta anos! – brincou.

Nos sentamos em umas cadeiras de plástico que estavam ao lado do quiosque e descansamos um pouco, afinal, ainda teríamos o caminho de volta até o nosso apartamento e eu estava torcendo para o meu irmão estar cansado e voltar caminhando comigo. Custa nada sonhar, né?

- Não olhe agora... – meu irmão falou baixo, aproximando seu rosto do meu ouvido – Mas acho que aquele garoto sentando na calçada está de olho em você... – sugeriu.

Mel e CanelaWhere stories live. Discover now