Capítulo 49 - Hospital

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Oi, meus amores! Chegay!

Atrasada, eu sei... me desculpem por isso...

Essa semana eu estou trabalhando algumas horas a mais e será assim pelo próximo mês, mas me esforçarei para não me atrasar novamente.

Vamos lá?

_______

— Hospital? — comecei a sentir um desespero. — Você...!? — Nem consegui falar. Minha garganta trancou, tamanho medo que se abateu sobre mim.

— Não... Não é  comigo... — Ele respondeu fracamente, uma angústia enorme em sua voz.

Parecia que ele não tinha forças suficientes para falar.

— Foi alguma coisa com a Malu? — Me veio essa possibilidade em mente.

— Foi com a minha avó... — Ele finalmente conseguiu falar. — Quando eu cheguei em casa, encontrei ela caída no chão da cozinha. Eu não consegui acordar ela e liguei para o SAMU, mas eu não consegui falar com meus pais até agora e estou sozinho no hospital, esperando notícias dela... — ele explicou.

— Felipe, eu vou imediatamente aí! — Não pensei duas vezes.

— Cadu, você não precisa. Eu só queria falar com alguém, não deveria estar te preocupando... — Ele recuou, mas era meu namorado que estava sozinho em um hospital e claramente bem assustado.

— Qual hospital é? — perguntei, já indo colocar um tênis.

— A ambulância nos trouxe para a emergência do Hospital de Clínicas. – Ele respondeu.

— Eu já chego aí! — desliguei e fui para a porta, abrindo o aplicativo para chamar um Uber, mas antes que desse tempo, cruzei com o Nando no corredor.

— Epa, epa! — me segurou pelo braço e eu nem tinha visto ele descendo do elevador . — Onde você vai com tanta pressa? — Me questionou.

— O Felipe está com a avó dele no Hospital de Clínicas. Você pode me levar lá, Nando? — seria mais rápido ir com ele do que eu esperar um Uber.

— Claro, levo sim! — e deu meia volta, nem entrando no nosso apartamento.

Sei que ele estava cansado de um dia exaustivo de trabalho e acabara de voltar de outro hospital onde visitou a mãe da Bia e o seu irmãozinho recém-nascido, mas ele viu que eu estava preocupado e não me deixaria ir sozinho.

No caminho, contei bem resumidamente para o meu irmão sobre a minha noite com o Felipe e o almoço desastroso com meu tio. Parecia que quando as coisas estavam indo bem, de repente vinha uma enxurrada de coisas ruins, uma atrás da outra, nem dava para ter um descanso.

O hospital ficava a uns dez minutos e era enorme, mas a placa de emergência do Pronto Socorro era bem visível.

Nando estacionou na rua mesmo e nós entramos no pronto-socorro.

Felipe estava em pé, ao telefone, olhando para fora por entre as enormes janelas de vidro.

Esperei ele desligar e o chamei.

Ele se virou para mim e vi que seus olhos estavam marejados.

Um abraço. Só senti quando ele se jogou em meus braços e me apertou, deitando sua testa em meu ombro e ficando ali por um longo tempo.

Suas mãos apertando firmemente em meu moletom e algumas gotas pingando em minha blusa.

Quando ele conseguiu se controlar novamente, se afastou por alguns centímetros de mim, secando os olhos.

Mel e CanelaWhere stories live. Discover now