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Ao deitar em minha cama, tirar os sapatos e vestir uma camisola velha, noto uma estranha agitação de frente a minha porta.

- Você não pode se dedicar inteiramente a seu trabalho, sua vida pessoal é importante. –diz Ellijah.

- Que diabos você tem a ver com isso? Eu sei muito bem o que tenho que fazer.

- Irmão... Você está enganado. –diz Ellijah com a maior paciência que um pai teria com uma criança de 5 anos. – Vai perde-la se colocar essas coisas a frente de seus sentimentos.

- Ellijah... –a voz de Klaus se sobressaiu e ele estava prestes a perder o pouco que restava de sua serenidade. Antes que pudesse fazê-lo eu abri a porta de meu quarto e o puxei porta a dentro. Dei um tchau e um sorriso a Ellijah que entendeu que tudo ficaria bem e se foi ao corredor.

Voltei minha atenção a um Klaus, cheio de raiva e com os olhos e braços cruzados virados para mim.

- Dá pra me explicar que merda pretendia fazer? –seu tom de voz ainda era alto e aturdido.

- Porque está com raiva? –falei, incrédula. - A única pessoa que deveria sentir isso sou eu.

- Porque saiu sem me avisar? Eu te procurei por toda casa...

- Eu não lhe devo nada. E fui com seu irmão dançar... Afinal, não iria desperdiçar o pouco de diversão que sobrara em mim. Ellijah me foi gentil e eu o fiz sair.

- Você quer me deixar louco? –ele me olhava, um pouco perdido. - O que pretende?

- Eu precisava colocar minha energia em outra coisa e foi só.

- Eu percebi bem... –falou com um sorriso vazio nos lábios.

- O que quer dizer? –perguntei, com a raiva dominando em meus sentidos.

- Quem era aquele homem com quem falava? –exigiu Klaus, eu soltei um suspiro.

- Ah por favor Klaus... Como se eu fosse fazer algo..

- E porque não? Não se sente feliz aqui... –destacou-

- É mais fácil se comportar como idiota do que ouvir o que eu tenho a dizer? –perguntei, me aproximando dele.

- Me diz.

- Não faz sentido. –Klaus mantinha uma pose na defensiva e eu não cederia tão fácil. Não dessa vez. Porque as coisas nunca se davam tranquilas quando se tratavam de nós?

- Você é orgulhosa. –me disse com firmeza.

- Você é dominador. –ressaltei.

Ele se aproximou, colando nossos corpos juntos e sentindo nossa respiração em um som irregular. Aquela discussão já estava no fim e por uma razão desconhecida, a tensão entre nós crescia a cada instante e se tornando maior com ele parado a minha frente e encostando uma de suas mãos em minhas costas. Eu soltei um leve suspiro.

- Eu te amo. –ele falou ao meu ouvido e eu pude jurar que sentia seu membro se contraindo a mim. Eu sorri com a declaração e afaguei sua nuca.

- Eu te amo. –segurei seu rosto, fixando meus olhos nos dele. Ele sorriu em resposta.

E em um reflexo rápido, nossa boca já estava grudada e nossas mãos deslizavam no corpo um do outro. Havia desejo e um certo grau de desespero. Eu não queria me soltar de seu toque e ele não estava disposto a me soltar. Eu o joguei sob a cama, tirando suas roupas. Eu precisava fazer algo a respeito com a vontade de tê-lo em mim. Klaus mantinha seus olhos nos meus e vagando sob meu corpo. Eu tirei a camisola ficando apenas de calcinha a sua frente. Senti seus olhos queimarem ao me ver assim e seu membro ficando cada vez maior.

Helpless When She Smiles.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora