Capítulo 66 - Vida

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Oi, meus amores!

Não novo chegando, vida nova nascendo!

Vamos conhecer esse bebê que revirou a vida do Nando, da Bia e claro, do Cadu!

Prontos?

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O desespero tomou conta de mim e eu não sabia se corria, se chorava ou se ia socorre-la.

— Cadu! — Bia gritou e eu saí do meu choque. Nem sei como, mas cheguei ao lado dela, a segurando pela cintura.

— O que eu faço, Bia? — a apoiei por que parecia que a qualquer momento ela iria cair.

— Liga para o Nando, por favor... — ela implorou, segurando a barriga com uma expressão de dor, imóvel ainda se segurando na porta.

Peguei meu celular e liguei para o meu irmão.

— Fora de área... — comuniquei a Bia.

— Liga para a minha mãe então... — falou, soltando mais um grito de dor. Meu Deus, eu estava mais desesperado do que nunca.

— Alô! Dona Josi, a Bia... Eu acho que o bebê está nascendo... — falei todo atropelado.

— Ah, meu Deus, mas não está hora ainda! Onde está o Nando? — ela se desesperou do outro lado da ligação.

— Ele foi para Ponta Grossa. Acho que está na estrada por que o celular tá fora de área — expliquei.

— Então leva a Bia para o hospital agora!

— Mas eu não sei se eu consigo dirigir...

— Você vai ter que dirigir, Cadu! Eu estou sozinha em casa com o Enzo, não posso sair agora e o Carlos está de plantão, não vai atender o telefone!

— Cadu... Por favor... — Bia chamou, quase sem voz. — As contrações... estão mais rápidas...

— Leva ela rápido, Cadu! — dona Josi falou.

Só desliguei o telefone e segurei a Bia ainda mais forte, por que ela parecia que iria cair a qualquer momento.

— Cadu, me ajuda a trocar de roupa e pegar a bolsa do meu bebê... — ela implorou e no meu desespero, eu a ajudei.

Não sei como, mas eu consegui levar a Bia no banheiro e de roupa e tudo ela entrou embaixo do chuveiro. Eu a apoiava, por que cada vez que as contrações vinham, ela fraquejava. Quando saímos do box, eu peguei uma roupa qualquer no armário e ela jurou que conseguia se trocar sozinha. Não demorou cinco minutos e já estávamos saindo para o elevador.

Por mais nervoso que eu estivesse, eu consegui dirigir para a maternidade, mas apareceu que o movimento do carro fez com que as contrações aumentassem mais ainda. Bia tentava conversar para se distrair, mas cada vez que as contrações vinham, ela se contorcia de dor.

Quando chegamos na maternidade, estacionei de qualquer jeito e a ajudei a entrar. Por Deus, como todo mundo conseguia permanecer calmo enquanto a minha amiga estava em trabalho de parto?

Quando entramos na sala da médica para ela avaliar a situação, eu disse que o bebê estava nascendo, mas quando ela viu no prontuário que a Bia não estava ainda no tempo, disse calmamente:

— Mãe, não se preocupe. Foi apenas um escape, é normal nessa fase da gestação. Eu vou te examinar para ter certeza, mas são apenas cólicas de treinamento e um remedinho no soro já aliviará suas dores.

Céus, eu queria pular no pescoço daquela médica e falar "o bebê está saindo!", mas eu achei um autocontrole sei lá aonde para não fazer isso.

Mel e CanelaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin