Capítulo 48 - Repugnante

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Oi, meus amados!

Preparados para o capítulo de hoje?

Preparem os corações e vamos lá!
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Acordar pela manhã com o celular despertando embaixo do seu travesseiro pode ser a pior sensação do mundo, mas quando eu desativei o alarme e vi o rosto do Felipe dormindo tranquilamente ao meu lado, já sabia que meu dia valeria a pena... Foi o que pensei...

E como esse garoto não acordou com esse despertador no máximo ao som daquele toque de galo cantando? Não sei, só sei que aproveitei a oportunidade para levantar mais cedo que ele.

Saí da cama com cuidado para não o acordar e apesar de meu apartamento ser bem quentinho, o ar gelado da manhã me fez tremer todo.

Depois de tomar um banho rápido e bem quente, me vesti e fui para a cozinha, afinal eu precisava arrumar a bagunça do jantar de ontem à noite e aproveitei para preparar um café da manhã para o meu namorado. Geralmente era ele que fazia isso, mas eu não perderia essa oportunidade.

— Hum... que cheiro delicioso... – senti um abraço envolver minha cintura e um beijo na minha bochecha. Estava tão distraído preparando a minha especialidade, omelete com queijo, que nem vi ele chegando.

— Bom dia, meu amor... – respondi, desligando o fogo e me virando pra ele. – Dormiu bem?

— Melhor impossível! – me deu um selinho. – E você está preparando o café? Vou ficar mal acostumado assim! – brincou.

— Bobo! Aproveita que esse é um momento raro! Vai tomar um banho e colocar uma roupa quente! – já mandei, vendo ele só de calça, sem camisa e com os pés no chão.

— Mandão você! – me deu mais um selinho. – Mas só pelo que fizemos ontem à noite, eu acho que vou ter que obedecer. – me deu um abraço apertado e um beijo gostoso na bochecha antes de ir para o banheiro.

Não eram nem sete da manhã, neblina lá fora, 9ºC e eu com o café da manhã pronto, esperando meu namorado terminar seu banho. Parece coisa de quem já está casado, mas até senti uma sensação boa ao imaginar isso e acho que um sorriso bobo escapou enquanto eu tomava meu primeiro gole do meu cappuccino com canela enquanto pensava nisso...

— O que foi? Está pensando no que fizemos ontem à noite? – Felipe chegou, me dando um beijo na bochecha e sentando a meu lado.

— Talvez... talvez não. Talvez sobre o futuro... – brinquei.

De fato, o futuro me assustava. Acho que depois de tudo que eu disse para o meu tio, não havia mais volta. Eu estava decidido quanto ao que cursar e definitivamente também não voltaria a me esconder dentro de um armário. Eu não queria esconder mais nada de ninguém e sei que eu tinha o apoio do meu irmão, do meu namorado e dos meus amigos, então nada que meu tio pudesse fazer ou falar me faria mudar de ideia.

Fomos para a Vila Militar buscar o Alves, como de costume, e ele naquele mal-humor que me deixava até com dó. Se jogou no banco de trás do JEEP, fones nos ouvidos e uma cara de que mal dormiu a noite.

Pelo menos estava tudo bem com a Vick e com o Sato, afinal, a mãe dela não apareceu mais para incomodá-la, pelo menos por enquanto.

E quanto a Bia, essa minha amiga desmiolada quase arrancou a correntinha do meu pescoço quando a viu. Claro, Nando já deveria ter pedido o relatório completo para ela do que eu havia pedido para gravar e ela amou, achou fofo demais, como ela mesma disse e até pensou em roubar a ideia e fazer algo parecido pra ela e pro meu irmão.

Mel e CanelaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt